SOCOM planeja comprar 75 aeronaves de ataque leve

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HOLLOMAN AIR FORCE BASE, N.M. (July 31, 2017) An Embraer A-29 experimental aircraft taxies at Holloman AFB. The A-29 is participating in the U.S. Air Force Light Attack Experiment (OA-X), a series of trials to determine the feasibility of using light aircraft in attack roles. (U.S. Air Force Photo by Christopher Okula)

Embraer A-29 Super Tucano
Embraer A-29 Super Tucano

O Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM) pretende adquirir 75 aeronaves de ataque leve para realizar missões de “vigilância armada” em conjunto com forças terrestres, de acordo com nova solicitação.

A SOCOM planeja discutir o assunto com setores industriais no mês de março para o novo programa, que visa fornecer às forças de operações especiais dos EUA “sistemas de aeronaves tripuladas sustentáveis ​​e implantáveis” para “apoio aéreo aproximado, ataque de precisão, inteligência, vigilância e reconhecimento em ambientes austeros e permissivos”, de acordo com a solicitação de 3 de fevereiro.

Com base nos resultados que serão fornecidos pela indústria, o SOCOM pretende então adjudicar um contrato subsequente de entrega ao comando um total esperado de 75 aeronaves de ataque leve ao longo de um período de cinco anos, de acordo com a solicitação.

A Força Aérea já havia explorado a aquisição de novas aeronaves de ataque leve ao lado da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais desde 2017 por meio de seu programa experimental OA-X, projetado para identificar aeronaves de ataque leve para inteligência não tradicional, vigilância e funções de reconhecimento (ISR). O SOCOM está de olho em sua própria aeronave de ataque leve desde pelo menos 2017.

A nova solicitação do SOCOM ocorre meses após a Força Aérea anunciar planos para comprar duas novas aeronaves de ataque leve, o AT-6 Wolverine da Textron Aviation e o A-29 Super Tucano da Embraer Defense & Security da Sierra Nevada Corporation / Embraer Defense & Security, que o serviço avaliou como parte de seu experimento OA-X.

Mas essas aeronaves da USAF provavelmente não verão combate: os AT-6 destinam-se ao “teste e desenvolvimento contínuos de táticas e padrões operacionais para redes táticas exportáveis ​​que melhoram a interoperabilidade com parceiros internacionais”, segundo o comunicado da Força Aérea. Os A-29 serão usados ​​para “desenvolver um programa piloto de instrutores para a missão Consultiva de Aviação de Combate, para atender aos crescentes pedidos de assistência de ataques leves das nações parceiras”.

O foco do programa do SOCOM está nas funções de ataque preciso e apoio aéreo aproximado, o que difere dos planos da USAF, mais voltados para ISR e treinamento, liberando assim outras aeronaves como o A-10 Thunderbolt II e o F-35 Joint Strike Fighter para operações de combate mais complexas.

De fato, o chefe de aquisições da Força Aérea, Will Roper, deu a entender um mês após o anúncio do AT-6 e A-29 de que o serviço poderia ver seus esforços de ataque leve divididos em dois esforços distintos: um focado na aquisição de AT-6 e A-29 e outro que enfatiza uma nova plataforma para atender às necessidades das funções específicas de combate que o SOCOM vem perseguindo há anos.

“As forças de operações especiais têm se manisfestado sobre a necessidade de uma plataforma armada, que é atualmente assegurada por plataformas como o MQ-9 e o AC-130J”, informou a revista Air Force Magazine na época. “Roper disse que mais experimentos podem ser a maneira ideal de explorar essas possibilidades”.

FONTE: Task&Purpose (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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Luiz Floriano Alves

Pelo visto querem um sistema mais capaz do que o A-29. Substituir um Gunship como o H-130 não é fácil. Um projeto novo será a solução, ou um aperfeiçoamento do H-130 que se mostra vulnerável em ambientes diurnos e presença de fogo AA.

Fabio Araujo

Não creio que desejem substituir o H-130 são funções distintas, eles vão fazer algumas das funções dos A-10, tem missões em que usar um A-10 é um exagero e uma aeronave mais barata que possa realizar essas missões é o ideal.

Sergio

..quem sabe um “KC-390 gunship”….

