Objetivo da presença dos controladores nos voos é reduzir a carga de trabalho da tripulação

Em meio a uma das maiores missões de Repatriação de brasileiros da história da Força Aérea Brasileira (FAB), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) passou a apoiar a ação governamental, denominada Operação Voltando em Paz, com controladores de tráfego aéreo auxiliando a tripulação na fraseologia aeronáutica. Os profissionais passaram a integrar os voos nas aeronaves KC-30 e KC-390 Millennium na sexta-feira (13/10) e estarão envolvidos na ajuda humanitária até o encerramento da reintegração dos brasileiros que estão no Oriente Médio.

“Devido à complexidade do cenário, que exige da tripulação uma grande coordenação logística e atenção a todos os detalhes de uma missão de repatriação de brasileiros em área de conflito, entendemos que a presença de um controlador de tráfego aéreo com experiência reduziria a sobrecarga de trabalho das tripulações. Sendo assim, estes militares passaram a auxiliar diretamente os pilotos na fraseologia aeronáutica, possibilitando a uniformidade das comunicações em voo, com autorizações claras e concisas, o que contribui a segurança de voo”, explicou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi.

A fraseologia aeronáutica é um conjunto de frases e palavras pré-determinadas na língua inglesa, utilizada por pilotos e controladores de voo para garantir uma comunicação clara, rápida e segura durante o voo. O primeiro controlador de tráfego aéreo do DECEA a embarcar para Tel Aviv, cidade na costa israelense do mar Mediterrâneo, Suboficial Alexandre Milton Lima dos Santos, falou sobre o apoio prestado nesta missão. “Estamos presentes na cabine de pilotagem durante todo o trajeto, sempre atentos na comunicação verbal entre o piloto, copiloto e o órgão de controle de tráfego aéreo, principalmente no espaço aéreo internacional. Desta forma, contribuímos para a redução da carga de trabalho dos pilotos, que passam a se concentrar em necessidades mais complexas e urgentes durante o voo”, explicou.

O militar estava a bordo do KC-30, que pousou na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ), na madrugada de domingo (15/10), trazendo 215 brasileiros repatriados e 16 pets. Ao desembarcar, o Suboficial descreveu a experiência e compartilhou o sentimento vivido entre a tripulação e os brasileiros repatriados.

“É uma honra poder servir aos nossos compatriotas em um momento tão delicado. Perceber a alegria dos passageiros na chegada ao Brasil, os elogios à tripulação e receber palavras de reconhecimento pelo cumprimento da missão, certamente me propiciaram a sensação de dever cumprido no que jurei, juntamente com os demais integrantes da Força Aérea Brasileira, na ocasião da nossa incorporação”, completou o militar.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Clésio Luiz

Me causa estranheza isso. Dá a impressão de que os pilotos voando essas missões são inexperientes em voos internacionais.

Ron Rodrigues

Também tive a mesma impressão. Para voos internacionais na aviação civil os pilotos devem ser submetidos e aprovados na prova de proficiência linguística em inglês da ICAO que tem os seguintes níveis: Nível 1: Pré-elementar. Nível 2: Elementar. Nível 3: Pré-operacional. Nível 4: Operacional. Nível 5: Superior. Nível 6: Especializado. O nível mínimo exigido é o ICAO 4 e é válido por 3 anos. Espera-se que o piloto possuindo o ICAO 4 não tenha dificuldade em realizar a fraseologia aeronáutica padrão em inglês. Não sei se a FAB exige a prova da ICAO dos pilotos que fazem voos internacionais ou… Read more »

Rinaldo Nery

Na FAB os pilotos fazem o curso de Tráfego Aéreo Internacional (TAI), e os instrutores classificam o nível de inglês do piloto.

Underground

Pior: que não sabem falar.
– Arô! É do radar?

Rinaldo Nery

Vc sabe? Faz mto vôo internacional?

pampa.ancap

Provavelmente deu B.O. nos primeiros voos e colocaram os controladores para mitigar.

Marcos

E devem ser é não é nenhuma surpresa o demérito. Basta ver quantas são as missões internacionais por eles realizadas em comparação com um piloto de linha área que faz vôos internacionais

Rinaldo Nery

Alguns são mesmo. Qual o problema? Sempre tem uma primeia vez. É FAB, não é LATAM.

Roberto

Sobrecarga ? Assisti a vários voos internacionais e o avião voa sozinho com os pilotos gerenciando os sistemas . A necessidade só se aplica no caso de deficiência dos pilotos na lingua inglesa .Até compreensivel já que eles não voam diariamente como os pilotos comerciais .

Rinaldo Nery

Assistiu na cabine? É proibido pela ANAC.

JeffCo9radin

Especulando aqui; Possível falta de pilotos operacionais no KC-30 e KC-390 com experiência em fonia internacional no quadro escalado para a missão, imagino pois conhecendo o Brasil nós devemos ter uma processo de qualificação enxuto na formação de equipes operacionais nestas aeronaves, programação pode ser mais lenta pelo custos envolvidos e em virtude da demanda nestas operações de repatriamento/resgate pegou os quadros na curva de formação dos mesmos. Não acho demérito e sim a responsabilidade falando mais alto pela segurança do espaço aéreo internacional, Como não foi relatado em qual parto do globo foi a dificuldade na fonia podemos ter… Read more »

Last edited 6 meses atrás by JeffCo9radin