por Guilherme Poggio

O Poder Aéreo esteve presente no último dia 9 de maio para cobrir o evento que inaugurou a linha de montagem dos Saab F-39 Gripen E nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto/SP. O evento contou com a presença do presidente da República, ministros de Estado, além de outras autoridades nacionais e estrangeiras. E exatamente pela presença dessas autoridades, o evento teve a sua segurança reforçada.

Após o pouso do VC-1 (matrícula FAB 2101) que trouxe o presidente, um caça F-39E Gripen (matrícula FAB 4102) apareceu sobre a pista de Gavião Peixoto e pegou muitos de surpresa. Com o “PC” (pós-combustor) acionado, ele acabou roubando a cena naquele momento. A passagem foi seguida de uma curva para a esquerda, e logo o caça voltou, ficando de frente para os espectadores, e realizou mais uma passagem baixa em grande estilo.

Por fim, uma terceira passagem encerrou a apresentação aérea que poucos esperavam. Tenho certeza de que as futuras apresentações do Gripen durante os eventos de “portões abertos” da FAB não decepcionarão ninguém.

A aeronave possui um raio de curva pequeno e grande autonomia. Sendo assim, deverão ocorrer muito mais passagens e as apresentações estarão mais próximas do público. Tudo isso regado pelo belo som do seu motor GE F414.

Encerrada a demonstração do FAB 4102, o jato realizou um pouso curto na cabeceira sul e seguiu para um hangar distante do público. Quem estava bem perto de nós era o 4101, primeiro Gripen operacional da FAB. A aeronave foi exaustivamente fotografada pelos que ali estavam e serviu de fundo para diversas imagens produzidas pelos meios oficiais e mídias em geral, tendo à sua frente autoridades e militares.


Encerradas as atividades externas, todos os presentes se dirigiram ao hangar onde ocorreria a cerimônia de inauguração da linha de montagem final do Gripen, no Brasil. Como em qualquer instalação industrial (principalmente na área de defesa), o registro fotográfico era bastante limitado. Só foi possível realizar imagens na baia onde está instalada a linha de produção do Gripen. Na verdade este é um grande avanço, uma vez que no passado, não muito distante, nem mesmo uma área como esta era liberada para o registro com câmeras. A imprensa tinha que se abastecer das poucas e controladas imagens cedidas pela assessoria de imprensa.

Voltando ao tema da matéria, a linha de montagem final do Gripen está situada no hangar G-1350. Esta é uma das grandes edificações da planta da Embraer em Gavião Peixoto. A imagem abaixo mostra a localização do hangar.

E exatamente por ter muito espaço interno o hangar é compartilhado com as linhas de produção da aeronave de ataque EMB-314 Super Tucano e com a do jato executivo Preator 500. Ambas ocupam aproximadamente um terço da área da edificação e não há separação física entre elas. Somente há marcações no piso.

Já em relação à linha de montagem do Gripen, esta é totalmente separada do resto do hangar por uma baia de cor branca com aproximadamente cinco metros de altura que impede a visão de quem está fora, que fica sem saber o que ocorre ali dentro. Na ausência de imagens em determinados locais (por determinação da Embraer), o Poder Aéreo elaborou um arranjo esquemático do que foi visto para facilitar o entendimento e situar o leitor dentro do hangar. O arranjo esquemático é apresentado na imagem abaixo.

MONTAGEM TRIDIMENSIONAL

Como pode ser visto no esquema acima e nas duas imagens apresentadas, dentro da baia da linha de montagem do Gripen existem duas estações para a montagem dos grandes componentes estruturais do caça. Na verdade estas estações são grandes bancadas que envolvem a estrutura e permitem a união dos grandes componentes estruturais num primeiro momento e em seguida a montagem e instalação de componentes menores, tanto internamente como externamente ao caça.

A grande vantagem da bancada é que ela permite a execução dos trabalhos ao redor de toda a estrutura, com destaque para a simultaneidade de execução das tarefas tanto na parte superior da aeronave como também na parte inferior, dando um caráter tridimensional ao processo de montagem. Neste processo economiza-se tempo de montagem e ganha-se velocidade no processo fabril. Além disso, a bancada permite que os funcionários trabalhem de forma segura e não precisem subir na aeronave para executar muitas de suas tarefas.

