Desativação total do A-10 Thunderbolt II é proposta pelo Pentágono

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A-10 da Weapons School de Nellis em exercício de emprego de armas - foto 3 USAF

Frota inteira do jato de ataque deverá ser desativada, segundo os planos divulgados hoje para o orçamento de 2015. Economia de 3,5 bilhões de dólares seria direcionada para outros programas importantes

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, anunciou nesta segunda-feira uma forte redução das Forças Armadas do País. A redução deverá fazer com que tenham o menor contingente desde 1940, pouco antes dos EUA terem entrado na Segunda Guerra Mundial. A necessidade é adequar os gastos de Defesa à realidade dos cortes orçamentários do presente e à necessidade de manter os futuros orçamentos mais enxutos.

Entre várias medidas anunciadas, algumas são bastante lógicas, como concentrar os helicópteros Apache nas unidades da ativa do Exército, que repassariam seus Black Hawk para as de Guarda Nacional e de Reserva, que não precisariam operar um helicóptero de ataque com o poder de fogo do Apache.

Em diversas mídias, incluindo as brasileiras como “O Globo” (clique no link para acessar matéria), chamou a atenção uma decisão radical: eliminar toda uma classe de aeronaves da Força Aérea dos EUA. Tanto o jornal brasileiro quanto outros não deram detalhes, afirmando ser “toda uma classe de caças da Força Aérea.” Mas, segundo publicado no jornal New York Times, não serão caças, mas ainda assim será uma aeronave que poderá fazer muita falta: os jatos de ataque A-10 Thunderbolt II, citados num dos últimos parágrafos da reportagem em inglês.

A-10 em hot pit refuel - foto 2 USAF

A proposta de desativar toda a frota de A-10 está também em notícia publicada hoje no site do Departamento de Defesa dos EUA, assim como em discurso do secretário Hagel. Seguem alguns pequenos trechos traduzidos do discurso:

“Nós protegemos os programas-chave de modernização (da Força Aérea), incluindo o novo bombardeiro, o Joint Strike Fighter (F-35) e o novo avião de reabastecimento em voo. Também recomendamos investir 1 bilhão de dólares numa promissora nova tecnologia de motor a jato, da qual esperamos que produza consideráveis economias de custo com redução de consumo de combustível e menor necessidade de manutenção.”

“Para prover fundos a esses investimentos, a Força Aérea vai reduzir o número de esquadrões aerotáticos, incluindo a frota inteira de A-10. A aposentadoria da frota de A-10 economiza 3,5 bilhões de dólares por cinco anos e acelera o programa de modernização da Força Aérea, estabelecido há tempos, que pede a substituiçào do A10 pelo mais capaz F-35 no início da década de 2020.”

“Como vimos no Iraque e no Afeganistão, o advento de armas de precisão significa que mais tipos de aeronaves (além do A-10) podem agora prover apoio aéreo aproximado efetivo, desde bombardeiros B-1 a aeronaves remotamente pilotadas. E todas essas aeronaves podem executar mais de uma missão.”

“Economias significativas só são possíveis pela eliminação de toda a frota, devido ao custo fixo de manter o aparato de apoio associado à aeronave. Manter uma quantidade menor de A-10 apenas adiaria o inevitável, forçando também cortes em outros setores para compensar.”

A/OA-10 Warthog pilot from the 355th Fighter Squadron, fires his GAU-8

E você, o que acha? A lacuna a ser deixada pela saída de cena  (provavelmente brusca) do A-10 será grave? É certo que o novo jato F-35 deverá substituí-lo, embora sem usar os mesmos perfis de missão e sim explorar sua capacidade furtiva e “stand off” (de manter-se fora do alcance das defesas, ao passo que o A-10 utiliza normalmente um perfil de apoio aproximado, incluindo o uso de seu poderoso canhão). Mas quando?

