A Força Aérea da Índia (Indian Air Force – IAF) deve adquirir 126 caças através do programa MMRCA (medium, multirole combat aircraft) e a palavra corrente no Vayu Sena Bhavan (sede do comando da Força Aérea) é “alavancar ganhos estratégicos” a partir do negócio estimado em dez bilhões de dólares.

Na medida em que a produção do relatório técnico sobre os concorrentes aproxima-se da conclusão, o processo de barganha está prestes a começar.

Um oficial superior da Força Aérea informou ao Mail Today que “deveríamos usar o contrato para barganhar por concessões que aglutinem tecnologia e ter acesso a tecnologias de caráter dual que nos foram negadas até o momento”. No entanto, antes que as negociações comecem alguns passos devem ser dados.

O primeiro deles é a produção de uma “shortlist” para os seis caças que participam da concorrência – MiG-35, Rafale, Gripen, Eurofighter, F-16 e F/A 18 Super Hornet – tendo como base os requerimentos operacionais daquela Força Aérea.

Conforme o esperado, oficiais da Força Aérea continuam sem dar pistas sobre quais caças preencheram ou não os requisitos operacionais. Mas algumas informações chegaram a “vazar” sobre os testes e um ou dois dos seis concorrentes falharam em desenvolver potência suficiente nos testes realizados em grande altitude na localidade de Leh.

Após a produção da “shortlist” pela Força Aérea, a ser realizada com base em requerimentos técnicos, o ministro da defesa julgará as propostas de “offset” dos consórcios. Em outras palavras, quanto as empresas investirão de volta na economia local. O ‘offset’ do programa MMRCA é de 50 por cento. Isto significa que perto de 5 bilhões de dólares deverão ser reinvestidos na Índia.

Após esta etapa, as propostas comerciais, que foram feitas há mais de dois anos, serão abertas e examinadas.

Pela primeira vez na Índia, o critério de ‘custo fixo’ foi empregado e não apenas o valor de aquisição da cada avião  mas também o custo de operação ao longo da vida da aeronave (‘life cycle costs’), incluídos aí custeos de manutenção e peças sobressalentes, por um período de 40 anos.

Com base disto, a proposta mais baixa (L1) será definida por um comitê de negociação comercial dirigido por um secretário-adjunto do ministério. A comissão também terá membros do exército, da marinha e da força aérea. Eles, então, conduzirão as negociações de preço com o licitante L1 com o propósito de melhorar a oferta inicial.

Por último, um documento será elaborado para a Comissão do Gabinete de Segurança que teria de dar a sua aprovação e adjudicação do contrato. É nesta fase, antes de fechamento do contrato, que ocorrerão as negociações governo-governo com o objetivo de se obter os melhores benefícios.

O tamanho do negócio proporcionado pelo programa MMRCA garante à Índia um elevado nível de atenção de cada um dos países que disputam esta concorrência, uma dos maiores do mundo no setor de defesa.

FONTE: India Today

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO:
Poder Aéreo (fotos dos concorrentes em ordem alfabética dos fabricantes)

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fagner

e notavel a falta do su 35 bm na concorrencia alguem sabe mim dizer pq ele não esta ‘??

Guilherme Poggio

e notavel a falta do su 35 bm na concorrencia alguem sabe mim dizer pq ele não esta ‘??

Sim.
Além da Índia já possuir o Su-30, esta concorrência é para um caça médio, que vai substituir o MiG-21

Mauricio R.

A MMRCA deixou de ser somente uma concorrência visando a substituição do Mig-21. O requerimento evoluiu p/ a seleção de uma aeronave, que permita a Índia eventualmente lutar uma guerra de 2 frentes, (Paquistão e China) provavelmente na Kashmira. A aeronave selecionada seria nesse cenário, o backbone da IAF. Boa foto do SH, mostra claramente ao menos p/ quem sabe aonde e o que olhar, o tanto de furtividade agregada ao design. Pela foto do F-16IN, é de se pensar se a aeronave consegue realmente operar, de maneira eficaz assim tão atulhada. Além dos cft, a base da cauda está… Read more »

Rodrigo

Esta do off-set está cada vez mais dando cara de SH ao MMRCA.

rogerio

Isso e um exemplo de como o brasil deveria fazer

Francisco AMX

Então o SH seria o caça médio, que substituiria o mig-21… nada mais justo! rsrsrs
Já o SU-30 é comprado diretamente… pq será? é pq ele é tão ruim… deve ser… e parece que o SU-35 já é cotado…
Depois alguns tentam defender o SH e Gripen frente ao SU-35…

A única “verdade” factual é que, para defesa principal do País o SU-30MKI é o vetor, depois vem o “médio”…

Guilherme Poggio

Já o SU-30 é comprado diretamente… pq será?