FighterBR

Tava demorando para alguém citar o Kctão gunship

Saldanha da Gama

Este é o meu sonho para o BRASIL

Karl Bonfim

Por que os americanos não partem logo para um A-10 stealth, ao invés de ficarem cozinhando o A-29 em banho-maria? Bala na agulha eles tem!

Leandro Costa

Porque não faz muito sentido um A-10 stealth… vai ver é por isso. É melhor uma aeronave com capacidade de sobrevivência ainda mais apurada. Claro que assinatura de radar, quanto menor, melhor, mas mesmo assim, para uma aeronave para caçar blindados, que vai ter que manobrar à baixa altura e se defender de um sem número de MANPADS/AAA, acho que é melhor algo mais robusto do que Stealth, mesmo que a furtividade ajude à aeronave à se contrapor à SAMs guiados por radar.

Welington S.

Cadê aquela galerinha que chama o A-29 Super Tucano de ”teco-teco” e que ninguém compraria ele? Nem os Estados Unidos.

ednardo curisco

O A29 é a melhor solução mundial em seu nicho: CAS de baixo custo

Kommander

Nunca vi essa “galera” por aqui. O A-29 é uma unanimidade, nunca o vi sofrendo críticas.

Carvalho2008

Talvez os colegas sejam novos….eu lembro bem o menosprezo quando lançaram o projeto do ALX numa época em que so se falava de cacas interceptadores a jato mach 2….chamavam de teco teco sim…e com aquela frase de complexo de vira lata que ate hoje alguns adoram colocar tipo “ … enquanto isto no Brasil… fazendo teco-tecos..”. Ou como faziam com os Chineses…xing ling solta pecinha….

Mas o tempo sempre deixa claro que ironia não é analise….

Rinaldo Nery

Os caçadores, à época, fizeram uma paródia (música) do FIAT ELX.

Andre

Devem estar colocando chá de ayahuasca no seu leite. Aqui nunca vi…

Jeff

Adquirir 75 aeronaves somente para testar estratégias de combate e táticas operacionais.
Quem pode, pode.

Mauro

Para esses testes já foram compradas quatro aeronaves, as 75 serão para uso nas funções e não para testes.

JuggerBR

“em ambientes austeros” Seria pra bombardear uma escola inglesa?
Isso daí tá mais pra um drone super armado do que um avião tripulado.

ednardo curisco

quem compra 75 já decidiu que vai usar sim. esta quantidade enorme é para testes avançados e montar campo de treinamento de operações. e alguns devem ser mandados a diferentes teatros de operação para testar diversos modos de uso.

EDUARDO DE SOUSA PEREIRA

E lá vamos nós…….
Ohhhhh novela chata viu, o ST venceu e até hoje nada, que seja esta a primeira encomenda.

Taso

Será que agora vai?

Luiz Trindade

Eu vejo é que houve uma pressão enorme de lobby do congresso para atender também o fabricante do AT-6 da Textron. Perderam a licitação mas vão comprar deles assim mesmo. As justificativas foram arranjadas para não ficar feio demais. Agora se fosse dois concorrentes norte-americanos com certeza o perdedor não teria essa canja.

Luiz Floriano Alves

O episódio do acidente fatal com um ST está sendo usado contra o nosso aparelho. A solução de dividir a encomenda, parece que desta vez não vai acontecer. O Scorpion está muito verde para ataque leve. Já conhecem todos os testes do AT-6 e do A-29, agora devem bater o martelo. Vamos ver quem tem lobby melhor, Textron ou Sierra Nevada?

Fernando EMB

Não deveriam usar pois foi erro do piloto…

ednardo curisco

Agora são americanos. A Sierra é de lá, para todos os efeitos. De Brasileiro ficou só a concepção.

Flanker

Como você e outros insistem nessa inverdade! Qualquer A-29, seja montado aqui ou nos EUA ou no alto do Everest, terá suas partes estruturais fabricadas no Brasil. No caso especifico da Sierra Nevada, ela monta as aeronaves com as peças estruturais enviadas daqui.

Matheus

E o AT-6 é Suíço, sua afirmação não faz sentido algum.

Fernando EMB

Existe enorme diferença entre o AT-6 ser Suíço e o Super Tucano ser brasileiro.