Planejamentos divulgados no ano passado davam conta de que o A-10 operaria até 2035 (veja primeiro link da lista abaixo), o que mostra a importância que se dá à aeronave, apesar de seu corte já ter sido aventado em diversas ocasiões pela própria USAF.

Deixe a sua opinião e aproveite para ver algumas das diversas matérias publicadas aqui sobre o A-10 Thunderbolt II.

A-10 da Weapons School de Nellis em exercício de emprego de armas - foto 2 USAF

COLABOROU: Ozawa

FOTOS: USAF

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rogeriol

Fará muita falta sem dúvida. A USAF ainda não encomendou/contratou o Super Tucano como avião de ataque leve e ainda ficará sem o de ataque médio. Não terá nenhum avião para interdição aproximada do campo de batalha! Só ficara com bombardeiros grandes como B-52, B1-B etc. O resto não é bombardeiro, é caça multi missão, que não foram feitos especificamente para isso. O F-35 nunca voará baixo, rápido e barato (importante em tempos de vagas magras até nos EUA) como o nosso glorioso AMX. Estamos bem na fita.hehheheh A FAB conta com o Super Tucano para interdição direta do cambo… Read more »

Galeão Cumbica

Nao era este que iriam reformar/trocar as asas?

Sds
GC

Ozawa

Para mim, as frases lapidares que atendem a pergunta formulada vêm de quem conhece o ofício, dois experientes pilotos da USMC que escreveram uma matéria em peródico daquela força, reproduzido aqui no PA, sendo uma das suas matérias mais icônicas: “Para a aviação do USMC, esta deve ser a sua “raison d’être” (razão de existir). Chega a ser irônico o fato da Força Aérea possuir o A-10, uma aeronave muito mais indicada para apoio aéreo aproximado do que qualquer outra aeronave do USMC.” e… “Idealmente, a Cooperação Aérea irá utilizar aeronaves que são menos complexas e, portanto, mais numerosas e… Read more »

Vader

Pra mim essa notícia é hoax.

rogeriol

Lembro do post da troca de asas do A-10, que considerei uma ação acertada, alongar a vida de um avião bom, robusto e já mais do que se pago. O problema é o “sequestration” que pegou a USAF de surpresa, isso não acontecia a 50 anos (ultima vez com John Kennedy em 1963). Até houve post sobre F-16 block 42 oferecido para a FAB diretamente retirado dos esquadrões para economizar verba. Com certeza, isso tudo nem passava de longe pela cabeça da USAF que aconteceria. Realmente tudo indica que a falta de grana é séria até lá nos ricos. É… Read more »

Mauricio Silva

Para mim, o A-10 é “sandálias havaianas” dos aviões de apoio aproximado.
Vão perder operacionalidade…
SDS.

Rinaldo Nery

O A-10, que é um formidável avião, foi idealizado, especificamente, como ¨tank killer¨ para o cenário europeu da Guerra Fria. Foi construído em torno do canhão. Porém , na Guerra do Golfo e na Iraq Freedom foi extremamente útil, sendo amplamente utilizado nesses conflitos. Lembro de dois vídeos no You Tube, um de um A-10, tripulado por um Coronel comandante da Wing (lá ¨full¨ coronel ainda voa em combate…), pousando com 300 furos de projéteis; e outro de um par de A-10 disparando por engano em um blindado inglês. No Afeganistão também tem sido empregado com sucesso. No Combate SAR… Read more »

Guilherme Poggio

O F-35 poderá realizar a sua missão (se conseguirem sanar todos os seus problemas…) , assim como o F-16, mas não com os mesmos custos. Prezado Rinaldo Nery Publicamos aqui no PA a tradução de um artigo produzido por dois oficiais norte-americanos sobre o futuro da aviação de asa fixa tripulada no apoio às tropas em terra. Eles advogam a compra do Super Tucano no lugar do F-35 para missões CAS. Acredito que a data da publicação seja anterior à sua participação aqui no Fórum. Por este motivo sugiro a leitura do texto (produzido em três partes). http://www.aereo.jor.br/2013/09/11/ha-lugar-para-o-super-tucano-na-aviacao-dos-marines-parte-1/ http://www.aereo.jor.br/2013/09/12/ha-lugar-para-o-super-tucano-na-aviacao-dos-marines-parte-2/ http://www.aereo.jor.br/2013/09/13/ha-lugar-para-o-super-tucano-na-aviacao-dos-marines-parte-3/… Read more »

