EUA estariam vendendo 25 caças F-16 aos Emirados, segundo Al Jazeera

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F-16 dos Emirados Árabes Unidos em exercício Red Flag - foto 2 USAF

Essa venda para os Emirados Árabes Unidos e outras para Israel e Arábia Saudita mandam um ‘claro sinal’ para o Irã, segundo secretário de Defesa norte-americano Chuck Hagel

Reportagem da edição em inglês da Al Jazeera publicada na tarde deste domingo, 21 de abril, trouxe a informação de que um acordo de venda de armas de 10 bilhões de dólares está em discussão entre os Estados Unidos e seus aliados no Oriente Médio: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Israel. O acordo manda um “sinal muito claro” ao Irã, disse Chuck Hagel, secretário de Defesa dos EUA.

Hagel, que está fazendo sua primeira visita a Israel como chefe do Pentágono, disse no domingo que os Estados Unidos estão comprometidos em prover as Forças Armadas de Israel com uma vantagem: “O ponto básico é que o Irã é uma ameaça. Os iranianos precisam ser impedidos de desenvolver a capacidade de construir uma arma nuclear e lançá-la”, disse Hagel.

Por seu lado, o Irã nega as alegações ocidentais de que estaria tentando desenvolver essa capacidade, e afirma que suas atividades atômicas estão focadas na geração de eletricidade.

F-16 dos Emirados Árabes Unidos em exercício Red Flag - foto USAF

A primeira parada na visita de uma semana de Hagel ao Oriente Médio é feita dois dias após o Pentágono dizer que estava finalizando um acordo de armamentos para reforçar as Forças Armadas de Israel e de dois dos principais rivais do Irã, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

O correspondente Simon McGregor-Wood, da Al Jazeera, trabalhando em Jerusalém, disse que a visita de Hagel era uma oportunidade de colocar para trás as controvérsias do passado, como comentários anteriores que havia feito sobre Israel e que afetaram sua confirmação no Senado Americano.

Aviões reabastecedores, mísseis terra-ar e V-22 para Israel, caças F-16 para os EAU e armas “standoff” para a Arábia Saudita

Segundo a Al Jazeera, o acordo militar inclui a venda de aviões de reabastecimento em voo KC-135, mísseis de defesa aérea e aeronaves “tilt-rotor” V-22 de transporte de tropas para Israel. Para a Arábia Saudita, o acordo prevê armas do tipo “standoff” (armas ar-solo com alcance que as colocam além das defesas antiaéreas inimigas).

MV-22 Osprey - foto USN

Já para os Emirados Árabes Unidos, além das armas “standoff” o acordo inclui a venda de 25 caças F-16. Após a visita a Israel, o secretário Hagel deverá passar pelo Egito, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados.

FONTE: Al Jazeera (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: Força Aérea dos EUA (USAF) e Marinha dos EUA (USN)

NOTA DO EDITOR: para acessar nota publicada no site do Departamento de Defesa dos EUA sobre a viagem do secretário Chuck Hagel ao Oriente Médio, clique aqui (conteúdo em inglês). A nota traz mais alguns detalhes sobre equipamentos militares e custos.

No caso da possível venda de mais caças F-16 aos Emirados, o acordo é estimado em 425 bilhões de dólares, referentes a 25 aeronaves F-16 Block 60 “Desert Falcon”, segundo a nota. Pelo valor, deve haver algum erro de digitação na nota original em inglês do Departamento de Defesa dos EUA. Talvez tenha apenas faltado um ponto separando os números, pois 425 bilhões seriam um custo astronômico e a mesma nota cita acordo em 2010 para venda de 84 caças F-15 à Arábia Saudita por 29,4 bilhões. Reportagem da Reuters sobre o assunto fala num valor mais coerente: 5 bilhões de dólares para os 25 caças F-16 Desert Falcon, o que seria mais próximo de um possível “4.25 billion”.

Já o financiamento de vendas militares dos EUA a Israel para este ano está cotado em 3,1 bilhões de dólares, o maior valor já fornecido pelos EUA, segundo a nota no site do Departamento de Defesa, e a esse valor devem ser adicionados US$ 300 milhões para defesa de mísseis.

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Baschera

Falando em Irã…. hoje, 21, houve um acidente com um F-5 …que se chocou contra uma montanha perto de Abdanan.

Os dois pilotos pereceram no choque.

Sds.

Roberto F Santana

Prezados editores e amigos do Poder Aéreo,

Gostaria de aproveitar do assunto de tão boa aeronave que é o F-16 e convidá-los a uma visita para compartilhar assuntos relacionados a história e a técnica de aviação, em um pequeno blog que começo a desenvolver.

http://www.combateaereo.com

Almeida

Mais 25 F-16 E/F… provavelmente para substituir os 33 Mirage 2000 originais modernizados para o padrão 2000-9 e que já estão com a vida útil vencida. Será que ainda vão comprar 60 Rafale?

Mauricio R.

Pelo visto, Le Jaca já era!!!
Junto c/ o meu predileto, o EF-2000 Typhoon, bbbbuuuuááááá…
F-16 fura-zóio, galinha anabolizada e abusada!!!

Vader

Mauricio R. disse:
22 de abril de 2013 às 10:22

Maurício, creio que os F-16 seriam para aumentar e recompletar a frota já existente. Acho que o EF-2000 ainda virá.

Quanto a Le Jaquê, esse eu acho que realmente virou mais um caso de venda “quase-bem-sucedida” da Dassault… 😉

Baschera

Nunão,

De uma olhadinha nos valor da “Nota do Editor”… Us$ 425 bilhões …. é muito… deve ser 4,25 bi……(Quatro, virgula, vinte e cinco)….

Sds.

Ivan

A maior parte das vendas são para entrega a médio prazo, com uma provável e sensível excessão para os Boeing KC135 ‘Stratotanker’, já antigos e fora de produção (agora é KC-46A). Estes certamente serão retirados dos estoques da US Air Force que estão sendo aposentados. Lembrando que as Zroa HaAvir possuem entre 7 (sete) e 8 (oito) KC-707 “Saknai”, precisaria de 3 (três) vezes este número para sustentar uma campanha aérea contra o Iran, com fronteiras entre 1.000 e 1.800 km de distância. Este é um dos gargalos que os isralenses enfrentam. Acredito que ao anunciar a quantidade e data… Read more »

Ivan

Baschera e Nunão,

Certamente erro de digitação e revisão do original da ‘American Forces Press Service’. O número que faz sentido é US$ 4.25 billion, com vcs estão sugerindo.

Abç.

Baschera

Nunão,

Eu ainda não havia lido a nota original… mas por certo é um erro de digitação… Us$ 425 bi é mais do que 60% do orçamento do Pentágono para o Y2013…. rsssss !

sds.

Ivan

Nunão,

Só para deixar claro.
O erro está no original em inglês.
A tradução tem que ser fiel ao original, mesmo que errado, apenas com nota do editor como vc e demais amigos da Trilogia sempre escrevem com muita clareza.

Abç.