A-29 Super Tucano

Cerimônia ocorreu no auditório do Esquadrão Escorpião, unidade de caça responsável pela defesa aérea no extremo norte do país

Um dos cursos mais importantes da Aviação de Caça brasileira, o Curso de Formação de Líder de Esquadrilha de Caça (CFLEC) da Força Aérea Brasileira (FAB) teve como concluinte o Capitão-Tenente Diego Vandré Barros Araujo, Oficial da Marinha do Brasil, demonstrando a parceria histórica existente entre as Forças Armadas. A cerimônia ocorreu no dia 18/12, no auditório do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAV) – Esquadrão Escorpião, na Base Aérea de Boa Vista (BABV).

Durante a cerimônia, o Capitão-Tenente Vandré expressou sua gratidão. “É muito bom ver todo esforço e suor sendo recompensados com essa elevação operacional. Eu agradeço à Marinha do Brasil pela oportunidade de participar desse intercâmbio. Além disso, também agradeço ao Esquadrão Escorpião por não medir esforços em me proporcionar a melhor instrução possível, além de ter me recebido tão bem.”, afirmou.

O distintivo de condição especial, entregue na solenidade, representa a conclusão de dois anos de curso. O CFLEC abrange desde a formação básica do líder de esquadrilha, por meio dos princípios de liderança em voos em formação de duas ou quatro aeronaves, até voos técnicos, como missões de ataque, combate aéreo, apoio aéreo aproximado e reconhecimento armado, além de ouras fases, que podem ser realizadas por meio de voos diurnos e noturnos.

O Comandante do Esquadrão Escorpião, Tenente-Coronel Aviador Antonio Augusto Silva Ramalho, expressou satisfação ao comentar sobre a formação bem-sucedida do piloto da Marinha do Brasil. “Este é um momento significativo para o 1°/3°GAV. A colaboração entre as Forças é essencial no cenário dos conflitos atuais e ver um oficial da Marinha do Brasil concluindo com êxito um curso tradicional da FAB é um testemunho do nosso fortalecimento mútuo. Isso reflete nosso compromisso com a excelência e com a capacidade conjunta das nossas instituições. Juntos somos mais fortes, ou melhor, juntos somos imbatíveis,” destacou.

Ao retornar à Marinha, o Capitão-Tenente Vandré estará pronto para aplicar seus conhecimentos, atitudes e habilidades recém-adquiridas, liderando missões com até quatro aeronaves. O militar emerge como um exemplo inspirador dessa colaboração frutífera entre a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira.

Parceria histórica

A conclusão no curso de Aviação de Caça brasileira não apenas destaca a dedicação do Capitão-Tenente Vandré, mas também simboliza a valorosa reciprocidade entre a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira ao longo da história. Em janeiro de 1941, a Marinha, diante dos crescentes conflitos na Europa, teve sua Aviação Naval transferida para o Ministério da Aeronáutica. Com as Aviações Militares (Exército Brasileiro e Naval) extintas, seus efetivos pessoais e equipamentos foram transferidos para a recém-formada Força Aérea Brasileira. Assim, hoje é possível ver reverberar essa cooperação, com a FAB formando pilotos de caça da Marinha do Brasil.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Rinaldo Nery

Creio que essa matéria desmente qualquer postagens noutras matérias que a FAB e a MB têm qualquer desavença com relação à aviação de asa fixa.

Leandro Costa

Tem mais de década que fui em congresso na AFA aonde haviam cadetes da MB selecionados para aviação naval cursando junto com cadetes de 4º ano da FAB sem qualquer problema e totalmente integrados. E faz muito tempo que oficiais da MB voam à bordo dos P-3 da FAB. As velhas desavenças desapareceram faz muito tempo, felizmente.

Rinaldo Nery

Eram Tenentes da MB. Os Aspirantes só optam pela aviação depois de formados.

Leandro Costa

Obrigado pela correção, realmente faz tempo.

Bueno

Verdade!! que noticia bacana!!

Aéreo

Em tempos passados, sim a FAB teve muitas objeções quanto a MB operar aviação de asa fixa. Em tempos recentes, os VF-1 é apenas um capricho da Marinha do Brasil sem utilidade militar real.
A mesma “boa vontade” da FAB também se manteria em relação ao EB e seus planos de ter alguns aviões de asa fixa para transporte?

Rinaldo Nery

Hoje não precisam ter. O dia que justificarem a aquisição podem comprar até o C-17. Comprem um MBT decente primeiro.

Teórico

E a FAB com 03 batalhões de artilharia antiaérea de autodefesa! Por mais específica que seja a missão dessa unidades, são criadas estruturas paralelas, licitações, cadeias logísticas, doutrina etc. Pelo que vejo – há pouca sinergia. Em um país com orçamentos apertados. O Exército abraçaria essas unidades (grupos) e todos saem ganhando. O mesmo vale para asa fixa do Exército. Tendo uma frota de transporte da FAB disponível. Como foi dito: primeiro um carro de combate que preste.

