Centro Aeroespacial Alemão e DCTA querem ampliar desenvolvimento dos projetos VLM-1, VS-50 e VSB-30

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Diretor-Geral do DCTA assina Memorando de Entendimento com a Presidente do Centro Aeroespacial Alemão (DLR)

No dia 04 de outubro de 2023, o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros e o Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Brigadeiro do Ar Frederico Casarino, receberam uma comitiva do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), organização governamental que atua em atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de aeronáutica, espaço, energia, transportes, segurança e digitalização.

Estiveram presentes a Presidente do Comitê Executivo do DLR, Professora Doutora Anke Kaysser-Pyzalla, a Diretora de Espaço do DLR, Doutora Anke Pagels-Kerp e o Diretor do German Space Operations Center (GSOC), Professor Doutor Felix Huber, além do Vice-Diretor do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani e do Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA, Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, entre outras autoridades civis e militares.

Na oportunidade, foi realizada uma reunião para tratativas referentes à parceria existente entre o DCTA e o DLR, que envolve o desenvolvimento conjunto do projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) e assuntos relacionados ao veículo suborbital VSB-30, considerado um dos melhores veículos de sondagem do mundo, com mais de 36 lançamentos realizados com sucesso. As autoridades assinaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de renovar as intenções de continuidade da parceria existente, bem como ampliar o desenvolvimento e a execução conjunta de projetos como o VLM-1, VS-50 e VSB-30.

Esquema do VLM-1 – imagem via IAE / DCTA

“Esta cooperação estratégica fortalece o objetivo brasileiro de desenvolver um veículo lançador de microssatélites, além de permitir que técnicos e engenheiros do DCTA possam realizar intercâmbios e treinamentos junto às equipes alemães envolvidas na produção de sistemas dos veículos VS-50 e VLM-1, representando uma importante oportunidade de aprendizado para os especialistas brasileiros”, enfatizou o Tenente-Brigadeiro Medeiros.

A Presidente do DLR destacou que esta parceria, que já existe há décadas, é muito importante para o DLR e, portanto, precisa ser cada vez mais fortalecida e ampliada.

 

Esquema do VS-50 – imagem via IAE / DCTA

 

FONTE / IMAGENS: DCTA E IAE (o título original é o subtítulo e a imagem de abertura é do VSB-30)

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Allan Lemos

Incrível como o país que literalmente inventou essa tecnologia precise buscar parcerias com um país como o Brasil, ainda mais com um projeto sem futuro e sem sentido como o VLM.

gabriel

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COMENTÁRIO APAGADO. DEBATA OS ARGUMENTOS SEM FAZER ATAQUES PESSOAIS.

https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Fernando Vieira

Senhores, não podem brigar aqui, este é um blog de guerra!

PERGUNTA DOS EDITORES: AO MENOS VOCÊ LEU AS REGRAS DO BLOG? APROVEITE:

https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Luiz Antonio

Uma visão incrivelmente correta do mercado há mais de 20 anos atrás com o projeto do VLS-01, veículo lançador de pequeno porte com capacidade de carga total de 380kg em órbita baixa, ideal para os nano satélites de hoje. Lançaria praticamente 30 nano satélites de uma vez, custo baixo para o proprietário do satélite de comunicações. Traduzindo, o Brasil estava 20 anos à frente. Infelizmente a cegueira absurda e eterna dos brasileiros culminou com o acidente de Alcântara que muito mais do que a morte do VLS-1, matou os 21 cérebros da pesquisa de veículos espaciais do Brasil. Resposta à… Read more »

Edmundo Teixeira

Os motores do VLS foram fornecidos pela Rússia. Motores com tecnologia muito antiga, diga-se de passagem. Não houve muito mérito brasileiro, no que se refere ao desenvolvimento e domínio de tecnologias de ponta.

Luiz Antonio

Desculpe mas está enganado. Os motores (todos) de combustível sólido tiveram como base os foguetes Sonda 3 e 4 desenvolvidos no IAE do DCTA. Após o acidente técnicos ucraniana foram chamados para revisar o projeto mas não evoluiu até o cancelamento. Não tinha nada de russo

Renato B.

