Gripen E voando com 4 mísseis Meteor e 2 IRIS-T

Sérgio Santana*

Até o momento em que a Força Aérea Indiana (oficialmente designada “Bharatiya Vayu Sena”) encomendou 36 Dassault Rafale, o caça era considerado uma aeronave de combate de alto nível, mas com uma clientela internacional restrita. A sua seleção pela BVS marcou uma virada para o fabricante francês, provocando novas encomendas e posicionando novamente a Dassault como um dos líderes globais em vendas de aeronaves de combate, como havia acontecido décadas atrás com os seus Mirage III e 2000.

É esperado que aconteça o mesmo com o Saab Gripen E, uma expectativa otimista que está fundamentada na perspectiva de garantir a vitória na seleção MRFA (Multi Role Fighter Aircraft, Aeronave de Caça Multifunção) da BVS, que prevê a aquisição, em um prazo inferior a dez anos, de 114 exemplares do modelo selecionado. Esta urgência torna-se ainda maior devido ao rápido declínio das capacidades dos esquadrões de caça a jato da BVS. O MRFA é uma progressão do projeto Medium Multi Role Combat Aircraft (MMRCA, Aeronave de Combate Multifunção de Médio Porte), que foi encerrado em 2015.

Do MMRCA para o MRFA

A BVS apresentou inicialmente uma proposta em agosto de 2000, expressando sua intenção de adquirir 126 unidades da aeronave Mirage 2000. No entanto, a proposta foi abruptamente arquivada em 2004. Em 2007, a decisão foi reavaliada e decidiu-se adquirir a mesma quantidade de aeronaves, 126, no âmbito do projeto MMRCA.

Numa reviravolta subsequente, o plano inicial foi finalmente descartado. Em vez disso, a Força Aérea Indiana [IAF] optou pela aquisição de 36 aeronaves Rafale. Esta compra significativa foi facilitada através de um Acordo Intergovernamental [IGA] que foi estabelecido com o governo francês.

Por um longo período, o caça multifuncional francês Rafale enfrentou o desafio de garantir um comprador significativo. Além das compras modestas feitas pelo Egito e pelo Qatar, a carteira de encomendas do Rafale permaneceu bastante normal, desprovida de quaisquer conquistas substanciais para ostentar.

O Rafale, palavra que se traduz como “rajada de vento” na língua francesa, não conseguiu garantir contratos de países como Bélgica, Brasil, Canadá, Finlândia, Kuwait, Singapura e Suíça. O custo proibitivo de aquisição e operação foi um determinante central nestas negociações contratuais.

Rafale biposto da IAF

Por outro lado, a subsidiária indiana da gigante de defesa sueca SAAB, conhecida por produzir os caças monomotores Gripen, tem estado proeminentemente na briga desde que BVS indicou a necessidade de 114 caças avançados.

Em comunicado divulgado em 28 de agosto deste ano, foi transmitido que “A Saab, em alinhamento com sua próxima resposta à iminente Solicitação de Proposta (Request For Proposal, RFP) da Força Aérea Indiana, está preparada para oferecer uma frota de 114 caças Gripen E de última geração. A implantação do Gripen E fornecerá à Índia uma capacidade aérea de combate de próxima geração, juntamente com disponibilidade de classe mundial – preparada para neutralizar qualquer ameaça, a qualquer momento, de qualquer local, independentemente da sua distância”.

Contudo, A BVS iniciou a Solicitação Para Informações (Request For Information, RFI) em 2018 e recebeu uma resposta extremamente positiva dos fabricantes globais de aeronaves, ansiosos por se envolverem na transação multibilionária.

Na corrida de alto risco pelo acordo, os caças franceses são vistos como os principais concorrentes, dado o seu atual estado operacional. Eles se deparam com concorrentes formidáveis, como o F-15EX Eagle e o F/A-18 Block III Super Hornet da Boeing, o JAS 39E Gripen da Saab e o F-21 (designação do F-16 Fighting Falcon) da Lockheed Martin.