Marine

A noticia e real e vem diretamente do Pentagono, mas nao se esquecam que isso nao e quer dizer que esteja definido. A noticia e a intencao do DoD, mas pra se tornar realidade tem que passer pelo Congresso. Um dos pontos da noticia que vai dar briga certa no Congresso, e o corte dos Apaches da Guarda Nacional, eu pessoalmente concordo mas a Guarda quer brigar pelo seu e tem grande apoio no Congresso. Os A-10 nunca foram aceitos na USAF pela sua “fighter mafia”, e apesar de ser uma aeronave sem igual em CAS, o seu fim sera… Read more »

Guilherme Poggio

Um dos pontos da noticia que vai dar briga certa no Congresso, e o corte dos Apaches da Guarda Nacional, eu pessoalmente concordo mas a Guarda quer brigar pelo seu e tem grande apoio no Congresso. Sobre os Apache do US Army eu li um interessante artigo recentemente. Em um estudo feito sobre as operações deste helicóptero na década passada (Guerra no Iraque o no Afeganistão) a taxa de acidentes entre pilotos do sexo feminino era muito menor que a dos homens. Seria esta a versão com asas rotativas do que acontece no trânsito (seguro de carro de mulher é… Read more »

Rinaldo Nery

Até concordo. Só vejo restrição na capacidade de armamento. O canhão do A-10 é inigualável. E ainda emprega o Maverick.
Se eles acham que o nosso A-29 serve, muito bom pra nós. Não era essa a idéia inicial, pelos idos de 1992… rsrsrsrs

joseboscojr

O A-10 é superdimensionado para COIN nos tempos atuais, onde há uma prevalência de combates em áreas urbanas e onde se privilegia o uso de armas guiadas de precisão. Também já não é tão bom como “tank killer” e CAS em conflitos de alta intensidade tendo em vista os atuais sistemas de defesa antiaérea. O que se quis na época do desenvolvimento do A-10 era uma aeronave robusta e estável para atingir alvos pontuais, blindados, móveis, com precisão. Hoje se consegue isso com uma série de outros vetores. Ainda vai ter muito F-15 e F-16 até que todos sejam substituídos… Read more »

Rinaldo Nery

O item mais importante do CAS chama-se ¨comunicação¨, entre a a aeronave e as forças terrestres, a fim de evitar o fogo amigo. Independente do armamento empregado, de precisão ou não, ver e saber aonde estão amigo e inimigo é fundamental.
De AT-27 já era difícil de ver, imagina de A-10 , AV-8 ou F-16.
É uma das missões mais complexas em termos de coordenação.

Corsario137

Na boa? O A10 é um tank killer, e a menos que os EUA entrem em guerra com o Irã, não vejo como problema fazer um economia de recursos tão significativa quanto essa. E ele não é insubstituível, ainda que não tendo um desempenho igual, o Apache e o Cobra destroem igualmente blindados. Muito em breve eles terão Super Tucanos, que também engrossarão o caldo por uma pequena fração do preço. Eu sou amplamente favorável a esses cortes na defesa da administração Obama. Com isso os estrategista lembram o que realmente é importante e controlam melhor os programas em andamento.… Read more »

Vader

Nunão, o que eu quis dizer foi o que o Marine falou: já perdi as contas de quantas vezes a USAF quis aposentar o Warthog, sem sucesso.

Nesse aspecto a coisa depende do Congresso, e só.

Abs.

