Nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, o Ministério da Defesa da Austrália (DoD Australia) informou que partes da sua nova geração de caças, o F-35 Joint Strike Fighter (JSF), serão fabricadas em Bankstown, no país. 

Dos aproximadamente 3.000 jatos JSF planejados para construção para a Austrália, os Estados Unidos, o Reino Unido e seis outros países, muitos terão as seguintes peças construídas em Bankstown nos próximos 20 anos, num trabalho estimado em 580 milhões:

  • painéis de acesso
  • tampas de tanques de combustível
  • revestimentos externos
  • portas da baia interna de armamentos

No aeroporto de Bankstown está uma unidade da Boeing que será assumida pelo fabricante de Perth, a Quickstep, que deverá injetar mais de meio bilhão de dólares, criando até 400 empregos. O Ministro para Materiais de Defesa, Jason Clare, disse que 10 milhões em assistência do Governo Federal ajudaram a  atrair a Quickstep para o local. Ele também afirmou que “o Joint Strike Fighter (JSF) é um caça furtivo de longo alcance. É o futuro dos aviões de caça e parte disso será fabricado aqui em  Bankstown”.

O Ministro disse que a  Quickstep assinou, no dia 2 de fevereiro de 2011, um Acordo de Longa Duração com a Northrop Grumman, uma das grandes empresas multinacionais envolvidas na fabricação do JSF. Trata-se de um acordo vinculante ao qual contratos individuais serão concedidos para diferentes componentes da aeronave.

Clare também afirmou que está feliz em “anunciar que recentemente assinei um documento para fornecimento global com a Lockheed Martin, contratante principal para o projeto JSF. Sob esse acordo, a Lockheed Martin disponibilizará uma equipe de pessoas dedicadas a encontrar oportunidades para empresas Australianas, no que se refere ao projeto JSF. É uma chance para empresas australianas levarem sua capacidade para o mundo.”

A Quickstep também assinou um Memorando de Entendimento com a  Marand Precision Engineering, visando o fornecimento de revestimento em materiais compostos para as caudas do JSF.

Até o momento, a Austrália se comprometeu a adquirir 14 caças F-35. Em 2012, espera-se uma decisão do Governo Australiano para a aquisição de mais 58 aeronaves, de modo a formar os três primeiros esquadrões operacionais e uma unidade de treinamento.

FONTE: DoD Australia – tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo

FOTOS: JSF.mil

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    15 Comentários
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    Tadeu Mendes

    Equanto isso no patropi, vamos nos tornando especialistas em recauchutar F-5, AMX, T-6, Xavantes, paulistinhas…qualquer coisa menos tecnologia de ponta.

    Nos EUA, ja estao testando o futuro das aviacao de caca; X-45 da Boeing.

    A Russia esta partindo para a 5 geracao.

    A China tambem esta entrando na 5 geracao (mesmo sendo de isopor)

    Mas no Brasil, nada de nada…

    Parece que estamos encalhados na 2.5 geracao para o resto de nossas vidas.

    koslowa

    A Austrália assim como todos os outros parceiros do F-35 tem feito seu “choro” para ganhar vantagens e importância dentro do programa. Nada mais justo e natural dentro de programas de cooperação internacional. O quinhão ganho pela Austrália é a fabricação de componentes estruturais para o F-35. A razão principal para este tipo de barganha é a geração de serviços, e por conseqüência demanda para a indústria aeronáutica australiana. Existe um mercado imediatamente abaixo dos construtores aeronáuticos que são os fabricantes de componentes para aeronaves. A Embraer é uma empresa que recorre freqüentemente a esta terceirização, só na família ERJ… Read more »

    Nick

    Cara Elizabeth,

    No caso do Gripen NG, não existiria alguma ganho efetivo?
    Participar na construção dos protótipos, integração de todos os sistemas, testes, certificação?? Em paralelo, transferência de conhecimentos, como aerodinâmica supersônica e design furtivo?? Gostaria de sua opnião sobre isso.

    []’s

    Tadeu Mendes

    Muito bom comentario Koslowa. Mas tambem nao se pode esperar muito da tal transferencia de tecnologia. Uma tremenda ilusao.

    Alem da propriedade intelectual envolvida nos sistemas e subsistemas, como tambem no design estrutural, ha que se levar em conta o segredo industrial nos processos de fabricacao e as patentes de miriades de componentes embutidos em um caca.

    Para mim o mais importante em uma suposta ToT, seriam os processos aplicados na manufatura da estrutura e componentes estruturais.

    O resto e como montar Revell…ou seja, junta as partes e cola tudo. Rsrsrrs.

    Baschera

    Tampas de tanques de combustível ….. brincadeira !! Como disse a Beth aí em cima, conheci a fábrica (terceira maior do mundo) aqui na minha cidade que fabrica milhões de pastilhas de freio / ano…. e aqui, certa vez foram feiras ou nacionalizadas as pastilhas de freio do Mirage IIIE-Br, os F-103 da FAB, e assim as mesmas passaram de aproximadamente (valores da época) Us$ 5.000 cada para algo próximo de R$ 5.000 o pacote, para as três trens de pouso. Detalhe: Disse-me o engenheiro e gerente da unidade (Unidade 05) que os testes em laboratório provavam que as pastilhas… Read more »

    Vader

    koslowa disse:
    2 de fevereiro de 2011 às 19:46

    Vc me desculpe, cara Beth!

