A decisão do “Milestone C” é um momento crucial que significa a confiança do departamento no desempenho do F-35 e na maturidade do sistema de produção da Lockheed Martin, embora o avião esteja em serviço há anos.

WASHINGTON – O Pentágono finalmente aprovou o F-35 Joint Strike Fighter para produção plena, cinco anos depois do inicialmente previsto.

O chefe de aquisições do Departamento de Defesa, Bill LaPlante, assinou a chamada decisão do “marco C” hoje cedo, um momento crucial que significa a confiança do departamento no desempenho da aeronave e na maturidade do sistema de produção da Lockheed Martin – embora o avião já esteja em serviço nos EUA e com nações estrangeiras amigas durante anos.

“Esta é uma grande conquista para o Programa F-35”, disse LaPlante, de acordo com um comunicado à imprensa do Pentágono. “Esta decisão – apoiada por meus colegas do Departamento – destaca para os Serviços, Parceiros do Programa Cooperativo F-35 e clientes de Vendas Militares Estrangeiras que o F-35 é estável e ágil, e que todos os requisitos legais e regulamentares foram adequadamente abordados.”

A decisão do Marco C ocorreu após uma reunião em 7 de março com o Conselho de Aquisição de Defesa, que considerou as conclusões do teste e avaliação operacional inicial combinada do F-35 e do relatório de teste e avaliação de fogo real preparado pelo testador independente de armas do Pentágono, disse o departamento.

Embora mais de 990 F-35 já tenham sido entregues, o programa está tecnicamente preso em sua fase inicial de testes operacionais (IOC) – e produção inicial de baixa taxa – há anos devido a atrasos na criação do Joint Simulation Environment, um ambiente digital que emula sistemas avançados ameaças que não podem ser replicadas em testes de voo ao vivo. Os testes no JSE foram um pré-requisito para que o F-35 concluísse a IOT&E.

Em comparação com um plano original delineado em 2012, o programa entrou formalmente na fase de testes operacionais ao longo de um ano no final de 2018, e os testes no JSE registaram atrasos contínuos devido a problemas técnicos e desafios pandémicos.

Um momento chave ocorreu em setembro de 2023, quando o F-35 completou 64 testes de combate no JSE, conhecidos como “corridas para pontuação”.

Os anos de atrasos tiveram pouco impacto nas vendas e produção do F-35, já que a Lockheed tem produzido mais de 100 F-35 por ano desde 2019, ano em que o F-35 foi inicialmente planejado para atingir a produção plena. Os EUA fabricam o F-35 com sete parceiros internacionais e têm acordos para vender os aviões a outros nove. Os F-35 israelenses já participaram de combates na atual crise de Gaza.

Raymond D. O’Toole, diretor interino de testes operacionais e avaliação (DOT&E) do Pentágono, disse em um comunicado que seu escritório continua preocupado com o desenvolvimento da infraestrutura de testes necessária para o próximo plano de modernização do Bloco 4 do F-35, como bem como a integração de futuras capacidades JSE.

FONTE: Breaking Defense

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Samuel Asafe

melhor deixar ele longe dos Sérvios kkk

Rodrigo

Deixa guardado que nem o su 57 que fica só na versão desfile

Marcelo Rodrigues

Kkkkkkkkkkkkkk

RPiletti

Claro, claro. Não restou 1 aeronave apta a lançar bomba neles, negaram o espaço aéreo aos atacantes do inicio ao fim.

Rinaldo Nery

Até hoje ninguém sabe quais e quantos problemas estão pendentes. Já pode voar na chuva? Raios? O capacete ainda quebra pescoços?

Junior Duraes

Entendo que se a aeronave recebeu tal certificação eles ja devem ter contornando tais problemas.
Aproveito para deixar minha modesta opinião, entendo que por mais doloroso que seja, eles não tem outra opção a não ser investir em um arriscado programa de quinta geração, considerando os avanços dos sistemas de defesa antiaérea pelo mundo a fora.
Veja o que ta acontecendo com os caças 4++ da Rússia na Ucrânia.
Então todos estes problemas são um pequeno preço a se pagar para obter uma aeronave que consegue sobreviver em um campo de batalha moderno.

