Por Fernando “Nunão” De Martini

As recentes notícias sobre estudos da Força Aérea Brasileira para eventual aquisição de caças F-16 usados, confirmados em nota pela própria FAB, indicam uma mudança no planejamento de renovação da Aviação de Caça do Brasil. Uma mudança para pior, um retrocesso.

Um país com linhas de produção ativas de dois tipos de aviões de combate, uma delas a um ano de iniciar as entregas à FAB de 15 jatos supersônicos multifunção Saab Gripen E (de um total de 36 encomendados), e outra ainda produzindo turboélices de ataque leve Embraer Super Tucano, não deveria voltar a fazer compras de caças usados. Muito menos caças que não estão em seu inventário (diferentemente dos necessários recompletamentos com Mirage III e F-5) como foi a compra de aviões Mirage 2000 C/B, de curta vida na FAB, e como poderá ser a eventual aquisição de aeronaves F-16 disponíveis hoje no mercado de usados, com mais de 30 anos de operação.

O site Poder Aéreo, que acompanhou todo o desenrolar do programa F-X2 desde 2008 (data em que o site entrou no ar, mas seus editores já acompanhavam o tema desde o F-X, engavetado em 2003), não está alheio às dificuldades que o reequipamento da Aviação de Caça passou durante as últimas décadas.

Pelo contrário, aqui foram publicadas milhares de notícias sobre o tema, além de centenas de análises aprofundadas a respeito. Por isso mesmo, nos julgamos em posição de analisar com frieza a real capacidade de nossos esquadrões de combate, no momento, e os desafios dos próximos anos. E também propor, ao menos, uma alternativa à compra de caças usados para preencher uma lacuna que sim,  sabemos que existe, e que tende a crescer com as desativações previstas de jatos A-1M ao final de 2025 e de caças F-5M ao final da década.

Obviamente não temos a pretensão de ensinar o “Pai-nosso ao vigário”. Quem tem todos os dados e prognósticos a respeito é a FAB. A intenção é fazer uma análise baseada em fatos disponíveis e indicar uma possível alternativa, envolvendo as próprias linhas de montagem instaladas no Brasil, mencionadas no título deste artigo. Primeiro, vamos aos fatos:

O reequipamento com o Gripen está demorado e sofre com atrasos. Seu cronograma original já foi esticado. Hoje, a poucos meses do aniversário de 10 anos da assinatura do contrato do Gripen E/F com a empresa sueca Saab, há apenas 8 caças Gripen voando no Brasil.

O cronograma, refeito algumas vezes sob justificativas orçamentárias e que, hoje, indica final de entregas para 2027 (tecnicamente possível, porém financeiramente desafiador na sua autorização de despesas anuais pela concentração de entregas nos dois anos finais), previa o recebimento de 4 aeronaves em 2023.

Porém, vieram apenas 3 caças ao longo do ano passado. E lá se vão seis meses desde o último desembarque de um Gripen no Brasil, em 11 de dezembro do ano passado. A aeronave não entregue em 2023 ainda não chegou, muito menos a primeira das 3 programadas para este ano. Veja o cronograma abaixo:

Dos oito caças voando no país, a FAB opera sete deles em um único esquadrão de caça, o 1º GDA, Esquadrão Jaguar, da Base Aérea de Anápolis, com as matrículas 4101 a 4107. O outro caça em voo é o primeiro exemplar a chegar ao país (4100), e que ainda está vinculado ao GFCT – Gripen Flight Test Centre / Centro de Testes de Voo do Gripen – em Gavião Peixoto / SP.

Pois é justamente em Gavião Peixoto, complexo industrial da Embraer que abriga tanto as linhas de montagem estrutural e final do Gripen quanto do Super Tucano, que o Brasil deve investir na solução para seu reequipamento, e não em aviões usados.

Essa posição será explicada logo mais, após uma breve apresentação da situação atual, decorrente de mudanças e desativações de aeronaves e esquadrões de primeira linha nas últimas décadas.

Do relativo auge da primeira linha ao demorado reequipamento

Atualmente o 1º GDA voa intensamente seus 7 caças Gripen E, tanto para adestrar mais pilotos quanto para aprimorar suas capacidades em combate BVR (além do horizonte, com uso de mísseis de longo alcance) para o Exercício Cruzex de novembro deste ano. Ainda é um punhado de aviões, mas pelo ritmo a lógica diz que a aeronave deverá atingir sua IOC (Certificação de Operação Inicial) mais ou menos na época do exercício, com a certificação por enquanto focada na função ar-ar.

Ainda pela lógica, e se não houver atrasos, é provável que os treinamentos e testes de voo nas arenas ar-solo e de reconhecimento tático / Rec Tat para a futura FOC (Certificação de Operação Final) possam começar em 2025/2026. Ou seja, mais ou menos na época em que serão desativados os jatos A-1M da FAB, sob a justificativa de que não há mais sobressalentes disponíveis para seus motores.

Mas quantos são os jatos A-1M da FAB, atualmente? Pouco mais do que os caças Gripen voando hoje, um punhado.

São menos de 10 aeronaves operando atualmente na Base Aérea de Santa Maria, e esse reduzido número, ainda por cima, é compartilhado por dois esquadrões: o 1º/10º GAV, Esquadrão Poker, focado principalmente em missões de Rec Tat, e o 3º/10º GAV,  Esquadrão Centauro, mais voltado às missões de Ataque (grosso modo, arena ar-solo). Foi-se o tempo em que o A-1 compunha praticamente metade da primeira linha, com cerca de 50 aviões em operação.

Esse número foi atingido na virada dos anos 1990/2000, quando a primeira linha da Aviação de Caça da FAB era formada por pouco mais de 100 jatos Mirage III, F-5 e A-1 divididos em 6 esquadrões: 1º GDA (Mirage) em Anápolis-GO,  1º GAVCA (F-5) em Santa Cruz-RJ (formado pelos esquadrões Jambock e Pif-Paf, mas que funcionavam como uma única unidade e com dotação de pilotos e aeronaves equivalente a um esquadrão), 1º/16º GAV (A-1) também em Santa Cruz, 1º/14º GAV (F-5) em Canoas-RS,  e os já mencionados 1º/10º GAV e 3º/10º GAV (A-1) em Santa Maria-RS.

 

De lá para cá, outro esquadrão evoluiu para a primeira linha, o Pacau (1º/4º GAV), trocando seus jatos AT-26 Xavante por caças F-5M e mudando de Natal para Manaus. Mas sua dotação era de meia dúzia de aviões. Com todo o respeito às tradições do esquadrão, podemos dizer que teria o mesmo efeito um esquema de rodízio de seções de caças F-5M, de outros esquadrões, para o alerta em Manaus.

Também nesse meio-tempo, na primeira linha, houve a modernização de quase 50 caças F-5 e de menos de uma dúzia de jatos A-1. Também houve a entrada e saída de operação do Mirage 2000 no 1º GDA (com o F-5M preenchendo a lacuna até a chegada do Gripen), e a desativação do próprio Pacau em 2021, além do 1º/16º GAV, Esquadrão Adelphi, em 2016.

Em suma, nos últimos 25 anos a primeira linha da Aviação de Caça cresceu de 6 para 7 esquadrões, voltando alguns anos depois para 6 e, mais recentemente, reduzindo para 5. Quanto aos seus jatos, a frota foi reduzida de cerca de 100 aviões para pouco menos de 50 nos dias de hoje.

Mas não se deve esquecer que no seu auge, por volta do ano 2000, a primeira linha tinha três dos então seis esquadrões voando caças já ultrapassados, equipados com Mirage III e F-5 (estes ainda não modernizados) representando cerca de metade da frota.

Os quase 50 caças e jatos de ataque que hoje equipam os esquadrões, sendo 7 Gripen e aproximadamente 30 F-5M e 10 A-1M,  estão ao menos no estado da arte, no caso do Gripen. Já no caso dos F-5 e A-1 modernizados, estes incorporam capacidades razoavelmente atualizadas de sistemas digitais e armamento inteligente ar-ar e ar-solo.

De fato, é pouco. E também é fato que mesmo essa reduzida frota deverá diminuir com as baixas do A-1M no final do ano que vem e do F-5M até o fim da década, sendo substituída, na falta de novos contratos, por apenas 36 caças Gripen atualmente contratados.

Organizando as prioridades sem blefar com caças usados: Poker é a resposta

Como resolver essa questão? Caças usados parecem ser a solução mais prática e rápida disponível, e já foi utilizada no passado. Mas temos a opinião, expressa na chamada deste artigo, de que um país com linhas de produção de Gripen e Super Tucano não deveria recorrer a caças usados. Vamos defender esse ponto agora.

A prioridade é não perder as capacidades do A-1M, com baixa prevista para o final de 2025, nos dois esquadrões que detém hoje as funções de Rec Tat e de emprego ar-solo de bombas guiadas da FAB (incluindo missões de caráter estratégico de longo alcance e missões táticas com penetração a baixa altitude), com uso de pods de reconhecimento e de designação de alvos.

Afinal, mesmo reduzidos em número, esses aviões são fundamentais em capacidade (pois hoje só eles cumprem essas missões). Existe a evidente perspectiva da Força Aérea deixar de cumprir essas missões daqui a um ano e meio, num momento em que o Gripen ainda não atingirá sua FOC, ainda que se possa repassar essas capacidades ao F-5M com a integração de pods e bombas, porém com limitações de alcance e carga. Isso significaria uma lacuna na Defesa, e mesmo que esta capacidade se restrinja a um punhado de aeronaves compartilhadas por dois esquadrões, haveria perda de doutrina e de capacitação de oficiais aviadores, o que é inaceitável.

A lacuna em capacidade de ataque com bombas inteligentes e Rec Tat, utilizando aviões a jato, provavelmente será inevitável por um ano ou dois, a não ser que se adquira caças usados com entregas começando já no ano que vem. Mas há uma alternativa, e o problema pode ser em parte mitigado com a integração de bombas inteligentes ao A-29 Super Tucano, como veremos daqui a pouco, embora não seja a solução ótima (o ótimo, porém, é inimigo do bom).

A questão principal é evitar, primeiramente, a perda da capacidade humana, da experiência e doutrina dos pilotos de A-1M do 1º/10º GAV e do 3º/10º GAV. Para isso, propomos uma mudança de planejamento.

 

Em março deste ano, noticiamos os planos da FAB para reativar o Esquadrão Pacau em Anápolis, que seria a segunda unidade de Gripen na base. Seja para reassumir a função que teve por muitos anos, de “Sorbonne da Caça”, neste caso com missão de fazer a conversão operacional usando os caças Gripen F (entregas a partir do ano que vem), seja para iniciar a doutrina de emprego ar-solo no Gripen, acreditamos que este não é o momento de reativar o Pacau. O momento é de realocar o Poker para Anápolis, e que este seja o segundo esquadrão a iniciar reequipamento com o Gripen, nesta fase em que se pretende otimizar custos concentrando boa parte dos caças em recebimento na base goiana.