Conforme dito no texto, essa é a primeira vez que a IAF usa o critério de ‘custo fixo’ que tambén considera o custo de operação ao longo da vida da aeronave (‘life cycle costs’). Isso não foi avaliado na época do contrato do Su-30. E também eram outros tempos.

A única “verdade” factual é que, para defesa principal do País o SU-30MKI é o vetor, depois vem o “médio”…

Falou tudo

Cristiano

Como é triste ver como as coisas são em paises serios e dps comparalas ao brasil.

se a India pode comprar 126 caças, e faz issu tão eficasmente e rapidamente, pq o brasil nao pode ??? so falta intereçe do governo em liberar o dinheiro para as FA.

Rodrigo

Idem para o Rafale que eu já cansei de ler aqui você chamando de caça pesado.

Nick

Quais seriam essas tecnologias de caráter dual???
Pelo objetivo de se aproximar das tecnologias ocidentais, o MIG-35 está fora.

Pelo critério de TCO, Gripen NG, F-16IN e F-18SH teriam mais chances.

Pelo critério de off-sets F-18E, Typhoon e Rafale.

Pela ponderação de ambos os itens, vai dar F-18 E SH ou F-16 IN. Gripen NG correria por fora.

[]’s

Jakson Almeida

Eu não quero dizer, que o caça que a turbina falhou e so ligou depois da quinta tentativa,foi um vetor de origem gaulesa.Mais uma vez provando que de fato e uma bela jaca.

Vplemes

Na minha humilde opinião, a melhor opção dentre os 03 caças da short-list do defunto FX-2 seria o SH. Melhor suite de armamentos, melhor custo de operação pela vida util do caça, a FAB já tem toda uma cadeia logistica montada para trabalhar com produtos americanos, toda a doutrina operacional da FAB é baseada na doutrina da USAF, e melhor de tudo: O SH é barato e muito bom.

Francisco AMX

Caça pesado é o SH! não invente “codinome” para o Rafale, este já tem dono!

Francisco AMX

Pois é Poggio, mas que eu saiba, a India está comprando mais SU-30MKI… e, para este caso, nem considerou concorrência… (mesmo vendo “vantagens” neste processo- de aquisição do médio vetor) fica no ar pq será? eu creio que é pq estão extremamente satisfeitos com este vetor…, e não deve ser pq ele é, segundo alguns aqui, é uma árvore de natal no radar de um Gripen… rsrsrsrs! (tem cada uma)

Sds!

Gabriel T.

Diz que um ou dois tiveram problemas de potência. Se for um, pode ser o RAFALE porque a M88 não é lá aquelas coisas. Ainda mais quando o avião está armado e abastecido. E se for o dois, serão RAFALE e NG, porque o NG também vai sofrer por isso apesar de ter um motor mais forte. Nesse ponto EF-2000 e F-16 jamais teriam esse problema. Fica a incógnita do Mig-35.

Guilherme Poggio

Gabriel T. disse:

E se for o dois, serão RAFALE e NG, porque o NG também vai sofrer por isso apesar de ter um motor mais forte.

Se for o Gripen Demo o outro tem que ser o F/A-18. Ambos utilizam o mesmo motor. E aí? Como fica?

rogerio

Não sei não mas acho que esse fx2 ja era sera como o primeiro teremos que esperar mas 10 anos que tristeza essa e a verdade gente

Francisco AMX

Gabriel, sei por outras fontes que parece que não foi o Rafale que teve problemas… nem o Gripen… parece que foi outro que tanto elegiamos pela robustez, porém isso não quer dizer nada… em um teste apenas? …

Sds!

Gabriel T.

