A atual controladora da Akaer Participações S.A., a Connectus Gestão e Participações Ltda., anuncia a recompra das ações da Saab (de 42,21%) na Akaer Participações (Holding). A transação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Brasil (CADE) sem restrições. A Saab detinha essas ações da Akaer, com quem celebrou uma parceria estratégica no Programa Gripen Brasileiro. Os outros 57,79% já pertenciam à Connectus.

Com uma trajetória de 31 anos dedicada ao desenvolvimento de soluções nas áreas de Defesa, Aeroespacial, Energia e Indústria 4.0, as empresas da Holding, Akaer Engenharia, Opto SD e Equatorial Sistemas, denominadas conjuntamente como Grupo Akaer, ou simplesmente Akaer, têm ampliado sua presença no cenário global, estabelecendo negócios em mais de 20 países e expandindo sua força de trabalho em quase dez vezes (de 75 colaboradores em 2009 para mais de 600 atualmente).

O Gripen Brasileiro, desenvolvido em parceria com a Saab, teve importante papel nesta trajetória. Desde 2009, a Akaer participou ativamente do programa, que renovou a frota de aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) e iniciou um dos maiores programas de transferência de tecnologia da história do país, beneficiando a Base Industrial de Defesa.

A Akaer foi responsável pelos trabalhos de engenharia e design de estruturas da aeronave, instalação de sistemas e industrialização. Devido a esta parceria, a Akaer recebeu transferência de tecnologia e desenvolveu capacidades para atender outros mercados. E, a partir de 2021, à medida em que suas atividades no programa diminuíram naturalmente, a empresa direcionou seus esforços para novos projetos e novas oportunidades de negócios.

A cooperação e futuras participações em projetos com a Saab permanecerão de grande importância para Akaer, proporcionando oportunidades futuras para a exploração de novos negócios.

A recompra das ações faz parte do plano estratégico de crescimento da Akaer que, impulsionada por seu rápido progresso, tem avançado eficazmente em sua consolidação no Brasil como importante Empresa Estratégica de Defesa (EED) e obtido sucesso em seu processo de internacionalização através da busca de novas fronteiras e mercados.

A operação demonstra a confiança da empresa em seu consistente movimento de expansão, regido pela disciplina na alocação de investimentos e pelo compromisso com a excelência em seus produtos e serviços.

Akaer Participações S.A.

DIVULGAÇÃO: Rossi Comunicação

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Marcos

E aquele papo de “deles pra eles mesmos?”

Golaço da AKAER, lindo, lindo, lindo, lindo lindo, excepcional, excepcional, excepcional, excepcional, lindo, é lindo, é golaçoooooooooo

Quem pegar a referência certamente é feliz

Robson Rocha

O deles pra eles mesmos é na Saab Aeronáutica Montagens (SAM), em São Bernardo do Campo, onde são produzidos os as fuselagens dianteiras para o Gripen nas versões monoposto e biposto, fuselagem traseira, caixão das asas, cone de cauda e os freios aerodinâmicos do Gripen. Já a montagem final é na Embraer, em Gavião Peixoto.

Rinaldo Nery

Não é a AKAER que faz essas fuselagens? Acho que é a mesma empresa.

Marcos

Na cabeça desse povo é um bando de suequinhos e suequinhas que fazem essas peças, assim como tem um monte de alemão construindo as Tamandarés.

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é.

Ainda que a SAM seja filial da Saab no Brasil, os engenheiros e técnicos que produzem as aeroestruturas são brasileiros e foram treinados na Suécia.

Helio

A questão é, e daí? ToT era pra desenvolver a indústria nacional ou para dar emprego pra engenheiro? A transferência de tecnologia deveria possibilitar o desenvolvimento de novos projetos nacionais com base na tecnologia absorvida. Se é deles pra eles mesmo, sendo só os engenheiros brasileiros, a indústria brasileira ganhou o quê?

