Com a chegada dos primeiros caça-bombardeiros F-16 a Iquique, em 2006, a Força Aérea do Chile iniciou um processo de criação de uma organização que se dedicaria especificamente a esse material, devido a suas complexas características tecnológicas. Assim, o Estado Maior do Comando Logístico da Força Aérea criou a “Subdivisión F-16” (Subdivisão F-16), com a missão de “prover apoio logístico eficiente ao sistema de armas F-16, para maximizar sua capacidade operacional durante seu ciclo de vida”.

Com a chegada à Base Aérea de Cerro Moreno os primeiros seis F-16 comprados recentemente à Holanda, de um novo lote de 18 aeronaves que se soma à dotação incorporada entre 2006 e 2007 à Vª Brigada Aérea, houve implicações para o trabalho da Subdivisão, de forma a manter as duas frotas do caça.

São mais de 30 contratos e acordos que estão sob responsabilidade da Subdivisão F-16, em seus departamentos de Engenharia, Aeronaves, Propulsão e de Materiais / Orçamento. Esses contratos são tanto com o Governo dos EUA, quanto com empresas chilenas e internacionais, cuja integração demanda contatos e coordenações frequentes com organizações governamentais e empresas de vários países.

Essa atividade mantém uma constante retroalimentação, seja com os fabricantes das aeronaves, seja com o Governo da Holanda, através de seu Ministério da Defesa. Também se mantém contato com a Força Aérea dos EUA (USAF) e com diversas empresas capacitadas para atender e prestar apoio ao F-16. É uma rede complexa que inclui dois processos de apoio, tanto de compras como de reparos e assistência técnica. O primeiro é a via comercial direta, por contratos, e o outro é com o Governo dos EUA, pelo sistema FMS (Foreign Military Sales).

Para dar conta de tudo isso, a visão precisou ser inovadora, com metodologias modernas para planejamento a longo prazo e apoio às unidedes usuárias do F-16. São técnicas de gestão de ativos e modelos preditivos usados permanentemente, de forma a atacar problemas de forma integral e antecipar-se a erros.

O sistema de informática utilizado para integrar a gestão de compras, envios de peças, recibos, manejo, administração de horas de voo etc é denominado ILIAS (Integrated Logistic Information Automated System), diferente de outros existentes para outras aeronaves da frota.

Nos quatro anos de funcionamento da Subdivisão, suas práticas têm atraído organizações distintas, para consulta sobre as práticas administrativas da manutenção. São exemplos a Universidade Católica e o Exército do Chile.

Por fim, a Subdivisão F-16 também está encarregada de manter em dia as publicações técnicas para pilotos e mantenedores.

FONTE: revista Fuerza Aérea de Chile 252 – tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo

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Groo

Uma Força Aérea girando em torno de seu principal vetor de combate? Já vi esse esse comentário por aqui 🙂

tplayer

O F-16 é lindo de qualquer ângulo, incrível!

Vader

O Chile fez um negócio da China ao padronizar sua frota em torno de tal aeronave. Quem viu os F-16 no DVD da Cruzex sabe do que estou falando. O bicho detona. A quantidade de pista que ele usa pra decolar é menor que a do Rafale, dá vergonha no Mirage e simplesmente humilha os F-5 e AMX. E os F-16 da USAF ainda sobem carregadinhos até as tampas… E não é só o Block 50 (um monstro) que é bom: os MLU também são fantásticos… A hora que o bicho liga o PC dele sai de baixo… Quem não… Read more »

Roberto F Santana

Muito bom comentário Vader.

Roberto F Santana

Parabéns!

Vader

Obrigado pelo elogio Roberto, mas na verdade estou chateado. Eu sabia que o F-16 era bom, e já tinha visto vídeos dele, e lido muita coisa a respeito. Mas realmente não imaginava que a diferença dele pros “outros” era tão brutal. Digam o que quiserem, mas a diferença dele pro Mirage-2000 é notória. Pro F-5 então nem vale a pena comentar: parece outra espécie de avião de combate… Se eu não conhecesse nada de aviação, e tivesse visto o DVD da Cruzex V pela primeira vez, diria que o F-16 Block 52 é muito mais avião que o Rafale. Também… Read more »