A ideia da bancada não é nova e uma das primeiras empresas que adotou este equipamento na linha de montagem foi a americana Northrop, na década de 1950, para produzir tanto o jato treinador T-38 Talon como a família de caças F-5 (A, B, E e F). A Northrop desenvolveu o sistema NORAIL (Northrop Overhead Rail Assembly and Installation Line) para a montagem da fuselagem dessa família de aeronaves na fábrica de Hawthorne (Califórnia), conforme imagem abaixo (para mais detalhes, veja também a parte 6 da série de vídeos sobre a história do caça F-5).

Linha de montagem do T-38/F-5 na década de 1960 com o emprego das bancadas

As duas bancadas existentes na Embraer foram baseadas nas bancadas adotadas pela Saab na linha de produção do Gripen E em Linköping, na Suécia. O Poder Aéreo teve a oportunidade de visitar a linha de montagem da Saab em Linköping no ano de 2019. Abaixo, a foto mostra uma dessas bancadas onde aparece um JAS 39 E sendo montado. Salvo alguns detalhes, o arranjo é praticamente o mesmo. Notei que na Suécia o guarda-corpo possui um fechamento transparente (vidro ou acrílico) e no Brasil são barras de metal com o espaço entre elas vazado.

Bancada montada na Embraer
Bancaca montada na Saab

continua…

Clique nos links para acessar a parte 2 e a parte 3 desta matéria.

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BVR

Uma linha de montagem ou uma linha de produção ?
Se somos a primeira, está previsto chegarmos à segunda ?

Fernando "Nunão" De Martini

Acho que será melhor você esperar as próximas partes, com mais informações, para fazer novamente a pergunta.

Linha de montagem final de um caça é bem mais complexa do que pode parecer.

BVR

Valeu Nunão !
Aguardando para sanar essa questão Hamletiana”.

Fernando "Nunão" De Martini

Não creio que você vai sanar sua dúvida, mas talvez fique mais claro o que é uma linha de montagem final.

BVR

Aaahhh vai sim.

Nilton L Junior

Nunão é possível visita ao público amantes da aviação.

Fernando "Nunão" De Martini

Isso é uma pergunta?

Desconheço política de visitas do público às fábricas da Embraer. Só sei de visitas da imprensa (seja em eventos como este último ou por solicitação para uma pauta) assim como visitas institucionais e de escolas, devidamente agendadas.

Nilton L Junior

Foi uma pergunta, obrigado, pena.

Fernando "Nunão" De Martini

Você pode ver como agendar uma visita ao Centro Histórico Embraer em São José dos Campos.

Vai saber o que isso inclui. Só perguntando.

https://historicalcenter.embraer.com/br/pt/memoria

Marcelo

É Linha de montagem,o avião é praticamente todo estrangeiro, radar italiano,turbina GE americana,acento britânico e tem vários outros componentes que são fabricados por outros países da união européia !!!
Linha de produção é do F-16 que está no outro post que o avião é feito todas as peças nos estados unidos e montado lá !!!

BVR

Olá Marcelo !
Obrigado pela interagir.
Poderíamos dizer o mesmo sobre os produtos Embraer ?
Poderíamos dizer o mesmo lá em Linkoping ?
É a questão da propriedade intelectual do avião?
Enfim, vamos aguardar o que o P.A. trará pra gente. Se vai “embolar” ou “desembolar” essa questão.

leonidas

Acho uma grande palhaçada isso tudo. Fosse o Brasil um pais onde houvesse politica de estado, gastar grana para comprar um caça com transferência real de tecnologia e compra em números realmente que justificasse uma linha de produção faria todo sentido. Na realidade a gente paga preço de caça F 35 para ter um ter um bom caça de geração 4. A desculpa para não comprar de prateleira é sempre a mesma, transferência de tecnologia know how etc etc etc Ocorre que os números comprados são sempre patéticos dada nossas necessidades, com choro de miséria e todas as empresas que… Read more »

Camargoer.

Caro Leo. O preço “padaria” do F35 (que é a simples divisão do contrato pelo número de aeronaves) é entre US$ 150~200 milhões. Estes números podem ser calculados a partir dos valores que serão pagos pela Polônia, Alemanha, Finlândia, Canadá…. no caso do Brasil, o valor “padaria” de cada F39 é inferior a US$ 110 milhões. Quem acompanha a trilogia deve lembrar que já publiquei isso aqui umas dez vezes.

