Acordo de cooperação visa avançar em tecnologia de armazenamento de energia e recarga de baterias para a aviação; protótipo tem primeiro voo previsto para 2021

São Paulo, 20 de novembro de 2020 – A Embraer e a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, firmaram parceria para a pesquisa do avião elétrico. Por meio da divisão EDP Smart, a multinacional de origem portuguesa anunciou um aporte financeiro para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica, que utiliza um EMB-203 Ipanema como plataforma de testes. O protótipo que já está em desenvolvimento tem o primeiro voo previsto para 2021.

O investimento faz parte do acordo de cooperação que as duas empresas assinaram para avançar no conhecimento de tecnologias de armazenamento de energia e recarga de baterias para a aviação – um dos principais desafios do projeto. A parceria vai permitir investigar a aplicabilidade de baterias de alta tensão para o sistema de propulsão elétrico de um avião de pequeno porte, além de avaliar suas principais características de operação, como peso, eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento térmico, ciclagem de carregamento, descarregamento e segurança de operação.

“O histórico de realização de parcerias estratégicas por meio de mecanismos ágeis de cooperação faz da Embraer uma das empresas brasileiras que mais estimula redes globais de conhecimento que permitem um significativo aumento de competitividade do país”, diz Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia e Estratégia Corporativa. “É uma satisfação poder contar agora também com a EDP nessa frente de pesquisa científica para a construção de um futuro sustentável. A inovação é um dos pilares da nova estratégia da Embraer para os próximos anos”.

“A EDP tem como propósito liderar a transição energética para uma economia de baixo carbono. A parceria com a Embraer no desenvolvimento do seu primeiro avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica representa uma nova fronteira do nosso investimento em mobilidade elétrica, contribuindo para posicionar o Brasil como um player de ponta neste mercado”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.

Cooperação tecnológica

A proposta de desenvolvimento tecnológico para eletrificação aeronáutica foi inicialmente formalizada num sistema de cooperação entre Embraer e WEG, em maio de 2019, e é um instrumento eficaz e eficiente para a capacitação e maturação das tecnologias antes da aplicação em produtos futuros.

Na parceria firmada com a EDP, o escopo é a pesquisa em torno do armazenamento de energia de alta tensão, complementando os estudos que já estão em andamento na Embraer. As parcerias, no âmbito de pesquisa e desenvolvimento, buscam acelerar o conhecimento das tecnologias necessárias à utilização e integração de baterias e motores elétricos visando ao aumento da eficiência energética dos sistemas propulsivos das aeronaves.

Para os ensaios está sendo utilizado como plataforma demonstradora um avião de pequeno porte monomotor que realiza avaliação primária das tecnologias de eletrificação. Os testes em solo têm ocorrido na Unidade da Embraer em Botucatu, interior de São Paulo, em preparação para o primeiro voo que acontecerá na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP).

O processo de eletrificação da aviação faz parte de um conjunto de esforços realizados pela Embraer e outras empresas do setor aeronáutico com vistas a atender compromissos de sustentabilidade ambiental, a exemplo do que já vem sendo feito com biocombustíveis para redução de emissões de carbono.

A EDP tem o compromisso global de eletrificar 100% de sua frota até 2030, assim como o de desenvolver novas ofertas e soluções comerciais que promovam a transição energética. No ano passado, a Companhia aprovou em Chamada Pública da Aneel sobre o tema Mobilidade Elétrica Eficiente projetos que representam um investimento de cerca de R$ 50 milhões, via Fundo de Pesquisa e Desenvolvimento, recursos próprios e de parceiros.

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda. Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros. A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Sobre a EDP no Brasil

Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, além de atuar em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina. Foi eleita em 2020 a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em Governança e Sustentabilidade, estando há 14 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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Fabio Araujo

Estão desenvolvendo painéis solares finos e flexíveis eu imagino que colocando painéis desses nas asas ajudariam bastante pois o avião teria uma fonte de abastecimento por onde ele estivesse!

Marcelo Baptista

Bom dia Fabio, já estão estudando esta solução, mas como pode ver fica mais próximo de um planador.