Se sair um foguete funcional e com lançamentos de vez em quando eu já vou achar ótimo. É mais do que já tivemos nos últimos anos.

Frederick

Computadores de bordo foram adquiridos da antiga URSS, em parceria bastante turbulenta. Sistemas esses que incrementamos ao longo do projeto, dadas as particularidades do VLS.

Os propulsores, tanto os do primeiro (S43B), segundo (S43B), terceiro (S40B) e quarto estágio (S44), foram desenvolvidos integralmente no Brasil, pelo IAE/CTA, fruto do conhecimento adquirido ao longo do programa Sonda.

Vale ressaltar que, na época, não eram considerados propulsores de tecnologia aquém das existentes no mundo.

Sulamericano

A Rússia não utiliza motores de combustível sólido em seus foguetes.
Para além disso, o Vostok tá aí decolando há mais de 60 anos.

Fabio Araujo

O VLM também foi repassado para a Avibrás ou foi só o VS-30?

Edmundo Teixeira

Apenas o motor do primeiro estágio.

Frederick

O S50 é o propulsor dos dois primeiros estágios do VLM-1.

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é.

E tem ilustração mostrando isso na própria matéria.

Luiz Antonio

O VLM é deve voar ano que vem se a Avibras conseguir cumprir

Frederick

VS-30?

JPonte

Ótima notícia …. E dinheiro e parceria tecnológico com um parceiro crível e capitalizado …. Torcendo para dar certo !

Willber Rodrigues

Na matéria sobre o peojeto de GPS brasileiro, eu disse que talvez nosso principal entrave era a falta de uma tecnologia madura de um lançador capaz de pôr em órbita uma boa carga de satélites, a um custo competitivo. Acho que isso tem o potencial pra reaolver esse problema.
Temos tecnologia pra desenvolver esses micro-satélites com tecnologia 100% BR?

Nilo

Mais uma foto, mais mais um acordo internacional,….uma piada atras da outra..
Sem reccursos próprios a Avibras depende do governo, que brinca de fabricar foguetes, com extensos adiamentos de cronogramas enquanto isso como mais uma piada se apresenta ao mundo como liderança na pacificação de conflitos.

Sérgio Bolívar

Cooperação há décadas, para não ter nada substancial. Se dependesse do Brasil, no campo espacial, o mundo ainda estaria na idade da pedra.

Frederick

Uma rica cooperação que vem desde a década de 1960. Continuamos parceiros, materializando relevantes projetos científicos para ambos os países. Dentro do programa VLM-1, é a progressão do que vinha se construindo, entre os cientistas daqui e os de lá.

Matheus

Tive a oportunidade de conversar com o Prof. Mauricio do IAE, no ultimo Portões Abertos em SP. Muito gente fina e me explicou como funciona os programas de foguetes.

MMerlin

Pessoal. Esqueçam o VLM. Infelizmente este projeto já está sepultado tecnicamente dentro dos próprios departamentos e institutos relacionados ao nosso PEB. Existem outros programas, de bem menor porte, rodando que, no futuro, podem finalmente dar frutos. O que não vimos até hoje referente à um veículo de lançamento espacial, num sonho de mais de 5 décadas. O espaço é o futuro. Não existe ToT para alcançar esse objetivo tampouco apoio. O que existe sim (é que funcionam) são parcerias entre países que JÁ DETÉM a tecnologia de levar objetos para lá. Essa parceria aí é EXATAMENTE mais do mesmo. O… Read more »

Fernando Vieira

Já que os alemães estão interessados em parceria com o Brasil em foguetes, eles podiam começar ensinando a gente como construir uma V-2, mesmo que haja projetos completos na Internet.

Hoje nós temos a SpaceX com veículos praticamente 100% reaproveitáveis, o custo de lançamento caiu pra caramba e um nanossatélite você pode comprar na Amazon.

O Brasil perdeu o bonde da área espacial. Insiste em ir de foguetes de combustível sólido. A Índia já tem sonda em Marte e está certificando um veículo tripulado.