Rinaldo Nery

Outro detalhe: a figura do Controlador Aéreo Avançado (CAA), ou FAC (Forward Air Control), ainda não acabou.
A revista Air Force, de janeiro deste ano, mostra uma reportagem sobre o 310th Figther Squadron (¨Tophats¨), sediado na Luke Air Force Base, e operando F-16, o qual ministra o curso de FAC na USAF. Neste tipo de missão utilizam o LANTIRN.
Nas missões de CAS a figura do CAA/FAC, no solo ou em voo, é fundamental.

Corsario137

E mais…
Se os EUA se recusaram a entrar na Síria, com o banho de sangue que ta rolando lá, não sei mais onde eles podem meter o bedelho. Assim, não há justificativa para se manter um aparato desses.

Tem que chamar a mãe do Obama de pão de queijo e o pai de carequinha pra ele entrar na briga. Do contrário é jogar no colo da ONU.

O Xerife pendurou as botas, ao menos por enquanto.

joseboscojr

Para a felicidade geral da nação os xerifes parece que dependuraram os cinturões e vão cuidar só do seu umbigo e deixar o resto do mundo por conta dos mais ilustres e idolatrados líderes e regimes mundiais, tidos como a solução para se contrapor ao famigerado e infame imperialismo americano. Até 2050 mais da metade da Europa “cristã”, inclusive a Alemanha, vai obrigar suas mulheres a usar a burka. E tem gente que se borra de raiva e denomina os judeus de invasores por conta de 6 milhões deles ocuparem um pedaço de terra menor que Sergipe, e estarem em… Read more »

Nick

Só tenho pena dos soldados que não terão mais cobertura do GAU 8 Avenger do A-10 quando as coisas esquentarem.

Talvez os ST pudessem substituir os A-10, mas os Thunderbolt II tem um nível de sobrevivência muito maior.

[]’s

Marine

Pessoal,

O que esta gerando todas essas mudancas e o tal “Air Sea Battle” – que alias mesmo num blog como esse, pouco tenho visto se falar, embora a sua suma importancia para os proximos anos.

As ramificacoes desse conceito ditarao o cenario militar mundial da proxima geracao, e mal tem sido debatida aqui no maior e melhor blog de defesa da America Latina, sera que o pessoal ai ainda nao se deu conta da importancia disso?

Abs!

joseboscojr

Marine,
Boa provocação. rrsr
A “Air Sea Battle” representa para o Século XXI o que a “AirLand Battle” significou para o Século XX pós SGM (e antes do 11/09).
Dessa vez pelo jeito vão relegar ao USA uma função secundária.
Seria isso mesmo?

HMS TIRELESS

Tem uma questão aí. A desativação do A-10 precisa ser autorizada pelo Congresso, e o congresso dos EUA é fortemente refratário à ideia de desativar a aeronave. Ou seja, eu fico com o Vader, acho que a proposta não passa.

Carlos Alberto Soares

A 10:

Desativou, vão para o deserto.

Precisou ? Ressuscita !

“E tem gente que se borra de raiva e denomina os judeus de invasores por conta de 6 milhões deles ocuparem um pedaço de terra menor que Sergipe, e estarem em franca redução populacional.”

Economia caro Bosco, economia ….transferiram o aumento da população para a Península Ibérica, España !

kkrsrs ….

Sefarditas como eu terão Passaporte Español e não vai demorar muito. Sem renúncia da nacionalidade.

joseboscojr

Correção: Na verdade, pós Guerra do Vietnã.

Marine

Bosco,

Hehehehe 😉

Exato, o US Army sera relegado a Segundo plano porque os planejadores simplismente veem como muito remota uma grande Guerra terrestre na Asia no curto a medio prazo. Sendo assim a prioridade passa a dissuassao, o cercamento da China e o uso de forcas expedicionarias em variadas missoes.

Sds!