Para chegarmos a uma aeronave elétrica temos que passar por varias novas soluções, acho que o principal será o armazenamento da energia (baterias, supercapacitores, etc).

Eu acho que para uma transição o sistema hibrido é a melhor opção.

https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/energia-solar/solar-impulse-o-aviao-movido-a-energia-solar.html

Rui Manuel Fernandes Palmeira

e o hidrogenio?

Rui Manuel Fernandes Palmeira

Os senhores ja ouviram falar em SAF??… apostem no SAF, plantem o nordeste de pinhao manso, goias e tocantis tem boas terras… agora avioes eletricos so funcionam se num aviao for as turbinas em outro a bateria… hidro ainda vai, mas electrico jamais… hibrido nao é mau… mas de toda a manira o futuro ta no SAF acreditem SAF Sustainable aircraft fuel 

peter nine nine

É uma opção, ah quem diga que a eletricidade e o hidrogenio andarão de mãos dadas a empurrar os veículos do futuro, aeronaves incluidas.

Camargoer

Caro P99. Acho que a eletricidade produzida por meios sustentáveis, como a eólica e a solar, serão o destaque nos próximos anos. Considerando as dificuldades em produzir gás hidrogênio, estoca-lo e transporta-lo, eu acho que seu uso continuará restrito.

Flávio Herinque

O hidrogênio precisa de medidas de segurança bem rigídas pois é o elemento mais instável encontrado na natureza .. como aviões são muito sensíveis a níveis de segurança, ainda não está maturo o suficiente.

Há titulo de curiosidade a 20 anos atrás se vislumbrava veículos de passeio abastecido por hidrogênio porém ainda não há a adoção de tais meios. Há sistemas de AIP com tais sistemas porém são caro e pedem um padrão mais alto de segurança e infraestrutura. Motivo pelo qual creio eu que impossibilite o uso desse sistemas como auxiliares atualmente.

Hcosta

Já existem muitos veículos de transporte de diversos tipos com H2 e células de combustível. A Hyundai e a Toyota já têm modelos a H2. E o H2 pode ser utilizado com as células de combustível, com turbinas e com motores de combustão interna, desenhados para funcionarem com o H2. Por isso a Airbus apresentou aqueles 3 projetos movidos a diferentes formas de H2. O maior fator limitador é o custo de implementação da infraestrutura (produção e distribuição) e nem tanto o sistema individual. Será como as energias renováveis com um alto custo inicial mas com grandes poupanças no seu… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Hcosta
Camargoer

Caro Luiz. Existem substâncias mais perigosas que o gás hidrogênio (como por exemplo o peróxido de hidrogênio). O problema do gás hidrogênio é a energia elétrica necessária para produzi-lo. Seria necessário instalar uma usina nuclear tradicional ao lado de uma usina de produção de gás hidrogêncio e depois instalar uma rede de hidrogêniodutos complexa e cara. A infraestrutura para a distribuição de energia elétrica já existe.

Camargoer

Olá Rui. O problema do hidrogênio é a demanda de eletricidade necessária para produzi-lo, além do fato do reservatório de hidrogênio ser pesado e reabastecimento ser uma operação mais perigosa que o reabastecimento de combustível líquido (como gasolina ou álcool) e elétrico.

Rui Manuel Fernandes Palmeira

EDP significa Eletricidade de Portugal… é uma vergonha a EDP andar a fazer pesquisa no estrangeiro, deveria ser feita em Portugal junto com a Airbus e a portuguesa EFACEC assim estao PMEs num consorcio europeu de aviao sustentavel…

Rui Manuel Fernandes Palmeira

nao vejo a hora de mudar para a espanhola iberdrola, andar a pagar a uma empresa “portuguesa” para fazer investigação fora da NATO e da UE, me recuso… prefiro eletricidade dos espanhois que empresas destas, cresceram graças a nos

Last edited 3 anos atrás by Rui Manuel Fernandes Palmeira
737-800RJ

Mimimimimi
?????

