Embraer E175-E2

Primeira decolagem do Embraer E175-E2 (clique na imagem para ampliar)

São José dos Campos, SP, 12 de dezembro de 2019 – O jato E175-E2, da Embraer, realizou hoje seu voo inaugural decolando das instalações da Empresa em São José dos Campos. O E175-E2 é o terceiro integrante da família E-Jets E2. O primeiro voo dá início a uma rigorosa campanha de teste em voo de 24 meses.

“O voo de hoje do E175-E2 simboliza a realização de nossa visão de produzir uma família de aeronaves comerciais de nova geração que traz economia de custos incomparável aos nossos clientes, conforto excepcional aos passageiros e menos emissões para o planeta”, disse John Slattery, Presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial. “O E190-E2 e o E195-E2 já demonstraram um desempenho incrível e o E175-E2 é igualmente impressionante. Estamos ansiosos para trabalhar na certificação. Meus sinceros agradecimentos a todos os funcionários da Embraer que ajudaram a tornar esse dia possível.”

O E175-E2 decolou às 11:07 da manhã, no horário local, da pista adjacente ao complexo Faria Lima da Embraer e voou por duas horas e dezoito minutos. O comandante Mozart Louzada pilotou a aeronave, juntamente com o primeiro oficial Wander Almodovar Golfetto e os engenheiros de voo Gilberto Meira Cardoso e Mario Ito. A aeronave decolou e pousou com controles fly-by-wire (FBW) no modo normal. A tripulação avaliou o desempenho da aeronave, a qualidade do voo e o comportamento dos sistemas.

A Embraer utilizará três aeronaves na campanha de certificação do E175-E2. O primeiro e o segundo protótipos serão utilizados para testes aerodinâmicos, de desempenho e de sistemas. O terceiro protótipo será usado para validar as tarefas de manutenção e será equipado com interior.

Em comparação ao E175 de primeira geração, o E175-E2 possui uma fileira adicional de assentos, podendo ser configurado com 80 assentos em duas classes ou até 90 em classe única. O avião economizará até 16% em combustível e 25% nos custos de manutenção por assento em comparação ao E175.

Assim como o E190-E2 e o E195-E2, o E175-E2 terá os intervalos de manutenção mais longos na categoria de jato de corredor único, com 10.000 horas de voo para verificações básicas e sem limite de calendário para operações típicas do E-Jet. Isso significa 15 dias adicionais de utilização da aeronave por um período de dez anos em comparação com os E-Jets da geração atual.

O E175-E2 apresenta novos motores Pratt & Whitney GTF™ PW1700G de alto desempenho, uma asa completamente nova, controles completos fly-by-wire e novo trem de pouso. Comparado ao E175 de primeira geração, 75% dos sistemas de aeronaves são novos.

A Embraer é líder mundial na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e conta com mais de 100 clientes em todo o mundo. Somente para o programa de E-Jets, a Embraer registrou mais de 1.800 pedidos e 1.500 aeronaves foram entregues. Atualmente, os E-Jets estão voando na frota de 80 clientes em 50 países. A versátil família de 70 a 150 assentos voa com companhias aéreas de baixo custo, bem como com operadoras regionais e tradicionais.

Sobre a Embraer

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer completa 50 anos de atuação nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança, Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda.

Desde que foi fundada, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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kevinbuenuu

Incrível que a cada versão as fabricantes de motor conseguem diminuir de 15 a 20% do consumo de combustível.

EduardoSP

A economia de 16% no consumo de combustível por assento decorre principalmente de avanços nos motores, mas melhorias na aerodinâmica (as asas são novas, o trem de pouso agora não fica exposto quando recolhe, etc) e avanços em redução de peso, com redesenho de componentes e uso de materiais mais leves, também contribuem para esse resultado .

kevinbuenuu

EduardoSP, sim, me esqueci de abordar sobre a aerodinâmica que tem papel fundamental na diminuição de arrasto e combustível. Mas valew por trazer outras variantes como a nova asa, trem de pouso e diminuição do peso de materiais.?

Marcos10

Embora o artigo fale em uma asa completamente nova, essa asa do 175E2 me parece menos curvada.

Fernando EMB

A asa é nova, e menos curvada porque o diâmetro do motor é menor…

LucianoSR71

Caro Fernando, vc que é da Embraer, tem alguma novidade em relação a mudanças nas scope clauses, que no momento praticamente inviabilizam as empresas americanas encomendarem esta aeronave?

Junior

Pois é, essa mudança é essencial para o sucesso dessa variante da família, sem a mudança dela, a tendência é que se vendam muitos poucos E175, se formos comparar com o E175 da primeira geração. Eu acho que a Embraer apostou errado, pois pelo que li a scope clause não vai mudar

Marcos10

A inserção de aeronaves no mercado sempre veio antes do deslocamento da scope clause. É necessário lembrar que atualmente há duras críticas contra a posição dos sindicatos e suas barreiras, que não fazem mais sentido. As novas aeronaves são mais eficientes, consomem menos, fazem menos barulho e poluem menos. Além de que a quantidade de assentos continua a mesma, mudando basicamente o peso da aeronave. Uma nova rodada de negociações está em curso.