Ivan

Desta vez a “Fighter Mafia” deve conseguir acabar com o “Sturmovik” americano. Ok! Ok! O Warthog é um especialista em destruir blindados, com excelente desempenho em CAS (ao menos para quem tá de frente para o inimigo) e apoio ao C-SAR. Mas é um senhor especialista! Tenho dificuldade de imaginar um apoio aéreo aproximado sendo realizado por uma aeronave voando a 30 (trinta) quilômetros de distância que diferencia a MINHA posição daquela do inimigo (na outra encosta) por uma imagem no IRST. Ou pior, um VANT-C pilotado por um operador a 300 ou 3.000 km de distância que vai escolher… Read more »

joseboscojr

Ivan, Pode acreditar que deve ser bem mais fácil diferenciar o amigo do inimigo e reconhecer alvos válidos estando a 10 mil metros de altura e a 20 km de distância usando imagens geradas por câmaras de imagem térmica de 2ª e 3ª G, imagens geradas por um radar no modo “SAR” ou por designação de alvos por lasers gerados por tropas avançadas ou links de dados transferindo as coordenadas geográficas da posição do inimigo do que visualmente a menos de 100 m de altura e a 900 km por hora, tendo como referência só as transmissões de voz passadas… Read more »

Corsario137

Ivan e Bosco,

Metendo o bedelho…

Acho que o “novo wartog” será esse:

comment image

A nova geração do predator.

Abcs.

HMS TIRELESS

A retirada de servicodo A-10 está enfretnando chumbo muito grosso no Congresso:

http://www.airforcetimes.com/article/20140224/NEWS/302240042/Ayotte-Decision-cut-10-serious-mistake-

Galante, publica essa reportagem do link acima!

Aldo Ghisolfi

É como diz o Carlos Alberto: desativou, vai pro deserto… precisou, resuscita!

De qualquer maneira é uma atitude corajosa, pois vai desfalcar pontualmente as FFAA NAs de um magnífico vetor especializado de destruição.

Baschera

Com um “cost-per-flight-hour” de aproximadamente Us$ 17.700 …. citados pela USAF para o A-10 (2013)….talvez alguns ST armados com seus dois.50 e pelo menos quatro lançadores de foguetes de 70 mm possam ser um substituto razoável para o A-10. Além disto, teriam a vantagem de se manter mais tempo on station com um custo muito menor (arrisco dizer 15/1). O F-35,embora muito mais sofisticado, talvez peque justamente por isto… além da sua velocidade não ser a adequada para operações CAS. Isto, sem comparar a carga bélica, muito superior no A-10… com seu Avenger GAU-8 30mm com 1.700 projéteis…enquanto o F-35… Read more »

Baschera

Errata: Onde está dito: “… não importando o terreno.”

Leia-se: excetuando-se este terreno.

sds.

phacsantos

Gostaria muito que os EUA doasse uns 30 pra Colômbia!

Os vizinhos iam adorar!

joseboscojr

http://www.youtube.com/watch?v=CPc8UlkqYr8
Não acho que a combinação de furtividade (que permite voos “impunes” a grande altitude) com sensores avançados e PGMs tenha possibilidade de dar errado, seja em CAS, seja no que quer que seja.
Eu também sou fã do A-10, mas ele definitivamente já era.
rrssss
Vai sobrar pra uma aeronave tripulada COIN (turbo-hélice ??) e o resto fica por conta dos UAVs armados e dos UCAVs.

Guilherme Poggio

Essa associação de CAS com furtividade simplesmente não entra na minha cabeça.

Corsario137

Boscolino,

É bom que sobre mesmo.

joseboscojr

Mesmo o A-10, depois que foi modernizado integrando o Litening e as JDAMs, iria num caso de guerra de alta intensidade contra um inimigo “de verdade”, lançar suas armas de grande altitude. Não há nada que justifique um caça passar rasante sobre a cabeça de amigos e inimigos se ele pode fazer o serviço de longe e do alto. Antes havia porque operações CAS obriga que haja alta precisão devido à proximidade das tropas e o risco de fogo amigo. O jeito de ter o nível de precisão necessário era voar alto. O que se perde com CAS a grande… Read more »

Galeão Cumbica

Muitos ai citaram o ST, alguem sabe dizer, digo dar noticias sobre os ST do tio Sam, se nao me engeno eram pra comecar a ser entregues agora em julho proximo.