Fernando "Nunão" De Martini

“ A transferência de tecnologia deveria possibilitar o desenvolvimento de novos projetos nacionais com base na tecnologia absorvida.” Mas a parte de desenvolvimento de novos projetos é da Akaer e da Embraer, que também estão no programa, e não da SAM. No meu comentário eu estou falando especificamente da SAM porque o comentarista que iniciou essa sequência de conversa se limitou à SAM. “ ToT era pra desenvolver a indústria nacional ou para dar emprego pra engenheiro? ” Ambas as coisas, além de qualificar a mão de obra. “ Se é deles pra eles mesmo, sendo só os engenheiros brasileiros”… Read more »

Marcos Borges

O pior é que quando o projeto terminar esses “nossos engenheiros”, estarão de indo de mala e cuia para a Suécia ou quem sabe Alemanha, igualzinho aos que já foram para a dona Boieng.

Fernando "Nunão" De Martini

A Akaer fez parte do projeto estrutural do avião, a produção das aeroestruturas é na SAM.

Last edited 6 meses atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Nilo

Correto, a parceria da SAAB com FAB, a própria empresa sueca faz questão de esclarecer ao público brasileiro, o que vc não vê da parte da Eurocopter. Que faz transferência de retorno duvidoso a longo prazo.

Robson Rocha

Uma notícia importante, pois consolida a independência da empresa em sua gestão e tomada de decisões.
Recentemente, a Akaer foi contratada para desenvolver partes de um treinador turco. Talvez seria interessante uma parceria entre Akaer e Embraer em algum projeto futuro, embora creia que a Embraer tenha uma engenharia capaz de desenvolver internamente praticamente qualquer coisa de asa fixa que voe.

Marcos

Meu amigo, a Akaer participou no desenvolvimento do Hurjet, do Hurkus e está integrando os sensores de guerra eletrônica no avião ASOJ. O CEO da AKAER disse que eles fizeram engenharia reversa completa no Global 6000, são poucas as empresas capazes de realizar isso.

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Carlos Campos

essa situação que eles criaram um Global 6000 é ruim pra Embraer, pq se isso cai na mão dos Chineses pode ser um competidor, e é pra SAAB pois poderá concorrer com o avião AWACS e de EW deles, basta que os Turcos consigam um bom radar.

BLACKRIVER

Minha sugestão para quem busca entender melhor a evolução da indústria aeronáutica da Turquia 🇹🇷

Livro: Livro ‘Guido Pessotti – Mestre do Design Aeronáutico’
https://www.aereo.jor.br/2015/12/02/livro-guido-pessotti-mestre-do-design-aeronautico/

Nonato

Uai.
A tecnologia que receberam da Saab agora estão passando para os turcos em troca de alguns trocados?
Quando ajuda a desenvolver não é dona nem do projeto nem do produto.

Palpiteiro

A empresa tem décadas fornecendo engenharia em grandes pacotes de desenvolvimento da Embraer. Ela aprendeu com a Embraer.

Carlos Campos

Bom isso é avanço enorme, a Akaer consegue projetar a estrutura de caça supersônico, consegue projetar aviões do zero, desenvolveu uma camera para saatélites de resolução de nível militar, quer fazer o A Darter, e tem um sensor IR para ele, além de outros mísseis, situação ótima para o Brasil.

Palpiteiro

Uma coisa é falar que faz outra coisa é entregar um avião certificado. Qual avião ela entregou certificado do zero?

Palpiteiro

O que não quer dizer que a empresa não seja competente no que faz. Tem entregado muita coisa de valor.

Carlos Campos

Certificação é um processo dificil, mas que dá para fazer, a LM teve problemas estruturais com o F35 no início e certificou ele, é só não fazer um avião ruim que a certificação vem

BLACKRIVER

DADOS CADASTRAIS:CNPJ:17.137.634/0001-93RAZÃO SOCIAL: CONNECTUS GESTAO E PARTICIPACOES LTDA
QUADRO DE SÓCIOS E ADMINISTRADORES (QSA):

  • CESAR AUGUSTO TEIXEIRA ANDRADE E SILVA
  • SÓCIO-ADMINISTRADOR
  • 31/10/2012
  • BIBIANA DEL MONACO SILVA MISUMI
  • SÓCIO
  • 09/04/2014
  • LIVIA MARIA DEL MONACO SILVA MACHADO
  • SÓCIO
  • 09/04/2014

HOLDINGS:

  • CNPJ 17.136.376/0001-20
  • CAS GESTAO DE BENS PROPRIOS E PARTICIPACOES LTDA
  • SÓCIO
  • 14/01/2013
Jadson S. Cabral

Agora eu via vantagem. Bastante vantagem

Maurício.

