Detectado defeito de fabricação em caças Eurofighter

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Eurofighter com pintura comemorativa - foto Força Aérea Alemã

Descoberta de defeito nas fuselagens traseiras levou Alemanha e Grã-Bretanha a reduzirem as horas de voo anuais das suas frotas

Reportagem publicada pelo site Defense News na terça-feira, 30 de setembro, noticiou que um defeito de fabricação foi detectado em caças Eurofighter Typhoon, o que levou a anúncio, por parte da Alemanha, de que estaria suspendendo entregas das aeronaves. A notícia é considerada pelo site mais um revés no problemático e custoso programa Eurofighter, e estaria gerando preocupações sobre o uso dos caças.

De acordo com o Ministério da Defesa da Alemanha, o defeito foi descoberto na fuselagem traseira do caça bimotor e, como resultado, o Governo Alemão decidiu cortar pela metade as horas de voo anuais de seus caças, de 3.000 para 1.500 horas. Segundo o site da revista Spiegel, no pior cenário a falha poderia resultar na instabilidade da aeronave. A revista também afirmou que o defeito foi detectado inicialmente pela Força Aérea Real Britânica (RAF), que também decidiu reduzir as horas de voo anuais da sua frota para não fatigar os caças.

Eurofighter Typhoon número 100 para a Força Aérea Alemã - foto Eurofighter via Luftwaffe

Eurofighter Typhoon no exercício Artic Challenge - foto 3 RAFEm junho, um Eurofighter caiu na aproximação para o pouso no sudoeste da Espanha, matando o piloto. A causa ainda não é conhecida, segundo o site Defense News.

A RAF e a Força Aérea Alemã têm cada uma mais de 100 caças Eurofighter Typhoon em serviço, e tanto a Grã-Bretanha quanto a Alemanha já haviam decidido reduzir suas encomendas de 250 aeronaves cada uma. Diversas ofertas internacionais da aeronave também foram prejudicadas, levando a divisão de defesa da Airbus a declarar que a produção poderá ser encerrada em 2018, caso nenhum outro contrato apareça.

FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Força Aérea Alemã e RAF

COLABOROU: Juarez

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Franco Ferreira

É… Vira e mexe estas coisas acontecem.

Assim de memória eu me lembro das trincas na longarinas de fixação das asas dos F5 A e B; as hélices do Brasília; as gaxetas brasileiras dos T-6; os rebites de fixação das flanges de profundor dos U-42; o ângulo de ataque do motor # 3 dos Electra; e, mais recentemente, os programas dos computadores do Airbus.

Iväny Junior

Tem uma encomenda de Omã para entregar ainda. São várias histórias desencontradas. A redução da encomenda não foi oficializada por nenhuma das forças, bem como, não existe nenhum pronunciamento oficial.
Se houver o defeito, que não seria coisa do outro mundo, basta fazer um recall, afinal seria um defeito de fuselagem e não de projeto.

Edgar

[OFF-TOPIC]

http://www.flightglobal.com/news/articles/australia39s-first-f-35-gets-airborne-404333/

(mas cada vez “ON-TOPIC” para os europeus…)

Vader

Hummmm…

Quer dizer que o Eurobambi da Airbomba também “dá pau”??? Não é só o F-35 e os caças americanos??? 😉

Mas o problema nesse caso é pequeno… Trata-se apenas da… FUSELAGEM!!!

E que legal que é ver um crítico contumaz da Lockheed Martin e do F-35 admitindo fazer no Euroboring o mesmo “recall” que a LM faz em sua frota de F-35, com a única diferença que um caça está ainda em sua pré-série e o outro já foi declarado operacional há quase uma década…

🙂

juarezmartinez

Vader, depois eles não sabem porque estão com 705 dos equipamentos na oficina e sem grana para treinar.
É um somatório de produtos bâmbi, que se der um assoprão se desmontam…..

Grande abraço

juarezmartinez

705 não 70%

Grande abraço

Carlos

Índia ?