Sds
GC

Guilherme Poggio

Outro detalhe: a figura do Controlador Aéreo Avançado (CAA), ou FAC (Forward Air Control), ainda não acabou. Não só não acabou como foi expandida. A USN se rendeu aos Marines e adotou o FAC (A) (controlador aéreo embarcado em aeronave). Mas para isso é necessário uma aeronave biposta, como são os F/A-18D dos Marines ou os F/A-18F da USN. O F-35 não terá versão biposta e, portanto, essa é uma funçao que ele não fará. Como a USN pretende manter os seus Super Hornet por muitos anos ainda, isso não é um problema para eles. Já o USMC não sabe… Read more »

Guilherme Poggio

Antes havia porque operações CAS obriga que haja alta precisão devido à proximidade das tropas e o risco de fogo amigo. O jeito de ter o nível de precisão necessário era voar alto. O que se perde com CAS a grande altura? Só o fator emocional, que produz pavor no inimigo e aumenta a moral do amigo. Mas infelizmente, só esse fator não será suficiente para fazer o F-35 vir lá da segurança do alto para atacar rasante. Sem falar do nível de consciência situacional que é multiplicada várias vezes quando se está no alto, o que é muito importante… Read more »

joseboscojr

Poggio, Eu não quis dizer que a precisão não é mais importante. Longe disso. O que disse foi que se antes para se obter precisão havia necessidade da aeronave voar a baixa altitude ou em voo picado para disparar canhões, foguetes e bombas burras, hoje uma precisão até maior é conseguida com PGMs mesmo a aeronave estando a grande altitude e a grande distância do alvo. Uma JDAM lançada a 20 km e a 10.000 metros tem precisão semelhante a de uma bomba burra lançada a baixa altitude usando o modo CCIP. Já o incremento da consciência situacional diminui a… Read more »

joseboscojr

Poggio, Lendo a colagem do meu texto no seu comentário vi que me equivoquei com a frase: “Antes havia porque operações CAS obriga que haja alta precisão devido à proximidade das tropas e o risco de fogo amigo. O jeito de ter o nível de precisão necessário era voar alto.” Nossa! Que lástima gramatical e de concisão textual! Pra variar! rssss Nem eu entendi o que escrevi. Talvez seja meu erro que motivou sua discordância. O que quis dizer corretamente foi: “Antes havia necessidade de uma aeronave voar baixo para se conseguir a precisão necessária de modo a evitar “fogo… Read more »

Rinaldo Nery

A necessidade de voar baixo ainda existe. Vai depender do armamento empregado.

Ivan

Mestre Bosco, Os atuais ‘Sturmoviks’ não tem condições de sobreviver em um ambiente de alta intensidade. Mas na verdade nunca tiveram esta condição. A idéia por trás do conceito de um ‘Sturmovik’ é uma aeronave que aguente fogo inimigo e, ao mesmo tempo, tenha um poder de fogo suficiente para destruir quem atirar de volta. Outro ponto é que estes aviões de ataque não iriam entrar de frente contra defesas aéreas, mas nas brechas onde estas não existem ou foram destruídas. Em 1973, na Guerra do Yom Kippur, já era assim. Os israelenses precisaram debilitar a defesa aérea árabe para… Read more »

joseboscojr

Ivan, O A-10 foi pensado para enfrentar um mega ataque de tanques do PV no primeiro dia de guerra, antes que as defesa fossem neutralizadas ou reduzidas. No máximo se confiaria nos caças para manter a superioridade aérea e o inimigo longe do A-10. Em terra as ameaças eram o ZSU-23-4 e o Strela, com no máximo 5 km de alcance e 4000 metros de altitude. O A-10 era a arma perfeita com o GAU-8 e o Maverick A (TV). Um fantástico avião de ataque diurno. Com a introdução do SA-8 a coisa complicou e aí adotaram o Maverick D… Read more »

