O Airbus A400M conduziu uma importante campanha de certificação de reabastecimento de helicópteros em coordenação com dois helicópteros H225M da Força Aérea Francesa

Getafe, 19 de abril de 2021: O avião de transporte Airbus A400M de nova geração conduziu com sucesso uma importante campanha de certificação de reabastecimento ar-ar de helicópteros, completando a maioria de seus objetivos de desenvolvimento e certificação.

A Airbus Defence and Space visa obter a certificação completa de reabastecimento ar-ar de helicópteros ainda este ano, com a conclusão de todos os testes de operação noturna obrigatórios.

Os testes de voo, realizados em coordenação com a Direcção-Geral de Armamento Francesa (DGA), envolveram operações com dois helicópteros H225M da Força Aérea Francesa. A campanha ocorreu em condições diurnas e noturnas na costa oeste da França entre 1.000 pés e 10.000 pés e velocidades de voo de até 105 nós.

Nesses voos, foram realizados 81 contatos molhados e transferências de 6,5 toneladas de combustível, que incluíram o reabastecimento simultâneo de dois helicópteros pela primeira vez. Os testes confirmaram os resultados positivos das operações de contato seco e úmido realizadas em 2019 e 2020.

O reabastecimento ar-ar de helicópteros é uma capacidade militar única e fundamental para as operações das Forças Especiais, envolvendo aeronaves com diferentes perfis de voo e compartilhando um envelope de voo comum muito limitado, exigindo padrões de voo em formação fechada em baixas altitudes e condições noturnas.

Com essa capacidade, o A400M se torna uma das poucas aeronaves-tanque do mundo capaz de tais operações. O H225M multifuncional é um dos poucos helicópteros do mundo capaz de reabastecimento em voo, estendendo o alcance padrão de 700 milhas náuticas em até 10 horas de voo.

A400M como tanque: O A400M é certificado como padrão para ser rapidamente configurado como tanque. Com capacidade para 50,8 toneladas de combustível nas asas e na caixa central da asa, sem comprometer a área de carga, também podem ser instalados dois tanques adicionais na área de carga, fornecendo 5,7 toneladas adicionais de combustível cada.

Os tanques da área de carga separados permitem o uso de diferentes tipos de combustível, permitindo que o A400M atenda às necessidades de diferentes tipos de aeronaves receptoras. Como um reabastecedor, o A400M já demonstrou sua capacidade de reabastecer sondas de caça, como Eurofighter, Rafale, Tornado ou F/A-18 em suas velocidades e altitudes preferidas, e também é capaz de reabastecer outras aeronaves de grande porte, como outro A400M, C295 ou C-130.

DIVULGAÇÃO: Airbus Defence and Space

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Leandro Costa

Acho que esse problema já foi solucionado, Ersn, mas obviamente seria legal ter uma confirmação disso.

Paulo Sollo

A FAB anunciou que iniciaria os testes de REVO com helis este ano. Muito rápido se considerarmos que o problemático A-400 está iniciando isto depois de 8 anos após entrar em serviço.

E sobre “MGB bichada”, afetar autonomia, fora um acidente isolado na Noruega, este helicóptero é consagrado mundialmente pela sua grande confiabilidade, robustez, autonomia, capacidade de transporte, velocidade. O seu histórico operacional de décadas o atesta.
Portanto este papo de “mgb bichada” é coisa de manés mal informados ou mal intencionados.

O vídeo com a investigação do acidente, e que mostra o funcionamento da MGB:
https://youtu.be/KvBLadpVscY

Last edited 2 anos atrás by Alexandre Galante
Welington S.

Sabe informar em que mês esses testes serão feitos?

Me parece que, em toda região, o Brasil é o único país com essa capacidade.

Paulo Sollo

Não foi divulgado ainda.

Flanker

Não fala bobagem, meu caro. As MGB tinham, e continuam tendo, problemas. Se informe antes de escrever. A própria Airbus e Helibras confirmaram a realização de modificações paliativas nas MGB, entretanto, a solução definitiva ainda não ocorreu e não se sabe quando ocorrerá.

Last edited 2 anos atrás by Flanker
Rinaldo Nery

Creio que o problema da MGB permanece. Com redução significativa do tempo entre inspeções. Na sexta vou perguntar ao diretor da DIRMAB.

Bille

Afirmativo Cmt, permanece deste jeito…

EduardoSP

Sim, coisa de mal informados. Por isso foram proibidos de voar por meses, uma das maiores operadoras de helicópteros off shore, desistiu de utilizar o aparelho e um plano específico de operação e manutenção foi criado pelo fabricante, reduzindo o tempo máximo de vôo contínuo e o período entre revisões.

Joli Le Chat

Sobre o problema observado na MGB que estão discutindo aqui, vejam o caso do EC 225 LP (versão civil) na seguinte AD:
https://ad.easa.europa.eu/blob/EASA_AD_2017_0134_R2.pdf/AD_2017-0134R2_2

Clésio Luiz

Se eu entendi direito o documento (achei meio confuso), está disponível um novo coletor de partículas metálicas (FFMP) nos filtros de óleo da MGB. Este filtro (se eu entendi corretamente, mas posso estar enganado) aumenta o intervalo das inspeções de 10 para 100 horas ou 4 meses, no caso do modelo EC 225 LP. O documento ainda fala sobre as causas do acidente, que ainda não foi determinado com precisão. Se na frota mundial não tiver nenhuma MGB que tenha sido trocada prematuramente durante essas inspeções de tempo reduzido, eu acho que a causa do acidente pode ter sido um… Read more »

Flanker

O H-36 da FAB ainda não fez nem voo de teste de REVO com o KC-390. Já as MGB passaram por um reprojeto e adaptação paliativa, mas a solução final e definitiva, para um desempenho conforme previsto no projeto da aeronave, ainda não foi implantada. E ainda o MD pagou por essas correções provisórias.

Bille

Buenas… Das MGB, os custos de troca em função dos acidentes – planetários epicicloidais e outras pecinhas – ficaram com a Airbus. Eles trocaram p/ o mundo todo. Fora isso, tiveram vários boletins aplicados, sendo o último um “relaxamento” nas medições de limalha da MGB. Ainda persiste a troca dos módulos com 1100h (não sei o que a Airbus tá esperando pra passar pelo menos para as inspeções A/T). O que pega para os operadores é o custo logístico agora: já que a EASA (europeia, ou seja, defende o povo do outro lado da poça d’agua) “topou” a solução Airbus… Read more »

Flanker

Perfeito seu comentário. Fiquei sabendo que o MD tinha pago pelas correções, mas menos mal que foi a fabricante…pelo menos isso. De resto, é como vc falou, a aeronave não opera como previsto em projeto. E o custo para operar da maneira paliativa, que virou definitiva, sobe para as alturas. Absurdo.

Alisson Mariano
Josue de Arimatéia

E o revo no KC390 será que vai ter?