EMB-145I Netra

Nova Delhi [Índia] (ANI): Buscando fortalecer ainda mais a vigilância ao longo das fronteiras com a China e o Paquistão, a Força Aérea Indiana (IAF) está em processo de reviver o programa de aeronaves autóctones Netra-I de Alerta Antecipado e Controle Aerotransportado baseado em a aeronave brasileira Embraer.

“Três das aeronaves de vigilância Netra AEW&C, também conhecidas como ‘olhos no céu’, já estão na Força Aérea após serem desenvolvidas pela DRDO. Existe agora um plano para construir mais seis dessas aeronaves para as quais o trabalho de base já foi iniciado”, disseram oficiais da Força Aérea Indiana à ANI.

“A DRDO e nossos funcionários já começaram a procurar fontes para adquirir a aeronave Embraer ERJ-145 a fim de modificá-la para transportar o radar após a modificação”, acrescentaram as autoridades.

A Força Aérea Indiana tem utilizado estas aeronaves de forma muito eficaz ao longo da fronteira da China e do Paquistão para vigiar as suas atividades ao longo da fronteira e o seu desempenho tem sido muito eficaz. Sendo uma plataforma de vigilância aérea, tem a capacidade de manter uma vigilância constante e abrangente sobre todo o campo de batalha, disseram oficiais da IAF.

A Força Aérea Indiana depende de três AWACS israelenses e dois aviões de vigilância Netra para suas necessidades de vigilância.

O programa será realizado juntamente com o projeto Netra-2 AEW&C, no qual seis aeronaves A-321 seriam modificadas para transformá-las em aeronaves de vigilância. Isso significaria que a Índia receberá mais 12 aviões AEW&C nos próximos cinco a dez anos.

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BK117

Curioso. Estão desenvolvendo o MK2 e buscando ampliar a frota de MK1 simultaneamente. Talvez uma solução mais rápida? Ou empregos ligeiramente diferentes?
Enfim, isso mostra mais uma vez que o E145 é uma plataforma sólida para emprego AEW.
Encontrei muitas informações acerca do desenvolvimento dessa aeronave.

Aparentemente, há alguns anos, eles buscavam uma plataforma ainda maior, com o A330 com um radar giratório para cobertura 360°. Pelo o que entendi foi substituído pelo Netra MK2 com os A321. Este vai possuir um radar de vigilância marítima ou SAR, como nos Globaleye.

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Talvez esteja chegando a hora de começarmos a pensar na próxima geração também (sim, E190/195 E2, sinto que 1/3 dos meus comentários são sobre ele rs), não deixar para quando os E-99M ficarem defasados.

Falando em E-99M, uma dúvida que eu tenho é: onde ficam os dispensers de Chaff e Flare? Já procurei muito e não achei. Sei que os Netra têm.

Guilherme

A Embraer não produz mais a plataforma do E145. A IAF teria que comprar aeronaves em boas condições no mercado para fazer a conversão. Além disso, já houveram estudos para essa e outras aplicações na plataforma do E2. Porém a viabilização do projeto passa por a Embraer conseguir um cliente inicial forte e uma certa quantidade que viabilize o projeto, ou seja, a FAB. Sem essas condições atendidas, esqueçam qualquer projeto na Embraer Defesa. O que a Embraer Defesa mais tem são desenhos de aeronaves conceitos.

Underground

Esse cliente inicial tá mais preocupado em gastar dinheiro com propaganda.

BK117

Caro Guilherme, “Porém a viabilização do projeto passa por a Embraer conseguir um cliente inicial forte e uma certa quantidade que viabilize o projeto” É o que sempre se diz: “quem vai bancar?”, mas eu tenho certo receito nesse quesito. Claro, a instalação externa de sensores e a configuração interna da aeronave demandam um grande estudo e reprojeto estrutural e aerodinâmico do avião, mas será que é tão caro que inviabiliza diluir o valor em poucas aeronaves, como os indianos farão com os A320 ou como os paquistaneses farão com os Lineage? Será que nesse caso um E-7 Wedgetail, por… Read more »

Jadson S. Cabral

A330 para essa função é loucura. Nem os EUA, nem a OTAN pensa em fazer isso. É tipo o 747 tanker que o chá do Irã encomendou e pagou o desenvolvimento.

BK117

Concordo, caro Jadson. Ia ser um desperdício. E imagina o custo de operação? Não é atoa que preferiram o A321.