Iväny Junior

Caros É claro que para a função de bombardeiro nos dias atuais e com os caças multimissão, o A-10 ficou ultrapassado. Mas teriam esses avançados e supersônicos caças a capacidade de apoio aéreo aproximado que o A-10 tem? Mais uma vez, repito, a Embraer marca bobeira por não ter produzido uma versão embarcada do Super Tucano. Ele cairia como uma luva tanto para os Marines quanto para a Navy, pois ainda teria capacidade de caçar helicópteros, que são muito mais lentos nesse tipo de apoio. E como dinheiro não falta, com certeza também poderia ser usado nos futuros NAes da… Read more »

joseboscojr

A furtividade, em princípio, não tem nada a ver com operações CAS, mas que ajuda, ajuda. Já que o F-35A é pensado para substituir o A-10, não tem jeito já que o pacote vem completo. Se o F-16 ou F-18 tem que ter mais cuidado a 6000, 8000 ou 10000 metros de altitude, o F-35 poderá se concentrar na missão (nos alvos e nos amigos) já que estará “invisível” aos radares de terra. O que não faz nenhum sentido é um caça stealth de 150 milhões de verdinhas descer para baixa altitude e se tornar um possível alvo de um… Read more »

joseboscojr

Iväny,
Os EUA não querem mais se meter em guerras assimétricas de longa duração (a menos que o Butão ataque o Empire States com aviões sequestrados). O ST só serve pra isso.
Ele não tem nenhuma utilidade em guerra convencional de alta intensidade.
Mesmo num cenário de baixa intensidade há de se pensar muito antes de colocá-lo lá. Há mais de 70.000 MANPADS nas mãos de países do terceiro mundo, incluindo as ONGs. rsrsssss

Guilherme Poggio

Os EUA não querem mais se meter em guerras assimétricas de longa duração (a menos que o Butão ataque o Empire States com aviões sequestrados). O ST só serve pra isso. Ele não tem nenhuma utilidade em guerra convencional de alta intensidade. Verdade caro Bosco Mas se analisarmos o que ocorreu nos últimos 50 anos, os EUA só se meteram em guerras assimétricas e na grande maioria das vezes tiveram que improvisar. Por outro lado a OTAN atual, mesmo mais fraca que a OTAN da Guerra Fria, não tem páreo no mundo. Onde ela for ela consegue estabelecer superioridade aérea.… Read more »

joseboscojr

A utilidade tática do Super Tucano é na função COIN onde não há operação CAS clássica já que em geral não há linha de frente clássica. Se for adotado pela USAF, como parece que será, não se iludam com a denominação do programa LAS (apoio aéreo leve). Essa é uma designação para COIN e não tem nada a ver com CAS. O programa LAS visa dotar a USAF de um avião de baixo custo que possa dar apoio às tropas em terra, mas apoio de combate de modo geral, contra um inimigo aguerrido, mas sem recursos de defesa. E mesmo… Read more »

Iväny Junior

Pois é Bosco, não estou dizendo, claro, que ele se compara a um Jato, porém, poderia dispor de contramedidas contra artilharia anti-aérea. No momento que helicópteros são utilizados no apoio tático aproximado como transportes, o ST pode ser um elo que caça esses helicópteros, como prover apoio aproximado a um inimigo previamente bombardeado, acompanhando as tropas terrestres. Uma versão marítima, poderia caçar até navios, uma vez que ele pode manter por muito tempo vôo mais lento e a menor altitude em relação aos jatos tradicionais de ataque. Lógico que tudo isso são suposições, mas aqui no PA mesmo tem um… Read more »

Corsario137

Há mais de 70.000 MANPADS nas mãos de países do terceiro mundo, incluindo as ONGs.

kkkkkkkk…principalmente elas.