LucianoSR71

O mundo parece estar passando por um período de radicalismo e como sabemos, isso não é algo positivo. Temo que por questões mais políticas que racionais os sindicatos não queiram ceder.

Marcos10

Embora seja uma nova asa, vê-se claramente no vídeo que de fato a asa não tem a curva típica de seus irmãos mais velhos.

Fernando EMB

Sim, não foi necessário ter a curva tão acentuada pois o diâmetro dos motores é menor.

Clésio Luiz

Eu lembro de um comentarista jurando de pés juntos que essa aeronave não sairia do papel.

Antonio Palhares

Uma em presa lider de mercado no seu seguimento. Com um corpo técnico de excelente qualidade. Capaz de inovações tecnológicas avançadas. Vendida a preço de “pinga”.

Saldanha da Gama

Preço de pinga NÂO!!! troco da pinga!!!!!!!!!!!!!

Fernando EMB

Sabem tudo da negociação vocês heim… Posta falarem isso.
O que realmente entrou nos acordos? E as dívididas ficam com quem?
Como ficou a divisão dos passivos?
Interessante ver pessoas posando de experts.

Caerthal

Esta venda ocorreu porque o mercado da aviação regional se tornou cobiçado pelos governos de grandes potências como a China, Japão, Rússia e Canadá de forma que um grande volume de subsídios e medidas protetivas ilegais tornaram este mercado tóxico para quem tivesse que remunerar seus acionistas sem tais vantagens. Simples assim.

Marcos10

Cara, você perdeu a oportunidade de comprar essa empresa por trocado.

Mateus Ribeiro Alcantara

EMBRAER NÃO, BOEING BRASIL 😉 Parabéns aos envolvidos.

Marcos10

Por hora Embraer.

Fernando EMB

Infelizmente ainda temos comentários como esse. Projeto Embraer, por pessoas Embraer. A BBC ainda não existe.

fewoz

Correto, Fernando, mas daqui a pouco já será Boeing. É um orgulho que tenha sido projetado por brasileiros, mas o facto é que em um minuto já será uma empresa americana (não precisa mencionar que será apenas a área comercial. Todos aqui já sabem disso).

Fernando EMB

E mesmo sendo americana meu orgulho por esta empresa não muda. Pois sei que uma empresa é formada por pessoas. Pessoas que investiram tempo e dinheiro na aquisição de conhecimento, que trabalham duro, e com competência reconhecida na indústria aeroespacial.
E assim vai continuar.

Julio

Excelente trabalho da Embraer sempre inovando . Pena que foi vendida para a Boing . Pois a Embraer representava muito o Brasil

Mateus Ribeiro Alcantara

Pois é agora é a Boeing Brasil

Fernando EMB

Ainda não.

Caerthal

A questão sobre Scope Clause é complexa e ainda indefinida. A Bombardier saiu do mercado e a produção do CRJ-700/900 será finalizada. Pode ser que o futuro seja a MRJ100 (MRJ90 encurtado) e o atual E-175 mas a minha aposta é que os limites de peso e capacidade de passageiros sejam um pouco elevados, de forma a aproveitar a modernidade e economia dos novos MRJ90 e 175E2, com algum aumento de remuneração dos pilotos regionais. A questão a discutir será o tempo requerido para esta transição.

Fernando EMB

Sim, é uma questão complexa. Vamos ver no que vai dar.
Mas a Embraer analisou a questão e achou melhor seguir com o projeto. Se as Scope Clauses mau mudarem será um produto de poucas vendas, mas ainda assim poderá vender para outros mercados. Se as Scope Clauses mudarem, a empresa estará pronta para atender a demanda, os terá o produto.
Lembremos que o investimento para o E175E2 é bem menor do que para os outros aviões da família, pois é o terceiro membro da família.

Carlos Augusto Erthal Neto

De acordo Fernando. A Mitsubishi certamente vai gastar pelo menos 3 bi para lançar o MRJ. A Embrae vai gastar 1.7 bi para 3 modelos. O custo marginal do 175E2 deve ser dar ordem de 500 milhões ou 1/6 deste investimento. Acho que neste momento deve correr em paralelo um proposra de modernizacao do 175E1, mantendo os motores GE.

Marcos10

Essa coisa tá ficando chata. Fala-se no nome da Embraer e todo mundo imita o Neymar: se jogam no chão!

Enquanto isso a FAB recebeu hoje a segunda unidade do KC-390.

Jonas Silberstein

Belíssimo avião. Muito orgulho de ver uma obra da engenharia brasileira voando assim. Parabéns pessoal da Embraer. O Pequenino ficou sensacional… Torço que venda muito para o mercado americano e chinês, ávidos por aviões dessa categoria.