Gabriel Moreira

A sonda de reabastecimento é algo que faz falta nos aviões de vigilância da FAB. Como é um avião de menor porte, possui menor autonomia…na minha opinião, a FAB perdeu a oportunidade de fazer tais alterações quando os E99 foram modernizados.

Guilherme

Os projetos de modernização tem por objetivo serem low-cost. Tem que custar algo entre 40% a 65% de uma aeronave nova. Senão o projeto não passa no cliente.

Rinaldo Nery

Estava nos requisitos iniciais.

BLACKRIVER

Se puder compartilhar a informação
Decolando de pistas boas: SBCY, SBPV, SBRB, SBCC, SBEG, SBBV, SBBE, SBUA…
Que normalmente são lugares quentes e isso acaba impactando na performances…

Qual a autonomia aproximadamente em horas de voo e em raio de ação dos E99/R99

Sei que uma missão é muito dinâmica, as vezes requer órbitas por um certo período de tempo sobre ou próximo a posição target 🎯

Certa vez li em alguma reportagem de revista, que os radares tem limitações de temperatura, então não resolve subir acima de certos níveis visando “melhorar o alcance”

Muito Obrigado

Rinaldo Nery

O limite é temperatura negativa: – 42°C, devido ao material composto da antena. Existe um nível ótimo on station, e não tem nada ver c temperatura. São 8900 kg de querosene, e AWACS não precisa de alcance, e sim de autonomia on station. Não temos nenhum problema decolando dessas pistas.

BLACKRIVER

Obrigado,
Uma sonda ajudaria, mas nada que impacta na operação da FAB

Rinaldo Nery

Não faz falta.

Gilson

Tudo leva a crer que: nos bastidores a Índia já definiu alguma coisa? pode a ter ser que: esses mísseis virão, É a Índia não deu mole, não e agora broder, é com o Brasil.

Mars

Eu fiquei surpreso e curioso pela escolha do A321 e não do A320. Eu sempre imaginei que quando escolhessem um Airbus para AEW&C seria o A320.

Jadson S. Cabral

Seria muito bom se essas aeronaves fossem adquiridas novas da Embraer, e ainda melhor se a tecnologia fosse nossa, se o radar fosse nosso, se a Embraer estivesse oferecendo essa aeronave no mercado assim como a SAAB faz, com radares e eletrônica prontos. A India fez o dever de casa e aprendeu a lição. Investiram no desenvolvimento de um produto nacional, estão comprando aos poucos e daqui a pouco estão até exportando. Lá essa história de que não vale a pena não existe

DanielJr

A Embraer não fabrica mais o 145. A SAAB agora promove e vende o radar/global eye com aeronaves da bombardier.

A Embraer possui um desenho inicial de AEWC usando equipamentos dos israelitas (rafael), é um conceito, precisa de um cliente lançador para que seja viabilizado (bem provavelmente não será).

Jadson S. Cabral

Podia lançar com uma plataforma maior. E-175, E-190, E-195…

DanielJr

Poderiam sim, o problema é achar o cliente lançador do projeto, que pague pelas aeronaves e o desenvolvimento.

Marcelo

Excelente noticia,a índia vai fazer uma grande propaganda dos produtos da Embraer !!!

Fabio Araujo

Os ERJAEE i

Fabio Araujo

Os ERJ-145 AEW indianos tem sonda de reabastecimento, não entendo porque os nossos R-99 não possuem, aumentaria muito a capacidade de atuação deles.

DanielJr

Não foram requisitados na época pela FAB. As diferenças são muitas, os Netra possuem muito mais coisas incluídas do que as nossas aeronaves.

Mais ou menos como os nossos Supertucanos, são todos 1.0, abertura dos vidros com manivela e sem ar condicionado. O dos EUA e de outros compradores possuem muitos acessórios, como blindagem, etc.

Rinaldo Nery

Super Tucano sem ar condicionado? Quem te disse? Já entrou num? Voou num? A blindagem é REMOVÍVEL. Não usamos aqui porque causa muito arrasto. E não estamos em guerra. Possuímos, sim, a blindsgem. Está armazenada. No projeto de modernização foi requisitado, sim. EU era o chefe do GT no EMAER, em 2009. Antes de postar bobagens, informe-se melhor.

Rinaldo Nery

O que os Netras, além do probe REVO, possuem que o E-99M não possui?

Rinaldo Nery

Abertura de vidros. É Fusca? Não sabe nem o que é canopy. TODOS, no mundo, são de abertura manual.