Sugerimos que os pilotos e pessoal de apoio do Esquadrão Poker sejam deslocados para Anápolis logo em seguida à desativação do A-1M no final de 2025, incorporando alguns pilotos do Esquadrão Centauro à sua dotação de malas prontas para a nova base. Assim, haverá tanto pilotos com experiência em Rec Tat quanto no emprego de bombas guiadas nesta mudança de base.

Parte desse grupo poderá iniciar treinamento em Gripen C/D na Suécia já em meados de 2025 (antes da desativação total do A-1M), convertendo depois para Gripen E em Anápolis. É provável que a introdução do Gripen F na conversão operacional ainda não estará plenamente estabelecida para treinar tantos pilotos de uma só vez (além do reduzido número de entregas de Gripen F em 2025) por isso o processo deverá ser gradual. Em seguida, esse grupo iniciará a doutrina da FAB para Rec Tat e de emprego ar-solo no Gripen, por volta de 2026/27.

Mas… e o Esquadrão Centauro?

Essa unidade permaneceria em Santa Maria, porém convertendo para uma nova versão do A-29, a ser denominada A-29M. Propomos, ao invés de gastar dinheiro adquirindo caças F-16 ou de qualquer outro tipo, usados, que se invista na aquisição de pelo menos 12 turboélices de ataque leve A-29 novos, em configuração mais moderna que a dos exemplares já em serviço em quatro esquadrões da FAB. Mesmo porque há um estudo em andamento para modernização de 68 aviões A-29 da frota atual, e todos poderiam receber o mesmo padrão: painel atualizado, similar ao do Gripen, além de capacidade de utilizar pods designadores, bombas inteligentes e outras capacidades atuais,  seja de treinamento, seja de emprego operacional, como equipamentos RWR, dispensadores de chaff, flares etc.

Ao invés de 24 caças F-16 usados  (quantidade  aventada em publicação recente) com 30 anos de serviço nas costas e relativamente pouco tempo pela frente, nossa sugestão é adquirir um avião fabricado no Brasil e com capacidade de servir à nossa Defesa por muitas décadas.

Ainda que não tenham a mesma capacidade de jatos, essa dúzia de aviões A-29M, incorporados ao Esquadrão Centauro, permitiriam manter sem perda de tempo a doutrina de emprego de armas ar-solo inteligentes, ampliar esse conhecimento e disseminá-lo aos outros esquadrões operadores da aeronave, na fila para terem seus aviões modernizados para o mesmo padrão. A lacuna operacional seria reduzida.

Isso representaria uma ampliação das capacidades atuais da FAB, mesmo não sendo em esquadrões da chamada primeira linha. Um investimento melhor e com possibilidade de gerar benefícios para mais unidades da FAB do que a compra de duas dúzias de caças usados. E, provavelmente, por metade do valor.

Recentemente foi noticiado que a Força Aérea Argentina vai adquirir 24 caças F-16 usados por cerca de 650 milhões de dólares, num pacote que inclui armamentos, treinamentos e serviços. Há poucos anos, a Nigéria adquiriu um pacote de 12 Super Tucanos novos por cerca de 340 milhões de dólares.

Ainda que suponhamos uma aquisição brasileira de F-16 por menos do que a Argentina vai pagar (pela possibilidade de aproveitar parte do armamento existente na FAB, por exemplo), o mesmo valeria para uma aquisição de 12 Super Tucanos, pelo fato do pacote nigeriano incluir diversos serviços de implantação e treinamento que a FAB não precisaria contratar.

Em suma, o valor de uma compra de 12 Super Tucanos modernos equivaleria a metade do custo de 24 caças F-16 usados (não estamos aqui comparando a enorme diferença de desempenho de ambos, e sim a adequação às necessidades da FAB).

A diferença entre o que se gastaria para comprar e armar os F-16 poderia ser empregada na compra de mais bombas guiadas e outros armamentos modernos, não só para os A-29M que propomos para o Esquadrão Centauro, mas para os três esquadrões do 3º Grupo de Aviação baseados em Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande. De quebra, esse investimento em aeronaves seria feito no Brasil, mantendo ativa uma linha que atualmente produz poucos aviões por ano para clientes externos, como visto em matéria recente aqui no Poder Aéreo.

A linha está aberta, funcionando. Quem sabe, uma encomenda feita agora significaria algumas aeronaves entregues já em 2026. Ainda que não se encomende nenhum A-29 novo por falta de orçamento, a sugestão é que, pelo menos, seja contratada rapidamente a modernização da frota existente (este sim um investimento ainda mais importante) e se redistribua em seguida as aeronaves da frota, para que uma parte sirva para reequipar o Esquadrão Centauro e seja entregue com mais urgência. Os Super Tucanos da FAB deverão ser modernizados, conforme já revelado por executivo da Embraer, nas próprias instalações onde hoje está a linha de montagem da aeronave.

Mas o A-29M não substitui o A-1M!

Você provavelmente pensou nisso ao ler os últimos parágrafos. Sim, o A-29M não substitui o A-1M, tal qual um caça F-16 usado substituiria, pois um A-29M não tem o desempenho de um jato, capacidade de sobrevivência e carga de armamento. A aeronave que substitui o A-1M se chama Gripen.

Como visto mais acima, transferindo o Esquadrão Poker (ao invés de reativar o Pacau) para Anápolis no início de 2026, será iniciado o treinamento de seus pilotos no Gripen e seu reequipamento gradativo.

Quando a quantidade de caças entregues chegar a 24 exemplares, haverá dois esquadrões reequipados com Gripen em Anápolis: o Jaguar, mais dedicado a missões de defesa aérea, e o Poker, mais voltado a missões ar-solo (incluindo o uso de bombas guiadas) e de reconhecimento tático. Ou seja, teremos a doutrina mantida e as capacidades ar-solo e Rec Tat ampliadas em relação ao que é oferecido, hoje, por cerca de 10 de A-1M compartilhados por dois esquadrões.

Haveria uma lacuna operacional de poucos anos nessas arenas (mas não haveria perda da doutrina), em parte compensada pela capacidade, introduzida nesse meio-tempo, do futuro A-29M em missões ar-solo com armas inteligentes.

Só que 36 caças Gripen não bastam

De fato, essa quantidade está longe de bastar para o reequipamento dos 5 esquadrões de primeira linha atuais, e mesmo que um deles (o Centauro) seja reequipado com o A-29M, haveria outros 4 a reequipar, lembrando que o F-5M deverá dar baixa no fim desta década.

O ideal seria que o F-5M permanecesse mais alguns anos no Pampa ou no Jambock / Pif Paf (a depender da oferta de sobressalentes no mercado) permitindo tempo adicional para receber mais caças Gripen, que poderão ser adquiridos por um aditivo, em negociação, de 25% no valor do contrato de 36 caças, chegando a aproximadamente 50 aeronaves, e / ou por um novo contrato. A intenção da FAB, ajustada há cerca de 2 anos, é ter uma frota de pelo menos 66 caças Gripen. Se a Força está estudando a aquisição de caças usados, é porque provavelmente vê esse planejamento ameaçado por questões orçamentárias.

Caças usados podem compensar isso? Podem, mas são um tiro no pé, pois se questões orçamentárias ameaçam a continuidade da aquisição de caças Gripen, a compra de caças usados piora ainda mais o problema orçamentário.

A lógica é simples: o dinheiro para comprar os caças usados, a rigor, não existe. Será necessário financiar a aquisição de eventuais 24 caças F-16 de segunda mão. Suponhamos, numa hipótese muito otimista, que se consiga uma excelente negociação e a compra seja feita por um valor menor que o estimado para a Argentina, que deverá pagar 650 milhões de dólares por seus 24 aviões e armas.

Digamos que, economizando aqui e ali no pacote, dado que parte do armamento atual da FAB é compatível com o F-16, o Brasil gaste 500 milhões de dólares nessa aquisição de caças, com serviços, sobressalentes, treinamento e parte do armamento inclusos.

Esse valor viria de onde? Provavelmente viria do comprometimento da capacidade de financiar novas compras de caças Gripen, pois não é um valor disponível hoje, é um novo financiamento que precisaria ser contratado. E, mesmo que o dinheiro estivesse disponível, não seria melhor empregado em caças novos, mesmo que em menor número, com 30 ou até  40 anos de serviço pela frente?

Cada dólar gasto em caças usados é um dólar a menos para investir em caças novos

E também é um dólar (ou real) a menos para investir em outro avião com linha de montagem à disposição aqui no Brasil, o Super Tucano. É um dólar gasto fora do país, sem qualquer retorno econômico. É gasto, não é investimento. A hipótese otimista, aqui dada como exemplo, de se gastar 500 milhões de dólares em 24 caças usados, representa metade do que possivelmente se investirá num aditivo de 25% do contrato atual do Gripen.

Grosso modo, os 39 bilhões de coroas suecas do contrato atual de 36 aviões equivalem (somando a compra de armamentos) a 4 bilhões de dólares, ou pouco mais, ao câmbio de hoje. Um aditivo de 25% ao contrato, que acrescentaria 12 a 15 aeronaves (conforme já revelou o próprio CEO da Saab recentemente) somaria cerca de US$ 1 bilhão a ser financiado.

Ou seja, a compra de caças usados já comprometeria metade do que o país pretende investir num aditivo ao contrato do Gripen.

Com esse aditivo, que ampliaria a quantidade de caças Gripen para cerca de 50 aviões, seria possível reequipar com caças novos todos os 4 esquadrões de primeira linha (restantes após reequipar o Centauro com A-29M) com o mínimo necessário de 12 aviões cada. Se o aditivo for negociado ainda neste ano, é plausível que as entregas de 12 a 15 aviões sejam iniciadas a tempo de se seguirem às do contrato atual, cujas entregas vão até 2027.

Digamos que esse cronograma atual não se cumpra e que os últimos dos 36 caças atualmente contratados se atrasem por dois anos, chegando só em 2029. Ainda assim, as primeiras entregas do aditivo chegariam a tempo de iniciar o reequipamento do último esquadrão a voar F-5M, que desativaria suas aeronaves também por volta de 2029.

Caso a situação orçamentária melhore ao final desta década, um segundo lote poderia ser contratado, aumentando a dotação de aeronaves por esquadrão ou mesmo permitindo reativar o Pacau em meados dos anos de 2030.

Resumo da sugestão apresentada aqui, numa única e longa frase: ao invés de gastar pelo menos meio bilhão de dólares (provavelmente mais) em caças com 30 anos de serviço e com previsão de pouco mais de uma década de operação, compra esta com grande chance de comprometer a capacidade atual de investir em caças novos, que se planeje o mitigamento de riscos de perda de capacidade e doutrina com aviões atualmente em produção aqui no país.

Pela prioridade dada com a baixa próxima do A-1M, que se reequipe o Esquadrão Centauro com A-29 / A-29M em Santa Maria e que o próximo esquadrão a receber caças Gripen seja o Poker, mudando a unidade para Anápolis para otimizar os dispêndios neste momento.

Todos os dólares que se pense em gastar com caças usados serão muito melhor empregados em ampliar o contrato atual, permitindo reequipar minimamente os esquadrões de Santa Cruz e Canoas na virada dos anos 2020-30. Não é demais repetir: um país com linhas de produção de Gripen e Super Tucano não deveria recorrer a caças usados.

