Tu-95MS Bear com mísseis Kh-101

Foram divulgadas imagens do ataque de um míssil de cruzeiro russo modernizado Kh-101 na Ucrânia. Na etapa final do voo, o míssil Kh-101 utiliza o sistema de defesa de bordo L-504.

O módulo L-504, produzido pelo Ekran Research Institute, lança flares e também chaff de diferentes comprimentos, o que permite iludir os radares de orientação de defesa aérea inimigos. Os chamarizes são disparados simultaneamente de cada lado do míssil.

O míssil de cruzeiro russo Kh-101 é uma das armas mais avançadas em termos de tecnologia de mísseis de cruzeiro de longo alcance. Desenvolvido como uma atualização dos mais antigos mísseis de cruzeiro soviéticos, o Kh-101 é projetado para fornecer às forças armadas russas uma capacidade de ataque de precisão com alcance estendido.

Uma das características mais notáveis do Kh-101 é seu alcance excepcionalmente longo, que é estimado em cerca de 4.500 a 5.500 quilômetros. Esse alcance permite que ele seja lançado a uma distância segura do território inimigo.

Mísseis Kh-101 no Tu-95MS

O Kh-101 é conhecido por sua alta precisão, graças ao seu sistema de orientação avançado que utiliza GPS/GLONASS para navegação, além de um sistema de orientação terminal para maior precisão no alvo.

O design do Kh-101 inclui recursos de furtividade, tornando-o menos visível para os sistemas de defesa aérea. Seu perfil de baixa altitude de voo e materiais absorventes de radar contribuem para sua capacidade de evadir detecção.

O míssil possui uma alta manobrabilidade, o que lhe permite navegar através de rotas de voo complexas, evitando assim defesas aéreas e alcançando alvos bem protegidos.

O Kh-101 pode carregar uma ogiva convencional de até 400 kg. Existe também uma variante, o Kh-102, que é relatado como capaz de carregar uma ogiva nuclear.

O míssil pode ser lançado de uma variedade de plataformas, principalmente de bombardeiros estratégicos como o Tu-95MS e o Tu-160. Isso permite uma grande flexibilidade em termos de planejamento e execução de missões de ataque estratégico.

A inclusão do Kh-101 no arsenal russo representa um aumento significativo na capacidade de projeção de poder da Rússia, oferecendo um meio eficaz de realizar ataques estratégicos com risco mínimo para as plataformas de lançamento.

Subscribe
Notify of
guest

66 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Guacamole

Solução simples e eficaz.

Carlos Campos

Simples nada. isso é talvez o segundo melhor míssil de cruzeiro no mundo

Bosco

Minha listinha habitual. Mísseis de cruzeiro subsônico contra alvos em terra (LACM), convencionais – EUA lançados do ar: JASSM: alcance de 360 km, ogiva de 450 kg JASSM-ER: alcance de 1000 km, ogiva de 450 kg JASSM-XR: alcance de 2000 km, ogiva de 900 kg LRASM: alcance maior que 500 km , ogiva de 450 kg Harpoon II: alcance de 280 km, ogiva de 230 kg SLAM-ER: alcance de 280 km , ogiva de 360 kg – Lançados de terra; Tomahawk Block V: alcance de 1600/1800 km, ogiva de 450 kg NSM: alcance de 185 km, ogiva de 130 kg… Read more »

rui mendes

O NSM é Norueguês, com participação Norte-Americana, mas quem vende o míssil é a kongsberg Norueguesa.

Bosco

A lista consta de mísseis utilizados pelos respectivos países e não desenvolvidos e fabricados neles.
*Mas vale salientar que o NSM está sendo fabricado e comercializado também pela Raytheon.

Last edited 3 meses atrás by Bosco
Bosco

Rui,
Tem países que adotam o Harpoon Block II lançado de lançadores móveis em terra (ex: Taiwan) mas como os americanos não adotam eu não coloque o Harpoon na lista dos LACM lançados de terra dos EUA.

L G1

Mestre Bosco e a lista da China, Europa e Iran?

Bosco

rsss
Aí é muito pra minha cabeça.
Se tiver tempo eu faço , mas se for tem que por de todo mundo, o que inclui Índia, Turquia, Coreia do Sul, do Norte, etc.
Acho que não vai rolar essa lista não. rsss

João Moita Jr

E o Brasil? Não consta nessa lista???

Bosco

Não na minha.
Me ative somente aos mísseis russos e americanos.