Rinaldo Nery

Não contornaram todos os problemas, salvo melhor juízo. Eram mais de 500. Se alguém tiver um documento que mostre que tudo foi sanado, poste, por gentileza.

Santamariense

Rinaldo, assisti o vídeo do coronel Ribeiro no Fox 3 Kill podcast. Ele está na reserva há mais de 10 anos e foi piloto de A-1 nos 3 esquadrões operadores da aeronave. Contou muitas histórias bacanas e interessantes, como o voo mais longo da aviação de caça da FAB, com 10 horas e 5 minutos, do qual ele participou, mas duas me chamaram a atenção. – A implantação do A-1 no Poker, em 1999, ocorreu sem que houvesse nenhum sensor de reconhecimento para o avião. Descobriram que havia um pallet de reconhecimento (que era usado internamente na fuselagem) que estava… Read more »

Rinaldo Nery

O Ribeiro é da minha turma. Fomos pro 2°/5° juntos, em 1987. Cursamos a ECEMAR em 2005, e fomos vizinhos na vila do Galeão. Foi o ano em que ele foi indicado para comandar o 1°/10°. Tem um irmão caçador da turma de cima da nossa, e o mais velho é Vice Almirante, na reserva. Seu sobrinho é Capitão de Corveta, aviador naval do HU-51, aí em Rio Grande. Casado com a filha de um Tenente Brigadeiro da nossa turma. O caso do pod rec da EMBRAER não é bem assim. O pod era de conhecimento da FAB, mas não… Read more »

Santamariense

Obrigado pela resposta, Rinaldo. Mas, eu achei os pontos que coloquei com um tanto de “amadorismo” e improviso e pouco planejamento das instâncias superiores. Enfim, espero que isso tenha mudado nos dias de hoje.

Rinaldo Nery

O caso da centrífuga foi má fé mesmo.

Chris

Bom… Se compraram quase 1000 deles por ai…

Imagino que todos eram problemas simples de início de desenvolvimento.

bruno

Só se você mostrar o documento que apresente os mais de 500 problemas.

C G

É isso, na terceira guerra mundial quem não for 5g vai estar em serios apuros, esse tanto de países indo de F-35 não pode ser justiifcado apenas pelo lobby, é gente que sabe o que está fazendo!

Rodolfo

Difícil entender se isso tá sendo só propaganda pra Lockheed (pra aumentar as vendas externas?)… o TR3 ainda está atrasado e o Block 4 mais ainda. O problema é que a produção pode até aumentar um pouco (aliás já está quase na capacidade máxima antes 150 unidades/ano mesmo de atingir o Milestone C), mas a USAF e a US Navy não irão aceitar entregas enquanto os problemas com o TR3 estiverem resolvidos… parece até o que a Boeing fez uns anos atrás com o 737Max enquanto arrumavam a besteira do MCAS, produziam aviões mas mantinham parados em solo. Espera-se que… Read more »

bruno

Claro que não, pois soltar pecinha e quebrar pescoço só o capacete dos cacas chineses.

Coutinho

“O natimorto vive”. Cadê os detratores da aeronave que diziam ser um fracasso?
O F-35 já é um sucesso de vendas. Me pergunto se não é pela fama de ser uma aeronave de quinta geração e pela pressão dos EUA, ou se ele realmente ele é um produto bom e está mostrando a que veio. A segunda opção parece estar se concretizando.

Rodrigo

Produto de sucesso apenas isso.

RPiletti

Pena sermos um país pobre com baixo orçamento que não pode operar um misero esquadrão de F-35.

Marcos

O fato de se saber dos problemas da aeronave, é que num país livre se sabe se funciona ou não, se dá para continuar ou não e pesquisa e desenvolvimento andam junto com erros e fracassos, diferente de uma china ou Rússia que qualquer erro é escondido, e se delatado, logo se acha morto quem delatou.

