Após a implementação do software P2Eb (Phase 2 Enhancements B), o míssil ar-ar para engajamentos além do alcance visual (BVRAAM) Meteor pode ser usado no Eurofighter da Bundeswehr.

Os Eurofighters, que foram os primeiros a serem convertidos, estão estacionados na Ala da Força Aérea Tática 74 em Neuburg an der Donau. A atualização também inclui um novo software de radar. Ambas as medidas ampliam a capacidade operacional dos Eurofighters.

O Meteor é um míssil guiado ar-ar de médio alcance movido a ramjet que, de acordo com informes não oficiais, pode atacar alvos altamente ágeis a uma distância de mais de 180 km a uma velocidade superior a Mach 3.

O míssil de 185 kg é guiado por um localizador de radar ativo e usa o impacto ou detonador de proximidade para ativar sua carga explosiva.

A Bundeswehr encomendou 150 mísseis Meteor em um primeiro lote em 2013, e estes foram entregues a partir de 2020. Um segundo lote de 100 Meteor foi encomendado em 2019.

Míssil MBDA Meteor
Curvas de desempenho do AIM-120 AMRAAM e do MBDA Meteor
Curvas de desempenho do AIM-120 AMRAAM e do MBDA Meteor
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IBIZ

A novidade pra mim é saber que o Eurofighter da força aérea alemã não utilizava esse míssil.

Spitfire

Também fiquei surpreso com isso!

DSC

O míssil METEOR só tem vindo sendo integrado nos euro canards nos últimos anos. Entrou em operação pela primeira vez nos Gripen C/D da Força Aérea Sueca em 2016, e só depois nos Rafale e Typhoon de outros países europeus.

Leandro Costa

É bom lembrar que até bem pouco tempo atrás a Luftwaffe estava com problemas terríveis de disponibilidade dos Typhoon, o que me leva à crer que o governo Alemão andou negligenciando um pouco suas FFAA em relação à orçamentos. Isso também me faz crer que a Luftwaffe tinha prioridades e esse upgrade não devia estar no topo da lista.

Gabriel

Confirmada alguma encomenda da FAB, do Meteor para os Gripen, mesmo que um pequeno lote?

sergio

Em 2019 apareceu uma noticia que a FAB havia encomendado 100 misses Meteor para os Gripen, mais de la pra ca, não soube de mais nada.

Barak MX para o Brasil

Foi confirmado numa feira de armas da Europa. Entorno de 100 mísseis Meteor.

Carlos Ribeiro

Olá Mk48, há prazo de validade sim, tanto para o combustível quanto para a cabeça de guerra e se não me engano não são necessariamente iguais.
Se não me engano, o combustível dos primeiros exocet comprados pela marinha foram trocados para aumento da vida útil pela Mbda ou pela Avibras mas mantiveram a ogiva original.
Todo equipamento, militar ou não, tem prazo de validade/garantia definido pelo fabricante. Combustíveis e explosivos não são diferentes.
Nem mesmo os Estados Unidos que estão sempre envolvidos em algum conflito utilizam todos os mísseis Ar-ar que compram.

nonato

Míssil é igual a seguro de vida.
Compra-se para não usar.
Melhor ter e não usar do que precisar e não ter…

Vinicius Momesso

Aqueles conectores fixos à fuselagem na parte superior do missil, não produzem um arrasto maior?
Não seria melhor uma conexão do tipo “seamless”?

GFC_RJ

Dentre os programa estratégicos da FAB, tem o “Míssil BVR”, que é a aquisição justamente do míssil principal do Gripen. Não tenho dúvidas de que a preferência é pelo Meteor.

O que saiu do compromisso de aquisição de 100 unidades a 2BB EUR, saiu na imprensa francesa e a FAB não negou nem confirmou.

https://www.fab.mil.br/Download/arquivos/pemaer.pdf
Pág. 28, item 5.2.7.

Abraços.

GFC_RJ

Perdão, conforme memória do editor, 200MM EUR.

Paulo Sollo

O fato é que os franceses deram uma aula de competência e inteligência estratégica pra cima do consórcio Eurofighter. Enquanto o Rafale já nasceu multirole e com radar capacidade BVR superior, o Thypoon, projetado apenas para superioridade aérea, vem passando por longo processo para aprimorar suas capacidades. Isto significa que além do alto custo de aquisição e de operação, os operadores ainda tem que atacar com um altíssimo custo a longo prazo para integrar capacidades que os concorrentes já entregam de fábrica. E sobre os projetos 6G, o histórico na aviação militar leva a crer que o projeto franco-alemão tem… Read more »

Spitfire

Falando em misseis, alguem tem noticias do A-Darter? Água no chopp mesmo?? Não vai entrar em produção? não se fala mais nada nesse projeto…

Diogo de Araujo

Calma spitfire ele vai chegar junto com o MANSUP no ano 5400 kkkkkk

Last edited 2 anos atrás by Diogo de Araujo
Spitfire

É para chorar!!! Será que é mais um para entrar na lista? Piranha, antiradiação MAR-1….

Last edited 2 anos atrás by Spitfire
Glasquis 7

Em produção no Brasil ele não vai entrar mas, tenho entendido que foi comprado um lote pros Gripen.

A6MZero

Só não morreu porque a África do Sul se disponibilizou a comprar um pequeno lote ou pelo menos queria comprar, mas com o agravamento da crise lá é bem possível que intenção fique por isso mesmo, já que a economia sul-africana encontra-se em frangalhos.