Bosco

A lista do Brasil de LACM subsônicos convencionais é pequena:

Lançados de navios:
xxxxxx

Lançados de aviões:
1- Harpoon Block II

Lançados de helicópteros:
xxxxxx

Lançados de terra:
xxxxx

Lançados de submarinos
xxxxx

Guacamole

A “solução simples” do qual me referia é o fato de terem posto dispensadores de flares no míssil para aumentar as chances de não ser interceptado. Não do missil em sí.

Gilson Elano

A adoção dessa medida, pode sinalizar que o míssil é muito vulnerável, em relação a defesa antiaérea, na fase terminal de aproximação do alvo.

Guacamole

Todos os misseis são vulneraveis na fase terminal pois não há mais espaços para fazer manobras de defesa.
No ultimo leg, o missil precisa ir o mais diretamente possivel ao alvo justamente para ficar dentro da margem de erro operacional.

Se um missil comecasse a usar manobras evasivas no final do vôo, as chances de errar o alvo seriam muito altas.

Orivaldo

O próprio míssil detecta a ameaça e lança contramedidas. Isso é interessante

ODST

Ele detectou ou apenas lançou por precaução como fazem os pilotos de aeronaves? Talvez ele seja programado para lançar após algum tempo depois do lançamento ou quando estiver em certa altitude

Bosco

Ou quando estiver próximo do alvo, na fase terminal, depois que adquire o alvo pelo sistema de imagem.
É mais provável que seja isso.
Para ele detectar ameaças e lançar os flares (possivelmente combinado com chaffs) de forma reativa ele teria que ter um RCS ou/e um sistema MAWS. Acho complexo isso.
O mais provável é que lance os flares de forma preventiva na fase terminal.

Rinaldo Nery

Acho que nenhum míssil tem RWR. Ainda. E o chaff só é eficaz quando tem dimensão igual à metade do comprimento da onda do radar.

Last edited 3 meses atrás by Rinaldo Nery
Bosco

Rss
Ainda bem que você entendeu o que eu quis dizer com “RCS” .
Era para ter dito RWR mas foi força do hábito e quando vi já tinha passado o tempo para a correção.
Valeu!
Em relação ao RWR os mísseis com homing antirradiação (ARH) podem utilizar seus sistemas para imitar o RWR e é dito que o LRASM tenha essa capacidade , no caso, ele não dispara flares (até onde eu sei) mas interfere ativamente no radar de controle de tiro de bandas X e K-KU-Ka

Alfredo Araujo

Detecta ?
Para detectar ele teria q ter um alerta de mísseis… Não costumam ser dispositivos miniaturizados ao ponto de serem usados em mísseis…
Tem a fonte de onde vc viu essa informação ?

Orivaldo

Vc leu direto da fonte

Alfredo Araujo

hahahahaha

Fabio Araujo

Um míssil dito furtivo que precisa de contramedidas defensivas? Não deve ser tão furtivo assim, mas não deixa de ser interessante essa capacidade!

Fernando "Nunão" De Martini

Se pensar nele como parte de um pacote de ataque, a coisa muda de figura, não acha?

Vinicius Momesso

Se pensar também que pelo perfil de vôo, poderia ser alvo de MANPADS, daí o uso de flares.

Bosco

Difícil um míssil cruise subsônico ser vitimado por um manpads operado “manualmente” mas dentro de um conceito de defesa mais complexo, com apoio de um radar de busca e o míssil lançado por um veículo apropriado pode ser. Por exemplo, o USA delega ao Avenger (Hummer + Stinger + mira EO + plataforma estabilizada + M-2) combinado com o radar Sentinel a função de defesa de ponto ACM (anti míssil de cruzeiro). Em dois anos deverá assumir essa função o sistema Enduring Shield que por sua vez também tem mísseis guiados por IR, só que com formação de imagem que… Read more »

Fabio Araujo

Recentemente os ucranianos publicaram um vídeo onde aparece um militar abatendo um míssil de cruzeiro com um manpad Igla!

https://twitter.com/front_ukrainian/status/1740087471474647188?t=Yj55sJkPtGhhfX82Itm80w&s=19

Bosco

Nossa! Não tinha visto.
*Pra mim parece fake.

Fabio Araujo

Eu imagino, se for verdade, que o soldado foi alertado antes que o míssil iria passar perto dele dando a direção do míssil assim ele já estaria esperando o míssil pois de outra maneira seria difícil ele conseguir abater se fosse pego de surpresa com o míssil passando por ele.