Rinaldo Nery

Concordo. Muito coisa pode ser padronizada e otimizada. O MD pode ser mais atuante.

Victor

A desavença é com a Aviação do Exército.

Rinaldo Nery

Nenhuma. Há décadas que oficiais da FAB fazem o curso de Piloto de Combate no CIAVEX. De onde vocês tiram essas bobagens? Da cabeça? Do Caiafa? Lito? Recentemente a primeira mulher (do 7°/8° GAV) fez esse curso.

Carlos Campos

Muito legal, pois mantém viva a Caça na MB, espero que os A4 sejam substituídos logo

Aéreo

Eu tbm espero que sejam substitutos, por mais encomendas de navios de superfície para a MB.

Leo Barreiro

Amém!

Até hoje não consigo entender a necessidade dos A4! E qual seria a sua utilidade em uma guerra…

Fico imaginando aonde o A4 seria útil caso, por exemplo, a Venezuela invadisse a Guiana e o Brasil se colocasse em defesa da Guiana!

Carvalho2008

Sistemas do A4 estão relativamente mais modernos que os sistemas dos caças Venezuelanos

Sulamericano

Sim, os A4 serão substituídos com certeza! Serão trocados pelo KC-2 Turbo Trader.
Logo irão operar no mais novo Navio Aeródromo da MB.

Obs.: Contém ironia.

GRAXAIN

Isso aí, tem que racionalizar meios! Não há orçamento, nem como manter meios materiais para cada força continuar a bancar cursos básicos e intermediários de treinamento e formação de pilotos.

Leo Barreiro

Até hoje não consigo entender a necessidade dos A4! Já que não temos mais NAE, e qual seria a sua utilidade em uma guerra, visto que não há como ter um míssil BVR ou mesmo anti-navio integrado… Fico imaginando aonde o A4 seria útil caso, por exemplo, a Venezuela invadisse a Guiana e o Brasil se colocasse em defesa daquele país! Além disso, alguém sabe qual é o custo de operação de tais vetores? O custo de operação de pessoal? Dentro de um ano? Por exemplo? Se não seria aplicável ao cenário mais provável que tivemos de um conflito, e… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

visto que não há como ter um míssil BVR ou mesmo anti-navio integrado”

Claro que há. Basta integrar mísseis ar-ar BVR (Derby) e mísseis antinavio (Harpoon e Exocet MM39) já existentes nos inventários da FAB (que tem acordo renovado periodicamente de compartilhamento de armamentos com a MB) e da própria MB. Os voos de certificação certamente terão custos, mas considero estupidez possuir as aeronaves modernizadas com radares e outros sistemas compatíveis com esses armamentos e não integrá-los.

Carvalho2008

Acho que na instalação dos radares ELTA2032 nos A4, toda a biblioteca ja existente da IAI nele já é baixada, pois o 2032 já está integrado aos Pythons, e uma série de outros mísseis e armamentos….os Israel esses já os usavam nisto…

Sergio

Uma pena que a MB não possua aviação naval digna desse nome. Nem falo de porta aviões. Mas uns 30 F-18 baseados em terra…suspiros

Neto

Uns 6 à 12 F39F já ajudariam bastante (sonho) . Na falta de Gripens, uns 10 A29 poderiam manter, ao menos, certa doutrina de defesa aérea dos navios contra alvos da própria marinha. Ter uma aeronave de ataque no inventário ajudaria também. . SIM, todos sabemos que essa é uma necessidade depois da ultima necessidade de navios da marinha. . Se A29, eu compraria uma lote de 12 novos de fábrica para a FAB em um NOVO padrão a ser atualizado nos demais da FAB e repassaria de 8 à 12 para MB para substituir os A4 – QUANDO de… Read more »

Wilson Look

Legalmente hoje, a MB só pode operar aeronaves de asa fixa que estejam preparadas para operar embarcadas em navios, isso significa que os A29 ou teriam que ser adaptados para operação embarcada ou a MB não pode opera-los, o mesmo vale para o Gripen, apenas a versão naval é que pode ser operada pela MB.

Carvalho2008

O A29 está lá para atuar no que tem de atuar

No dia que tiver caça supersônico atravessando a fronteira, mandamos nossos supersônicos para lá

Rinaldo Nery

Aliás, ele atua muito bem naquilo pro que foi concebido. Por isso vende.

Maurício.

O ST pode atuar muito bem naquilo que se propõe a fazer, claro, dentro das limitações do avião, mas o fato do piloto usar um uniforme igual aos pilotos de caça, o fato de ter metralhadora interna e o fato que pode lançar bombas e foguetes, não tornam o ST um caça de verdade, muito menos no quesito defesa aérea, já que não pode interceptar nem um simples jato cívil. O ST é um avião de ataque/treinamento, e ainda assim tem suas limitações, querer chamar ele de caça é forçar muito a barra. Acho que a questão é só essa,… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Maurício.
Rinaldo Nery

Concordo. É um avião de ataque.