Quanto a compra de algum lote pela FAB acho que como sempre ficaremos “deitados em berço esplêndido”…

carcara_br

Ta ai um míssil que claramente trocou a velocidade final pelo alcance, isso traz algumas implicações, por exemplo: O aim-120 chega muito mais rapidamente na aeronave inimiga na maior parte da faixa de alcance além de abrir uma distância maior da aeronave lançadora. O Meteor mantém um perfil de voo mais lento porém consegue manter a manobrabilidade e alcance final superior.
É interessante o quanto isso pode mudar a estratégia de enfrentamento no combate BVR.
Hipoteticamente gripen br+aim120 x gripen br+meteor, quem ganharia?

Paulo Sollo

Amigo, é exatamente o oposto do que você está dizendo: “Meteor is a ramjet BVR AAM. As such, it does not carry onboard oxygen, but rather uses oxygen from surrounding air, allowing it to hold more fuel. Result is better acceleration, top speed, and range for a given missile size. While Meteor may not have as large maximum range as AIM-120D (only figure I have for Meteor is “more than 100 km”, with 100 km being “optimal range”, versus public figure of 160 km for AIM-120D), it is faster, and thus more deadly at any range it can reach. This… Read more »

carcara_br

Tem um problema entre o texto que você fez referência e a analise da curva de desempenho.

Paulo Sollo

Há controversias em relação a este gráfico aí. Há outros que expõem resultados diferentes.

carcara_br

Essa curva é interessante, o MRAAM sofre ainda mais com o arrasto, outro perfil de lançamento? menos altitude talvez?

Last edited 2 anos atrás by carcara_br
Paulo Sollo

O AIM-120 tem um impulso inicial maior porém com a rápida queima do combustível passa a perder energia e velocidade de forma continua. O Ramjet do Meteor fornece energia de forma contínua até atingir o alvo, e se necessário pode mesmo desacelerar seu motor durante a fase de cruzeiro, economizando combustível. Portanto em condiçōes normais o AIM-120 não vai alcançar o alvo antes, mas depois. Inclusive muita gente levantou a discussão nos EUA sobre o F-35 adotar o Meteor. Considera-se também que o alcance efetivo de um míssil BVR é de 50% do máximo estipulado, e a no escape zone… Read more »

carcara_br

Então, eu vejo as curvas no gráficos, então quando você afirma: “Portanto em condiçōes normais o AIM-120 não vai alcançar o alvo antes, mas depois.” Eu estou aqui a pensar, não é assim! Tomando como verdade: “O AIM-120 tem um impulso inicial maior” Vai existir um ponto no qual o aim-120 vai levar vantagem e atingir o alvo primeiro, um ponto no qual os dois mísseis atingem quase simultaneamente, e um outro no qual o Meteor ganha. A questão é que a depender da estratégia de engajamento, da existência ou não de datalink, da possibilidade de cooperação entre os radares… Read more »

Paulo Sollo

A questão principal é que o impulso inicial maior de mísseis com propulsão convencional dura muito pouco. Não sei o tempo de queima do combustível do AIM-120, mas é curto pois a capacidade de levar combustível dos delgados mísseis ar-ar é muito pequena. Inclusive muitos destes misseis BVR com propulsão convencional após lançados adotam uma trajetória balística para conseguir alguma aceleração em rota descendente após seu combustível se esgotar, inclusive o AIM-120, e há documentos com simulações com ele disponíveis. E uma trajetória balística significa que ele vai percorrer uma distância maior até o alvo, e já numa velocidade mais… Read more »

nonato

O gráfico da matéria é do fabricante do meteor e mostra desempenho inferior em relação a velocidade e tempo de alcance do alvo.
Esse outro gráfico parece distorcido.
Mostra alta velocidade do AIM no início e, em 80% do resto da trajetória, velocidade constante e muito baixa o que não tem lógica pois só perde velocidade no final

JuggerBR

Taí um projeto que está muito aquém dos recursos investidos. Gastaram muito pra ter um avião que até hoje não entregou tudo o que prometido na concepção. Seja por falta de escala, falta de dinheiro, falta de capacidade…

JT8D

Eu diria que o Eurofighter é quase um F-35 europeu, no mau sentido, claro

Willber Rodrigues

Impressão minha, ou só recentemente o Eurofighter está ganhando capacidades que o Gripen e Rafale já tem a anos?

Alexandre Galante

Não é impressão, é fato.

nonato

E tudo por questão de interesse mesmo
Muitos fabricantes colocam a maior banca para certificar um novo míssil.
Dizem que é difícil.
Diferente da Saab que não conta conversa e acho até que foi quem participou dos testes de desenvolvimento do meteor
Quem quer, corre atrás.
Muitos fabricantes só pensam em dinheiro.
Falou em certificar um míssil cobram a maior nota.
Já outros fazem questão de certificar para ter como às na manga.
A Saab tenta colocar tudo que pode no gripen.
Meteor, radar AESA, IRST, supercruise…

Last edited 2 anos atrás by nonato
Heinz Guderian

Mais uma vez, creio que a decisão da FAB foi acertada com o Gripen, um caça que não deixa nada a desejar comparado com os seus concorrentes.

Denis

E ainda queriam jogar essa “bomba” pra cima da gente. Propaganda realmente é a alma do negócio.

Willber Rodrigues

Quem caiu nesse “conto do vigário” foram os austríacos…

Ari Levinson

Alemães chegam atrasados! o MBDA Meteor já é utilizado pelos Gripen C da Flyvapnet, pelos Rafales do AdLair e pelos Typhoon da RAF. Aliás quanto a esses últimos os exemplares estacionados nas Falklands já estão usando o míssil.