Boeing F-15EX
Boeing Super Hornet Block III
Saab JAS 39E Gripen
Lockheed Martin F-21

Foi divulgado também que a geração de novos Requisitos Qualitativos do Estado Maior Aéreo (Air Staff Quality Requirements, ASQRs) para Aeronaves de Caça Multifuncionais foi iniciada, não sendo, portanto, determinado que o Rafale prevalecerá acima dos demais candidatos. O processo de formulação dos ASQR influencia fundamentalmente a qualidade, o custo e a natureza competitiva do equipamento de defesa da seleção.

Por outro lado, a capacidade da BVS em definir os ASQRs no programa MMRCA recebeu comentários do Controlador e Auditor Geral indiano. Num exame abrangente realizado no já mencionado ano de 2007, esta autoridade notou uma ênfase esmagadora nas especificidades técnicas em oposição aos parâmetros funcionais, o que resultou em cenários nos quais as estipulações dos ASQRs eram inatingíveis por qualquer um dos fornecedores participantes.

Além disso, tais requisitos sofreram modificações contínuas ao longo do processo de aquisição, complicando ainda mais a situação. Na seleção MRFA o foco será a capacidade de produção local, que desempenhará um papel fundamental no processo de tomada de decisão sobre a proposta vencedora.

O programa MRFA prevê a importação de um esquadrão de 18 caças pré-selecionados em condições de voo entre sete modelos propostos por fabricantes estrangeiros (Eurofighter Typhoon, Mikoyan Gurevich MiG-35 “Fulcrum-F” e Sukhoi Su-35 “Flanker-E”, além dos candidatos já mencionados) em resposta à RFI da BVS de abril de 2018. As restantes 96 plataformas seriam construídas localmente por um empreendimento colaborativo entre o fabricante qualificado e um parceiro estratégico nacional do secor privado ou público, com níveis progressivamente aumentados de indigenização no acordo abrangente avaliado em cerca de 25 bilhões de dólares.

A plataforma selecionada deve voar por 30-35 anos ou 6.000 horas, com pelo menos uma atualização de meia-idade. Oficiais seniores da IAF estimaram que os números da aeronave selecionada poderiam aumentar para cerca de 200 unidades apenas para a BVS, além de possíveis opções de exportação, resultando na amortização dos custos das plataformas.

No entanto, à luz da guerra em curso na Ucrânia, avaliar os dois tipos de caças russos para eventual aquisição pela IAF foi, justificadamente, irracional, considerando a grave crise de peças sobressalentes e componentes que a força enfrenta no que diz respeito à sua frota de 260 caças Sukhoi multifuncionais. -30 MKIs e mais de 50 caças-bombardeiros MiG-29M atualizados.

Alternativamente, selecionar o Typhoon significaria apenas aumentar os contínuos desafios logísticos da BVS, enquanto os F-18 e F-21 foram rejeitados por ela em múltiplas comparações de capacidade durante os testes realizados a partir de 2010 no âmbito do MMRCA. Já o Gripen-E do mesmo sendo uma plataforma monomotor (embora a RFI do MRFA não tenha especificado qualquer preferência por conjuntos de potência simples ou duplos) sabe-se da preferência velada da BVS por estes últimos.

 A superioridade do Gripen E

Saab JAS 39E Gripen

Apesar de ser monomotor, contudo, o Gripen E, situado no auge da modernidade no cenário competitivo dos caças, oferece à BVS uma vantagem distinta sobre seus rivais. Essa vantagem é aprimorada por seu formidável arsenal, notadamente o míssil BVR MBDA Meteor.