Já era ….. esqueçam ……

Omã ?

Sei não, o Sultão lá é exigente.

Não conheço o país, até gostaria ……. mas tenho um compadre que morou lá cinco anos, chegou qualquer coisa fora do padrão de contrato ….. volta.

Creio que não vão pagar para ver e nem aceitar e “depois nóis vê como é que fica”.

Sei sim ….. vida longa ao SH.

Iväny Junior

Pois é Vader O Typhoon já está operacional há mais de uma década, fazendo frente a geração superior e só agora foi constatado UM único defeito. A orquinha não é nem operacional mas já coleciona um cartel de defeitos “invejável”. Quanto a Omã, a Arabia Saudita, vizinho de T.O. e também operadora do Typhoon, só tem elogios para o caça. Se isso for verdade, e um grande “SE”, isso aconteceu com mais de 100.000 horas de vôo e depois do combat proven. Coloque mais um “SE”, no cancelamento de encomendas por parte da Alemanha e do Reino Unido. A reportagem… Read more »

Iväny Junior

Meus amigos Só seria bom lembrá-los, novamente, sobre a declaração do Gen. John Jumper sobre o Typhoon? “Eu voei todos os jatos dos EUA. Nenhum é melhor que o Typhoon”. Em que pese os comentários do Bosco, no mínimo se deduz que ele é o melhor de sua geração, uma vez que o referido general já voou também no rafale. Então demonstração de “virilidade alar” é ficar groundeado direto, ter “asinha soltando”, “revestimentozinho derretendo”, “só poder voar em tempo bom”, “se chover, aparece no radar”… E nem estou falando da orquinha. O f-22 é que tem essas limitações. O sistema… Read more »

Oganza

Já vi apresentações ao vivo de todos eles e o Typhoon voando é uma das coisas mais lindas de se ver, ele aparenta ter um voo meio “preguissoso” e se vc estiver as suas 6h (encaudando), vc até sabe o que ele vai fazer, mais ai ele gira, e gira e não para mais, cada vez mais fechado e rápido… é incrível, dai vc ja era rsrsrs… Mas na chon é uma coisa triste de se ver, dá até vergonha, parece uma garça no asfalto, é a deselegância com asas. Ele e seu “irmão” Rafale (separados na gestação) são belos,… Read more »

Vader

Oganza falou tudo. Sem mais.

Mauricio R.

Não é o único e nem o mais sério problema a afligir o Typhoon, os harmônicos nas tubulações das entradas de ar ainda estão por aí.
A vibração induzida, teria o poder de desintegrar a célula.

Iväny Junior

Sim Oganza, é verdade. O momento é único, quase tão bacana quanto a transmissão ao vivo da guerra do golfo. Sendo que ali era tudo equipamento dos anos 70 no “auge da forma”. No contrário do que possa parecer, também torço para que a orquinha funcione, porque é o que a gente gosta, o segmento de aviação de caça. Mas eu não vejo ela sendo capaz de combater antes que os radares UHF de alta sensibilidade possam estar sendo embarcados. Claro que, contra os adversários potenciais, a orquinha do jeito que está e a preço de hoje está mais perto… Read more »

Oganza

Iväny Junior Meu caro… veremos o F-35 despejando suas cargas antes de 2025, pode acreditar. E depois de 2020 vamos ter uma enxurrada de pedidos lá na LM… – continua – Todo mundo vai querer ter um, vai ser igual ao fenômeno do ataque ao reator Iraquiano de Ozirak(?) feito pelos F-16 de Israel em 1982(?) que comprovou a eficiência dos Vipers, que até aquele momento era questionada e era uma grande dúvida, pois seu único feito de nota até então era ter vencido um concurso da RAF de bombardeio a baixa e média altura com 96% dos alvos destruídos,… Read more »

Oganza

Quanto aos ACs da geração 4+++plus e extra plus…

Eles NUNCA irão enchergar um 5º Geração primeiro. E quando eles os dectarem, já estaram fazendo manobras evasivas contra os mísseis lançados contra eles.