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Moriah

Eu nem preciso ler para concordar. Que se mande direto para a caixa de e-mail de todos os deputados, senadores e quem mais tiver influência no governo federal.

Kornet

Seria interessante,se vocês fizessem uma matéria mostrando quais seriam as opções de aeronaves para a FAB(valor,custo e etc) na hipótese
de que não fosse possível comprar Gripen e F 16.
Esses atrasos são por falta de pagamento? Mas quando foi feito o contrato esses 4 bilhões de dólares ,já estavam garantidos ou seria buscado ?
O valor que pagamos por cada Gripen com o tot seria o mesmo se comprarmos agora ou é o mesmo valor?
Essa história está virando uma novela mexicana,pobre Brasil.

Maurício Fonseca

Pelos relatórios publicados aqui mesmo no site, teve previsões orçamentárias abaixo do previsto e as despesas foram reajustadas.

Camargoer.

A previsão orçamentária para o Fx2 este ano é cerca de R$ 1,5 bilhão, mais ou menos o dos anos anteriores

Chris

E estamos em tempos de alta instabilidade na segurança mundial… Com uma pancada de países se armando…

A principio fiquei esperançoso de que poderiamos fazer um bom negocio, pelas substituições de F-16 por F-35. Mas com a recente noticia que os EUA irão reformar 600 F-16…

Uma grande verdade do Nunão… Com linha de produção de um caça como o Gripen, não deveriamos precisar importar caças usados.

Triste é ver que para o judiciario e para o gordo legislativo… Estamos batendo recordes atras de recordes de verbas liberadas !

Euller

Amigo….
Que linha de produção?????
E quase semi-artesanal….
Enquanto os asiáticos produzem centenas ao ano, aqui, nem 01….
É vexatório….

Santamariense

Previsões estas que não se concretizaram desde 2020. Desde lá, o orçamento executado é sempre menor que o previsto. Então, troca o disco…repetir essa tua inverdade não vai fazer aparecer dinheiro magicamente.

Salomon

Mas em compensação temos bacalhau.

Camargoer.

Acho que não…. o que precisa é focar em mais Gripen.

O Nunão acertou no ponto ao dizer que cada tostão gasto em um avião usado deveria ser gasto com Gripen novos.

Venho fazendo esta defesa enfática desde que começaram a falar em F16 usados, muto antes da matéria da Janes.

As contas do Nunão são bem parecidas com as minhas. Duas duzias ed F16 usados custaria mais de meio bilhão de dólares, suficiente para comprar 5~8 Gripen novos, o suficiente para equipara um esquadrão perneta, ou seja, como um número de aeronaves inferior ao número mágico de 12

Neto

Cada $$ de armamento novo deve ser focado no Gripen. . E, percebendo a necessidade de modernização dos A29 concordo com o Nunão, inclusive levantando essa possibilidade em outras matérias antes dessa. Se for pra comprar outra aeronave para substituir temporariamente os A1s, que sejam Super Tucanos. Um Esquadrão de A29s novos possibilita muitas coisas. . Não fazem exatamente o que os A1 fazem , mas faz o suficientemente próximo para ser usados nessa função. . Bonus é o $$ movimentar a cadeia de uma aeronave fabricada aqui. É utilizar material humano e de suporte já existente na FAB. É… Read more »

Luis Eduardo Ianzer

É preferível comprar menos mas, caças novos e mais modernos!!!! Simples assim

Rafael Coimbra

Vamos tentar outra vez… já que o editor apagou meu comentário sem motivo algum, pois não fui desrespeitoso. Caro é ter aviões que ninguém quer… em um cenário muito positivos vamos ter 250 células voando… no máximo. Em poucos anos será caro manter o F39… a FAB está partindo p outra

RESPOSTA DOS EDITORES: SEU COMENTÁRIO NÃO FOI APAGADO, ESTAVA TEMPORARIAMENTE RETIDO PELO FILTRO ELETRÔNICO, AGUARDANDO UM EDITOR LIBERÁ-LO. TUDO ISSO É EXPLICADO NAS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Chris

Unica forma do Gripen se tornar um caça “caro”… É se a SAAB abusar no preço dos royalties… Eu concordo que é um risco que o “VW Gol” dos caças não tem !

Mas… Motor, peça que requer mais manutenção, é o do F-18. E peças estruturais poderemos fabricar, com a transferencia de tecnologia, se porventura a SAAB os parar de fazer.

Santamariense

Avião não é só motor e fuselagem. Tem centenas de centenas de peças que precisam continuar sendo fabricadas durante toda vida ativa da aeronave. Válvulas, vedações, tubos, mancais, rolamentos, relés, acionadores, etc, etc, etc. E qual é mais barato? Esses itens fabricados para uma aeronave com mais de 4 mil unidades produzidas ou outra, que se tivermos sorte, vai chegar em 250??

Leonardo Cardeal

Esqueçe isso. Todo o planejamento, investimento, treinamento.. pra jogar no lixo.
Gripen é e deve ser plano A, B e Z.

Danilo José

Concordo !

A FAB deveria é pressionar MD, governo federal, deputados e senadores para se conseguir verbas para manter e aumentar os programas que já existem.

Osmar

N e possível fazer uma defesa apenas com um modelo de jato leve , e uma burrice sem tamanho

Nei

Totalmente possível, já que o F-39 é faz tudo.

Leonardo Cardeal

Para os EUA não dá. Pra gente será!

Elias E. Vargas

Depois de investimos muito dinheiroi para adquir tecnologia para produzir um caça de ponta, não podemos sair por aí em busca de outros usados, anida mais se for um coadjuvante para o gripen, temos a opção de do “hurjet” no qual a Akaer ajudou a desenvolver. Mas se insistirem em adquirir aviões usados ao invés dos F-16 surrados e desdentados, oferecidos pelo FMS dos EUA e estocados no deserto, caixas pretas com restrição de uso impostas pelo, devem ficar atentos ao Catar que está oferecendo as 12 aeronaves Mirage-2000-5 por cerca de US$ 600 mil, e a Índia está ansiosa… Read more »

Euller

Acabei de postar na raiz da discussão um comentário em que posto o link de uma matéria sobre um provável excelente candidato, talvez melhor que esse Gripado e que F16 da primeira fornada….
Se ao menos fosse dos modelos mais recentes que esses velhotes….

Mas infelizmente vivemos na “Banãnia…..”

Bueno

Pensei a mesma coisa !
Vamos mandar esta matéria para as redes sociais e email dos deputados!
Vamos ao combate!

Vitor

São farinha do mesmo saco …nesse país houve só notícias de retrocesso.

Bueno

Mas amigo Vitor, Políticos não são seres de outro planeta, saíram da mesma fonte , do meio do povo Brasileiro, sei que aqui tem o jeitinho brasileiro , mas vamos acreditar que tem pessoas que trabalham em prol do Brasil , a favor do Brasil, esta minoria tem que ter apoio popular, é a pressão popular para esta minoria ter voz no congresso, é a ação/reação do povo pressionando eles. Não tem outra saída, precisamos melhorar o que temos, é difícil sim , mas não é impossivel.

Bueno

A proposto, sugiro ver estas duas audiências Publica no congresso, principalmente a do dia 18/06/24.. Os palestrantes falaram da compra de caças usados , deste absurdo que esta sendo cogitado.

Até gostaria que fosse dedicada uma matéria no Terrestre, que colocasse esta ultima audiência do dia 18/06/24 que tratou muito do tema da Avibras

Nos temos que nos unir e apoiar as propostas as pautas que acreditamos que são relevantes para o Brasil, temos que fazer reverberar na sociedade ate chegar no congresso.

https://www.youtube.com/watch?v=Jh92Z9nIMbA&t=6231s&ab_channel=ARTEDAGUERRA

https://www.youtube.com/watch?v=W-IONI22Bf4&t=4230s&ab_channel=ARTEDAGUERRA

Last edited 3 meses atrás by Bueno
Vitor

Com todo respeito …o sist&ma está falido .

Marcelo

Acho que a Fab está contando com a compra 12 unidades pela colombia para ela refazer seu cronograma de entregas em quanto a linha de montagem estara ocupada produzindo os avioes da colombia .

Bispo de Guerra

Nem li … que o bom senso e a inteligência prevaleça.

Vai para a Argentina F-16 … um pleonasmo 😁

Osmar

A mente de vcs e muito do país que vivemos hoje e trote ler isso e perceber que estamos em um buraco sem volta

Bispo de Guerra

Explica com sua mente suprema, porque o Brasil deve adquirir caças usados, com elevados custos de manutenção….

Nei

Bispo. Ele não gosta do F-39, prefere atirar para qualquer lugar.

Se não tem dinheiro para F-39, porque comprar um F-16 de 30 anos de uso?

Chris

Voce leu a matéria ? O problema financeiro e a excassez de células para um pais com dimensões continentais, é uma realidade !

Precisamos de muito mais caças até para garantir a integridade destes 36 Gripens.

Eu acho que não é bem a FAB que deveriamos estar criticando !

Bispo de Guerra

Quem compra mal paga dobrado …

Adquirir um caça datado para tampar buracos é tiro no pé …

Investe o que iria gastar com esses “refurbished” em F-39 fabricados aqui … não há necessidade alguma de comprar no desespero “qualquer coisa”.

Euller

Por que não duplicar a capacidade da nossa linha de montagem….
Afinal, a única peça que vamos ter que comprar lá fora seria o motor (e é uma vergonha não investir em um motor de fabricação nacional…..)

Camargoer.

Olá Euller. Segundo a Saab, a construção de um Gripen varia de 2 a 3,5 anos, dependendo do tamanho da equipe (o número de horas é o mesmo).

Então, é possível acelerar a produção do Gripen sem precisar investir na ampliação da linha…

Euller

Vim da indústria mecânica….
2 anos pra construir esse ou qualquer outro avião é um prazo absurdamente inaceitável….

Camargoer.

Oi. Foi o que a Saab informou…. lembrando que além da estrutura e da instalação dos dispositivos, é preciso considerar o tempo necessário para a enconmenda e entrega dos dispositivos e do motor, São sistemas fabricados sob encomenda.

Carlos

Não podemos enviar uma carta aberta ou colher assinaturas e demonstrar nossas preocupações e inconformismo, com a possível aquisição de caças usados e com baixa expectativa de poucos anos de serviço ?

Neto

Considero a proposta de Nunão a mais balanceada, por: Manter a linha do A29 mais tempo aberta; Aproveitar especialistas mecânicos/eletrônicos/elétricos/hidráulicos no A29 em um esquadrão em Santa Maria; Não ter que treinar pessoal de manutenção em uma nova aeronave; Aproveitar os pilotos e pessoal de manutenção dos A1 em uma migração direta para o F39s; Possibilidade de implementar novas doutrinas em um novo A29 a ser repassada a todos os terceiros; Mitigar a necessidade de aeronaves tampão colocando o $$ em uma aeronave nacional – com possibilidade de compra de mais armamentos; Entretanto se o $$ ta curto o caminho… Read more »

Neto

Aos que melhor entendem do contrato, hoje como está, um dúvida.

Assisti no youtube, acredito que pelo Caifa, uma afirmação que o acréscimo de 4 unidades, de 36 para 40, aventado no governo passado, estava junto da negociação da construção dos Fs apenas na Suécia.