    Vossa Senhoria está redondamente errada!

    Nós não podemos, em hipótese alguma, comparar-nos com esse paizinho de m. chamado Austrália!

    Nós somos MUUUUUUUUUUITO melhores que eles. Somos o BRASIL pô!!!

    Nós precisamos mesmo é de armamentos russos, ou franceses, e a sua enorme, gigantesca, fantástica, incomensurável e IRRESTRITA ToT.

    Saudações.

    Vader

    Aiiii Koslova, desculpe-me: onde se lê BRASIL;

    Leia-se: Toda-Poderosa-e-pré-sal-até-as-tampas-República-Potência-Mundal-Bolivariana-do-Brasil!!!! (R.P.M.B.B.)

    Acho que agora acertei! 🙂

    Justin Case

    Baschera,

    As pastilhas de freio nacionais dos F-103 realmente duravam bem mais que as originais.
    Em compensação, “comiam” o disco de freio.
    Não há milagre…

    Abraço,

    Justin

    koslowa

    Nick, “Gostaria de sua opinião sobre isso” Antes de mais nada, queria deixar claro que nesta concorrência se tivesse que escolher um caça, escolheria o Gripen. Não pelos motivos que os defensores do Gripen costumam lançar. Acho ele dois três o mais limitado, mas tudo é uma questão de custo / beneficio e o Gripen é o caça com alguma “cara” de FAB, isto é, uma força que não é focada na aviação de primeira linha e que opera caças baratos de se voar tem no Gripen a melhor escolha. Quando analisamos as vendas do Gripen, percebemos que República Checa,… Read more »

    Nick

    Cara Elizabeth, Agradecido por seu comentário, sempre ponderado 🙂 . Apesar de duro, é bom levar em consideração todos esses pontos que foram levantados por você. Mas fica a pergunta, será que todos esses questionamentos não foram feitos pela COPAC? E os pilotos da FAB que avaliaram o Demo, devem ter feito alguns testes, eu presumo…. O maior problema que eu vejo no Gripen NG, é o fato que a Suécia não fez ainda uma encomenda formal, e o fato que apesar de suas qualidades, o Gripen NG não será um 5ª geração puro. Fico me perguntando se por exemplo,… Read more »

    Mauricio R.

    “Nos EUA, ja estao testando o futuro das aviacao de caca; X-45 da Boeing.”

    Em termos de “EUA” o futuro se chama X-47 da Northrop-Grumman, agora se vc pensar “somente” em Boeing, então pode se considerar o Phantom Ray; que tem um tanto de X-45C.

    koslowa

    Ola Nick “Mas fica a pergunta, será que todos esses questionamentos não foram feitos pela COPAC? E os pilotos da FAB que avaliaram o Demo, devem ter feito alguns testes, eu presumo….” Seguramente que o COPAC avaliou todas estas questões, pelo profissionalismo de seus integrantes. Da mesma forma que a divisão de ensaios em vôo da FAB deve levantar dados sobre o envelope de vôo do NG. Apenas estou apontando duvidas que tenho sobre pontos fracos do NG, assim como Rafale e SH também tem os seus. A questão da escolha para mim é o seguinte Antes existia uma visão… Read more »

    Tadeu Mendes

    Caro Mauricio,

    Ate aonde eu sei, o X-45C (Concept Demonstrator), da Boeing evoluiu para a fase de Demonstrador, rebatizado X-47 Phantom Ray (UCAV)

    O Projeto foi desenvolvido pela Boeing Phantom Works.

    Nao me lembro da Northrop Grumman projetando UCAVs.

    E uma das grandes companias de defesa, e importantes projetos como os B-2, F/A-18E/F Super Hornets, RQ-4 Global Hawk, para mencionar alguns, sairam da prancheta deles.

    Se o amigo souber de algum envolvimento da Northop Grumman com UCAVs. eu gostaria de ser atualizado.

    []s.

    joseboscojr

    Tadeu,
    A Northrop desenvolve o X-47 para a USN no âmbito do programa UCAS-D, e a Boeing o X-45C/Phantom Ray num programa independente.
    Imagino que nenhum desses deve se tornar operacional, sendo tão somente usados para validar o conceito de UAVs de combate.

    Ivan

    E o F-18 E/F Super Hornet saiu da Boeing mesmo. O filhote da Northrop foi o YF-17 Cobra, que concorreu com o YF-16 Falcon e perdeu Porém foi usado como base para desenvolver o F/A-18 A/B Hornet, agora pela McDonnell Douglas para atender os padrões da necessidade da US Navy de um avião para caça e ataque, que substituisse o F-4 Phantom na caça, o A-7 Corsair na missão de ataque e até mesmo (sem sucesso) o A-6 Intruder na missão de interdição. Os pilotos da US Navy sempre se reclamaram do pequeno alcance dos Hornet, apesar de ser uma… Read more »