A-1B  5651 - 60 anos da Fumaça - foto Nunão - Poder Aéreo

Na quarta-feira, 10 de abril, a Alenia Aermacchi informou em nota que assinou um contrato de três anos com a Força Aérea Brasileira (FAB) para serviços de apoio logístico à su frota de jatos A-1 (AMX). O valor do contrato foi divulgado em 58 milhões de euros (cerca de 75,7 milhões de dólares ou 150 milhões de reais).

O contrato inclui diversos elementos, segundo a empresa: apoio de engenharia no local (“on site” – uma equipe permanente da Alenia Aermacchi no Parque de Material Aeronáutico do Galeão, no Rio de Janeiro), serviços de apoio logístico, fornecimento de componentes e sobressalentes, além de revisão.

A-1A 5515 - foto Nunão - Poder Aéreo

A nota afirma que a Alenia Aermacchi foi selecionada pela FAB devido à sua experiência anterior com logística no programa AMX e devido aos resultados comprovados em fornecer sobressalentes, além do alto nível de eficiência mantido para a frota de AMX em serviço na Itália. O AMX/A-1 é um jato de apoio tático desenvolvido na década de 1980 pela então Aeritalia (46.5%), Aermacchi (23.8%) e Embraer (29.7%), entrando em serviço nas Forças Aéreas Italiana e do Brasil no final daquela década.

O acordo é parte de um programa da FAB destinado a garantir total capacidade operacional da frota de A-1 pelos próximos 20 anos, estando integrado ao programa de modernização do avião, conhecido como A-1M, que é liderado pela Embraer e apoiado diretamente pela Alenia Aermacchi. Estas duas empresas recentemente assinaram um Memorando de Entendimento (MoU –  Memorandum of Understanding) que estabelece uma parceria entre elas para o gerenciamento de todas as atividades de apoio logístico relacionadas à operação de AMX no Brasil, ao longo do ciclo de vida da frota.

A-1 FAB - foto Nunão Poder Aéreo

O diretor executivo (CEO) da Alenia Aermacchi, Giuseppe Giordo, afirmou: “Com esse contrato, a Alenia Aermacchi e a Embraer reiteram sua colaboração de décadas a qual, nos anos 1970, permitiu o desenvolvimento, industrialização e produção no Brasil do treinador a jato  MB.326  (AT-26 Xavante naFAB) e, depois, a colaboração industrial que resultou na criação do caça-bombardeiro ítalo-brasileiro AMX.”

FONTE: Alenia Aermacchi (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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Hamadjr

Só não consigo entender como a Embraer não colocou dentro da sua estratégia a fabricação de um jato de treinamento.

Ivan

Mercado.

Clésio Luiz
Marcos

Tem gente feliz, afinal a Embraer ficou fora!!!

Soyuz

O que me pareceu ter sido decisivo para a seleção da Alenia Aermacchi é a situação do AMX na Itália. A AMI a alguns anos atrás decidiu que para cada 3 AMX do seu inventário iria aposentar 2 e manter 1. A grande dificuldade de se manter um avião fora de produção é que alguns componentes, especialmente estruturais não são mais produzidos. Ai existem 3 opções -Estoques iniciais de componentes (que um dia vai acabar). -Fabricação de componentes sob demanda para a manutenção (que custa uma fortuna). -Canibalização de aeronaves. Me parece que as aeronaves da AMI devem ser em… Read more »