Gripen F em Axalp - foto 2 Depto de Defesa da Suíça

Relatório do primeiro trimestre de 2013 registrou também um grande aumento de encomendas para o Grupo Saab

Segundo reportagem do jornal sueco Dagens Nyheter, o Grupo Saab relatou um lucro (antes do recolhimento de impostos) de 354 milhões de coroas suecas (cerca de 54 milhões de dólares) no primeiro trimestre de 2013. O valor é um pouco menor do que o registrado no mesmo período de 2012, de 393 milhões de coroas (US$ 60 milhões).

A receita, porém, subiu de 5,57 bilhões de coroas suecas para 5,86 bilhões (de 850 milhões de dólares para 890 milhões). Quanto às novas encomendas, houve um aumento significativo de 4 bilhões de coroas para 18,8 bilhões (de US$ 610 milhões para US$ 2,87 bilhões), em relação ao mesmo período de 2012.

O diretor-executivo (CEO) da Saab, Håkan Buskhe, afirmou no relatório que o ano começou forte, com um aumento nas encomendas em todas as áreas de negócio, com um aumento de 32% no “backlog”, e os resultados foram vistos como muito bons levando em conta “o desafiador ambiente do mercado”. Um destaque nas novas encomendas foi o desenvolvimento da nova geração do caça Gripen: um importante marco foi atingido em 15 de fevereiro com um acordo-chave com a administração de material de defesa da Suécia (FMV), relacionada ao desenvolvimento e modificação do Gripen E.

Os pedidos recebidos para o completo desenvolvimento do Gripen E, no primeiro trimestre deste ano, somaram 13,2 bilhões de coroas suecas (cerca de 2 bilhões de dólares). O acordo inclui encomendas potenciais do Gripen E num total de 47,2 bilhões de coroas (7,2 bilhões de dólares) ao longo de 2013 e 2014, além de uma potencial encomenda do Gripen E pela Suíça. Há otimismo em relação ao Gripen, com interesse crescente no mundo, além de decisões próximas, que dependem de aspectos políticos. A próxima decisão deverá vir da Suíça, onde poderá haver um referendo para decidir a compra do caça, e depois será a vez do Brasil. Porém, há conversações em andamento em outros países.

Gripen F em Axalp - foto Depto de Defesa da Suíça

O relatório da Saab também destacou fortes encomendas de outros sistemas pela Ásia e da América do Sul (um exemplo é a modernização do  sistema de radar  Erieye, que equipa aviões de alerta aéreo antecipado do Brasil). O diretor-executivo destacou que, apesar da fase ruim de orçamentos europeus, a Saab conseguiu aumentar as vendas, as encomendas e mostra resultados estáveis.

Outro ponto destacado foi o investimento crescente em pesquisa e desenvolvimento por parte da empresa. Este cresceu “dramaticamente”, segundo Buskhe, e a maior parte dele foi feito na Suécia, por 7.000 pessoas. O CEO afirmou que, como a Saab é uma grande empresa com muitos produtos, há bastante movimentação de pessoas entre as áreas, e houve um crescimento em pessoal, na Suécia, de mais de 1.000 pessoas no ano passado, o que é um claro crescimento.

O relatório de 28 páginas (arquivo pdf) pode ser acessado clicando aqui.

FONTES: Dagens Nyheter e Saab (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em sueco e inglês)

FOTOS: Departamento de Defesa da Suíça

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Clésio Luiz

Alguém sabe dizer se o modelo E vai apresentar o mesmo comprimento de fuselagem do biposto, ou será mais curto?

Guilherme Poggio

Nunão

Segundo artigo da Aviation Week, traduzido aqui no Poder Aéreo e disponível no link abaixo, o comprimento da próxima geração do Gripen também será maior, assim como o aumento da envergadura.

Isto permitiria a manutenção da relação entre as duas medidas.

http://www.aereo.jor.br/2013/02/18/um-gripen-conjunto-para-suecia-e-suica/

Ivan

Nunão. Com relação ao Super Hornet a capacidade de combustível interno está clara nas publicações: F-18 E (monoposto) cerca de 8.450 litros, que equivalem a 6.780 kg ou 14,400 libras. F-18F (biposto cerca de 7.920 llitros, que equivalem a 6.354 kg ou 13,550 libras. Com relação ao Rafale é mais difícil encontrar uma informação clara, pois algumas publicações como Globalsecurity e Tecnodefesa apontam uma caçacidade de combustivel interno em tornos de 5.325 litros, cerca de 4.260 kg (9,370 libras) sem detalhar se é o modelo monoposto ou biposto, enquanto outras apontam algo como 4.500 kg e até mesmo 4.700 kg.… Read more »

Justin Case

Ivan disse: 1 de maio de 2013 às 20:26 Ivan, boa noite. Fui pesquisar na internet e também achei números conflitantes. No entanto, acho que podemos considerar em torno de 350 litros a diferença entre o combustível interno do Rafale B e do Rafale C. Quanto à capacidade total do Rafale C, é comum encontrar informações de peso em torno de 4.700 kg de combustível, o que requer um volume acima de 5,900 litros para um querosene de densidade 0,79. Sempre há, no entanto, uma certa quantidade de combustível “não utilizável”. Talvez essa possa ser mais uma razão para algumas… Read more »

Ivan

Justin, O volume de combustível interno do 5.325 litros foi informado em uma edição especial da revista Tecnologia & Defesa dedicada ao Rafale. Usando um índice de densidade de 0,80, chegamos a uma massa total de 4.260 kg para os referidos 5.325 litros, próximo aos 4.250 litros que a Globalsecurity indica para o Rafale e que outros sites já haviam indicado. Assim sendo, acredito que 5.325 litros deve ser o volume de combustível interno do biposto Rafale B. Como outros sites apontam para uma MASSA de 4.700 kg., como o do fabricante, que equivalem a um volume de 5.875 litros… Read more »

Ivan

Justin,

Se vc puder ajudar, seria interessante descobrir ao menos os números aproximados da capacidade interna do Rafale e do Typhoon, mono e bipostos.

Acredito que estou na pista certa, 5.325 litros e 5.875 litros para as duas versões do Rafale.

Abç.,
Ivan.