Matheus

O projeto é Suíço, com incrementação americana, o ST montado na Sierra Nevada não tem diferença alguma com o montade em Gavião Peixoto.

Antunes 1980

A Rússia e China não operam nenhum vetor turboélice?

PST27

A China opera coronavirus

Entusiasta Militar

Acho que o socom quer uma aeronave nova que possa fazer as funções do Ac-130 e tambem do A-10 e se possível do tamanho do A-29 e ate mais moderno que o F-22 e mais barato que o MQ9, etc …

Em resumo, com tantos variáveis vem ai um novo sei-la-o-que torrando dinheiro do contribuinte kkk

Anderson Fernandes

O que eu sempre achei com os testes do Super Tucano era que eles não iriam comprar mesmo. O que fizeram foi estudar o que tinha no mercado. Agora irão repassar o que aprenderam com os testes para os fabricantes locais desenvolverem uma nova, o que não será difícil já que grande parte dos componentes do Super Tucano ou são americanos ou facilmente podem ser criados lá, até melhores. Ou seja, usaram o Super Tucano como POC-Proof of Concept e como POT-Proof of Test. Não é uma aeronave difícil de substituir para eles, visto que a reportagem diz que eles… Read more »

Carvalho2008

Pode ate ser, mas é extremamente dificil fazer uma aeronave com custo mais barato versus os parametros que ela atende.

Então para valer a pena, eles teriam de dar um superlativo a alguma característica especifica que seja tão importante no requisito deles

O fato é quem em nossos requisitos, bem como de outros países mais periféricos, é muito difícil criar outro

Acho que para os americanos seria algo ate parecido com o Bronco mesmo, mas veja que ai ja é bimotor, dobra o custo de motorização e aumenta bem o combustível

Antonio Palhares

Próprio para diminuir o custo das operações de ataque leve. Guerra custa caro.

Señor batata

Alguém sabe dizer o q poderia ir nesse pacote?
Desde já agradeço a resposta.

Señor batata

Muito obrigado Guilherme Poggio.

Rodrigo Martins Ferreira

Não entendi ainda o que o SOCOM quer com estes aviões que não podem ser feitos com as plataformas atuais.

Aurio

Esse é do A29.. nasceu para o combate e não uma adaptação como é o AT6!

Luiz Floriano Alves

A Embraer Defense deveria fazer uma réplica do P-51 Twinn Mustang. Duas fuselagens acopladas de Super Tucano. Teriamos o dobro da carga útil em artefatos bélicos, redundâncias de sistemas vitais e maior raio de ação. No centro da asa casulos de radar e/ou canhão de 30 mm. Sou voluntário para pilotar uma célula destas. E colocar no mercado. Se o Mustang duplo nos deu um caça noturno de longo alcance o ST A29 Gêmeos daria um atacante ao solo de respeito.

Carvalho2008

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Rommelqe

Um fato que chama à atenção é que a foto que ilustra amatéria original é do A29.

Salim

Alem da foto ser bem legal e muito mais comum achar fotos do ST em operação guerra armado ou em ataque do que o at6. O ST foi elaborado e nasceu para combate ao invés oponente. Este histórico e muito difícil de náo levar em conta na hora decisão, com todo o lobby existente.

Fabio Aguiar

Eu quero é ver combates simulados entre A-6 e A-29.

Marcos Cooper

O nível dos comentários é lastimável! Super Tucano duplo? A lá F-82? É duro ver tanto especialista de internet dando pitaco…

Luiz Floriano Alves

Cooper/ Quase 2008.
O nome do jogo é Brainstorming. Vc até parte do absurdo. E as idéias vão se encaixando e concatenando. Funciona num ambiente criativo e nível técnico a altura dos projetos em discussão. Agora aquele ST duplo em tandem é uma bela composição gráfica. Porém os projetistas do Heinkel Pfeil (Flexa) chegaram a conclusão que motores em tandem, quando em combate se tornam de difícil coordenação. Abraço.

Leandro Costa

Dornier Do 335, Luiz. Não Heinkel.

Luiz Floriano Alves

Leandro Costa
Obrigado pela lembrança. Sim foi Heinkel que produziu esse avião.

Luiz Floriano Alves

O DORNIER PFEIL.