Procede? O contrato atual é para 40 aeronaves?

Rafael

Se os F-16 vierem mesmo daqui a 10-15 anos vamos precisar substituí-los, ainda que sejam modernizados e por melhor que seja a manutenção serão células com mais de 40 anos e que vão chegar aqui muito usadas.
E será que daqui a 10-15 anos ainda existirá Gripen E/F em produção,caso as vendas para outros países não avançarem…?
E se não existir mais Gripen até lá, será que as alternativas em um eventual FX-3 não serão muito mais caras de adquirir e manter?

Henrique

Brasil comprou a tecnologia… não existe “será que daqui a 10-15 anos ainda existirá Gripen E/F em produção”

O Gripen é a espinha da FAB, se precisar de mais avião fabrica mais Gripen.

Rafael

A Dassault alguns anos atrás chegou a admitir a possibilidade de fechar a linha de produção do Rafale se as encomendas não chegassem a 11 unidades por ano (se eu não estiver enganado). O tempo passou, o Rafale vendeu bem fora da França e a hipótese foi descartada. Não sabemos a meta da SAAB, mas o fato é que já existem movimentos para desenvolver uma aeronave de “geração superior”, e que provavelmente vai substituir o Gripen. Com o agravante de, no caso do Gripen, não estar vendendo bem…até o momento. Seria importante conquistar mais clientes para afastar essa possibilidade, mas… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Rafael
Alex Tiago

Legal esse corretor. Da pra apagar já que as pessoas não conseguem entender

Last edited 3 meses atrás by Alex Tiago
Chris

Como profissional da industria… Eu sei que existe uma realidade !

Uma coisa é você fabricar peças de reposição para um VW Gol… Se forma até um mercado paralelo, abrindo uma competição em preços. Outra, é fabricar para um Peugeot 206 !

Pela fraca demanda de um 206… A industria so fabrica, se pagarem bem !

Agora.. Com a transferencia de tecnologia… Eu não acredito que devemos enfrentar problemas maiores nessa parte.

Last edited 3 meses atrás by Chris
Santamariense

Nunão, boa parte não é tudo. Existem muitos itens que são excusivos e, se alguns dele, com propriedade intelectual ou patente se tornar escasso, os custos sobem…não existe mágica.

Esteves

Existe uma linha de produção na Suécia com fornecedores desenvolvidos para o produto sueco. Peças e partes como em qualquer outra indústria tem prioridade para o mercado principal, sueco.

Aviões vendidos representam um volume menor X avioes produzidos para os próprios suecos.

Os 36 ou 60 Gripens vendidos ao Brasil ou à qualquer outro país nunca estarão à frente da fila de prioridades para manutenções e atualizações dos suecos.

A saída teria sido nacionalizar mais. E o dinheiro? E quem forneceria?

Joao

Existe um fator, q não deve ser considerado pra planejamento, mas pode ocorrer. Guerra. Da forma como as coisas estão indo, mas guerras poderão ocorrer, e o Gripen é “barato e capaz”. Há até especialistas q levantaram a questão da USAF o adota-lo, com os problemas do F-35. Pro Brasil, o grande problema é as coisas estarem evoluindo rápido, sem a possibilidade de boas compras, ao mesmo tempo que a ideia de possibilidade de guerra ficou fraca por muito tempo, depois da guerra fria. Defesa está caro demais, com “poucos” meios disponíveis e a possibilidade de tudo ter q aumentar… Read more »

Allan Lemos

Brasil não comprou nada, só a informação de como encaixar o parafuso A na parte B e como o fio vermelho se encaixa no painel C.

A maioria das tecnologias do Gripen nem mesmo é da SAAB. Como ela vai vender o que não lhe pertence?

Então não, o Brasil não poderia simplesmente “fabricar mais”. Para isso teria que pagar royalties e comprar 80% dos componentes do avião dos EUA, do Reino Unido e de empresas suecas.

Daniel

E como você acha que funciona nos outros países, amigo? Nem os americanos produzem 100% das peças que equipam as suas aeronaves.
O Henrique está certo. Se a FAB precisar de mais Gripens, é só fabricar mais e comprar os mesmos componentes que teria que comprar de qualquer jeito. A situação dos suecos não é diferente da realidade brasileira.
Só tem uma coisa que eu acho necessário produzir aqui: o motor. A FAB e a EMBRAER deveriam chegar a um acordo com o fabricante e produzir sob licença o motor no Brasil.

Allan Lemos

Ah sim, “só fabricar mais”.

Se o Reino Unido negar aos EUA peças para o F-35, a indústria americana pode repor sua falta.

Se o Reino Unido negar ao Brasil peças para o Gripen, poderá a indústria brasileira fazer o mesmo?

Vocês são ufanistas demais. A FAB/Embraer não tem condições nenhuma de fazer Gripen. Elas podem, no máximo, montar um, caso haja peças disponíveis, obviamente.

Se não for do interesse dos EUA, Reino Unido ou Suécia, não vai sair um avião da fábrica da Embraer.

Maurício Fonseca

pela sua lógica a FAB nao terá avião algum.

Rodrigo

Perfeito o seu comentário! Nos falta conhecimento em ciencia dos materiais para motorização, algoritimos para avionica e aerodinamica supersonica ( modelos computacionais).

Rinaldo Nery

Aerodinâmica supersônica está sendo repassada à EMBRAER, agora, nesse projeto.

Santamariense

Observe que as partes do Gripen produzidas no Brasil são feitas pela SAM – SAAB Aeronáutica Montagens, uma subsidiária da SAAB. Não são fabricadas por uma empresa de capital nacional, como a Akaer (que participou do projeto) ou Embraer. Enfim … é muita festa e empolgação. Temos um ditado aqui no RS: “É igual à tosquia de porco, muito grito e pouca lã!”.

Daniel

Engraçado . . . A Experiência chinesa prova que você escreveu bobagens. Se houver necessidade, de um jeito ou de outro o problema é resolvido.

Alecs

A matéria é uma das melhores que já li e, inclusive, ajuda quem não acompanha o assunto a formar opinião. Voltando ao que pontuou, Daniel, o motor é da GE e podeira/deveria ser montado e alguns de seus componentes fabricados no país, assim como acontece na Coreia do Sul com os motores dos T-50 e suas versões. As questões são quantos e a que custo? No programa AMX inicialmente havia previsão de absorver tecnológica para motores da Rolls Royce, mas com a falta de dinheiro isso não aconteceu. Se desde o início a FAB/governo federal tivessem contratado os 108 caças… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Alecs
Osmar

Foi a pior que já li até hoje

Fernando Vieira

Houve um investimento nesses motores por parte da GE CELMA (que na época ainda era só CELMA). Construíram um prédio lá com banco de provas e ferramental para manutenção e reparos nesses motores. Pessoal lá chamava de Spey.

Mas montagem de motores novos só começou a ser feita a partir dos CF-34 que equipam os E-jets de primeira geração. Essa foi inclusive a primeira linha de montagem de motores da GE fora dos EUA.

Osmar

Gripen n pelo amor gente , o Brasil precisa deum modelo de caça para a Marinha e mais dos modelos para substituir os AMX e outro Para substituir os F5 , o gripens substituíram os mirrages

Marcelo Baptista

Não, os Gripens substituíram os Mirage, substituirão os F5 e os A1.
Infelizmente para a Marinha, primeiro precisa focar nas FCT e nos submarinos, aviação, me desculpem as equipes do A4, só se aparecer dinheiro.

Camargoer.

Olá Macelo.. correndo o risco de sair do tema, a MB precisa primeiro definir sia estratégia.. ter ou não um NAe (concluí que seria melhor abrir mão disso e focar em navios como o Atlêntico ou um futuro navio parecido ao Mistral).

Esta decisão levará a outra decisão importante.. a viablidade de um esquadrão de defesa naval ou sua extinção…

só então chegará a defnição do tipo de aeronave e da doutrina (caso seja concluido que um esquadrão de caça naval operado pela MB é viável

Nilo

A FAB quando fez o acordo com os suecos, escolheu o ToT que lhe convinha, escolha técnica, aplicável e necessária, está foi a razão pelo qual venceu o Gripen. A tecnologia transferida é de propriedade e domínio sueco, a Saab transferiu conhecimento que lhe pertencia. Qualquer coisa que o Brasil venda e por acordo não seja de seu domínio e propriedade como qualquer país pagará royalties.

Maurício Fonseca

“Fabricar mais” é contratar e pagar por isso, já está implícito, isso é obvio.

Henrique

“Então não, o Brasil não poderia simplesmente “fabricar mais”. Para isso teria que pagar royalties e comprar 80% dos componentes do avião dos EUA, do Reino Unido e de empresas suecas.”

paga isso e fabrica o gripen, simples…

ai não paga as licenças pro EUA, mas paga pra ter um caça sucata dos eua… logica deturpada ultrapassa o bom senso

Marcelo Baptista

Mas somos inimigos dos EUA ou do RU? Governos vão e vem. Continuamos nossas relações mesmo com fortes divergências, mas continuamos. Entendo a visão, devemos fabricar tudo, para realmente sermos independentes. Mas o Gripen nos dá, mesmo que limitada, uma independência em alguns itens, pelo que lembro, o link de comunicação criptografado é nosso, e isto é muito importante. A integração de novas armas esta sobre controle da FAB, ou seja, pode comprar de quem quiser, chines, americano, europeu ou russo. Temos um nível de manutenção altíssimo para atender os F-39, que também é muito importante. O F-39 nos coloca… Read more »

cipinha

Não é tão simples assim, uma vez que a linha de produção é fechada, reabrir tem um custo alto, muito ou todo o ferramental e o pessoal já se perdeu, custa caro, há algum tempo aventaram nos EUA a possibilidade de reabrir a linha de produção de F-22 por míseros 500 milhões de dólares

Henrique

então não fecha a linha, continua comprando gripen, continua comprado a29, continua comprando KC

“ahhmais só tem dinheiro pra manter 40 caças”

da baixa no 1 e compra o 41

Euller

Enrique, vejo nossa lentidão pra tudo….
O nosso A29 tem uma fábrica nos EUA, que se não me engano, é 100% deles, e acho que eles estão fábricando mais A29 que nós mesmos….
Os “pseudo” donos do projeto….

Leandro Costa

Você está enganado.

Euller

Caro Leandro Costa (provavelmente um dos que vem negativando meus comentários…)

Prove que estou enganado…

https://licitacao.com.br/embraer-abre-unidade-do-super-tucano-nos-eua/

Camargoer.

Então…. a não ser que a FAB esteja planejando comprar os aviões que iriam para a Argentina, deixando os argentinos sem caças por mais uma década (neste caso, quem deveria pagar os F16 para a FAB seria a Inglaterra). a FAB deve usar cada tostão para comprar mais Gripen

Chris

Que daqui a 10-15 anos não existirão mais Gripens novos… Me parece bem obvio ! A SAAB está focada em caça de 5a geração.

Mas ate la, ja teremos destrinchado toda a tecnologia do Gripen, para mante-los ou produzi-los.