LucianoSR71

O amigo levou ao pé da letra o que ele escreveu, creio que ele quis fazer uma analogia a um carro ‘pé de boi’, bem básico, pelo menos foi assim que interpretei.

Rinaldo Nery

Analogia bem infeliz.

DanielJr

Calma, eu sei que o super tucano tem ar condicionado. Foi uma analogia entre um carro mais simples e um completo.

Jadson S. Cabral

Olha, Coronel… ainda que eu tenda a concordar mais com o senhor e sua indignação quanto ao comentário do colega, eu suponho que ninguém aqui consiga dizer o que os Netras têm a mais que o E-99M porque essa lista de equipamentos e capacidades não é pública para nenhum dos dois modelos, e ainda que o senhor conheça todas as capacidades do E-99M, duvido que conheça do modelo indiano. Portanto, diria que ele está errado em fazer essa afirmação, mas o senhor tbm não pode afirmar o contrário.

BK117

Eu suponho que ninguém aqui consiga dizer o que os Netras têm a mais que o E-99M porque essa lista de equipamentos e capacidades não é pública para nenhum dos dois modelos
Realmente, caro Jadson. Mas nas minhas pesquisas encontrei o seguinte documento do DRDO. Não explicita as capacidades mas dá um insight bacana no desenvolvimento da aeronave. Talvez interesse.

https://www.drdo.gov.in/sites/default/files/technology-focus-documrnt/TF_April_2021.pdf

Também encontrei esse site, com bastante informações sobre o Netra MK1 e MK2 (maioria das infos parecem ter sido tiradas do PDF acima).

http://fullafterburner.weebly.com/next-gen-weapons/netra-aewc-indias-eyes-in-the-sky

Rinaldo Nery

Por isso perguntei! Saco cheio de ler afirmativas sem embasamento algum.

Tomcat

Tá difícil. Eu passo batido por vários comentaristas, porque sei que só vem besteira. Os seus e de mais meia dúzia são um dos poucos que leio

Nonato

“aeronave Embraer ERJ-145 a fim de modificá-la para transportar o radar após a modificação”.
Gostei do resumo.
O avião não pratica é um transportador de radar.
O trabalho todo quem faz é o radar e seus equipamentos.
Os aviões só servem para transportar o radar (e equipamentos e equipes de analistas – a não ser que as inglês sejam todas trabalhadas direta em terra

Rinaldo Nery

Por meio de downlink os controladores (e não analistas: ninguém analisa nada) podem estar em terra. Sim, o avião é somente a carroça. Alguém disse o contrário?

Everton Maganin

Nery, após a modernização os E-99M tem dispender se chaff e flare ?

Rinaldo Nery

Tem. E RWR.

EduardoSP

Será que a Embraer participará realizando as mudanças estruturais necessárias nas aeronaves para a incorporação dos equipamentos indianos? Foi assim com as três unidades iniciais. Ou os indianos vão fazer tudo sozinhos?

O Paquistão aparentemente está levando à frente o projeto de adaptação de unidades do Lineage em aeronaves de patrulha marítima. Estão fazendo sem a Embraer?

Jadson S. Cabral

Tudo o que envolve o Paquistão envolve secretismo e ninguém sabe muito o que está ocorrendo. É bem provável que a Embraer esteja envolvida, prestando pelo menos consultoria, mas se eles pediram segredo, não é a Embraer que vai abrir a boca

Cansado

Achei interessante a segunda foto…o Su-30 é realmente enorme, faz o ERJ-145 parecer pequeno.
Isso sim é um caça de respeito.

PCOA

tem células de ERJ-145 disponíveis no mercado com razoável vida útil e horas de vôo ainda?

Rinaldo Nery

Muitas.

BLACKRIVER

Olhem este site da EMBRAER
Tem um simulador de autonomia e range.

https://www.embraercommercialaviation.com/commercial-jets/e175-e2-commercial-jet/

Um E175-E2 com asas e motores do E195-E2 seria a combinação perfeita para um avião radar para países que buscam operar um avião de menor porte, que tem a vantagem de ter um custo mais baixo por hora de voo quando comparado a B737, com a grande vantagem de operar em pistas menores, e com PCN mais baixo.

Santana

Que loucura,não entendo nada de custos mas sei que pegar um 145 usado e deixá-los no padrão dos que eles tem lá será dificílimo, modifica se estrutura da aeronave, sistema de combustível ,ar condicionado, enfim e uma baita transformação,muitas vezes o avião já saia da linha de montagem sem certas montagem só usadas no uso comercial… enfim…