Rodolfo

Acho que as principais vantagens do Gripen para a FAB sâo o menor custo de manutenção que pode ser feita pela Embraer, baixo preço por hora de vôo e acesso ao software do avião com capacidade de integrar qualquer míssil nacional no futuro (cruzeiro da Avibras por exemplo). A linha de montagem talvez gere algum conhecimento pra Embraer e tenha importância caso no futuro o Brasil venha a desenvolver UCAVs… ou caso entre num consórcio Europeu de 6a geração (pouco provável). Mesmo que o custo de aquisição do F35 não seja muito mais caro, toda a manutenção e armamento fica… Read more »

Moacyr Rodrigues

Como saber que o custo de manutenção é baixo se as aeronaves F-39 da FAB tem menos de 50 horas de vôo? Na teoria tudo funciona. Também não é clara a razão pela qual o Governo Sueco cancelou o 2º pedido de 33 aeronaves e anunciou que vai modernizar os Gripen A/B/C já em operação pois o Gripen E é caro demais e o desempenho das aeronaves modernizadas será equivalente além de muito mais barato.

Rui Mendes

Os Britânicos estão a integrar mísseis da mbda, no F-35, como o Spear e outros.
O F-35, só o custo de aquisição, é muito maior que o do Grippen e ainda estão e vão desembolsar mais, em melhoramentos no caça, coisa que devia ser paga pela empresa dona do projecto, mas vão ser os países clientes a pagar, incluindo EUA.

leonidas

Mas quando falo no preço padaria não seria para comprar o F 35 em que pese ter citado.
E sim o F 16 na versão mais recente que sinceramente acredito não estar tão atrás do atual Gripem.

Camargoer.

Caro Leo. È importante lembrar que o F16 foi oferecido no FX2 e descartado pela FAB, que selecionou o F18, Rafale e F39

Moacyr Rodrigues

Negativo, o preço para os clientes internacionais do F-35A Block 3 Lot 17 em diante é de US$ 77,3 milhões por aeronave. A informação é do relatório trimestral da Controladoria Geral dos Estados Unidos (US Government Accountability Office)

Marcelo

Lembrando que esse valor unitário por aeronave não está incluso os Motores,que é feito um contrato a parte .

Camargoer.

Caro. São coisas diferentes. Como expliquei, uma coisa é o valor “padaria” obtido dividindo o valor do contrato total pela número de aeronaves. Estes valores incluem o treinamento dos pilotos, dos mecânicos, dos manuais, componentes sobressalentes, armas.. etc. Outra coisa é o valor da aeronave em si. Quando são comparados os valores de “padaria”, os F35 vendidos para a Polônia, Alemanha, Canadá, Finlândia… são da ordem de US$ 150~200 milhões, enquanto que o F39 adquirido pela FAB custou menos de US$ 110 milhões, incluindo a produção no Brasil. Se for comparar apenas o custo da aeronave, teria que buscar qual… Read more »

Rui Mendes

Só os Britânicos, que são os únicos parceiros desse projecto nível 1, já dobraram isso por cada caça.

Carlos Crispim

O F-35 está saindo muito mais barato que isso, e quanto mais encomendas mais faz baixar o preço, acredito que já esteja abaixo dos 80mi dólares.

Last edited 8 meses atrás by Carlos Crispim
Allan Lemos

O problema, Leonidas, é que os militares brasileiros querem dar uma de espertos achando que podem “comprar” o atalho para o desenvolvimento.

De fato, alguns conhecimentos serão repassados à Embraer, mas ninguém irá nos vender tecnologias sensíveis, aquelas que realmente fazem a diferença, como a do radar ou do motor.

Isso só se conquista com política de Estado voltada para a indústria de defesa, como acontece na Índia ou na Turquia.

Já disse isso várias vezes, ao invés de 36 Gripens com “ToT”, teria sido muito mais vantajoso comprar os 108 de prateleira.

Nilo

Lembrando que a Turquia teve seu F-35, negado, seu investimentos perdidos em linha produção de peças desativadas e 1,4Bi de dólares ainda não devolvidos por F-35 que não irá recebeu, quanto a Índia sabemos que no que é relativo a aquisições das forças armadas tudo é superlativo a corrupção, desperdício de recursos…..

Allan Lemos

Nilo, duvido muito que o dinheiro investido no F-35 será perdido, a indústria deles produziu centenas de peças para o avião, o que foi aprendido com certeza está sendo usado no desenvolvimento do Kaan.