Lorde Baden Power

Entendo que isso venha do executivo, o atual dono da cadeira já fez isso no primeiro ou segundo mandato cortando a verba com a desculpa estapafúrdia de combater a fome no Brasil, que até o momento permanece…

Jacinto

Exatamente na primeira semana do 1º mandato do Lula ele suspendeu o então FX… e depois mandou para o lixo. Na época, ele disse que o valor do programa seria mais bem gasto combatendo a fome.

Zorann

Não vou entrar em discussão política, mas basta ver o noticiário para saber que o governo está sem grana. Não conseguiu aumentar a arrecadação como esperado e tem um arcabouço fiscal, e suas consequências, batendo na porta.

Caerthal

O governo está sem grana para fazer coisas sensatas e necessárias. Para idiotices estão sobrando recursos.

Joao

Só de exemplo:
500 milhões pra Itaipu fazer Com Soc….

PARA QUE??????

Camargoer.

João… o orçamento de Itaipu, assim como o da Petrobras ou dos Correios, não faz parte do orçamento publico.

Como a União tem 50% de Itaipu, também é a majoritária da Petrobras e tem 100% dos Correios, ela ganha os dividendos proporcionais dos lucros destas empresas. Além disso, estas empresas pagam impostos e contribuições previdenciárias….

O orçamento de cada empresas é decidido pelos diretores e precisa ser aprovado pelo Conselho da empresa…

O orçamento publico é elaborado pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo…

misturar isso é criar uma confusão onde não existe

Santamariense

“ O orçamento de cada empresas é decidido pelos diretores e precisa ser aprovado pelo Conselho da empresa…”

E quem tem mais voz no conselho da Petrobras? E no conselho dos correios? Não é o GF? Ora, por favor…

Samuel Asafe

Pessoal, vamos lá, precisamos nos ater às notícias, a arrecadação subiu sim! É só dar um Google pra ver que o problema no Brasil não é a arrecadação não estar subindo, o problema no Brasil, é gastar simplesmente 500 bilhões de reais com isenção fiscal, e deixar de fazer absolutamente todo o resto. Eu ainda acredito que alguma coisa deve vir por parte do congresso a fim de dar previsibilidade pro orçamento das forças; que seja 1,4% ou 1,5%, em vez de 2%, mas tem de vir alguma coisa.

Fernando Vieira

Ia postar um comentário mas vou poupar o trabalho dos editores. Ia fugir ao tema. Como não tem como apagar o comentário, fica aqui minhas desculpas.

Last edited 3 meses atrás by Fernando Vieira
Joao

E a sonegação?
50% do que deveria ser arrecadado…
Dava pros políticos roubarem o dobro e ainda chegaria o dobro na ponta da linha….

Camargoer.

João… sempre existiu e continuará existindo. Isso é coso de polícia.. por isso a Receita tem seu sistema de fiscalização.

Sonegação é como cano velho.. fecha um vazamento, aparece outro.

cipinha

O problema é que o governo fez uma gastança logo no início com aquela PEC da transição muito superior ao que era necessário, sem contar esse arcabouço fiscal capenga, o governo não quer cortar gasto, mas resolver o problema do déficit público apenas com arrecadação, só que existem despesas que são automáticas, toda vez que a arrecadação sobe, o Estado precisa gastar mais com elas, caso de saúde e educação, o teto de gastos congelava esses aumentos automáticos, você tinha o gasto do ano anterior corrigido pela inflação, se o governo quisesse gastar mais em uma área, precisava cortar em… Read more »

Samuel Asafe

Isso não é verdade colega, o arcabouço fiscal novo não permite que as despesas subam em 100% da arrecadação.

Cipinha

Saúde e educação estão fora da regra, existem despesas que sobem automaticamente no Brasil, se subiu a arrecadação, você é obrigado a gastar mais

JS666

A PEC da transição foi o básico do básico pra manter a máquina girando, e era o jeito mais simples e menos danoso tentar aumentar a arrecadação como foi feito, focando nas isenções e evasões. Não resolveu, e não tem da onde cortar (vão tentar passar o pente fino nos programas sociais, o que também concordo, mas duvido que resolva o problema). O executivo não pode reduzir os salários do legislativo e judiciário que estouram teto nem suas verbas simplesmente. As categorias “normais” do funcionalismo estão com os salários praticamente congelados (ou literalmente congelados) há 10 anos, perderam muito com… Read more »

Cipinha

A PEC da transição foi muito superior ao que era necessário, a maioria dos economistas falavam em algo entre 60 e 100 bilhões, veio 200, agora o governo corre atrás de tampar um buraco bem maior criado por ele mesmo e essa diferença não foi para o social não. Sabe algo que estava funcionando mesmo aos trancos e barrancos e sendo vez ou outra desrespeitado, o teto de gastos. Imagina se fosse levado a sério, mas criaram uma politização sobre o mesmo, queriam tirar as despesas de saúde e educação dele, agora estão aí com esse arcabouço que todo mundo… Read more »

Bueno

Zorann

A arrecadação do governo federal somou R$ 228,87 bilhões em abril, o maior valor para o mês desde 1995, o início da série histórica. Subiu 8,26% em termos reais (corrigidos pela inflação)…

https://www.poder360.com.br/economia/arrecadacao-soma-r-2289-bi-e-bate-recorde-para-o-mes-de-abril/#:~:text=A%20receita%20do%20governo%20federal,bi%20ao%20longo%20de%202024&text=A%20arrecada%C3%A7%C3%A3o%20do%20governo%20federal,o%20in%C3%ADcio%20da%20s%C3%A9rie%20hist%C3%B3rica.

Last edited 3 meses atrás by Bueno
Zorann

Vc já viu que saúde é educação ficaram fora do arcabouço fiscal?

Aumentou a arrecadação sim, mas uma porcentagem disto é vinculado em saúde e educação e não podem ser gastos em outra área.

A quantidade de aumento de arrecadação, descontados saúde e educação, estão aquém do esperado e não cobre as despesas

Euller

As verbas tem que ir para programas em que “eles” consigam com maior facilidade, “desviar as verbas” por isso em governos como o atual, um país rico como o nosso sofre…..

Mas isso é bom, por que vamos ter uma boa quantidade de gente vendo que o anterior governo não foi ruim. Pelo contrário…. Talvez se tivesse sido reeleito, não teríamos crise e poderíamos além de manter o programa FX2 comprar algum caça usado, para em menos tempo tampar as brechas existentes…

Allan Lemos

É decisão da FAB, o poder político não se mete nesse tipo de decisão, o que inclusive é uma das minhas críticas.

Lembre que quando o Executivo escolheu p Rafale, a FAB o desautorizou e escolheu o Gripen.

As forças armadas tomam esse tipo de decisão sem sentido justamente porque têm autonomia excessiva em relação ao poder civil.

Nilo

Só faltava essa, dizer que o erro foi por uma escolha técnica rsrs

Allan Lemos

Pode não ter sido um erro técnico mas um estratégico, já que não colocou outros fatores na balança.

A FAB colocou um peso maior na questão do preço e desprezou outras variáveis.

Creio que eventualmente o Gripen vai se tornar aquele tipo de carro que você compra barato, mas depois de alguns anos não acha peça nem mecânicos que saibam mexer nele.

Rinaldo Nery

Todo mundo sabe o “fator” que estava na balança pro Rafale. Não seja ingênuo. Eu estava na COPAC.

Camargoer.

Explica que tem gente que não sabe..

Rinaldo Nery

Você sabe também.

carvalho2008

é otimo negociar com franceses;;;;famosos de longa data…e famoso com famoso,,,,dá festa….

Camargoer.

Olá Rinando, Tem muita gente que passou a acompanhar a trilogia há menos tempo que nós dois… e quem estava no COPAC era você. Qualquer coisa que eu escrever é de segunda mão.

Seria realmente uma grande contribuição que você, testemunha de primeira mão, explicasse o que aconteceu…

Euller

Uma real possibilidade….
Talvez não dê mecânicos para manutenção, mas das demais peças….

Querendo ou não, o F16 vai estar em serviço mais uns 20 anos… Dados que até hoje é fabricado….

Euller

Eu desejo saber o que as pessoas que negativaram meu comentário tem como resposta à isso??? Acaso não é uma verdade o que falei? O Fernando “Nutão” apenas falou verdades, e eu tam´bem… Afinal, quantos anos de serviço os nossos F5 tem??? Caso eu não esteja errado e matérias que lí nos blogs de aviação estejam erradas, o F5 mais antigo produzido pelos EUA, voa aqui na nossa FAB… Quantos anos tem de voô??? Uns 50… Então os F16 de 30 anos tem mais 20 pra voar… (sim eu sei que tem que levar em conta as horas voadas pela… Read more »

Leandro Costa

A solução que o Nunão apresentou é muito melhor do que comprar qualquer aeronave usada, que por sinal não serão de pronta entrega, diga-se de passagem. A solução que ele apresentou investe dinheiro no Brasil, ao passo que comprar esses F-16C/D block 30 da vida, seria como jogar dinheiro fora. Fora que eu acredito sinceramente que todas essas células foram voadas até o talo, necessitariam de um programa de extensão de vida, além de modernizações que não os deixariam no mesmo nível de um Gripen novo de fábrica. Se é para gastar dinheiro, que se gaste aqui. É simples assim.… Read more »

Joao

O poder político no Brasil comprou o Mi-35… que NINGUÉM QUERIA… Forçou manter essa joça, se não, não liberava $$ pra modernizar os A-1, pq “entendiam” q o Sabre era mais importante… O poder político ENTUBOU mais 100% de recrutas em 2003… só pra ter mais número de empregados… O poder político “salvou” a indústria de caminhões no Brasil, comprando mais de 5.000 pras FFAA, sem nem mesmo fazer uma consulta descente…. Comprou de todas as fabricantes, modelos q não atendiam as necessidades, causando um auê logisitico. O poder político mandou as FFAA manterem seu efetivo, podendo aumentar em até… Read more »

Allan Lemos

Quem seria esse “ninguém”? A FAB?

Vale uma lida na CF/88. O Comandante em Chefe das forças armadas é o Chefe do Executivo.

A FAB nāo tem que “querer” nada. Tem que abaixar a cabeça e obedecer. É assim que funciona nas democracias.

Os Mi-35 foram úteis.

Leandro Costa

Você está se contradizendo.

“É decisão da FAB, o poder político não se mete nesse tipo de decisão, o que inclusive é uma das minhas críticas.

Lembre que quando o Executivo escolheu p Rafale, a FAB o desautorizou e escolheu o Gripen.

As forças armadas tomam esse tipo de decisão sem sentido justamente porque têm autonomia excessiva em relação ao poder civil.”

E no caso, ninguém, seriam Força Aérea, Marinha e Exército. Ninguém queria o Mi-35, mas a FAB foi obrigada à ficar com eles. Não achei os Mi-35 minimamente úteis.

Allan Lemos

No primeiros parágrafo, referia-me à questāo da suposta compra do F-16. Caso aconteça, será decisāo da FAB.

Meu comentário foi no sentido de que é o poder civil que deveria decidir o que comprar e quando comprar, com o apoio técnico da FAB através de pareceres.

Mas o poder decisório é do poder civil, fosse esse o caso, o Legislativo poderia barrar a possível compra do F-16.