OSEIAS

Rui, você deveria crescer mais como ser humano, somos nações irmãs, nós somos descendentes de portugueses e se você foi destratado por brasileiros quando aqui esteve, eu sinto muito pela sua experiência, mas qual a sua responsabilidade nesses episódios? Você foi atacado do nada, sem nenhuma provocação e? E mesmo que você afirme que sim, que foi injustiçado, há leis que você poderia ter acionado e processado tais pessoas. Rui, somos 250 milhões de pessoas no Brasil, será que ninguém se salva? Rui, perdoar e crescer espiritualmente, deixa essas coisas para lá. Nós brasileiros já fomos humilhados em vários locais… Read more »

Datafire

Oh Palmeira, como português, digo-lhe, pare lá com essas tretas e cresça.
É bom para Portugal, é bom para o Brasil e acima de tudo é bom para a investigação por um futuro mais sustentável.
Pela sua maneira de pensar, empresas só escolhiam vizinhos e aliados para fazer parcerias, que seria de um País como a Holanda? Do tamanho de Portugal, mas com empresas gigantes pelo mundo fora, Philips, Shell, Heineken, booking etc.

Rui Manuel Fernandes Palmeira

isto é bom para portugal em que sentido?? o que tem a ver investimentos de multinacionais em centros de produçao ou destribuiçao com investigação que deveria ser feita entre nos dois paises? mas aqui e la! e que a EDP parece nao fazer investigaçao relacionada com mobilidade aerea eletrica em Portugal creça voce, e pare de acreditar que o que é bom para o brasil e bom pra portugal… exemplos nao nos falta de negocios ruinosos no brasil… com o brasil pode-se negociar, mas em cooperaçao, nao uma filial autonoma realizar em paises terceiros o que nao faz no seu… Read more »

JCMM

Acho que batem na mesma tecla mas esquecem.se do mais importante.

A EDP e a Embraer já não são empresas nacionais, elas ascenderam tornaram.se empresas globais quando começaram a diversificar os seus negócios noutros países.

Quanto deixar de comprar energia a EDP o amigo faz muito bem, eu já deixei a 3 anos quando me ofereceram melhores condições noutro fornecedor.

peter nine nine

Olhe, JCMM, se for a reparar, a probabilidade dita que o seu novo fornecedor usa infraestrutura da EDP de qualquer das formas, portanto, mudou o nome, mas a EDP está lá em algum ponto da cadeia de fornecimento.

JCMM

Sim eu sei, mas mesmo assim fiquei a ganhar

peter nine nine

Rui, que idade você tem? Que imaturidade meu caro.

Devia estar feliz, que uma empresa portuguesa, financida pelos portugueses para suprir necessidades de um povo na época ignorado pelo investimento estrangeiro, conseguiu crescer a um ponto de alta relevância, com actuação global.

Precisamos é de mais EDP´s, se possível até melhores.

Alisson Mariano

Sinto informar que o pensamento do colega português é totalmente incompatível com o mundo atual. Aqui já vi brasileiros reclamando (muitas vezes sem razão) de investimentos de empresas brasileiras com financiamento de banco de investimento estatal. Mas o seu caso me parece bem pior, pq reclamas de investimento de empresa privada multinacional portuguesa com acionistas estrangeiros (comum nos dias de hj) em projeto inovador, numa parceria com uma das empresas referência do setor (Embraer). A maior parte das ações da EDP está nas mãos da China, nação de fora da OTAN, o que significa que o referido país de fora… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Alisson Mariano
Rui Manuel Fernandes Palmeira

eu ate lhe podia responder com factos, eu nao sou contra o investimento de multinacionais em paises estrangeiros, sou contra é a que se faça investigação em paises estrangeiros por empresas de direito português que nao se faz em Portugal… cerca de 21% estrutura acionista da EDP esta nas maos do estado chines, 7 % esta nas maos de espanhois… calma eu nao sou brasileiro os brasileiros e que defendem toda a investigaçao seja feita la e desprezam de forma costumeira o trabalho de estrangeiros…

Last edited 3 anos atrás by Rui Manuel Fernandes Palmeira
Sagaz

Cidadão, se é uma vergonha a empresa estatal portuguesa fazer parcerias com empresas distantes, como classifica o seu “consumo” de conteúdo de um fórum brasileiro!?

