Uma série de testes de voo do míssil ar-ar Astra Beyond Visual Range (BVR-AAM) foi conduzida pela Força Aérea Indiana entre 26 de setembro e 3 de outubro de 2018 no Integrated Test Range (ITR), em Balasore, como parte dos testes finais de desenvolvimento do míssil.

Eles foram uma combinação de testes complexos para o engajamento de alvos sem piloto em diferentes modos de manobra, off-boresight, médio e longo alcance. Os mísseis foram acompanhados por telemetria para avaliação do desempenho on-line de todos os subsistemas, especialmente o datalink, o buscador de RF e a espoleta de proximidade para o desempenho objetivo.

O Astra foi testado seis vezes em diferentes condições de lançamento e alcances, como parte do teste final de desenvolvimento. O míssil engajou alvos e todos os objetivos da missão foram alcançados.

Com a participação ativa da IAF, a DRDO desenvolveu o míssil e integrou a arma no Su-30 e em outras plataformas aéreas. A Hindustan Aeronautics Limited (HAL) de Nasik tem sido fundamental na modificação de uma série de aeronaves Su-30 para integração e suporte de armas Astra durante os testes.

Mais de 50 indústrias do setor privado e público estão envolvidas no desenvolvimento e produção de diferentes subsistemas do míssil. Espera-se que o míssil seja introduzido na IAF em 2019.

Raksha Mantri Smt Nirmala Sitharaman parabenizou a DRDO, IAF, HAL e indústrias associadas pelos testes bem-sucedidos.

FONTE: Indian Ministry of Defence

Subscribe
Notify of
guest

43 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rui Chapéu

Quais mísseis seriam equivalentes a esse?
Meteor? AMRAAM? Derby?

E o que ele traz de novo? Ou o diferencial é que ele é produzido pela india?

Rui Chapéu

E fui procurar sobre o Derby pra ver se tinha algo com esse míssil e encontrei essa informação:

Brazil – Python-3 (400 missiles, delivered 2001), Python-4 and Derby (200 missiles each, all delivered 2011)

Temos 200 Derby e Python 4 em estoque então?? Até que não tá ruim não!

Joker

Há contradições relativas a quantidade de mísseis. No caso, foi divulgada uma autorização de venda de até 200 unidades de mísseis Python e Derby para o Governo Brasileiro, dessa informação fizeram deduziram que exatas 200 unidades foram adquiridas.

Gustavo

Se não me engano, não chegaram a 60-80 Derbys adquiridos

colombelli

nem a 40 chegou

Caco

Eu ia fazer um breve comentário :(mais um derby da vida ), porem antes de sair por aí falando besteira convem que nos informemos corretamente então la vai: Qual o alcanse desse missil? Qual o sistema dele radar ativo? fire forget? possui radar interno ? como trava o alvo? Se possuir radar interno e for jameado possui modo home on jam? ou um buscador infrared igual o meteor? Qual o preço dele ? dependendo dessas respostas pode até ser que compense para FAB. PS: pode ser que tudo isso ja tenha sido respondido em outra matéria e eu tenha perdido… Read more »

Marcus

Se não me falha a memória em outra matéria li que o alcance seria em torno de 100km mas ai isso vai depender do RCS do adversário.

Joker

Parte de suas indagações já foram respondidas em postagens anteriores sobre o mesmo tema.

aereo.jor.br/2017/09/18/india-realiza-testes-finais-do-missil-astra-no-sukhoi-su-30/
aereo.jor.br/2014/05/05/missil-bvr-astra-desenvolvido-na-india-e-disparado-com-sucesso-de-su-30mki/
aereo.jor.br/2014/06/23/su-30mki-faz-novo-teste-de-disparo-do-missil-bvr-indiano-astra/

Bosco

Caco,
O Meteor não tem buscador IR não. É só radar ativo!

Por algum motivo inexplicável não existem mísseis ar-ar com guia duplo radar + IR, apesar de existirem mísseis sup-ar com essa capacidade (SM-2 Block IIIB, Stunner, Barak 8).

Bosco

correção: “característica” no lugar de “capacidade”

Almeida

Tamanho? Peso? Capacidade das baterias de energia?

Dois buscadores teriam que aumentar tudo isso, pode ser contraprodutivo num míssil ar-ar carregado por um caça.