Joao

Parabéns, parecer técnico.
O que não houve pra latirem pelo Rafale…

Joao

Nenhum especialista. Foi pra FAB, por ser a mais moderna.
E estamos ainda numa democracia.
O chefe do executivo não é rei. Tem de obedecer os objetivos traçados e publicados.

Realmente, é bom ler a CF…

Allan Lemos

O chefe do executivo não é rei. Tem de obedecer os objetivos traçados e publicados. A escolha sempre foi do Presidente da República, a menos que você mostre alguma norma que diga que ele está vinculado a qualquer decisão de seus subordinados. Novamente, vou pedir que leia a CF/88, o chefe do Poder Executivo Federal está acima das forças armadas, que são órgãos de Estado. Inclusive, a lista com os finalistas passou anos na mesa do Presidente, como se aproximava o final do mandato, preferiu deixar a escolha para sua sucessora, isso foi amplamente divulgado. A prova de que a… Read more »

Joao

Caso não saiba, há processos de decisão que são publicados, os trabalhos são respaldados por determinações publicadas pelo próprio chefe do executivo, com a atenção total do TCU.
Começa com uma requisição, com seus requisitos devidamente aprovados, por critérios técnicos.
O Ch Executivo não decide fora disso. Chama-se Improbidade Administrativa.

O F/A-18 não era o preferido. Isso é lenda.

Tem chefe do executivo que escolheu fora desse escopo e perdeu o mandato.

Caravaggio

Para depois se demostrar que não houve qualquer improbidade administrativa e se inocentar a prelada, mas aí Inês, ou melhor, Dilma, já estava morta.

ChinEs

O F-39 Gripen E/F é Caro, apenas o Brasil e Suecia operam esse modelo, essa linha de montagem sem ter muitas encomendas é inviavél, mesmo com o segundo lote de caças, não vai baixar muito preço, no minimo deveria ser 3 lotes de 36 unidades, totalizando 108 caças, caso a Colombia ou o Chile aceitem mudar para o Gripen E/F, poderia aumentar a quantidade para 150 a 180 unidades, ai talvez fosse economicamente viavel… Do resto é mais uma linha de montagem que o Brasil têm, grande parte do itens são importados, desde a turbina ao radar, os sistemas de… Read more »

Marcos Silva

Exato. Mas não querem ver isso! O Gripen deveria ser comprado pronto,com direito à acesso aos seus sistemas. Se pra uma simples compra já não temos todo o dinheiro,imagine pagar o tal ToT e participar de desenvolvimento. Esse foi o maior erro da FAB. Essa linha de montagem não sobreviverá ao tal segundo lote. Que virá,mas em que quantidade?

Nilo

É comprometer por um imediatismo um programa que pode colocar a FAB entre os grandes construtores? Isso é como agora dito pelo editor Retrocesso.

bit_lascado

A FAB não tem que construir aviões.

Nilo

Não tem, quem constrói os Gripens é a Embraer.

Santamariense

Quem monta é a Embraer. Que eu saiba, a Embraer não fabrica nada do Gripen. As partes feitas no Brasil são fabricadas pela SAM, subsidiária da SAAB em São Bernardo do Campo.

Nilo

Alguma dúvida rsrsr

Marcos Silva

FAB não é sigla de fabricante. A FAB na fabrica nada…

Rodolfo

Se fosse assim deveria ter comprado F16MLU holandeses quando foram oferecidos em 2001 por 5 milhoes de dolares a unidade, naquela época faria sentido… tanto que a FA Chilena comprou alguns. Hoje é dinheiro jogado fora pois o aviao vai voar por mais uns 10 anos sem upgrade e em 2035-40 teria que ser substituido novamente. E a situaçao da FAB nao é tao ruim quanto a da FA Argentina que literalmente estava perto de fechar as portas.
Caça barato novo só Chines ou Indiano, coisa que a FAB provavelmente nao quer.

Euller

Olha….
Esses cacas indianos deveriam ter sido olhados com mais carinho….
Talvez deveriam ainda serem considerados….
Precisamos de um caça mais parecido com o AMX e outro com os A1 da marinha….
Linhas ainda desprezadas por quem está fazendo essas compras….
O engraçado é que até os “Los Hermanos” tem um caça leve como treinador, enquanto nosso treinador é o A29 ou o A26…. Vergonhoso….
Um caça super leve, além de treinador, seria mais um vetor de defesa….

Euller

Uma pergunta (que sabemos que não temos a resposta…)…

Qual a capacidade de produção/entrega (com qualidade) desses tais Grippens pela Suécia….?
Não estão conseguindo honrar nem com essa baixa procura pelos cacas deles….
Devem ter uns 5 funcionários em toda a fábrica…. (Kkkkk, desculpem a piada, mas é patético essa linha de produção deles frente à das que produzem e entregam aos EUA)…..

Euller

Caros amigos ChinEs e Marcos Silva…. Eu gostaria de saber o por que comentários excelentes, bem centrados na realidade e em nada podem ser refutados, de receberem tanto “negativo”…. Acho que o “Grippe” tem um “fan-clube” que se alguém falar a realidade, eles caem em cima… Grippen F29, um caça excelente “no papel”, pois no papel, ele tem diversas características interessantes… Mas nunca entrou em combate, Nunca teve um único Kill, só dois países voam esse avião, e com pouquíssimas unidades voando no mundo… Contra um F5 com milhares de caças mundo à fora, F16 também com milhares de unidades… Read more »

Funcionário da Petrobras

Ué!
Falei há poucos meses que o cronograma do Gripen estava atrasado e teve gente que me malhou, falando que não, que o cronograma estava em dia e que desenvolvimento de um avião não é a mesma coisa que desenvolver um tênis.
Inclusive um dos editores desse blog falou que o cronograma estava em dia.
Agora editam uma matéria falando do atraso.

Rafael

Vai ficando evidente que a FAB tinha um planejamento sincronizado entre as entregas do F-39 e a desativação dos A-1M e F-5EM/FM, que teriam suas funções também assumidas pelos Gripen.
Talvez não contavam com tantos atrasos e a alternativa agora é uma solução provisória que pode comprometer o planejamento inicial e o futuro do programa.
E a SAAB poderá ver morrer a esperança que tinha de ter o Brasil como maior cliente potencial do Gripen…

Last edited 3 meses atrás by Rafael
Moriah

Exatamente. O que se prevê agora, daqui a dois anos, já não será a mesma coisa. A obsolescência estimada nem sempre se cumpre. O estado da frota está se acelerando mais nessa direção. O mesmo ocorre na Marinha e é o que digo, nesse caso, 2028 já parece otimista agora, pq se não começar em 2027 ou mesmo 2026 as baixas, não digo nada. Por que na FAB ou no EB seria diferente?

Last edited 3 meses atrás by Moriah
Diego

Por favor entendam de uma vez por todas, o cronograma de entrega foi alongado porque a FAB não tem dinheiro, não é culpa da SAAB. Nós demoramos décadas para escolher um avião programas FX, FX1, FX2. Escolhemos um ótimo avião de 4.5+ com tudo que tem direito. O avião é bom o pacote de transferência de tecnologia é bom, o programa foi bem feito falta só o dinheiro.

Palpiteiro

Esta com dinheiro por exemplo para abrir mais uma escola de engenharia, cuja missão institucional é do MEC.

Charle

Mas se adentrarmos nesse e em outros assuntos logo logo aparece alguém para dizer que tais pontos são irrelevantes, fúteis ou coisa que o valha e que nada agregam à discussão. Enquanto isso as vantagens e mordomias correm soltas…

Palpiteiro

O caminho é incentivar o MEC a comprar caças

Camargoer.

Dai o MinDef vai ter que comprar livro

Santamariense

Não precisa. É só o MEC e MCTI fazerem a parte deles, daí a FAB não precisa gastar com aquilo que não é responsabilidade dela.

Palpiteiro

Qual a necessidade da FAB manter e estar construindo mais uma escola de engenharia hoje? Qual a necessidade de manter uma fazenda hoje? Se isso é prioridade, então está mesmo certo estar sem aviões mesmo.

Palpiteiro

ITA está abrindo mais um curso de engenharia, no Ceará. Mantém colégio militar para os seus, Isso é missão institucional de defesa? MEC tem mais hospital que o ministério da saúde. Ministério da defesa se abusar também tem mais hospital que o ministério da saúde, cuida de fazendas que é coisa do ministério de agricultura. Quanto este desvio de missão institucional custa recorrentemente?

Camargoer.

Olá P. Eu defendo a extinção de todos os colégios militares.

Não tenho uma opinião sobre as escolas de nível superior (ITA, IME e Escola Naval). Tem dias que eu penso que deveriam estar na alçado do MEC. Outros dias, que as três escolas deveriam estar subordinadas diretamente ao MinDef. Ás vezes, acho que deveria ficar como está….

Ainda não tenho opinião.

Sobre os colégios militares, tenho certeza que devem ser extintos e a sua infraestruura repassada para as secretarias de educações estaduais.

carvalho2008

As escolas militares são um otimo benchmarking….não vejo motivo para eliminar…se são sucesso de indicador…qual o problema? Tem algum indicador comparativo para justificar ?

Santamariense

“… Sobre os colégios militares, tenho certeza que devem ser extintos e a sua infraestruura repassada para as secretarias de educações estaduais.”

Isso! Ideia de “jênio”! Tira da administração dos militares os colégios que estão entre os melhores do Brasil e os joga na bagunça e baixa qualidade que são as secretarias estaduais de saúde! Kkkkkkkkkk

Santamariense

Saúde? Leia-se Educação.

FAS

A função da FAB é cuidar da defesa aérea ou educação?
De uma vez por todas as FA devem cuidar da sua atividade fim e ponto.

Rinaldo Nery

Ainda bem que não vai acontecer….

Camargoer.

Olá Rinaldo. Os colégios militares foram criados em um época na qual era inexistente uma rede de ensino básico… lembro de ter visto uma entrevista com Zuenir Ventura quanto ele contou que precisou se mudar para o Rio de Janeiro para cursar o ensino médio… na seção de perguntas, indaguei por que ele escolheu ou escolheram isso? Ele respondeu que simplesmente não existia escolas de ensino médio em toda a região onde ele nasceu…. AVISO DOS EDITORES A TODOS: A DISCUSSÃO SOBRE A EXISTÊNCIA OU NÃO DE COLÉGIOS MILITARES DESVIOU TOTALMENTE DO TEMA ORIGINAL DA MATÉRIA. VOLTEM AO ASSUNTO PRINCIPAL.… Read more »

carvalho2008

Escola militar se secundaria tem a função de dar cobertura a mobilidade familiar obrigatoria do militar, bem como laborar com a propria formação educacional brasileira. Se Escola de nivel superior, existe para cobrir seu nicho especifico e natural de formação superior da area… Se instituto de pesquisa..então pesquisa aplicada a area…mão tem Curso de filosofia ou historia…. E se a conversa se estender a escola militarizada ( não é militar ) , o orçamento já é estadual, o material é o mesmissimo do MEC e os professores os mesmos de antes da conversão, só que agora ela desponta nos rankings… Read more »

Euller

Falou asneira hein colega….
Os alunos que saem das escolas militares, são os melhores, e são a nata que vai formar nossa elite militar….
O que demoraria muito mais quando a pessoa vem de uma escola civil,….