E a tal eficiência dinâmica não vale de nada contra um míssil, afinal o que são 12… 15Gs de um AC contra 60… 80Gs dos novos mísseis e seus novos seekers?

Grande Abraço.

Iväny Junior

Oganza

Isso só seria possível se todas as condições meteorológicas e dinâmicas permitissem, no caso da 5ª geração. A princípio, um radar UHF é tão capaz de engajar quanto qualquer outro em qualquer frequencia.

Sobre as orcas, são inteligentes, belas e caçadoras. Só não são muito afeitas à voar…

Oganza

Então tá rsrsrs… 6 anos… esperemos 6 anos e dai estartamos o cronômetro… e depois de 2025 os membros da OTAN que AINDA não possuirem o Lightining irão ter que esperar o segundo ou terceiro dia da ofenciva. Será o tempo que os F-35 irão precisar para entregar o Teatro de Operações NA IDADE DA PEDRA para o RESTO da OTAN jogar suas bombinhas nos escombros e depois ir para TV dizer que seus “super” caças contribuiram decisivamente na campanha. Nos ultimos 30 anos os Eagles, Vipers e Hornets carregaram o piano. A partir de 2025 será o F-35 Lightining… Read more »

joseboscojr

http://www.youtube.com/watch?v=gNhc4y1jPwk Esse vídeo apesar de simples mostra o que se espera do APG-81 do F-35. O vídeo destaca que além da capacidade ar-ar e ar-terra ele tem capacidade stealth (LPI) e capacidade de ECM. Num momento é mostrado um F-35 usando o radar no modo ar-terra para engajar um sistema antiaéreo enquanto outro F-35 mantém o radar sob ataque eletrônico usando seu AESA no modo “interferência eletrônica”. A capacidade ar-sup do radar é dotada de capacidade ATR (reconhecimento automático de alvos), portanto não adianta o sistema antiaéreo ser móvel que ele pode ser descoberto e atacado mesmo estando em movimento.… Read more »

Júlio Costa

Oganza, 2 de outubro de 2014 at 23:09 “…e ainda dizem que os Yankes estão decadentes” Estão decadentes mesmo. As pessoas que dizem isso são embaixadores, cientistas políticos, historiadores, ex-chefes de estado, economistas de renome, jornalistas, professores, políticos, investidores, grandes empresários, estrategistas militares, etc …. A decadência americana não veio por causa da decadência militar, pelo contrário, o gasto em defesa do Estados Unidos nunca foi tão alto. Teoricamente eles tem a capacidade de derrotar a maioria das nações do mundo em uma guerra “convencional”. O problema é a economia, especificamente o dólar. O dólar ainda é a moeda que… Read more »

Iväny Junior

Oganza meu amigo

Eu já estava sentindo sua falta por aqui mesmo, e inclusive das nossas velhas querelas. Amistosas e discordantes.

O caso é que a operacionalidade de todos os stealth é bem limitada. É revestimento que derrete, uma dependência total do software de combate que por sua vez tem problemas de base e estão sendo reescritos. Não custava colocar um HUD, por exemplo, e soluções simples que diminuíssem o desgaste natural da célula. Mas parte dos problemas é inerente à plataforma.

Se ele chegar à operacionalidade, será impressionante. Abração.

Oganza

Bosco…

nossa eu lembro desse vídeo… rsrsrs

faz parte dos primeiros vídeos toscos que os caras fizeram e esse é o da “segunda” geração… já é melhorzinho rsrsrsrs

Vlw.