Ademais, os sensores de última geração da aeronave, incluindo o radar AESA Raven ES-05 e o IRST Skyward-G, juntamente com links de dados avançados e um suporte de decisão habilitado por inteligência artificial, conferem ao piloto uma consciência situacional sem precedentes. Este conhecimento superior do campo de batalha permite ao piloto perceber e reagir às ameaças antes dos seus adversários, incorporando o axioma de “ver primeiro, atirar primeiro”.

Cockpit do Gripen E

O Gripen E possui um arsenal diversificado, com capacidade para transportar nove mísseis e até 16 bombas, além de uma extensa gama de outros armamentos e cargas úteis. Isto, complementado pelo design adaptável da aeronave, facilita a incorporação perfeita de novos sistemas de armas. Esta flexibilidade estende-se a todos os tipos de missão, desde a incorporação de mísseis ar-ar, armamentos ar-terra pesados a sistemas de reconhecimento, além de possuir a capacidade de ser reabastecido e rearmado rapidamente, característica fundamental no teatro de operações indiano.

A BVS necessita reequipar seus atuais 31 esquadrões de caça (embora tenha autorização para operar até 42 deles) com pelo menos 500 exemplares de modo a fazer frente à Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China.

Considerando esta situação, espera-se uma decisão do MRFA em no máximo poucos anos.


*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas

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Robson Rocha

Ao meu ver, o articulista esqueceu de comentar um outro aspecto político-industrial que é o projeto Tejas II, um caça mais avançado que o Tejas mk I e que, por qualquer ângulo que se olhe e por seus requisitos, é um clone do Gripen E. Para o público interno, adotar o Gripen E pode ser considerado uma traição do Tejas II.

Sérgio Santana

O foco do texto é o Gripen…

Robson Rocha

Oi Sérgio. Ao meu ver, o foco continuaria sendo o Gripen, apenas acrescentaria um outro desafio que o caça sueco precisa vencer lá, além da preferência indiana por bimotores, citada no artigo.

Matheus R

Uma maior transferência de tecnologia e a montagem final do Gripen na Índia também podem influenciar na decisão, visto que os outros concorrentes apresentam muitas limitações nesses casos.
Mas comprar um caça estrangeiro pra competir com um caça produzido no próprio país é esquisito.

Nonato

Não seria esquisito.
A India não gosta de colocar todos os ovos numa cesta só.
E eu não confio muito nesse Tejas.
Serve para fazer número. Mas acho que para se garantir, iria de gripen.
Gripen pela qualidade.
O que não impede a compra dos tejas que certamente já tem numa certa quantidade.
Se quisessem Tejas não fariam concorrência internacional.
Muitos criticam mas gosto dessa abordagem indiana de diversificar.

Willber Rodrigues

“Já o Gripen-E do mesmo sendo uma plataforma monomotor (embora a RFI do MRFA não tenha especificado qualquer preferência por conjuntos de potência simples ou duplos) sabe-se da preferência velada da BVS por estes últimos.”

Desculpem, mas qual a fonte de que a Índia tem uma preferência velada pelo Gripen?
No mais, espero sinceramente que o Gripen leve essa. Mesml que os indianos cortem o pedido pela metade, isso vai dar um UP gigante pro Gripen pelo mundo nas próximas concorrências de compra.

Sérgio Santana

“Embora a RFI do MRFA não tenha especificado qualquer preferência por conjuntos de potência simples ou duplos) sabe-se da preferência velada da BVS por estes últimos.” os “últimos” no caso são bimotores, você que não entendeu 😉

Rinaldo Nery

Mas como vc sabe que a Índia prefere bimotores? Há algum documento afirmando isso?

Adriano RA

Desculpem-me pela intromissão. Creio que existe algo nesse sentido, de orientação/preferência por caças bimotores.
https://www.jstor.org/stable/resrep16774.5

Rinaldo Nery

É mais uma matéria jornalística.