Camargoer.

Caro. Você pode discordar, mas continua sendo um erro o MInistério da Defesa manter escolas de ensino básico. Isso foi uma necessidade quanto o país carecia de um sistema de educação publica e universal. Isso é passado. Hoje, existem escolas públicas e particulares de qualidade em todas as cidades e regiões do país. O colégio militar perdeu sentido e consome recursos escassos que faltam no MinDef para a missão principal, que é a defesa do país. No passado, existiam duas carreira para as pessoas ascenderem socialmente (clrao que falo daqueles que estavam em baixo da pirâmide social). A carreira militar… Read more »

Joao

Uma coisa é uma coisa.
Outra coisa é outra coisa.

Essas escolas que deveriam ser do MEC contribuem para nossa indústria bélica e as próprias forças se livrarem de muitas amarras.

Se depender do MEC, aquele caminho de bike sobre o caminho Niemayer foi pra água…
O caminho do 1º Ten QEM Niemayer ainda está firme e forte.

Palpiteiro

Qual é a missão institucional?

Volpi

Fico me perguntando como nenhum outro país enxergou todo esse potencial do Gripen….. só o Brasil…..o futuro das linhas de produção do Gripen tanto aqui como na Suécia é certo… serão paralisadas…novos pedidos não vão aparecer…..sem peças…..sem produção…..quando isso acontecer vamos fazer o que ?

Leandro Costa

Pode me dizer quantos países compraram o Viggen e quanto tempo ele ficou em serviço?

Nilo

Na América do Sul e Vamos dizer na América latina, quantos teriam dinheiro para participar de um projeto da magnitude do Gripen, inclua a capacidade de internalizar os conhecimentos. Como já foi falado na Europa, em jogo está o poder econômico e geopolítico de uma grande potência. Não é a primeira vez que os suecos bancam e produzem um caça, não é de hoje que os suecos firmam que o Gripen veio para ficar, mas a quem acostumado a ausência de planejamento de projetos a longo prazo ache que os suecos tenham o mesmo comportamento volátil. Rsrsrs

Euller

Nilo, nos refresque a memória….. Quando o “Grippe” foi comprado???? Porque as entregas não começaram assim que ele foi comprado????? Uma vergonha demorar uma década pra entregar um avião…. Em outro debate aqui, vieram me “detonar” quando eu defendi um “possível” desenvolvimento do abandonado programa do F20 Tigershark….. Dizendo que o desenvolvimento de uma aeronave demora quase uma década de projeto…. Oras, o F20 já existe e seria mais uma atualização…. Por que não comprar na mão da referida empresa o projeto e as consseções pra produzí-lo???? Hoje ele seria uma realidade e a Embraer teria mais um currículo à… Read more »

Leandro Costa

Euller, conhece a expressão ‘face palm!’?

Cada post seu aqui, tem causado múltiplos.

Euller

É mesmo caro sr Leandro Costa…. Falar a verdade é causar vergonha???? Então problemas de quem achar… Oras… Ter nos temos uma indústria aeronáutica competente, se não fosse o CK390 não estaria sendo um avião cogitado de ser comprado por alguns países Europa à fora e eu lí recentemente que até tem-se cogitado dele nas forças armadas dos EUA…… Mas não temos a coragem de fazer como os Judeus, que tem o Kfir, cópia de um certo avião frances de renome, não é… Temos também um certo país no oriente médio que como tem bloqueios de compra de armamentos americanos,… Read more »

Leandro Costa

Euller, não existe avião de combate novo para pronta entrega. A SAAB não apenas não produzia esse avião de combate novo a 10, nem muito menos 15 anos atrás. É um avião novo. Estava recebendo para terminar de desenvolver e finalmente produzir, com ajuda Brasileira, diga-se de passagem. Se você verificar as outras matérias, verá que nem a Força Aérea Sueca ainda recebeu os seus aviões, estando ainda em teste. Devem receber suas primeiras unidades somente à partir do ano que vem. Temos sim uma indústria aeronáutica competente. O problema não é ter coragem para fazer nosso próprio avião, mas… Read more »

Joao

E desde quando compra militar leva em conta somente o meio comprado propriamente dito?

Euller

Volpi, isso nos forçará à abandonar o programa Fx-2 então falido, e gastar mais grana em um programa FX-3….
Teremos gasto uma verba inútil numa linha de montagem que faz 1 caça por ano….
Pior que a fábrica na Suécia…..

Last edited 3 meses atrás by Euller
Felipe

Vocês tem que entender o que é TETO DE GASTOS. O governo buscando DÉFICIT ZERO é CORTANDO, cortando INVESTIMENTO PÚBLICO. Isso INCLUI defesa. Enquanto sucessivos governos no Brasil priorizarem servir bilionários estrangeiros nunca vamos atingir objetivos nacionais como este. A gasolina e diesel custam mais que o dobro do que precisam custar, encarecendo TUDO na vida brasileira, para dar centenas de bilhões em lucro em dividendos para acionistas estrangeiros da Petrobrás. Entendam. AVISO DOS EDITORES: 4 – Não escreva em maiúsculas, o que equivale a gritar com os demais. As maiúsculas são de uso exclusivo dos editores para dar destaque… Read more »

João Batista Guazina Frantz

O valor da contrato com a Saab foi absurdo. A FAB está correta. O F16 é e foi amplamente empregado em guerras, um cavalo de batalha bem melhor que o n39 e muito mais barato. O projeto é antigo, mass ainda ótimo para nosso país. O supertucano é para ataque ao solo e contra pequenas aeronaves, perde longe para o f16 em inúmeros aspectos. O F16 foi amplamente testado em inúmeras batalhas, ataque, defesa, pequeno bombardeio, brilhante ideia da FAB, poupando o dinheiro do contribuinte.

Camargoer.

Exato… tenho a mesma opinião.

Melhor deixar algumas ideias no cemitério do passado e focar no berçário do futuro (estou parabólico)

Ronaldo Rangel Pires

É isso aí. Se não houver pagamento não vão receber nenhum caça da Saab.

Mauricio

cronograma é de acordo com o orçamento.

Gavião

É o seguinte, a sociedade e óbvio, os Poderes executivo e legislativo devem se posicionar que tipo de forças armadas queremos ter. Isso que temos hj, forças inchadas em efetivo (exceto EB), mal equipadas e pouco treinadas, ou vamos preferir forças enxutas, mas altamente treinadas (para combate) e bem equipadas? A equação atual onde se gasta rios de dinheiro para pagar vantagens pecuniárias que não existem em países avançados não está funcionando. Hoje nossa Marinha tem o dobro do efetivo da Royal Navy (que atua em todos os continentes), mas temos uma fração de seu poderio. Gastamos com defesa mais… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Gavião
Joao

– efetivos enxutos são o desespero da OTAN hj frente a Rússia..
– vantagens? Faz as contas pra ativa ser estatutária ou CLTista e aí saberá o que é gasto..
– Royal Navy comparada com a MB?
O Brasil é 35 x maior q o Reino Unido. Nosso exército é 3 x maior…
É pra reduzirmos a MB e aumentarmos em 11 x o EB?

Gavião

E a propósito, sou sim a favor da compra (desde que bem planejada), de cacas usados. Partindo do princípio que não serão usados em combate, mas servem sim para aumentar o poderio da força, com impacto no incremento da dissuação.

Leandro Costa

Você está falando que concorda em gastar dinheiro com caças usados que sejam inúteis, então? Dissuassão só funciona se estivermos com equipamentos prontos e capazes de operar em combate.

Marcos Silva

Nunca tivemos poder de dissuasão,porquê seria diferente agora? 36 ou mesmo 66 Gripens não vão alterar nada. Esses números ai só servem pra eventuais agressões de algum vizinho tão quebrado quanto nós. Qualquer outro agressor terá muito poder e não importa o número de caças que a força aérea tiver,não farão diferença no final das contas!

Leandro Costa

Marcos, você está enganado. Sim, temos disuassão em relação à nossos vizinhos, principalmente. Outro fator é nossa extensão territorial, mas mesmo capengas nós conseguimos dissuadir uma tentativa de coerção internacional na nossa costa.

Já ouviu falar de ‘Guerra da Lagosta’? Aquilo foi disuassão. E olha que usamos navios que não tinham munição, alguns que não conseguiam navegar, outros que não conseguiam atirar, acompanhamos navios estrangeiros voando com B-17 e por aí vai. Mas foi o suficiente para mostrar que a encrenca era maior do que valeria à pena.

Allan Lemos

Haja ufanismo, Brasil não tem disuassão nenhuma. A Guerra da Lagosta foi em uma época onde as forças armadas ainda eram um pouco respeitáveis no contexto latino americano. De lá para cá o Brasil foi só ladeira abaixo.

O próprio país sempre fez questão de abandonar qualquer pretensão de ter poder dissuatório ao ficar com essa conversinha mole de “ser um país de paz”, “solução pacífica”, “diálogo” e outras besteiras.

Leandro Costa

Me fala qualquer país que faça fronteira com o Brasil que tenha condições de se aventurar militarmente contra o Brasil. Um só, mas se quiser pode colocar dois ou mais na conta também. Dê algum exemplo.

Charle

A Colômbia é um deles. Pelo menos em uma área além da fronteira e desde que não seja muita extensa.

Leandro Costa

Colômbia não tem condições, Charle. Nem de longe.

Joao

Colômbia?????? Q viajem…

Allan Lemos

França. De todo modo. Você não tem disuassão só porque o vizinho não tem condições de invadir sua casa e nem deseja fazê-lo. Disuassão é o vizinho querer invadir sua casa e decidir não fazer isso porque sabe que você tem uma Glock debaixo do travesseiro. O Brasil, se fosse um país decente, buscaria ter disuassão contra as grandes potências, não contra esses paisecos latino-americanos. Diga ai, se qualquer país atacasse o Brasil hoje, por qualquer motivo, assim como os EUA foram no 9/11 ou Israel foi ano passado. Qual seria a retaliação militar que o Brasil poderia oferecer de… Read more »

Leandro Costa

França? Ainda batendo nessa tecla? Vai comer um croissant, bicho.O que a França ia querer aqui? Quais os objetivos? Qual esforço hercúleo de logística a França teria que empreender para atingir esse objetivo? Qual seria o custo disso, tanto financeiro quanto político?

Você definitivamente não entende o conceito de disuassão. É basicamente tornar qualquer aventura militar algo que não valha à pena ser empreendida. É feita por um conjunto de fatores, sendo o elemento militar o mais importante, mas nem de longe o único fator.