M65

No Brasil, será mais fácil ver uma aeronave elétrica ou híbrida do que um veículo terrestre de passeio ou carga 100 % elétrico de pequeno ou médio porte com preço justo. O lobby e cartel da gasolina/diesel é poderoso e os governos arrecadam muito os impostos destes combustíveis. O consumidor brasileiro não terá nesta metade do século, opção que caiba no seu bolso de veículo totalmente elétrico. O Reino Unido, a partir de 2030, proibirá a venda de veículos movidos por combustíveis fosseis. 

Canarinho

Falou tudo caro M65, esse lobby inclusive ajuda a atrasar nosso pais de varias formas. Esses dias mesmo estava observando o desespero do sindicato de funcionarios de postos de combustiveis sobre um avanço de um projeto de lei, que permitiria os postos serem livres de terem ou nao o auto atendimento. Assim como em países europeus e EUA. Sabendo eles que o coitado do frentista fica exposto a 40 horas semanais a vapor de benzeno comprovadamente cancerígeno, o mesmo acham um absurdo,que segundo proprias palavras do mesmo a autoatendimento com o argumento de que os empregos estariam comprometidos (como se… Read more »

Luiz Floriano Alves

O futuro do avião elétrico está proximo. Gênios como Ellon Musk se debruçam sobro a criação de super baterias. Na fase atual já podemos comprar um tri motor de Israel que voa 500 Km. O preço que está ruim: quatro milhões de dólares por um avião de curto alcance e com carga reduzida. Mas, é um bom começo. Com os automóveis se programando para a eletrificação total, a aviação de pequeno porte já está com diversos modelos a venda. Basicamente para instrução, e com preço muito barato para a hora de voo.

Fernando EMB

OFF TOPIC – A Embraer entregou ontem mais dois E175, ambos para a Envoy (American Eagle).

Cadillac

O negativo foi do Rui, só pode. Mas eu contribuo com o meu like

Rui Manuel Fernandes Palmeira

nao fui… fico feliz por a Embraer vender avioes feitos com asas e estabilizadores MADE IN PORTUGAL… apesar desse ser o E1, entao ainda é com asas e estabilizares espanhois

Last edited 3 anos atrás by Rui Manuel Fernandes Palmeira
Luiz Henrique

Pobre Rui. Você parece que vive em um estado permanente de conflito, parece ter um “orgulho português” ferido, na busca eterna de um protagonismo e reconhecimento que não vem. O mercado de aviação é extremamente interligado e globalizado, por isso não faz muito diferença se uma peça é produzida por uma subsidiária da Embraer na Europa ou em Bangladesh. Produzir alguma peça de avião em 2020 não é sinônimo de estado da arte na capacidade tecnológica produtiva. Já que você citou o E-170 E1,os japoneses da Kawasaki projetaram a seção central, o bordo de ataque da asa, o bordo de… Read more »

rui mendes

O negativo até pode ser do Rui, sinceramente não sei, mas criticam-no mas fazem o mesmo, se por exemplo na notícia, em vez de embraer, estivesse lá airbus, eram só deslikes, então porque não criticas isso.
Ainda mais, se fosse de uma empresa como a Boeing a notícia, era só likes também.

GripenBR

Baterias viáveis (o peso das atuais é impraticável) para grandes aviões comerciais ainda é uma realidade muito distante. E a descarbonização é necessário para ontem! Penso que o hidrogênio e uma solução mais viável, não precisa reinventar a roda em termos de desenho aeronáutico.

Nelio Antonio Conte

Este avião já voa em Botucatu ha meses, Motor WEG.

Luiz Floriano Alves

O hidrogenio é um gas de difícil armazenamento. Ou requer pesados cilindros de alta pressão ou hidretos que se descompõem e geram resíduo de pese morto. As modernas baterias são mais eficientes e tem custo de carga muito reduzido. Basta ver que no treinamento primário a hora de voo em combustível do Pipistrel custa 8 U$.

Alberto Nascimento

Acho super válido a união de Know-how das duas empresas em prol da sustentabilidade.