Quanto a Índia, são corruptos mas são bem armados, nós somos corruptos e não temos nada.

Nilo

lembrando meu caro que a Akaer tem participação no desenvolvimento da parte da estrutura do caça turco aprendizado na participação do projeto Gripe E.
Precisamos que as nossas forças armadas invista mais os recursos que recebem em desenvolvimento de tecnologia.
A FAB é dentre as três a grande promotora de tecnologia militar que transborda para o setor da indústria civil. O projeto dos Submarinos está seguindo este caminho. Mais ainda incipiente. Há quem pense e esteja praticando o velho método de “usar o equipamento até o osso” repassa para Uruguai e compra uma Ferrari novinha.

Last edited 10 meses atrás by Nilo
Wilson

Pois é.

Last edited 10 meses atrás by Wilson
Marcelo

O candidato a presidente da Turquia apoiado pelos americanos ja avisou em caso de vitoria ele vai voltar ao programa f-35 e vai arrumar uma solução para o desligamento dos S-400 se necessário
Revender de volta o sistema para os russos !!!!kkkk

Nilo

Vc apresenta um grave problema que países como Turquia e Brasil tem, viver essa dualidade, dependendo da mudança de governo muda toda a política de Estado, na área de defesa, diplomacia, economia… A China, a Rússia, a Índia, a França, o Brasil precisa pelo seu tamanho tomar o rumo destes países uma política de Estado muito mais soberana.

Underground

Vale lembrar que o imbróglio dos F35 foi por conta dis S400.

Nilo

Sim. O que explica a total dependência quando vc adquiri material bélico de alto valor estratégico dos americanos.
Isso pode ser bom para Finlândia, Holanda, Austrália, Chile….para nós é um contra censo.

Last edited 10 meses atrás by Nilo
Rui Mendes

Não, os Turcos podiam comprar de qualquer país da NATO, só não podiam comprar dos inimigos da NATO, como é óbvio.
Anormal seria, eles pertencem á NATO e comprar um equipamento militar estratégico, do principal inimigo da aliança atlântica e não se passar nada.
O joguinho do Erdogan, é falso e já se desconfiava do seu jogo duplo, até que agora já todos viram o seu joguinho de traidor, para com a NATO.

Rinaldo Nery

Dois conhecimentos muito importantes, mais que o motor, são a aerodinâmica e comandos de vôo supersônicos. Conhecimentos que os EUA não nos passariam. Muito simplista o seu raciocínio. Converse com algum engenheiro aeronáutico. Talvez o Frederick e o Fernando EMB possam te explicar melhor.

Allan Lemos

Nery, a indústria brasileira está aprendendo muita coisa, não nego isso. Mas a questão é que se deve levar em conta todo o contexto da indústria militar nacional e a política em relação aos investimentos. Aqui não há política de Estado em relação a indústria de defesa, não há projeto e nem interesse(pelo menos no que concerne a classe política), em desenvolver um caça nacional. Também não há demanda para que sejam desenvolvidas tecnologias derivadas do que foi aprendido, avião civil o Brasil já sabe fazer há muito tempo. Então se gasta uma fortuna com uma tecnologia que no final,… Read more »

Rinaldo Nery

Trará muitos ganhos, sim, que serão aplicados numa centena de outras atividades.

Carlos Crispim

Como foi com o AMX?

M4l4v|t4

Perfeito.

Conforme comentário que respondi acima:
Transferência de tecnologia não existe em sua plenitude. É apenas um termo necessário para político convencer eleitor ladrão de que o país está roubando, isto é, comprando tecnologia avançada que custou bilhões, décadas e vidas.

Transferência de tecnologia também tem, assim como você sabiamente ressaltou, a capacidade de encarecer um contrato em várias vezes, dando à vencedora da licitação, a gordura necessária para um cashback fora do país para algum emissário do partido.

