O compromisso entre as empresas contempla a abertura de um novo centro de serviços e a fabricação de peças para aviões da Embraer

Santiago, Chile, 11 de abril de 2024 – A Embraer e a ENAER (Empresa Nacional Aeronáutica do Chile) anunciaram hoje dois acordos de cooperação industrial e serviços que envolvem as aeronaves de defesa A-29 Super Tucano e o C-390 Millennium, além dos aviões comerciais da companhia. A parceria ampliará a rede de fornecedores e serviços da Embraer no Chile e contribuirá com a integração das indústrias aeroespaciais dos dois países sul-americanos.

O acordo de cooperação é resultado de um entendimento entre Embraer, ENAER e a Força Aérea do Chile. A empresa chilena iniciará a fabricação de componentes e será designada como centro de manutenção para as 22 unidades do A-29 Super Tucano da Força Aérea do Chile. O acordo está vinculado à ampliação da frota de A-29 Super Tucano em operação no país. Além disso, a cooperação pretende ampliar tanto o papel da ENAER como fornecedora quanto a presença da Embraer no Chile.

“Esses acordos representam a retomada dos laços comerciais entre as empresas, que foram mantidos por muitos anos com resultados vitoriosos. A nova etapa que começa hoje nos permite olhar para o futuro com muito mais otimismo para enfrentar, em ambos os países, os desafios da indústria aeroespacial em um mundo cada vez mais dinâmico”, diz Henry Cleveland, Diretor-Executivo da ENAER.

“Esse contrato impulsionará investimentos recíprocos na indústria aeroespacial tanto do Brasil como do Chile. Nosso objetivo é aprofundar ainda mais a nossa relação e ampliar tanto a cooperação quanto investimentos mútuos. Isso contempla não somente o A-29 Super Tucano, mas também outros programas, como C-390 Millennium, por exemplo”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Com esse acordo, Embraer e ENAER querem retomar o histórico bem-sucedido de cooperação, iniciado na década de 1990. Ao longo das décadas de 1990 e 2000, a empresa chilena foi uma relevante fornecedora de Estruturas para a família dos jatos ERJ-135/140/145, vencedora de vários prêmios de melhores fornecedores da cadeia global de suprimentos da Embraer.

Sobre a Embraer

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda.

Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Sobre a ENAER

A ENAER é uma estatal do Chile, fundada em 1984, com uma longa herança na manutenção e construção aeronáutica, que remonta à segunda década do século passado.

Possui uma ampla variedade de produtos e serviços. Na área de MRO, possui capacidade em diversos tipos de aeronaves, motores e acessórios, tanto militares como civis, com certificações internacionais.

Na manufatura, produziu um treinador primário, utilizado pela Força Aérea do Chile e exportado para sete países, e aeroestruturas para prestigiados fabricantes de aeronaves, sendo a Embraer uma das mais importantes. Atualmente, a ENAER está desenvolvendo um novo sistema de treinamento aéreo, cujo principal componente é uma aeronave com sistemas de tecnologia de ponta.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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Rafael Oliveira

O acordo está vinculado à ampliação da frota de A-29 Super Tucano em operação no país.”
Pelo jeito o Chile vai comprar mais algumas unidades do A-29. Será que a ideia é substituir o F-5 (12 unidades) por A-29? Ou vão substituir o C-101 Aviojet (12 unidades)?

Rinaldo Nery

Substituir o A-36 Halcon.

Filipe Prestes

O fato do KC tá no meio disso pode ser algum indicativo que a FACh vá adquirir unidade(s)?

Willber Rodrigues

O Chile recebeu como doação dos EUA 2 C-130H em 2021.
A FACh está até hoje “juntando fundos” pra tirar a modernização de seus F-16 do papel, não sei se eles tem grana pra isso e pra adquirir 390 num curto espaço de tempo.

Filipe Prestes

“O Chile recebeu como doação dos EUA 2 C-130H em 2021”.

