USSTRATCOM e Brasil assinam acordo para compartilhar serviços e dados espaciais

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OFFUTT AIR FORCE BASE, Nebraska – O US Strategic Command (USSTRATCOM) assinou um acordo com o Ministério da Defesa do Brasil para compartilhar serviços e informações sobre a Space Situational Awareness (SSA).

O contra-almirante Richard A. Correll, diretor de planos e políticas do USSTRATCOM, assinou o acordo como parte de um esforço maior para construir uma parceria de defesa mais próxima com o Brasil que aumentará a consciência situacional de cada nação no domínio espacial aumentando a segurança de suas operações de voo espacial.

“Cooperação e parcerias como essas são vitais para que os Estados Unidos e nossos aliados mantenham uma consciência situacional espacial efetiva e que todos continuem se beneficiando do domínio crítico que é o espaço”, disse Correll. “Esses acordos constroem nossos relacionamentos e fornecem insights que nos permitem ser mais eficazes no espaço.”

Compartilhando a Consciência Situacional no Espaço promove a abertura, a previsibilidade das operações espaciais e a transparência nas atividades espaciais, permitindo que todas as nações percebam os benefícios do espaço.

“Para o Brasil, as parcerias em atividades espaciais são altamente valiosas. A assinatura do acordo para compartilhar serviços e informações de consciência situacional espacial nos permitirá operar com o apoio do USSTRATCOM, que representa um instrumento importante para promover o uso sustentável do espaço exterior. Além disso, é um compromisso conjunto com a segurança das operações espaciais que ampliará ainda mais a estreita relação entre os dois países”, disse o tenente-general Jefson Borges, chefe de operações do Estado-Maior da Força Aérea Brasileira.

A consciência situacional do espaço fornece dados sobre o lixo espacial e satélites desativados que podem afetar futuros lançamentos
A Consciência Situacional do Espaço fornece dados sobre o lixo espacial e satélites desativados que podem afetar futuros lançamentos

O Brasil junta-se a 14 nações – Reino Unido, República da Coreia, França, Canadá, Itália, Japão, Israel, Espanha, Alemanha, Austrália, Bélgica, Emirados Árabes Unidos, Noruega e Dinamarca – duas organizações intergovernamentais, a Agência Espacial Europeia e a Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos e mais de 70 proprietários/operadores/ lançadores de satélites comerciais já participando em acordos de partilha de dados da SSA com o USSTRATCOM.

“Compartilhamento de consciência situacional espacial é uma capacidade fundamental que afeta todas as futuras operações e projetos espaciais. O governo dos EUA continuará a fazer parcerias com entidades do espaço para promover o uso responsável, pacífico e seguro do espaço”, disse Correll.

Os acordos de compartilhamento de dados da SSA aprimoram a cooperação espacial multinacional e agilizam o processo para os parceiros do USSTRATCOM solicitarem informações específicas coletadas pelo 18º Esquadrão de Controle Espacial do Comando Espacial da Força Aérea na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia. A informação é crucial para o suporte ao lançamento, planejamento de manobras de satélites, suporte para anomalias em órbita, relatório e investigação de interferência eletromagnética, atividades de desativação de satélites e avaliações de conjunção em órbita.

O USSTRATCOM tem responsabilidades globais atribuídas por meio do Plano de Comando Unificado, que incluem dissuasão estratégica, operações nucleares, operações espaciais, operações conjuntas de espectro eletromagnético, ataque global, defesa antimísseis e análise e direcionamento.

FONTE: U.S. Air Force Space Command

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Carlos Campos

agora quero um acordo parecido com a UE

JCuritiba

“O Brasil junta-se a 14 nações – Reino Unido, República da Coreia, França, Canadá, Itália, Japão, Israel, Espanha, Alemanha, Austrália, Bélgica, Emirados Árabes Unidos, Noruega e Dinamarca – duas organizações intergovernamentais, a Agência Espacial Europeia e a Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos e mais de 70 proprietários/operadores/ lançadores de satélites comerciais já participando em acordos de partilha de dados da SSA com o USSTRATCOM.”

Mais um acordo para nosso amado país ser convidado a deixar de participar por falta de verba para colaboração. O pior que não sou pessimista, só observador dos nossos acordos internacionais.

Seção 7

Bom, agora estou começando a entender o porque do “afinco” sem precedentes em fechar com a Viasat para operar o serviço de banda larga cujo sinal vem de satélite geoestacionário brasileiro.

Joli Le Chat

Como outras iniciativas internacionais de grande importância para o Brasil (por exemplo, ISS e Alcântara), a grande nação brasileira vai dar um jeito desperdiçar mais uma chance de dar um passo à frente.
Não dá para virar as costas para o nosso destino: estar na vanguarda do atraso.

Leonardo Araújo

Muito importante este acordo pois visa garantir a segurança nas operações espaciais, já que a quantidade de equipamentos em órbita está se avolumando e é necessário um controle e integração entre os players.Além da proteção contra colisão com lixo espacial.
Só queria saber como anda a definição do domínio da banda civil no SGDC-1?
E sua real capacidade operacional hoje?

FERNANDO

Welll, alguém poderia explicar em poucas palavras porque isso é bom??

Hélio

“Leonardo Araújo 4 de setembro de 2018 at 7:34
Muito importante este acordo pois visa garantir a segurança nas operações espaciais, já que a quantidade de equipamentos em órbita está se avolumando e é necessário um controle e integração entre os players.Além da proteção contra colisão com lixo espacial”

Braz

Ao contrário do que a maioria dos colegas prega, este acordo não vai gorar. Vejam quais os países que compõe o grupo. Nenhum deles está ao sul do equador, o que deixa uma “zona morta” para os sensores americanos. Bem ao contrário de chineses e russos. Russos, mais próximos do equador, na Venezuela, e os chineses aqui na Argentina. Alguém não percebeu que quem tiver acesso ao controle aéreo brasileiro vai dominar o controle da América do Sul e o Atlântico Sul?? Desculpem a ignorância, mas para asiáticos que façam comercio com a UE, caso de uma confusão no Canal… Read more »

Leonardo Araújo

Tomara que o novo governo de andamento aos entendimentos entre a CLA e a NASA. Uma forte possibilidade de um acordo seria a vitória do Bolsonaro pois o seu ministro da tecnologia seria o Marcos Pontes que o hoje trabalha na NASA. Alcantara e um sítio privilegiado , está sendo subutilizado. Seria de vital importância a integração de trabalho com uma nação que detenha tecnologia, e que possamos por meio de um contrato de parceria, absolver e aprimorar o nosso setor aeroespacial. Sempre houve este receio do possível domínio americano caso eles ocupassem a base . Porém isso depende de… Read more »