Rodolfo

É impossível construir um avião 100% brasileiro sem dependência de fornecedores externos… pra começar o Brasil não tem indústria de semicondutores, mesmo que alguma empresa em São Bernardo desenvolva um AESA nacional por exemplo, esse vai depender de algum componente eletrônico externo, então o risco de embargo externo com danos para o program sempre vai existir… até os EUA recentemente descobriram que o F-35 tinha componente chinês (https://www.politico.com/news/2022/10/07/pentagon-f-35-deliveries-chinese-materials-00060962). Não sei a quanta andas o program Turco de 5a geração, mas se o Erdogan seguir presidente não duvido que as restrições que os EUA já colocaram contra os Turcos depois de… Read more »

Jean

Infelizmente este TOT é limitado e não é o ideal… Mas infelizmente levariamos uns 10 anos ou mais para fabricar um F-5 M aqui, zero km, contando turbinas, um radar Scipio aprimorado, para ter o desempenho do Grifo, mísseis equivalentes aos Derby da metade dos anos 90… Opa, já se foram 20 anos… !!! Não é como o pessoal pensa não.

M4l4v|t4

Palhaçada é um país gastar bilhões de dólares, décadas em pesquisa e várias vidas perdidas com profissionais que morreram em nome do desenvolvimento da capacidade de se fabricar aviões de combate, ai vem outro país, no melhor estilo ladrão, e coloca como requerimento para a compra de novos caças a “transferência de tecnologia”. Pior do que isso, são pessoas cobrando pela “transferência de tecnologia”, sem nenhuma vergonha na cara. A “transferência de tecnologia”, ainda bem, é bem limitada e cobram bem caro por ela. Ou seja, ela de fato não existe em sua plenitude (menos mal). Ela é apenas um… Read more »

Carlos Crispim

3,5 geração, na verdade

Rinaldo Nery

Acento agudo ou circunflexo? “Assento ejetável”.

SGT MAX WOLF FILHO

Onde você tirou isso que o acento do F-16 é feito nos EUA? kkkkk Nenhum avião de caca tem componentes 100% feito no pais, neinh o F-22 por isso que é proibido falar sobre ele, se bobear tem componente ate do Brasil nele, porque Chinesa já é certeza, acaso você esteja em duvida, aqui esta o link da Fabricante do acento do F-16 que é britânico e também é o mesmo acento do F-35! https://martin-baker.com/products/mk18-ejection-seat-for-f-16/

Last edited 10 meses atrás by SGT MAX WOLF FILHO
Magalhaes

Pelo que consta os F-16 são equipados até o momento com os Aces II, que é produzido pela Collins Aerospace, uma divisão da Raytheon. Empresa americana sim.

Os Mk.18 são opção para os F-16 Block 70 que estão sendo produzidos agora.

Santamariense

O F-16 usa assentos fabricados nos EUA.
Quanto à grafia, ē assento…com SS. Acento, com C, é sinal gráfico.

Santamariense

E o assento do F-22 também é o ACES II, do F-16,

Joanderson

Qual vai ser a cadência de produção desse caça aqui no Brasil ?

Fernando "Nunão" De Martini

Se levar em conta que dos 36 caças contratados do lote atual, 15 passarão por essa linha, e que a última entrega será em 2027, a cadência será bem baixa. Apenas 4 por ano, em média.

Mas se contratarem um segundo lote, a cadência média poderá aumentar, conforme os prazos e quantidades que forem contratados.

Joanderson

Obrigado.

Werner

Quanto tempo(meses) vai levar para montar ou fabricar um Gripen no Brasil

Camargoer.

Considerando a inauguração da estação de produção está semana e quando ocorrerem a entrega do pru.riro F39 da Embraer, teremos uma boa estimativa. Eu chuto uns dois anos.

Funcionário da Petrobras

Será que já teremos apresentação do Gripen nos portões abertos neste ano?

Guilherme Poggio

A chance é bem grande. Este ano temos pilotos, aeronaves e um mínimo de experiência com a aeronave.

BK117

Excelente matéria! Ansioso para as próximas partes.
É impressionante a escala das instalações. Mesmo que dobrasse a produção de Gripen (não estou sugerindo que vá ou deveria acontecer, é só a título de comparação mesmo) ainda sobraria um bom espaço. Dá pra ver que a Embraer tem boa capacidade de expandir suas linhas.
A parte que diz que “A aeronave possui um raio de curva pequeno” me lembrou um vídeo, no qual um Gripen (C?) faz uma curva impressionante mais ou menos aos 1:21:

https://youtu.be/FZJbdWemQfY?t=80

BVR

Olá BK117 !
Realmente impressionante a curva. Acho que é numa dessas que a visão de túnel começa, né ?
Aproveitando a sua sugestão de vídeo, tem um video de gripens em formação que, na minha opinião, podem inspirar duas sensações opostas para que está vendo a formação : uma baita segurança ou um grande temor.

https://youtube.com/shorts/hVSnaqoCGgc?feature=share

BK117

Caro BVR, eu não me arrisco a dar palpite sobre quantos Gs esse piloto puxou, mas deve ter sido um baita tranco. Imagino que ele tenha sentido os efeitos, mas foi um curto período de tempo, então não sei se deu alteração na visão (eu já teria apagado rsrsrs).