Sérgio Santana

Os vetores mais poderosos da BVS são bimotores. Contudo, isso é mero detalhe, tanto que não é requisito oficial do MRFA. Leva quem aceitar fabricar localmente o vencedor da concorrência. Não acredito que os EUA, França ou Consórcio Eurofighter aceitem isso…

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é. Foi justamente o fracasso na longa negociação para fabricação local, pela HAL, que emperrou o Rafale para cumprir o previsto no MMRCA (disputa que ele efetivamente venceu), que era de 126 caças, a maior parte a ser produzida na Índia. Isso levou a uma simples compra de prateleira de 36 aviões feitos na França. A favor da Dassault, o fato de que ela já conhece o caminho das pedras e viabilizou sua própria produção interna em quantidade com outros contratos, de lá pra cá. Contra ela, as pedras que a própria Dassault jogou e tropeçou nos longos anos… Read more »

Henrique A

Mas por qual razão os indianos procuram essas “mistureba” toda em seu inventário? Não faria mais sentido padronizar a frota em um ou dois modelos?

Matheus R

Talvez pela razão de não depender de um fornecedor só.

glasquis7

É o que eu pensei, mais uma linha logística?

Nonato

Qual o problema?
Você sabe quantos tipos de aviões e helicópteros a FAB tem?

Luís Henrique

Se pensar bem, verá que não é tanta “mistureba” assim. Os indianos foram colonizados pelos ingleses e os americanos apoiaram os paquistaneses, portanto a Índia confiou sua defesa em um alinhamento com a União Soviética e depois a Rússia. Para não ficar totalmente dependente da Rússia, selecionou um 2o parceiro estratégico, a França. Na década de 60 o MiG-21 Na década de 60 a Índia adquiriu o MiG-21 com transferência de tecnologia e produção local. Eles produziram ao longo dos anos cerca de 657 MiG-21. Na década de 70 o Sepecat Jaguar A Índia conseguiu contrato com transferência de tecnologia… Read more »

Ten Murphy

Muito boa análise.

Nonato

Falou bem. Um país que só tem um caça é um pais fraco com esse papo de linha logística.
Uma guerra é para gente grande não adolescentes preguiçosos
Ai, outra linha de aviões…
Não dou conta…
Quero brincar de videogame…

Saldanha da Gama

Bom dia, perdoe-me a intromissão !!!!

Talvez esta mistureba, esteja relacionada aquele famoso ditado da vovó…

” Jamais ponha todos os ovos em uma única cesta”……..

Abraços

Nonato

Exatamente
E estão certos.

Nonato

Você sabe quantos modelos de aviões e helicópteros a FAB tem?
Isso é besteira.

Nonato

Forças armadas com um milhão de homens, preocupados em ganhar guerra não podem ficar preocupados: ah, ter 2 tipos de aviões é complicado, dá trabalho.
Só quero um avião.
Tenho preguiça de dar conta de 2 aviões.
Isso não é conversa de militar valente.
Papo de preguiçoso.

Maurício.

Essa suposta superioridade do Gripen E por causa do Meteor, sistemas, radar, IRST, e “atirar primeiro” é bobagem. O Meteor o Rafale também usa e qualquer caça pode usar, o IRST todos os caças já possuem ou podem transportar via pod, quanto a atirar primeiro, o que tiver o radar com maior alcance sempre vai estar na vantagem, isso é um fato, e não creio que o radar do Gripen tenha o maior alcance entre os concorrentes. Resumindo, o Gripen E é um bom caça mas não é a última Trakinas do pacote, mas, cada um tem que tentar vender… Read more »

Marcelo Andrade

o Gripen tem a vantagem de ter tudo que os outros têm (menos 1 motor) por um custo de menor de hora voada!! Acho muito mais dificil ele vender por problemas geopolíticos, já que a Suécia não tem a força de um EUA ou França, do que técnicos!

Maurício.

“o Gripen tem a vantagem de ter tudo que os outros têm (menos 1 motor) por um custo de menor de hora voada!!”