Rinaldo Nery

Na Boeing também… Esqueceu ou não leu a matéria?

Last edited 1 mês atrás by Rinaldo Nery
Elias

Foi suicidio .. se tem alguma informação do contrario mostre

Elias

Sendo irônico…

C G

Vai chegar em 3000 unidades!

Coutinho

Não duvido.

BraZil

Bom dia. Coutinho, teremos a resposta a esta questão em breve. Como já foi noticiado o F35 já opera na Ucrãnia e com pilotos da OTAN. Se não houver abate e ficar provado que está dentro da arena/envelope das defesas Russas é por que é bom mesmo…

Rinaldo Nery

Noticiado aonde? Tem a fonte?

Rodolfo

Tem uma notícia de que o ministro de defesa de Singapura soltou essa no parlamento deles enquanto falava sobre as capacidades do F35, que o avião estava sendo usado pelos americanos pra localizar baterias anti aérea russas na Ucrânia. Eu achava que poderia ser fake news mas ele realmente disse isso nesse vídeo (minuto 20 do video): https://www.channelnewsasia.com/watch/committee-supply-2024-debate-day-1-ng-eng-hen-new-fighter-jets-and-defence-spending-4156591 Singapore’s Minister of Defense, Ng Eng Hen, has announced that American F-35s have been actively engaged in missions related to Ukraine. The objective of these missions is to pinpoint the exact locations of Russian anti-aircraft missile systems. “In recent activities, the United States… Read more »

MMerlin

Para um projeto de tamanha complexibilidade, envolvendo tantos atores, 5 anos de atraso para aprovação do projeto da produção plena não vejo como tempo tão alto. Sei que a comparação é complicada, devido ao porte das aeronaves mas, em termos de complexibilidade, os dois podem se equivaler. Peguemos como exemplo o A-380. Teve um atraso de pouco mais de 10 anos de finalização do projeto. Por N motivos. Desde peso até eletrônica. Foram tantos problemas que as equipes de pesquisa e projeto buscaram tantas soluções inexistentes que a quantidade de patentes que a Airbus registrou foi absurda. E a mesma… Read more »

Last edited 1 mês atrás by MMerlin
Ozawa

“Um momento crucial que significa a confiança do departamento no desempenho da aeronave e na maturidade do sistema de produção da Lockheed Martin…”

Leia-se:

“Um momento crucial [com China, Coreia do Norte, Rússia, Venezuela, não necessariamente nessa ordem, perturbando a pax americana aqui e acolá] que significa a [falta de alternativas] do departamento [mesmo sem plena confiança] no desempenho da aeronave e na maturidade do sistema de produção da Lockheed Martin…”

Ser crítico não é ser contra.

Jorgemateus77

Se a USAF fosse inteligente já tinha cancelado esse programa e feito pedidos maciços do Jas 39, muito mais custo efetivo

Afonso Bebiano

Encomendados à Embraer, claro.

Santamariense

Hehehehe… boa!!

Digo

A fabrica da lockheed martin no Texas já está operando praticamente na capacidade máxima, dificilmente eles vão conseguir aumentar o número de 160~ aviões construidos por ano, então esse “marco C” é simbólico.

Toro

O tempo passa, o tempo voa e o F-35 vai desbravando caminhos. Introduzir uma geração totalmente nova de aeronaves não é fácil não. Ainda mais com essa diversidade de usuários e operações em todos os cantos do planeta. Incluindo ai Porta-aviões e Navios que suportam aeronaves V/STOL.

Foi um projeto com muitos problemas, mas está aí para vendendo que não para…

Paulo Sollo

A poucos dias publicaram sobre o novo problema relacionado a superaquecimento dos hardwares do block 4 em testes. A coisa toda pode derreter. Muitos computadores e softwares funcionando ao mesmo tempo. Disseram que este problema irá acrescentar a bagatela de 37 bilhões de dólares em manutenção durante a vida operacional das aeronaves da Usaf. Ainda não conseguiram também resolver todos os problemas de incompatibilidade destes softwares. Eles não conseguem trabalhar coordenados em algumas funções e os engenheiros de TI do projeto chegaram a dizer que não há soluções para isto. Além disso há a questão do desgaste prematuro de componentes… Read more »

Rinaldo Nery

Também penso assim. O fato de terem vendido 900 unidades é uma grande incógnita pra mim. Não entendo.