Achei uma visão linda a formação dos Gripen, especialmente no início, com as luzes brilhando. Alô FAB, bora fazer uma demonstração dessas quando chegarem mais? Rsrsrsrs

Rinaldo Nery

O traje anti-G aumenta em 2G a tolerância do piloto.

BK117

Interessante, caro Nery. O traje deve ajudar bastante o piloto a explorar toda a capacidade da aeronave. Ouvi dizer que, apesar de classificado para 9Gs, o Gripen pode puxar até 12Gs em curtos períodos, sabe se isso se confirma?

Rinaldo Nery

Até aonde sei, o limite é 9. Estruturalmente, há um percentual acima desse valor até a asa partir. Mas não significa que 9 G podem se excedidos. Se ocorrer, a aeronave vai pra medição. Era comum no Xavante, nas missões ar-solo, os Aspirantes no 2°/5° excederem o limite (7G). Daí era uma caixa de cerveja e avião no macaco pra inspeção.

BK117

Obrigado, caro Nery!

BVR

Valeu BK117!!

curioso

Uma dúvida, por favor não há um “buraco” de 4 aviões nos números anunciados? São 36 no primeiro lote (com mais 4 em negociação e um possível segundo lote pendente). Vamos aos números previstos ou realizdos (no 1° lote): 15 modelo E monopostos a ser montados pela Embraer + 8 F bipostos a ser fabricados na Suécia + 9 E “suecos” já no Brasil ou a receber até o fim do ano. 15+8+9=32 Em que categoria vão se encaixar os 4 que faltam? Virão prontos de navio da Suécia em 2024, somando então 13 E “suecos”? (e tapando o buraco… Read more »

Leandro Costa

Acho que esses quatro simplesmente serão fabricados na Suécia e enviados ao Brasil como os que já chegaram até aqui foram.

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é, não entendi muito bem de onde saiu a dúvida. Há duas linhas de montagem finais, uma na Suécia, uma no Brasil, com 36 caças encomendados neste contrato atual, 15 para montagem final aqui, 21 para montagem final lá, e de agora até o prazo final de entrega as duas linhas funcionarão ao mesmo tempo.

Santamariense

Exato.

BK117

Caro Nunão, talvez a dúvida do colega tenha ocorrido pois outros meios da área repercutiram que a mais recente entrega seria a última via Navegantes, o que, para mim, não faz sentido. Imagino que tenham confundido devido a entrada em operação da linha de produção local.

Fernando "Nunão" De Martini

Não sabia que haviam dito isso. Não soube de nada a esse respeito, de eventualmente não virem mais por Navegantes.

BK117

Pois é. Como foram poucos (me lembro de um que afirmou, e de outro que deu a entender isso), creio que houve uma interpretação incorreta. Talvez entenderam que as aeronaves feitas na Suécia restantes viriam desmontadas quase prontas, só pra montar e voar. Não faz muito sentido, especialmente com a logística por Navegantes já tão comprovada.

Last edited 10 meses atrás by BK117
Santamariense

Exato, BK. Se fosse pra vir algo parcialmente montado da Suécia, então que montassem tudo aqui na linha de montagem recém inaugurada. Não tem sentido uma coisa assim. O problema é que vêem a inauguração da linha aqui no Brasil e já deduzem que as entregas vindas da Suécia acabaram. E escrevem o que imaginam como sendo realidade.

Santamariense

Pois é… não sei de onde tiraram isso! Nem FAB, nem SAAB, nem Embraer nunca falaram nada à respeito. Sempre disseram que são 21 unidades vindas da Suécia e 15 do Brasil.

Camargoer.

Caro. Talvez estes quatro adicionais seja mesmo fabricados na Suécia, mas faz mais sentido imaginar que serão montados na Embraer, ainda que seja apenas um chute.