“iniciou um dos maiores programas de transferência de tecnologia da história do país, beneficiando a Base Industrial de Defesa.”

Eu não lembro qual o tipo de transferência de tecnologia que foi proposto pela Saab, o que tem tecnologia dela, tudo bem. Mas o resto, como motor, alguns sistemas, radar e canhão, nada é de tecnologia da Saab, ou seja, ela não pode transferir o que não é dela.

A Inbra produz algumas carenagens do EC-725, isso também seria uma transferência de tecnologia? Eu acho que não, mas enfim, cada um vê a “transferência” que quiser…

Fernando "Nunão" De Martini

Eu não lembro qual o tipo de transferência de tecnologia que foi proposto pela Saab

A questão não é o que foi proposto pela Saab, e sim o que foi exigido pela FAB.

Maurício.

E o que será que a FAB exigiu? Eu lembro que na época do F-X se falava muito em aviônica e sistemas, só se falava nisso praticamente, no caso do FX-2 eu não lembro. Mas, deve ser algo relacionado ao que a Saab pode transferir de fato, já que muito do Gripen não é tecnologia da Saab, ou seja, não pode transferir sem autorização dos outros países.

Maurício.

Fui dar uma pesquisada, e parece que o nível de transferência de tecnologia oferecido contava pontos. “Os participantes do Projeto F-X2 serão avaliados por um critério de pontuação, conforme os quesitos elaborados, como exemplo, o nível de transferência tecnológica oferecido.” Um dos objetivos é o Brasil adquirir conhecimento o suficiente para produzir caças de quinta geração em um futuro de médio e longo prazo. Aqui eu acho um pouco de viagem da FAB, mas, é o desejo dela, pelo menos em teoria… “O conjunto de conhecimentos e capacitação tecnológica adquiridos nesta aquisição irá contribuir para que o Brasil tenha condições… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Maurício, tem um monte de matérias aqui, e também tem os relatórios da FAB. É muita coisa pra resumir num comentário.

Os itens principais são capacitação para desenvolvimento conjunto e projeto de caças supersônicos de nova geração. Tanto que a maior parte do pessoal que foi receber treinamento na Suécia é da Embraer.

Sergio Cintra

Transferência de tecnologia serve para realizar a “manutenção dos meios” no decorrer da utilização do equipamento e no caso do Gripen, integrações que nos interessam. Se conhecimentos dos Engenheiros ou Técnicos capacitados puderem solucionar as consequências dos atritos, sem dependência externa, teremos maior autonomia e consequente disponibilidade dos meios.
O que aconteceu com os helis russos é um bom exemplo, infelizmente negativo.
Os nossos F-5, tudo na mão.
No caso da FAB, através da DIRMAB, procurem o conteúdo da ICA 66-13, que ajuda no entendimento.

Felipe M.

Sim.
Além da qualificação de mão de obra, aprendizagem de processos produtivos específicos e da manutenção, citada por você, no caso do caça, é altamente vantajoso a possibilidade de integrar equipamentos e armamentos sem depender de autorização/auxílio externo.
Ainda mais com as pretensões de desenvolvimento de mísseis e bombas que o Brasil tem (ou, pelo menos, tinha na época).

Matheus

Jajá os Turcos compram.
Podem tirar print.

Claudio Moreno

Boa tarde Senhores camaradas do Aereo (Trilogia)

Para que meu comentário não ofenda a opinião crítica desconstrutiva de milhares de palpiteiros que aqui aparecem e depois somem, com notícias excelentes como essa divulgada, eu apenas tenho a dizer:

Bravo Zulu a todos os envolvidos!

Sgt Moreno