O radar será operado pela Força Aérea Alemã, que possui dois outros sistemas – já em serviço desde o início dos anos 2010 – que passarão por uma atualização de meia-vida. Mais de 70 sistemas RAT 31 vendidos em todo o mundo, tanto nas variantes móvel quanto fixa

Paris, 19/06/2023 – A Leonardo recebeu um contrato da Agência de Apoio e Compras da OTAN (NSPA) para o fornecimento de um novo radar de defesa aérea implantável de longo alcance (DADR) RAT 31 DL/M. Este será o terceiro sistema Leonardo DADR a ser utilizado pela Luftwaffe (Força Aérea Alemã), que já conta com dois sensores em serviço desde o início dos anos 2010. O escopo de fornecimento completa também a atualização tecnológica dos dois primeiros RAT 31 DL/M da Força Aérea Alemã para os quais outros contratos foram assinados recentemente. Atividades de suporte, como estudos de logística, treinamento e start-up operacional também estão incluídas.

É a primeira vez desde a década de 1990 que a NSPA adquire um sistema de radar completo. O contrato também confirma as capacidades de suporte comprovadas em campo demonstradas por Leonardo e pela Agência.

O RAT31 DL/M é um radar de vigilância 3D de estado sólido de banda L, projetado para proteger grandes porções de território graças ao seu amplo alcance. O sensor faz parte de uma família de sistemas de longo alcance com capacidades de vigilância, defesa aérea e mísseis, incluindo mísseis balísticos, em apoio à segurança interna e missões operacionais. O RAT 31 DL/M pode se adaptar aos desafios impostos por uma ampla variedade de cenários operacionais, incluindo aqueles em que ele enfrenta congestionamentos e desordem pesada ao mesmo tempo. Sua tecnologia altamente confiável permite uma “degradação graciosa”, o que significa que, mesmo que alguns módulos falhem, o radar mantém seu desempenho geral.

Leonardo vendeu mais de 70 RAT 31 (versão fixa e móvel) em 18 países em todo o mundo. O radar é um componente crucial das capacidades de defesa aérea da OTAN; sua arquitetura atende aos padrões da Alliance, permitindo total interoperabilidade durante missões multinacionais.

Sobre a Leonardo

A Leonardo é uma empresa líder global em Aeroespacial, Defesa e Segurança (AD&S). Com 51.000 funcionários em todo o mundo, opera nas áreas de Helicópteros, Eletrônica, Aeronaves, Cibernética e Segurança e Espaço, e é um parceiro importante em grandes programas internacionais, incluindo Eurofighter, NH-90, FREMM, GCAP e Eurodrone. A Leonardo possui capacidades industriais significativas na Itália, Reino Unido, Polônia, Estados Unidos e Israel e também opera por meio de subsidiárias, joint ventures e participações, incluindo Leonardo DRS (80,9%), MBDA (25%), ATR (50%), Hensoldt ( 25,1%), Telespazio (67%), Thales Alenia Space (33%) e Avio (29,6%). Listada na Bolsa de Valores de Milão (LDO), a Leonardo registrou novos pedidos de € 17,3 bilhões em 2022, com uma carteira de pedidos de € 37,5 bilhões e receitas consolidadas de € 14,7 bilhões. A empresa está incluída no índice MIB ESG e faz parte do Dow Jones Sustainability Indices (DJSI) desde 2010.

DIVULGAÇÃO: Leonardo

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Rinaldo Nery

Parece ser muito bom. A matéria não especifica o alcance. Alguém teria essa informação?

Angelo

Pois é comandante, lembro de ter visto um parecido porém aparentemente maior só que da Rússia que diziam ter alcance de 6 mil quilômetros, não sei como é a eficácia desse alcance , se só alvos grandes ou não , mais se tivéssemos uns 4 na região central do Brasil perto de Anápolis ou algo assim com um apontando pro sul, outro pro oeste, outro pro norte e mais um pro leste com alcance de 6 mil quilômetros ficaria muito bom visão antecipada e para derrubar o inimigo teria de percorrer uma grande distância dentro de nosso território dando mais… Read more »

Bruno Vinícius

Angelo, radares com esse alcance na casa dos milhares de quilômetros só os de alerta antecipado como os americanos e russos utilizam para detectar ICBMs direcionados aos seus respectivos países. Porém, não só a resolução deles não é lá das melhores, mas também são limitados pelo horizonte radar (uma aeronave precisaria estar voando a mais de 2000 km – sim, KM – de altitude para que um radar em terra tivesse alguma chance de detectá-la).

Last edited 10 meses atrás by Bruno Vinícius
Rinaldo Nery

Radares de grande alcance são os OTH, que operam na banda UHF. Acho que esse aí, salvo melhor juízo, não é OTH. Se postei alguma bobagem podem corrigir.

Bosco

Coronel,
Na verdade os OTH operam na banda HF.
Esse opera na banda L (que faz parte da UHF) e não é OTH.
Um OTH pode “ver” uma grande área a até uns 3000 km se for do tipo skywave, com a característica de que ele pula esses milhares de quilômetros e foca numa dada área.
Se for do tipo ground wave, de ondas mais longas ainda dentro da faixa HF, ele pode “ver” numa distância de uns 300 km de forma continuada porque o feixe permanece grudado no chão.

Rinaldo Nery

Isso. Grato, HF.

Bosco

Bruno,
Vc está certo.
Os radares de maior alcance , na casa de 3000 a 4000 km , operam geralmente na banda VHF ou UHF (como este) e nesse alcance todo só detectam alvos que estejam acima de 700 km. Ou seja, só detectam nessas distâncias ou satélites ou mísseis balísticos que tenham atingido um apogeu igual ou maior que 700 km.

Bosco

Angelo, De modo geral o feixe do radar se desloca em linha reta (salvo se for do tipo OTH como citou o Rinaldo), portanto, não há como um radar com 6000 km ficar grudado no solo por toda essa distância. Se tivéssemos 4 radares com 6000 km de alcance, cada um apontado para uma direção, no centro do Brasil , mesmo que instalado numa montanha bem alta (digamos, uns 3000 metros), ainda assim ele teria um horizonte de uns 200 km. Uma aeronave voando bem baixo seria detectado a no máximo uns 200 km de distância. Desse modo um inimigo… Read more »