Alfredo Araujo

MUITO fake ! rsrs
O atirador fazendo o lançamento em um ângulo de 90º ?!?!?! Sem sentido nenhum… rsrs

Felipe

fake como a grande maioria dos videos e noticias ucranianas.

Fabio Araujo

Vou olhar!

Ciclope

O F-35 tem flares? Se tem, então qual o problema?

Bosco

Até o F-22 tem flares. Mas o inusitado de tudo isso é porque o senso comum determinava que flares e chaffs eram para evitar a morte de pessoas . A guerra na Ucrânia mostrou que agora os sistemas de apoio eletrônicos são utilizados para ajudar na penetração das defesas com meios descartáveis. Os Iskander M possuem despistadores ejetáveis. Os ucranianos mesmo gastam valiosos mísseis despistadores MALD para escoltar os Storm Shadows. Até essa guerra os únicos mísseis que adotavam CME eram os ICBMs que possuem auxiliares de penetração (penaids). Os mísseis de modo geral contavam com a velocidade, altitude, manobrabilidade… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Bosco
Luís Henrique

Sim. Isto se deve ao fato de que ambos os lados possuem muitos sistemas antiaéreos avançados e em camadas.

Jadson S. Cabral

É porque ele deve acreditar no termo “aeronave invisível” e deve achar que furtividade é 100% em todas as condições

Ciclope

Vendo alguns comentários fico impressionado como as pessoas admiram uma tecnologia sem saber da sua real capacidade, mesmo os indícios destas demonstrados pelos próprios criadores delas. Exemplo, tecnologia furtiva, pessoal fala como se um F-35, B-2 ou um B-21 pudessem sobrevoar Moscou, passando por cima dos S-400 É lançar uma bomba bem em cima do Putin sem ser detectados. Oras se isso fosse verdade, esses aviões não teriam as bombas guiadas lançadas de dezenas de quilômetros ou mísseis de cruzeiros lançados a CE temas ou milhares de quilômetros. Sim, pois tanto os B-2 como os B-21 transportam e lançam missseis… Read more »

Bosco

Em tese o B-2 pode sobrevoar Moscou impunemente ainda que a cidade esteja sendo protegida por um radar VHF.
O B-21 poderá fazer o mesmo.
Os drones de reconhecimento RQ-180 também podem.
Muito provavelmente o RQ-170 também pode.
Os caças de 6ª G também deverão poder.
Os caças F-22 e F-35 poderiam ter dificuldade de sobrevoar Moscou mas podem atingi-las com armas planadoras com a SDB.

Vinicius Momesso

Se for assim, o H-20 chinês ou o russo PAK DA(quando estiver operacional) também podem fazer o mesmo sobre Washington.

Bosco

Se não podem então não servem ao propósito de terem sido desenvolvidos.

Bosco

A maioria dos radares de longo alcance de defesa aérea são em geral de banda L (UHF).
Caças stealths com empenagens de 5ª G tem mais dificuldade de passar por eles ainda que possam ir contornando-os , mas as aeronaves stealth banda larga passam “tranquilamente”.
https://twitter.com/CIGeography/status/1628194983608983555/photo/1

rui mendes

Qual é a diferença no quesito da furtividade, de 1 F-22 e 1 B-2, para um poder sobrevoar Moscovo e o outro não???

Bosco

Rui, Meu comentário foi no contexto de que Moscou estaria sendo protegida por um radar VHF. Se esse tipo de radar não estiver sendo utilizado tanto faz o B-2 ou o F-22 ou o F-35. A maior diferença do B-2 em relação ao F-22 (e F-35) e a inexistência da empenagem vertical e a possivelmente uma camada maios espessa de material RAM no bombardeiro. Essa empenagem é detectável por radares de baixa frequência ( VHF) por uma questão física (não me recordo o nome técnico , mas voo procurar) que determina que um radar consegue detectar somente objetos menores que… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Bosco
Bosco

Só de curiosidade há mais de uma forma de neutralizar ou reduzir a reflexão de um radar:
1-Técnica de forma
2- utilização de material RAM (absorvente ) ou RTM (transparente )
3- cancelamento ativo
4- plasma stealth

Last edited 3 meses atrás by Bosco
Maurício.

Não é porque algo é furtivo que ele não vai precisar de contramedidas defensivas, o F-22 e F-35 são furtivos e também possuem contramedidas defensivas.

rui mendes

Claro, eles são detectados, só que muito mais perto já do alvo.