Leandro Costa

Não estava me referindo aos 4 sendo negociados via aditivo, mas sim aos quatro não contabilizados pelo curioso.

Fernando "Nunão" De Martini

Acho que tenho a resposta, ou possível resposta. Apuramos que o boato que circulou, quando da chegada dos dois caças recém-entregues, foi que não seria mais possível usar o hangar da empresa Havan, em Navegantes, para próximas entregas. A partir dessa informação (aparentemente não confirmada até agora) começaram especulações sobre como seria o traslado de futuras entregas sem o uso desse hangar. Daí alimentou-se novas especulações se eventuais 4 caças Gripen E (numa conta de 9 entregues até o fim do ano menos mais os 15 a serem produzidos aqui, menos os 28 Gripen E, monoposto, encomendados) seriam mandados de… Read more »

Camargoer.

Olá Nunão. Há alguns dias, fiz uma pesquisa sobre o custo de alugar um hangar no Campo de Marte. È cerca de R$ 18 mil por mês, mas é comum alugar por um ou dois dias, assim como é comum alugar apenas para a o embarque ou desembarque de passageiros. o que custa cerca de R$ 400. Imagino que em Navegantes existam muitos hangares que poderão ser alugados. Coisa simples.

Fernando "Nunão" De Martini

É por aí.

Muito boato em cima de pouco fato, criando uma bola de neve de interpretações a partir de algo muito mais simples, que seria uma suposta interrupção no uso de um hangar específico.

Santamariense

Pois é!

Santamariense

Esses 4 virão da Suécia como os outros que já vieram. A linha de montagem inaugurada no Brasil não significa que não virão mais aeronaves da Suécia. Desde o começo foi divulgado que são 21 unidades vindas da SAB e outras 15 montadas aqui, então são 13 E + 8 F vindos da SAAB e 15 E montados da Embraer. Os outros 4 extras, se confirmados, muito provavelmente serão montados na Embraer.

curioso

Dúvida esclarecida. Obrigado a todos os que responderam.
Rodaram mesmo na Internet informações mal explicadas de que os dois aviões desembarcados dias atrás em Navegantes seriam os últimos a vir prontos da Suécia, daí a dúvida.

Last edited 10 meses atrás by curioso
Lucas Emanuel

A Embraer ainda tem pedidos de super tucano?
Quem falta receber, algum cliente não divulgado?

737-800RJ

[OFF]

O Oryx reporta que ontem os russos tiveram as seguintes aeronaves destruídas:

– 1 SU-35 S
– 1 SU-34
– 1 MI-8 EW
– 1 MI-8 versão de transporte

Fonte: https://twitter.com/oryxspioenkop/status/1657383463933050882

Scudafax

O motor é americano, da GE, o que por si só invalida qualquer ilusão de independência tecnológica. Enquanto o Brasil usar equipamentos críticos estrangeiros a independência é simplesmente uma falácia. Ter capacidade de produzir os motores, por exemplo, é muito mais importante e impactante que simplesmente montar os aviões aqui no Brasil.

Scudafax

A instalação industrial crítica em questão possui meios de defesa aérea de curta, média e de longa distância, contra mísseis de cruzeiro e também balísticos? Ou pode ser destruída em um único ataque com um único míssel subsônico?

Alex Faulhaber

Cadê o vídeo das passagens??

Djalma Damasceno

Um passo de cada vez, primeiro um linha de montagem, quem sabe depois um linha de produção, quem dúvida da astúcia da Embraer e seus engenheiros,eu não!

Fernando "Nunão" De Martini

Djalma, Creio que isso é mais questão de contrato do que de astúcia. Se a fabricação dos caças aqui vai incluir mais produção de componentes, dependerá do que for interessante produzir aqui. Por exemplo, a Embraer instalar uma linha para produzir perfis e painéis de alumínio semi-acabados que seriam mandados à SAM de São Bernardo do Campo para montagem de aeroestruturas completas (hoje esses perfis e painéis de alumínio e material composto chegam à linha da SAM – Saab Aeronáutica Montagens, vindas da Suécia), poderemos falar de partes da fuselagem e asas que teriam o processo completo no Brasil (linhas… Read more »

Camargoer.