Franciso AMX, isso tudo ainda precisa de confirmação. Eu faço isso por exclusão porque EF-2000 e F-16 já fizeram testes mais pesados em cenário semelhante ou pior e não tiveram problemas por potência. Sabemos e isso não é segredo que o RAFALE tem dois motores ótimos, porém um pouco fracos para um avião pesado. É por isso que ele não consegue por exemplo manter supercruise sem PC. O DEMO do NG (esse avião sueco não é o NG) ainda não passou por testes pesados como esse na Índia. Os testes na Índia estão sendo acompanhados de perto pela FAB porque… Read more »

Ludovic

Esse é a concorrencia mais aguardada no mercado!! Dificil dizer quem ganha!! Ha muitos fatores que fogem da performance da aeronave que é objeto do contratos, que vai determinar o caça escolhido!!
O Su 30 MKI certamente atende dentro dos resitios esperados para o tipo de caça na IAF, tanto que mais 42 aeronaves novas estao a caminho!!

Jakson Almeida
Jakson Almeida

É a vida imitando a arte,o proprio Poder Aereo previa o melhor adjetivo pro rafale,” rainha de hangar”.

Jakson Almeida

Proposta da França pro Brasil, 36 caças por R$10 bi=R$277mi(U$157mi)
Proposta da França pra India, 126 caças por U$10 bi=U$76mi
Que bela parceria!

Latino

Pra mim vai dar mig -35 ma India ,eles operam vetores ocidentais + ainda aposto no mig-35 lá .

Jakson Almeida

Corrigindo:Valor da proposta indiana.
Proposta da França pro Brasil, 36 caças por R$10 bi=R$277mi(U$157mi)
Proposta da França pra India, 126 caças por U$10 bi=U$79mi
Que bela parceria!

Jakson Almeida

Materia interessante. Reinaldo Azevedo Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil 20/01/2010 VAI VER O RAFALE PARA O BRASIL CUSTA QUASE O DOBRO PORQUE TEM ESPAÇO PARA ABRIGAR O ISOPOR… A concorrência aberta pela Índia para a compra de 126 caças prevê transferência de tecnologia e que parte dos aviões passe a ser montada na índia. Como no Brasil. Lembro isso porque as Fadas Sininho, sem nem se inteirar sobre o assunto, estão tentando encontrar justificativas para explicar por que, para a Índia, cada caça pode custar pouco mais de US$ 79 milhões e, para o Brasil,… Read more »

Curvo

Jakson Almeida ….Nossa cara tu sempre exagera nos seus comentários mais dessa vez esse preço não existe para india

Mostra suas fontes aew pq tu ta muito bem informado tanto no Brasil e na Índia.

Minha Opnião Sobre a Índia não sobre o FX-2 que o povo não para de comparar

Creio que a Índia vai partir para o F-16 por ser um caça americano e tentar estreitar seus laços com os próprios.

E os caças de grande porte esses sim é com o Russos

Curvo

Sobre o F-16 não só por ser americano mais o bicho ta parrudo nessa configuração hein pelo amor bota muito caça de grande, médio e pequeno porte no Chão antes mesmo de ele subir.

Gabriel T.

Não fica. Você tem que ver o peso armado do Super Hornet e o peso armado do NG. O Super hornet tem dois motores.
Não é porque é o mesmo motor que o avião vai ter desempenho igual.

ezeca

eu so sei que com f-5 e melhor sair ter +muita sorte
na frente de qualquer um.

aquino

pelo que conheço os indianos vai dar mig -29 pra calar os critcos é melhor de todos os pilotos da índia adoram aeronaves manobraveis um mig no combate a curta distancia é mortal mesmo com criticas da imprensa e dos adversarios novos radares de varredura eletronica da russia e novos misseis e sistemas um bom trenamento coisa que a iaf faz muito bem vai dar muito o que falar……

Vader

aquino disse:
31 de julho de 2010 às 22:42

“pelo que conheço os indianos vai dar mig -29”

Esse sabe tudo… 🙂

ZE

Pessoal, há duas informações importantes acerca do MMRCA.

A primeira é que o Maior peso nessa licitação (é o divisor de águas), é o critério do MENOR PREÇO.

E nesse critério, tanto o typhoon, quanto o Rafale, são cartas fora do baralho.

A segunda diz respeito ao short list (essa informação não foi dada nessa notícia). Ele sairá em dezembro de 2010, ou janeiro de 2011.

Até lá, é só achismo !!!!

[ ]s

Heyarth

Mas algumas informações chegaram a “vazar” sobre os testes e um ou dois dos seis concorrentes falharam em desenvolver potência suficiente nos testes realizados em grande altitude na localidade de Leh.

Já pensou o Brasil compra o Rafale e os Snecmas começam a dar problemas lá na Amazônia??? Nós deveriamos mesmo cancelar esse Fx-2…