Os reais valores do Gripen E acho que só agora a FAB deve estar realmente sabendo, e claro, deve ser mais barato que os bimotores, mas na concorrência indiana tem também o F-16, e sinceramente, não sei qual dos dois é o mais barato no quesito hora de vôo.

Carlos Campos

quem tem radar maior sempre vence, não, quem liga o radar primeiro pode morrer primeiro pois os caças inimigos podem de rastrear, o IRST do Gripen coloca ele em vantagem em relação ao Rafale, quanto ao radar se empatam, em EW o Spectra é tão bom quanto Arexis, única vantagem do Rafale é levar mais armas, o Gripen é mais barato de operar, por tudo isso é melhor levar o Gripen, mas se teu país tiver problemas fronteiriços, desrespeitar Direitos Humanos, a França tem uma marinha boa e é parte do conselho de segurança da ONU, a Suécia não tem… Read more »

Maurício.

“quem tem radar maior sempre vence, não, quem liga o radar primeiro pode morrer primeiro pois os caças inimigos podem de rastrear.” Eu não disse que quem tem o radar com o maior alcance sempre vence, eu disse que quem tem o radar com o maior alcance sempre terá a vantagem de atirar primeiro, até porque, o alcance maior da uma consciência situacional maior. E essa parada de radar desligado é coisa do passado, uma vez eu li uma entrevista com um piloto da FAB onde ele disse que a vantagem que o radar Grifo deu ao F-5 foi algo… Read more »

Carlos Campos

Bom, quanto ao que o Piloto disse, eu acho que estar com o radar sempre ligado é um problema, pois no caso do Gripen ele te permite ser mais discreto, é superior, um Rafale ou F18G ia achar ele a dezenas de quilômetros, e talvez ele nem soubesse que estivesse prestes a ser atacado, anos atrás um F18growler derrubou um F22 em combate BVR simulado pq usou as ondas de radar do F22 para triangular ele. logicamente vai ter situações que serão necessário radares potentes, como o do F35 que é o melhor do mundo

Felipe

A vantagem do Gripen frente ao Rafale e Typhoon é a sua manutenção mais simples e barata, hora de voo também mais barata, e a capacidade de decolar é pousar em pistas curtas. Tecnologicamente são todos equivalentes e aptos a utilizarem os mesmos armamentos, mas os outros dois são caças de um porte maior e bimotores o que traz suas vantagens também. Enfim.

Nei

“quanto a atirar primeiro, o que tiver o radar com maior alcance sempre vai estar na vantagem”.

Não necessáriamente Maurício. Não adianta ter um radar com alcance maior, pois isso vai depender o RCS da aeronave inimiga e o Gripen tem um ótimo RCS.

Toro

Infelizmente esse artigo parece ser mais um trabalho de marketing do que uma própria compra ração. Sim o Gripen possui Aesa etc, mas todos os outros também. Incluindo aí atualizações dos seus radares e outros sistemas eletrônicos por conta de lições aprendidas no uso operacional. E isso não tem preço! Enquanto o gripen E ainda está longe de chegar nesse estágio. O mesmo vale para a capacidade de armamento. Como podemos ver no F15 EX esse avião e um absurdo em termos de capacidade, e sob esse ponto de vista, todos os concorrentes do Gripen E levam uma quantidade respeitável… Read more »

109F-4

Rapaz, esse F-21 eu desconhecia… sei que é um F-16.

Funcionário da Petrobras

Pois é.
Também estranhei este “F-21” aí.
Salvo engano, batizaram informalmente de “F-21” os Kfirs utilizados como “agressores” nos treinamentos na US-Navy.

Maurício.

É para tentar dar uma cara de coisa nova para algo já velho, antigamente (não sei hoje em dia) a NVidia e a Radeon davam nomes novos para as placas de vídeo antigas, só mudavam uma frequência aqui e outra alí.

rommelqe

Em resumo, as vantajens competitivas do Gripen E continuariam sendo seu custo (a confirmar….), a disposiçao de fabricaçao no local (pois em termos de desenvolvimento projeto nem o Gripen F seria disponivel) e uma possivel facilidade diferencial quanto a possibilidade de operar em bases improvisadas. Vamos torcer, mas considero dificil. Infelizmente.