Olá Djalma. Concordo. Existem vários meios de adquirir uma nova aeronave de combate. Por ser a simples importação de uma aeronave nova ou de segunda-mão, como a FAB já fez antes. Outra opção é a importação, mas com a montagem sendo feita no Brasil, como aconteceu com o MIrage III e, creio, com o Gloster. Outro modelo é a fabricação local sob licença, como foi o caso do Xavante. Outro modelo foi o adotado com o AMX e com F39, foi que o desenvolvimento em conjunto. Este tipo de colaboração tem diferentes modelos e tipos de parceria. Tem o caso… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“Outra opção é a importação, mas com a montagem sendo feita no Brasil, como aconteceu com o MIrage III e, creio, com o Gloster.” Camargoer, Vale acrescentar (apenas para que outros não entendam errado) que nesses casos, as montagens desses caças aqui não tiveram nada a ver com linhas de montagem final, como as que o Poggio está mostrando nesta série de matérias. Eram simplesmente aviões já totalmente montados e até testados, em que se desconectavam partes maiores como as asas, empenagems (talvez também partes da fuselagem, no caso do Meteor) para acondicionar em grandes caixotes ou em aeronaves de… Read more »

Camargoer.

Olá Nunão. Vocẽ tem razão. Não lembro da FAB ter adquirido kits de caças (CDK) montados no Brasil. Podia term citado esta modelo também, mas acabei focado apenas nos tipos de aquisições da FAB. Obrigado pelo complemento.

Fernando "Nunão" De Martini

Camargoer,
Se não me engano, o início da produção do Xavante foi algo bem próximo a CKD, gradativamente aumentando o conteúdo local.
É algo a ser pesquisado.

Scudafax

Enquanto usarmos os motores GE, ao invés de motores nacionais, independência e respeito internacional serão sempre difíceis.

Fernando "Nunão" De Martini

Scudafax,

Desconheço que o respeito internacional da Suécia tenha algum prejuízo por usar motores GE no Gripen, ou da Coreia do Sul por também usar os mesmos motores no seu caça KF-21. Ou até da Turquia por usar outros motores da GE nos primeiros lotes do seu novo jato TF-X.

Conta-se praticamente nos dedos de uma mão os países do mundo que produzem caças com motores desenvolvidos e fornecidos por fábricas do próprio país. Os demais não têm prestígio por causa disso?

Scudafax

Bom dia, Fernando!

Conforme comentei, a capacidade de produção de tecnologias críticas orgânicas é muito mais difícil e recompensadora para a independência nacional. Estes países citados não tem capacidade de sustentar conflito de maneira independente, portanto, não são independentes em sua política externa. Por esta razão, país independente que se preze produz motores (ao menos pesquisa), tem acesso ao espaço de maneira independente e produz ( ao menos pesquisa) semicondutores. Usar caixa preta quase todo país consegue.

Paulo

Sem ter tempo(me desculpem)de ver todas as opiniões a respeito do assunto deixo a minha para discussões:O contrato do caça Gripen segue (inteligentemente)a mesma fórmula vencedora de aquisição de tecnologia de ponta como qualquer outro produto produzido no Brasil ,simples assim!Não importa se ela é,neste momento, mais ou pouco menos avançada que seus concorrentes mas sim o grau de conhecimento tecnológico que ele traz para a indústria Brasileira(num todo);um salto espetacular diante de países que ainda preferem ficar totalmente a mercê de produtos importados!E quando estourar uma guerra,o que não está longe de acontecer?

Marcelo Danton
MARCELO DANTON DA SILVA

Linha de Montagem x Linha de Produção Linha de produção é quando se produz desde a fundição até a peça usinada…e está por sua vez, fará parte/agregada em alguma montagem do produto final. NÂO se iludam…a montagem é a mais importante/complexa, pois incorpora e adapta o recheio tecnológico de chips e cabeamentos… e é esse recheio, aliado à qualidade das peças usinadas e escopo do projeto do produto que farão a diferença no campo de batalha. Uma metralhadora falha/trava por erro de projeto ou qualidade da usinagem/material empregado..ou pela munição fora das especificações do projeto. Um projeto bem feito…sempre levará… Read more »

MARCELO DANTON DA SILVA

A NUCLEP é uma linha de Produção! A confecção das asas do AIRBUS é uma linha de produção! A WEG é uma linha de produção! A SABESP é uma linha de produção! CHIPS é uma linha de produção.
E… geralmente, produtos eletrônicos finais são/é uma linha de montagem.

Mattos

Não sumiu nada??????