Bruno Vinícius

Vou deixar aqui uma declaração de um oficial da RAF que exemplifica perfeitamente o porque do F35 vender tanto:

“I send my Eurofighter boys and girls up against the F-35, and they’re dead before they know it. It’s great fun for a while, but then it gets very weary.”

P.S. curioso para saber quem são esses pilotos que não confiam no F35 para combater os 4.5 gen

Abimael

A RAF já foi entubada com a trolha. Então é óbvio que os oficiais da RAF vão ter que elogiar né.

Bruno Vinícius

Quanto ao block 4, é um upgrade da aeronave, nada menos do que esperado que a propulsão e sistemas de geração de eletricidade e refrigeração precisariam também passar por melhorias. Afinal, essa não é uma necessidade exclusiva de um upgrade do F35 e já ocorreu com upgrades do F-15, F-16, F/A-18…

Last edited 1 mês atrás by Bruno Vinícius
Monarquista

Como plataforma de combate, os próprios pilotos da Usaf disseram que não confiam nele contra caças 4.5G da Rússia e China.”

Fiquei curioso, onde posso ver esses testemunhos?

Bruno Vinícius

O F-35 teve seus problemas de desenvolvimento. A administração do programa – no geral – foi péssima e a LM ganhou muito dinheiro. Porém, é inegável para qualquer pessoa minimamente imparcial que o resultado é o caça mais avançado do planeta. As vendas são reflexo disso. Tenho dificuldades de acreditar que o Alto-Comando de 20 países diferentes, com acesso aos pormenores da aeronave sejam todos incompetentes e/ou vendidos (e quem acredita nisso, sinceramente, está sendo desonesto). A realidade é que aeronaves de 4.5 gen simplesmente tem uma desvantagem colossal contra aquelas de 5ª. Ver primeiro, atirar primeiro, destruir primeiro… Os… Read more »

André Macedo

O último relatório apontou “mission readiness” de 55% pra frota geral dessas bombas, quase a probabilidade de um cara ou coroa. Adianta ser o mais avançado do mundo se não é confiável? As vendas são de países que querem se atualizar pra 5G e se aproveitar da relativa facilidade de se adquirir o F-35, mas nem na frota dos EUA eles conseguem resolver os problemas da aeronave e da linha de produção/ fornecimento de peças, imagina pra fornecer pra Noruega ou Polônia. Representantes do governo americano apontaram que o próprio governo focou muito na aeronave em si e pouco na… Read more »

Last edited 1 mês atrás by André Macedo
Monarquista

Deixa eu ver se entendi: centenas, quiça milhares, de pessoas envolvidas na aquisição dessas aeronavem em 22 países (técnicos, militares, políticos) não sabem ou ignoraram deliberadamente todos os problemas da aeronave, que você, um brasileiro, conhece.

Eu devo achar que a aeronave é uma porcaria por que o André Macedo disse, ou devo achar que deve ser boa, já que dezenas de países as compraram e mais pretendem comprar, e um até usou pra atacar alvos dentro do sistema suprasumo feito para destruir essas aeronaves.

Decisão dificíl.

André Macedo

Amigão, eu citei dados e relatos OFICIAIS do GAO (Government Accountability Office), neles eu apoio minha análise. Você acha o que quiser, eu não me importo, minha opinião continua sendo embasada em, repito, dados OFICIAIS.

Seu argumento central: Muita gente comprou, então é bom!
HAHAHAHA

André

Entre compra, manutenção e atualizações uma Aeronave dessa sai em media por 500 milhões de reais, nenhuma força área compra um avião desses, se ele não puder entregar mediamente o que promete !!!

RPiletti

É o valor de 01 unidade do Gripen.