Willber Rodrigues

Sobre a questão de custos, já ví gente aqui jurando por Deus que a hora/voo do Gripen na FAB vai ficar na casa dos 4 dígitos…

Nunca será.

Rinaldo Nery

Está na faixa dos USD 10,000. Menos que isso, difícil.

carvalho2008

Esta faixa dos US$ 10 mil, seria a mesma ou similar dos F-5M?

Rinaldo Nery

F-5 é mais barato.

Camargoer.

Olá Carvalho. Lembro de ler que o custo do F5 na FAB era da ordem de US$ 4~5 mil por hora de voo. inclusive menor que a do A1. Mas não sei dizer que o custo da versão modernizada aumentou o custo.

Adriano RA

Imagino que a dificuldade de manter o A1 venha das peças que não foram modernizadas. Deve ter muita peça difícil de obter, o que não deixa de ser custo. Especulação minha, claro.

Fernando "Nunão" De Martini

Motor, principalmente, descontinuado faz tempo e com poucos em operação.

Nonato

O que é levado em consideração?
O consumo de combustível?
O preço do mecânico?
O preço das peças?
O preço do próprio caça?
Se o preço do próprio caça for levado em consideração então um F 5 sempre será muito barato.
Fabricado há 50 anos.
O setor contábil já deu baixa total.

Camargoer.

Consumo de combustível e outros materiais, custo da revisão das motores que tem tempo de horas, custo das peças de reposição, custo da equipe técnica envolvida, custo da manutenção da infraestrutura de apoio necessária. O custo de aquisição do avião e das armas e o custo inicial de treinamento das equipes de pilotos e mecânicos não entram no cálculo da hora de vôo, mas devem ser contabililizados no valor total de operação da aeronave, como geralmente fazem as publicações australianas, que incluem todo o custo de aquisição, operação e retirada de serviço do equipamento.

Lucas Emanuel

Trecho retirado do relatório do TCU sobre alguns dos programas das forças.

“Com dados disponíveis atualmente pela elaboração da Lora, obtém-se o valor da hora de voo de CLS (contratações de suporte logístico) para o Gripen, que é de SEK 33.107,89 para a aeronave monoplace e SEK 26.045,60 para a aeronave biplace. Tomando-se uma média ponderada de acordo com cada frota (28 monoplace e 08 biplace) , obtém-se o valor médio de SEK 28.285,64 o preço da HV.”

Lucas Emanuel

Creio que esse valor, uns 14 mil reais, ainda não inclui gastos com combustível + salários + custos de formação de pessoal.

Nonato

Uai, todo caça envolve formação de pessoal.

Nonato

Salário? Mas todo caça vai requerer um número minimo de engenheiros e mecânicos. Se a FAB for contabilizar isso não faz sentido. Ter uma equipe de manutenção já deveria ser considerado custo fixo da força e não um custo unitário de hora voada. Por exemplo, uma forma de aumentar o custo da hora de voo é não voar. Você coloca os custos totais divididos por 0. Para diminuir o custo da hora voada basta voar mais. A equipe de manutenção estará lá voando ou não. O treinamento foi feito. A estrutura da base aérea foi construída. Se pagou pelo caça… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Se for o mesmo relatório do TCU que eu li, e conforme o próprio trecho que você destacou, esse é o cálculo do custo por aeronave do apoio logístico que foi contratado (CLS).

Marcelo Andrade

Bicho, essa foto me fez pensar no F-39 com essa configuração!!!!!