Bosco

Almeida,
Não creio que seja isso. Se imaginarmos que os mísseis BVR pesam de 100 a 750 kg e nenhum tem seeker dual.
Também há mísseis sup-ar dotados desse tipo de orientação dual e que pesam menos, como por exemplo:
SM-2Block IIIB: radar semi-ativo + Ir – 750 kg
Stunner/Sky Hunter: radar ativo + IIR –
Barak 8: radar ativo + IIR – 280 a 400 kg – 250 kg
RAM/RAM block II: radar passivo + IR – 72/90 kg

Ou seja, é um mistério. Talvez o maior mistério da humanidade. rsrsss

carcara_br

Vão ser integrados ao Rafale?
Podíamos comprar algumas unidades pra acelerar nossos próprios programas….

Alfredo Araujo

kkkk
Fácil assim ? Só comprar q aprende como fazer ?

carcara_br

Pergunta aos indianos se foi fácil assim quando eles compraram os R-77…

Wellington Góes

Desenvolvimento autóctone de artefatos inteligentes, isto é que diferencia forças aéreas sérias, de aeroclubes.

sergio ribamar ferreira

Uma pergunta: o míssil derby pode ser utilizado no modo superfície-ar? Obrigado e abraços a todos.

Bosco

Sergio,
Pode! O sistema Spyder usa o Derby e o Python V.

marcio alves

Espero que o Brasil tenha seu próprio míssil BVR numa futura cooperação nos mesmos moldes do A-Darter que no caso seria o Marlin da Denel

Carlos Alberto Soares

Bosco

Breve o Derby ER e o Python V NG.

Quanto ao Astra, DNA Israeli.

sergio ribamar ferreira

Obrigado Sr. Bosco. Mais duas perguntas: valor da unidade em vistas de outros similares e qual plataforma poderíamos utilizar? Obrigado e reitero meu apreço.

Bosco

Sergio,
Se você se referi ao Derby, ele é compatível com todos que podem lançar o Python. A lista é grande. Exemplos: F-15, F-16, F-5, Kfir, Mirage, etc.
Quanto ao preço, não sei.
Um abraço.

Bosco

Ops! refere no lugar de referi.

Defensor da liberdade

O que uma China em um Paquistão altamente militarizados nas fronteiras não faz hein? Índia hoje é uma potência em todos os sentidos. Aliás sempre foi, desde os tempos antigos.

Bosco

Defensor,
Fosse uma potência não teria sido colonizada por meia dúzia de britânicos.
Dizer que a Índia era relevante culturalmente é uma coisa, agora, dizer que era uma potência é meio que exagero.
E graças ao nefasto imperialismo ela hoje tem 400 milhões na classe média e mais outro tanto fora da linha de pobreza absoluta. Fosse protegida por um domo mágico que a deixasse isolada do mundo externo haveriam hoje lá meia dúzia de marajás e 1,3 bilhão de indivíduos na miséria.

Defensor da liberdade

Não trabalho com futurologia, a economia indiana chegava à ser 1/3 da economia global entre os séculos I e XV d.C.. E meia dúzia de britânicos? Só na guerra anglo-maratha foram mais de 50 mil britânicos combatendo.

Marcus

India was Richest nation in world in 17th century and ‘half dozen brits’ ? There were thousands and they used ‘Divide and Rule’ because there was NO United India that time India was made of 200+ small kingdoms who used to fight eachother . British too lost many wars before they used a brother against another and got victory due to advanced weapons .

sergio ribamar ferreira

Obrigado Sr. Bosco. grande abraço.

Almeida

Acho estranha essa configuração de asas do Astra, tem grande sustentação porém grande arrasto.

MK48

Eu acho que a India deve ser o país que possui a mais complexa cadeia de suprimentos para suas Forças Armadas.

Além de comprar praticamente tudo , de todos, ainda desenvolvem equipamentos/armas no próprio país.

Kemen

Oi Almeida,
Um caça poderia ser armado com os dois tipos de misseis para uma mesma missão, além do fato que você comentou, dai operacionalmente a não disponibilidade do ar-ar dual acredito não ser algo necessario.

Foxtrot

Parabéns Índia!
Acho que se fossemos um pouquinho mais inteligentes, poderíamos desenvolver uma versão Ar/Ar do Morcego ( MAR-01).
Guiado por radar ativo e data link BR2.
Mas ainda não adquiriram a versão solo/ar pois nossa amada FAB reservou uma pequena fortuna para pacote de armas internacionais do Gripe Sueco (Gripen), mas aquisição de sistemas nacionais tais como SMKB, FPG-82, MAR-01, MAA-1B etc, nada!