Talisson

Incrível… Tanto o míssil quanto a beleza do TU95.

lucena

O B-52 e o  Tu-95 são dois veteranos de guerra… duas lendas que se podem falar… contariam muitas histórias interessante

Fabio Araujo

A grande capacidade de carga e de atualizações faz estes dois veteranos estarem na ativa sem previsão de aposentadoria!

Carlos Campos

O LRASM russo. Nem sabia que os russos tinham algo assim, ele se aproximaria de baterias antiaéreas ou qualquer alvo, sendo mais de um pro mesmo alvo faria uma saturação mesmo com poucos mísseis

Gustavo Gimenes

Furtivo ? A maioria deles são interceptados pela Ucrânia,então a eficiência dessa furtividade e contra medidas é bem baixa

Bosco

Devo concordar! Ele é bem melhor em termos de furtividade que seu antecessor, o Kh-555, mas ainda assim está longe de mísseis como o Storm Shadow e mais longe ainda do JASSM/LRASM. Esses nem precisam voar em baixa altitude/sea skimming já que dependem exclusivamente (ou quase) da baixa assinatura radar e térmica. Esse lançador de flares/chaffs é realmente inusitado e claro, demonstra que o míssil tem baixa observabilidade mas está longe de ser stealth. Outra característica diferentona do Kh-101 é o motor dele que “cai” depois que ele é lançado. Isso prejudica do ponto de vista do arrasto e da… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Bosco
Carlos Frederico

Bosco, como conhecedor da tecnologia de mísseis que você é, acredita que o AV-MTC terá boas capacidades de sobrevivência frente às defesas modernas?

Bosco

Carlos, Um míssil de cruzeiro subsônico utiliza a navegação em baixa altitude para penetrar no território inimigo defendido. Muito provavelmente o AV-MT 300 tem capacidade de voo muito baixo utilizando algum sistema semelhante ao TERCOM ou combinando GPS com mapas digitais. Ele tem sim capacidade de penetrar as defesas mas a coisa complica se houver uma densa defesa de ponto. Temos visto (era previsível) que os mísseis de cruzeiro subsônicos se tornam mais vulneráveis na medida que se aproximam dos alvos onde existe uma forte defesa e em alerta. Mas é sem dúvida uma arma que irá agregar muito às… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Bosco
Mirade1969

Isso é o que a Ucrania conta se de fato ocorre não é comprovado.

Bosco

Mirade, Não há como o defensor comprovar que defendeu, ainda que coubesse a ele a prova. É impossível. A única maneira é se o atacante disser qual forma os seus alvos e aí o defensor vai lá e mostra que os alvos estão intactos, sinal que foram defendidos com sucesso. No máximo o defensor pode , no caso do atacante não ter dito quais eram os alvos, mostrar fotos de supostos alvos e provar que eles estão intactos. Ao atacante cabe mostrar as provas da sua alegação, porque ele tem que ter capacidade de avaliar os danos que fez, salvo… Read more »

Felipe

Acredita mesmo que a maioria é interceptada? Fonte Mod ucraniano? kkk

adriano Madureira

míssil com flares?! essa eu desconhecia…

Sergio Machado

Nada como um conflito de alta intensidade para acelerar inovações.
A gravidade se encarrega.

Nilton L Junior

Uma pá que tem contra medidas, isso sim é ostentação.

Bispo

🤔 Qual será a alteração necessária para um míssil ser “portador de ogiva nuclear” ??

Kh101 para Kh102 🙃

Bosco

A ogiva.
Rss

Bispo

Então, teoricamente qualquer míssil pode ser nuclear ?

Pensei que o “padrão nuclear” fossem mais resistentes a falhas técnicas.

Bosco

Bispo,
Sem dúvida um míssil nuclear tem além da ogiva sistemas avançados de segurança para permitir que não detone acidentalmente ou caso seja roubada e tem a espoleta diferente, etc. Mas em geral uma ogiva nuclear pode ser instalada onde ela caiba.
Como geralmente uma ogiva nuclear é mais leve que uma convencional não fica difícil a instalação, como no caso do Kh-101 (convencional) e Kh-102 (nuclear).
A vantagem é que a versão nuclear costuma ter alcance maior do que a versão convencional.

Marcelo L.

Incrível a tecnologia da guerra, o contraponto mais incrível ainda, é que na maioria das vezes o alvo é a casa de algum plantador de batatas ou um edifício residencial.