Allan Lemos

Caro, você perguntou qual país teria condições de ser uma ameaça, eu te respondi. Seus outros questionamentos poderiam muito bem serem aplicados à Alemanhā na década de 30. “O que a Alemanha iriam querer aqui?”, “Quais objetivos?”. Enfim, é Dever dos militares antever todos os cenários através de jogos de guerra e simulações. Novamente, você parece nāo entender o conceito de disuassāo. Se um Rafale invadir Roraima lançar um míssil nuclear na capital e sair. O Brasil vai ter condições de retaliar? O motivo da França nāo importa, suponha que o presidente deles tenha enlouquecido, o Brasil tem condições de… Read more »

Leandro Costa

Tás brincando, né? Já estava beirando o ridículo quando comparou com a Alemanha na década de 30… aquela que perdeu a Primeira Guerra Mundial e perdeu territórios e cujo líder publicou um livro com todas as intenções e aspirações que ele tinha hahahahahaha Você está pensando naquele cenário suuuuper realista de ‘Red Dawn’ com os pára-quedistas Franceses de repente caindo no pátio da sua escola e tomando a sua cidadezinha e tal, instaurando toque de recolher e decretando a proibição do uso de gilettes femininas e consumo obrigatório de baguettes. Se o Presidente deles der a louca na pindaíba, invadir… Read more »

Joao

A França ficou num sanhaço danado pra manter uma Bda na África agora…
Vai mandar tropa pra guerra na AS?

JS666

Venezuela! Ainda mais se ela receber financiamento russo/chinês/iraniano para a questão da Guiana… Teríamos sérios problemas para defender Roraima, o cenário só piora diante das baixas que a FAB vai sofrer nos próximos anos.

Leandro Costa

Venezuela mal tem como alimentar o próprio povo, vai querer arranjar problema com o Brasil? Por que? Para chegar na Guiana? Não faz sentido. Até eles começarem à receber equipamento desses países (que não tem muito o que enviar, com exceção da China), vamos ficar sabendo com muita antecedência e vamos poder reagir com tempo de sobra. Acho que para chegar na Guiana a Venezuela não vai querer se meter com o Brasil. O que não vão faltar são ofertas suuuuuuuper tranquilas para equipamento bélico para o Brasil. Só para ajudar à enchermos o saco da Venezuela e provocar mais… Read more »

Allan Lemos

Veja que a premissa do seu argumento sempre recai no outro, “fulano nāo teria interesse”, “ciclano nāo teria condições”.

E no dia que houver interesse e condiçāo? E quanto ao Brasil? O que podemos mostrar , independentemente de qualquer outro fator externo, para que o inimigo pense “se eu atacar, vou/posso me dar mal”?

Quase nada.

JS666

Olha Leandro, o maior impeditivo pra Venezuela seria justamente a parte econômica, de manter uma grande operação de guerra, por isso toquei no ponto do financiamento externo. Mas, maluquices à parte, se eles simplesmente resolverem colocar o quem de melhor na fronteira teríamos sérios problemas para pará-los. Tivemos baixas recentes de equipamentos que ajudariam e outros que ainda vão dar baixa: mi-35, a-1 e parte dos f-5, não temos defesa aa. Só vamos ter um punhado de Gripens até o final da década, estaremos desguarnecidos. Não vou entrar no ponto dos exércitos. As ofertas de equipamento provavelmente serão de usados… Read more »

Leandro Costa

O maior problema da Venezuela seria logístico. Enquanto a gente consegue enxergar as movimentações do lado Venezuelano com bastante antecedência para deslocarmos meios para lá. Ali o Exército faria muito mais a diferença, porque certamente deslocariam baterias de SAM’s para a região e seria difícil com os meios aéreos atuais neutralizar essas baterias. Eu não tenho como saber qual o atual nível de adestramento dos operadores de mísseis antiaéreos Venezuelanos, nem mesmo quanto tempo eles tem voado com seus caças e qual tipo de treinamento tem sido feito, mas tenho certeza que não é muito. As FFAA, acredite ou não,… Read more »

Dudu

Nenhum tem condições sozinho, mas em coalizão e com o suporte aereo de uma Potência ou aliança militar, tentariam. No continente americano, tanto para a comunidade dos países hispânicos, quanto para a comunidade dos países anglo-saxao, nós somos uma anomalia. Pelo tamanho do nosso território e sua importância estratégica que da acesso a qualquer outro País da América do Sul, exceto Equador e Chile. Pelos tamanhos da nossa população e da nossa economia, nenhum dos nossos vizinhos, em especial a Argentina, quer nos vê consolidados como uma Potência econômica e militar, tanto por inveja inconfessável quanto por medo das consequências… Read more »

Euller

Meu caro Dudu…. Não sei o porque, mas tem alguns leitores aqui, (devem pertencer à uma classe especial…), mas eles não gostam de comentários lúcidos e realmente coerentes como este seu… Tenho uns dois ou três comentários meus que fiz hoje, já negativados… (provavelmente pelos mesmos leitores, que devem ser ufanistas de alguma ideologia…) hehehehe… Mas a verdade é essa… E você foi assertivo… Podemos pegar um dos nossos aviões de plantel, como o AMX ou o próprio F5, e com base neles produzir nosso próprio projeto que pode ser um de geração 4++ como o atual Grippen F29 que… Read more »

Leandro Costa

Eu não respondi ao Dudu porque me ensinaram que não se deve bater palmas para maluco. No seu caso eu ainda estou considerando que seja ignorância sobre o assunto, então estou tentando te iluminar um pouco. O que efetivamente o F-39 (e não F-29), está nos proporcionando é justamente o pulo de várias etapas que eventualmente, após décadas de MUITO investimento contínuo nos proporcionariam. Vou repetir, seriam várias décadas (plural) de investimentos massivos para se desenvolver uma aeronave como você está descrevendo. E não, o Tigershark não é uma boa idéia. Não foi à toa que ele foi preterido pela… Read more »

Dudu

Os conhecimentos que aprendemos, estamos pondo em prática e iremos aperfeiçoar com o Gripen NG, somados aos mais de 30 anos de pesquisas e desenvolvimento de materiais e desenhos aerodinâmicos furtivos, nos possibilitam iniciar essa empresa. Basta unir e combinar os talentos de cada área que sob boa coordenação, o objetivo de construir um caça nacional de 6° geração será alcançado.

Marcos Silva

E qual era nossa força de caças naquela época?
Contra que forças francesas tivemos qu bater de frente?
Os caças não influenciaram nada. Pra esse tipo de coisa,caças não servem. Quer dar serviço pra nossa indústria belica? Aumenta as encomendas de C-390,de helicópteros e até mesmo de A-29 e quem sabe um patrulheiro naval derivado de um de um E2 ou até do C-390.
Essa é a aviação que o Brasil precisa.

Marcos Silva

Tá,mas qual eram os caças da FAB naquela época e qual era o poderio da Aeronavale?

Marcos Silva

F-80 e Gloster Meteor em 1963! Que diferença poderiam fazer? Não é muito diferente de anos recentes. Hoje pelo menos temos 7 Gripens…
Suponha que esse episódio fosse hoje,40 Tigers e sete Gripens constituem fator dissuasório?

carvalho2008

Mestre Nunão, acrescente as dezenas e dezenas de T-33 inclusive, que as ultimas eram uma versão caça…e entre um e outro, T-33 atrapalhava….pois era uma versão treinados dos F-80….não tinha grandes diferenças nestas gerações…seria diferente se fosse em anos que o Crusader estivesse operacional….mas estes outros ai, eram todos 1a ou 2a geração….e as 1a e 2a geração embarcados…eram sofriveis….

Caravaggio

Poderia explicar como se coloca foto junto com o texto aqui como fez?
E como se coloca um Avatar como o seu na foto de membro?

Agradeço se responder.

Caravaggio

Grato.

comment image

Last edited 3 meses atrás by Caravaggio
Leandro Costa

Você leu o que ele escreveu? Gloster Meteor, F-80’s, TF-33’s, enquanto a Aeronavale viria de Aquillons e Etendards. Isso se já não estivessem recebendo os Crusaders.

Marcos Silva

“Você leu o que ele escreveu?”
Li mas não registrei….falha minha!

Last edited 3 meses atrás by Marcos Silva
carvalho2008

demoraria alguns anos aos crusafers operarem….O etendard era mais novo, já ingressando na segunda geração… mas mesmo eles poucos e sofriveis tal como foram toda a 1a e 2a geração aeronaval embarcada….estavam numa transição em que o peso embarcado lhes deixavam mancos…e nesta epoca a diferença entre a 1a geração era muito pequena… pequena….pequena mesmo….então, como o crusader não estava no páreo, não seria facil para o porta aviões frances…voce viu a area de conflito? absurdamente proxima d costa….seria loucura arriscar o valor de um nae naquela epoca, tão proximo da costa e por um conflito de valor economico absurdamente… Read more »

Marcos Silva

A questão toda não é torcer contra a FAB ou o Gripen. A FAB deveria fechar a compra de Gripens em 70 unidades,ou algo parecido e investir onde realmente interessa ao país: a aviação de transporte,asas fixas ou rotativas. Já temos estas capacidades. Mantém empregos aqui com produtos nossos,o C-390 e até mesmo com a Helibras. A recente catástrofe no RGS e a pandemia do corona-vírus mostram isso. Nós precisamos de aeronaves de transporte. De todos os tipos.

Last edited 3 meses atrás by Marcos Silva
Leandro Costa

Investir no Gripen é investir aqui. Poder aéreo não se faz só com caças, mas estamos bem na aviação de transporte. Aviação de combate estamos mal.

Camargoer.

Exato.. estamos na mesma margem do rio vendo a mesma paisagem

Fernando Vieira

Então por que 24 F-16 fariam diferença? Com base nisso, a solução da matéria é muito melhor. Compra mais Super Tucanos, Dinheiro circula na economia brasileira, são aviões novos e ainda reforça nosso maior problema de defesa aérea hoje: Aviões do narcotráfico que entram em nosso território. Não vai ser o Gripen que vai cuidar desses aviões.

Marcos Silva

É isso Fernando. Os aviões que o pais precisa e que manter empregos no país são os A-29. E também os C-390. O país precisa de aeronaves de transporte.
Na matéria diz que em determinado período nossa força de caças com 100 aeronaves em média,apenas 50 possuíam algum valor militar. Então fecha a conta nesses 66/70 Gripens.
Compra mais A-29 e C-390 que são nossos e manterão empregos no pais.
Nunca seremos uma força aérea de primeiro nível em questão de aviação de caça.

Marcos Silva

“Então por que 24 F-16 fariam diferença? Com base nisso..”
com base nisso,que a FAB fique somente com os futuros Gripens.60 Gripens E entregarão um poder que a FAB nunca teve com os cerca de100 caças do passado. Simples,não compra nada pro lugar dos A-1.
A compra de A-29 novos junto com mais transportes C-390,o patrulheiro naval da Embraer,qualquer um e mais helicópteros,da própria Helibras,isso é o que faz a diferença pra um país como o Brasil,com os problemas que nós temos.

Euller

Tem uma matéria daqui desse blog ou de outro, bem recente…

Falando de caças supersônicos da Venezuela abatendo aviões do narcotráfico….

Isso não é só missão dos A29, que díga-se de passagem, é um avião menos veloz que muitos aviões à hélice da 2ª guerra mundial…

Uma coisa o A29 é bom….
Um avião barato de construir e de manter…
E até que aguenta carregar bastante peso… Fora isso, e também de ser um treinador de principiantes, ele em um cenário de guerra, como o da Ucrânia, pouco faria de diferença…