Flanker

Então seria melhor não escolher o Iris-T (escolhido pela FAB) e optar pelo MAA-1B? Existe alguma comparação entre ambos? A FAB, durante décadas, investiu seu dinheiro no desenvolvimento do MAA-1A e que aconteceu? Acabou comprando um lote do míssil, que não mostrou o desempenho esperado, em vários e vários lançamentos. Investiu mais ainda no MAA-1B, mas que também não se mostra eficaz na medida desejada. Não há orçamento para se desenvolver na qualidade e velicidade necessárias e então, não ficam como deveriam e quando deveriam. Por isso, e srndo necessário se ter mísseis capazes, a FAB adquiriu o Python 3,… Read more »

Karl Bonfim

“Wellington Góes 9 de outubro de 2018 at 18:13Desenvolvimento autóctone de artefatos inteligentes, isto é que diferencia forças aéreas sérias, de aeroclubes”.
Wellington, a diferença entre força aérea séria e aero club não é só força de vontade política, mas também de verbas, dinheiro, recursos…

Wellington Góes

Não, não, mas de definição do que é prioridade. Dinheiro sempre faltará, quando isto não existe.

Foxtrot

Flanker 10 de outubro de 2018 at 20:01 Então seria melhor não escolher o Iris-T (escolhido pela FAB) e optar pelo MAA-1B? Existe alguma comparação entre ambos? A FAB, durante décadas, investiu seu dinheiro no desenvolvimento do MAA-1A e que aconteceu? Acabou comprando um lote do míssil, que não mostrou o desempenho esperado, em vários e vários lançamentos. Investiu mais ainda no MAA-1B, mas que também não se mostra eficaz na medida desejada. Não há orçamento para se desenvolver na qualidade e velicidade necessárias e então, não ficam como deveriam e quando deveriam. Por isso, e srndo necessário se ter… Read more »

Flanker

Kkkkkkk….. Sabichão, olha o desempenho do MAA-1A na última campanha de lançamento de mísseis que a FAB realizou. Esses mísseis não tiveram os kills na porcentagem esperada. O MAA-1A foi desenvolvido na época do AIM-9B/C?? (e vc diz que sou eu que não sei nada de assuntos militares!!). O -9B entrou em serviço em 1956!! O Piranha começou a ser desenvolvido no final dos anos 1970. O desempenho do -9B era péssimo. Mesmo lançado as 6 horas do alvo, muitas vezes não conseguia engajá-lo. O parâmetro para desenvolvimento do Piranha foi a versão -9L do Sidewinder, que possui capacidade all-aspect,… Read more »

Foxtrot

Quanto ao MAR-01, esse míssil Indiano deve ser bem menor né?
Já que você é o super especialista rsrsrs.
Já ouviu falar em micro eletrônica, materiais compósitos, MEM,s etc etc ??

Flanker

O míssil indiano não chega ser bem menor, mas é meio metro menor do que o MAR-1. “Já ouviu falar em micro eletrônica, materiais compósitos, MEM,s etc etc ??” Não, nunca ouvi falar!!! Kkkkkkk……tu te acha um grande especialista, mas te engana feio!! Já eu, não sou engenheiro, mas penso bem antes de escrever merd@, ao contrário de ti!! Graças a Deus, a FAB não conta com gente como tu! O futuro BVR da FAB vai ser o Meteor. Míssil pronto, considerado um dos melhores do mundo. Ao contrário de uma gambiarra que alguns sugerem desenvolver a partir de um… Read more »

Mauricio R.

Replicar um aam/sam de curto/médio alcance, quiça BVR, á partir do MAR-1 não é nenhuma sandice, com o AIM-7 Sparrow foi assim de um aam foi derivado um sam, o Sea Sparrow e em parte um arm, o Shrike.
Sem contar o Aspide e o Skyflash.
O problema aqui no Brasil, é quem é que vai tocar essa empreitada. Avibras ou Mectron 2.0, aka SIATT…
É rir pra não chorar.

Foxtrot

Cara desisto, cansei até porque não estão colocando todos os meus posts,s.
Vai jogar Acesso Combat kkkkk.
Melhor coisa que faz !

Foxtrot

Ace.
Droga de corretor de texto

Foxtrot

Também desisto deste aero clube nacional com equipamentos internacionais denominada FAB (Força Aérea de Brinquedo).
Disseram aqui e assino em baixo ” A diferença entre uma força aérea e um aero clube está na capacidade de desenvolvimento tecnológico” .
Parabéns mestre Wellington Góes, correto e lúcido como sempre.
Este sim da gosto de ler seus posts,s.
Diferente de certas mer@das que andam ruminando e defecando aqui.