Rodrigo

Vai dar Rafale, essa concorrência é apenas para amassar o preço e sair mais barato o pacote

Dagor Dagorath

Perder essa concorrência indiana pode ser a pá de cal que faltava ao Gripen E/F internacionalmente. Nos países ricos, o avião sueco foi superado nos certames pelo F-35 (Suíça, Finlândia, Canadá, etc.) e nos mais pobres (como México e Colômbia) a vantagem é do F-16 via FMS.

Marcelo M

Única chance do Gripen E seria o total e absoluto fracasso (técnico) do Tejas II. O que não parece ser o caso.

Ex-Blogueiro

Pelo Amor de Deus India: Compra logo esse maldito Gripado! Estou de saco cheio dos meus amigos me aloprando nesses últimos 10 anos só porque defendi essa jaquinha! Na época pareceu a melhor relação custo benefício e num raciocínio bem simplista a gente pensou: “Pra quem é tá bom. Se a FAB não tem dinheiro nem pra voar F-5 vai voar Rafale ou S Hornet?” Como fomos manipulados e ignorantes… Agora parecemos crianças que se arrependeram da escolha do presente. Deixa pra lá. Trinta anos passam rápido…

Alecs

Excelente matéria! Como o Gripen E usa o motor GE414 e futuramente o Tejas MK2 também usará, ficam as questões: A logística ajudará manter as duas aeronaves? No caso do Gripen E ser escolhido, não justificaria cancelar a compra do Tejas MK2? Já que o Gripen E será feito com conteúdo local e montagem final na Índia.

Bispo

Tem o fator “corrupção” que deve ser considerado.

Lembro quando escolheram o Rafael por via$ torta$.

Dragonov

Será que o Gripen levará outra “sapatada” em mais uma disputa?
Afinal de contas, os indianos não precisam dele, eles já tem o Tejas, Rafale.

Carlos Campos

Eu acredito que seguir investindo no Tejas seria a melhor opção à longo prazo

Bruno Vinícius

Estou torcendo pelo Gripen, porém, acredito que o Rafale é o favorito absoluto na competição. A força aérea já opera a aeronave e a marinha está para adquiri-la também. Além disso, como comentaram acima, o Gripen E ocupa uma posição similar à do Tejas Mk2 que os indianos estão desenvolvendo.

Se os franceses não derem mancada na hora de negociar, acho difícil não levarem.

Antunes 1980

Os Gripen E brasileiros possuem o radar AESA Raven ES-05 e o IRST Skyward-G?

Em um vídeo do GeoForça Brasil, o canal fiz que nosso Gripen possui todos os sistemas infinitamente inferiores aos vetores suecos. Isso procede ?

Felipe

Possuem todos os sistemas de ponta, inclusive o que mencionastes. O F-39 brasileiro muito pouco se difere do sueco e estão no mesmo nível tecnológico!

Fernando "Nunão" De Martini

Os Gripen E brasileiros possuem o radar AESA Raven ES-05 e o IRST Skyward-G?”

Sim.

Em um vídeo do GeoForça Brasil, o canal fiz que nosso Gripen possui todos os sistemas infinitamente inferiores aos vetores suecos. Isso procede ?“

O vídeo mostra imagens dos compartimentos do nariz do caça sem o radar e sem os componentes internos do IRST?

Toro

Com relação a hora de voo do Gripen E, eu me lembro das propagandas falando que iria sair por menos de $ 5k. Agora a realidade vem chegando e já estamos na casa dos $10k. Eu honestamente acho que faz todo o sentido, se não subir mais. Ainda mais com toda a eletronica a bordo funcionando e levando armamento, pod, etc. Mas isso mostra que o marketing para vender e a realidade operacional muitas vezes pertencem a dimensões completamente diferentes.

Ivan

Gripen para a Indiade novo !!!
.
Sérgio Santana,
Desculpe-me pela brincadeira.
Mais um excelente artigo de sua autoria.
Vai para meu arquivo de consulta.
Parabéns!!!
.
Obrigado,
Ivan, o antigo.