Eu sei disso mas eles contam apenas com 6 C-130, dos quais 3 são KC-130. Algo como como 2 KC-390 não seria algo assim absurdo. Se teriam orçamento, aí de fato, é outra conversa. Só não vejo porque a Embraer incluiria a Enaer como fornecedor para o Millenium se não fosse como offset de um pedido mínimo.

Willber Rodrigues

Me parece que colocar a Enaer na jogada seria mais visando a modernização ou aquisição de mais ST’s pro Chile, e talvez apresentando os radares da Embraer pra eles, do que visando a venda de 390.
Mas é aquilo: apresentar seu portfólio não custa nada, papel do vendedor é esse mesmo.
Não vejo o Chile comprando 390 hoje. Mas a médio e longo prazo…why not?

Rafael Oliveira

Tem diversas empresas de países como Suíça, Itália, França, Alemanha e EUA, que são fornecedoras do KC-390 e isso não significa que eles irão comprá-lo.
De qualquer forma, no médio prazo penso que o Chile pode vir a comprar o KC-390.

Carlos Campos

Chile e Argentina receberam C130, os Argentinos comprando F16 e os Chilenos também sem dinheiro, não acredito em uma venda tão cedo, maiores chances para o C130 é SA, India e Suécia

Nilson

Já que a Embraer não pretende reativar a produção do Tucano (que a meu ver seria um sucesso de vendas), e já que a ENAER quer investir no desenvolvimento de um treinador, quem sabe sairia um acordo para a Embraer autorizar e assessorar a ENAER a fabricar o Tucano, ou quem sabe desenvolver um Tucaninho?

Rinaldo Nery

O ferramental do Tucano foi perdido. Faz décadas.

Filipe Prestes

Uma versão pelada e mais simples do ST não poderia ocupar esse lugar?

Rinaldo Nery

E por que “pelada e simples”? O T-27 já é simples.

BLACKRIVER

Verdade,
Infelizmente a Embraer deixou esse mercado assim como o mercado da aviação agrícola para as concorrentes.

Felizmente cresceu bem em outros nichos como a aviação executiva.

Mas um TUCANO zero de fábrica glass cockpit, teria seu lugar no mercado, uma vez que seria um avião bem mais barato que o SUPER TUCANO.
Nações com baixo poder aquisitivo e com pouca extensão territorial como o Paraguai 🇵🇾 e Uruguai 🇺🇾 por exemplo poderiam usar um TUCANO “NG” como um “faz tudo”

Nilson

Que notícia triste…

Sensato

Pelo o que o Nery explicou e porque a Enaer tem o projeto do Pillan II que é do mesmo nicho. Se a Embraer vai ajudá-los nesse projeto, é outra questão.

Seja como for, existe a necessidade na FAB de substitutos para os Universal. Existem vários candidatos já em fabricação e rolaram projetos nacionais que também poderiam realizar a missão mas não tenho ideia em que pé está isso. Nery provavelmente pode nos sanar essa dúvida.

Rinaldo Nery

Também não sei.

Sergio de Castro

Importante para ambas as empresas! Interessante tb que ontem, 10/4, a empresa de defesa turca ASELSAN ( blindados) anunciou a abertura de um escritório em Santiago do Chile.

Bardini

Vão modernizar os Leopards chilenos, pelo jeito…

Last edited 17 dias atrás by Bardini
Sergio de Castro

Não, o plano é vender seus próprios blindados, parece. Linha ampla e diversificada!

Angelo

Eu acho que demorou muito, Enaer é uma ótima parceria, melhor que a Fadea , que não é ruim.

Filipe Prestes

Ambas são estatais e sem grana… A diferença é que a Enaer não sofre nenhum embargo, logo pode ser melhor parceira. Inclusive teria preferido eles a Argentina no KC, já que ____________não vão comprar nenhum mesmo. Vontade não falta a eles, autorização é o que não tem.

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