Oganza

Ivany, de uma forma bem tosca e aki não é o espaço para isso, MAS TODOS esses ditos entendidos disso e dakilo que vão na TV e dizem como os EU estão decadentes só esquecem dizer uma única coisa: – Os EUA é o ÚNICO país do mundo 100% independente em TODA SUA cadeia produtiva. Os EU faz trocas comerciais, pq é simplesmente salutar e bom para os negócios. MAS não existe NADA que a atual cadeia produtiva mundial produza que os Yankes não produzam o suficiente para suas necessidades e além. Exceto o petróleo, mas ainda sim é possível,… Read more »

Oganza

afff confudi tudo a primeira parte do meu post era para o Júlio Costa e não só para o Ivany…

Júlio e Ivany, me desculpem pela confusão.

Grande abraço

Júlio Costa

Ozanga,

“…se a buzanfa dos Yankes quebrarem o mundo vai entrar em uma crise tão miserável que vai levar meio século para o mundo se reerguer.”

Eu não concordo com tudo o que você disse, mas quanto a isso, eu estou de acordo.

Abraço

Iväny Junior

O problema não foi quebrar, Oganza. Foi a entrada de muito capital estrangeiro (principalmente chinês) nas empresas, o que faz que as riquezas geradas não fiquem mais 100% no país. E essa entrada de capital estrangeiro foi na ocasião da crise de 2008. Quantas montadoras de automóveis são ainda 100% americanas? até na Lockheed tem capital chinês, isso pra não falar em outros emergentes. A saíde de riquezas geradas nos EUA mas que não ficam lá é o grande problema deles, o que foi fruto de uma gestão completamente baseada no marketing, principalmente nos conceitos da AMA. Na realidade eu… Read more »

Oganza

Ivani, sim… sim… correto e é exatamente por isso que a China corre, e com o relógio a favor, para deixar de ser um pais de mão de obra para ser um de desenvolvimento e inovação. Eles, mais do que ninguém, sabem que se pode ter papéis de quantas empresas ou países eles quiserem, ou até mesmo compra-las, mas eles não serão donos do knowledge ou melhor do critical knowledge… isso não se compra, se desenvolve com décadas de suor. O grande desafio do capitalismo nesse início de século para entrar em algum tipo de sustentabilidade, é tentar entender para… Read more »

joseboscojr

Júlio, Mas ninguém nunca disse que o F-35 é insuperável, tanto é que já se está em desenvolvimento a 6ª Geração. Tanto é que os russos e chineses já estão desenvolvendo seus caças de 5ªG. Tanto é que já se formula a doutrina de uma IADS nucleada essencialmente na contrafurtividade (CLO), baseada em radares de baixa frequência, radares bi e multi estáticos, radares passivos, mísseis atualizados por datalink e com seeker autônomo, etc. Quando alguém defende o F-35 está só defendendo a ideia por trás dele, que no momento atual representa a melhor solução tecnológica para fazer frente às possíveis… Read more »

Iväny Junior

Caros amigos Quanto à 5ª geração, todos sabemos que a maior vantagem dela é em relação à baixíssima assinatura de radar. Claro que os radares do f-22 e da orquinha detêm uma tecnologia extremamente superior embarcada. Mudam de ativos para passivos de acordo com o modo de combate e trabalham em um leque maior de frequencias, além de terem capacidades jamming. Sendo que nenhum radar é superior a um satélite, por exemplo, e pra citar uma tecnologia mais antiga e que também trabalha nas ondas de rádio. Com imagens de satélite gerando coordenadas de agressores em tempo real, isso sendo… Read more »

Júlio Costa

Bosco, O F-22 é um avião caríssimo, mas poderia ser mais barato caso o EUA não tivesse vetado a exportação. O Japão estava disposto a comprá-lo. O programa do F-22 foi encerrado para alocar recursos para o F-35 com a justificativa que esse último seria mais barato. “Fato é que o F-22 ficou inviável…” Com 187 unidades produzidas, qualquer projeto desse tipo de aeronave ficaria inviável. O F-35A têm uma previsão de produção em torno de 1500 na USAF. Quando foi encerrado, o F-22, estava tendo um redução dos seus custos, mas é difícil dizer se isso o tornaria, a… Read more »