MD 620 Jericho

Sérgio Santana*

O que há de comum entre a memorável cena de abertura do filme “A soma de todos os medos” de 2002, baseado no romance homônimo de Tom Clancy (1947-2013), na qual um caça-bombardeiro Douglas A-4 Skyhawk israelense parte para uma missão de ataque nuclear contra tropas árabes armado com uma bomba atômica de queda livre durante a Guerra do Yom Kippur (“Dia do Perdão”) em outubro de 1973 e o recente ataque do grupo terrorista Hamas, exatamente cinquenta anos depois?

A possibilidade de um ataque com armas dessa natureza, desta vez suscitada pelo parlamentar israelense Revital “Tally” Gotliv, que clamou na rede social “X” (antigo “Twitter”) pelo uso de mísseis balísticos Jericho contra alvos na Faixa de Gaza, em mais uma demonstração um tanto explícita da existência de armas nucleares no arsenal das Forças de Defesa de Israel, que nunca admitiram ou negaram oficialmente a posse de tais artefatos.

As origens do poder nuclear israelense

Israel começou a investigar ativamente a opção nuclear desde os seus primeiros dias. Em 1949, a “Hemed Gimmel”, uma unidade especial do Corpo Científico das Forças de Defesa de Israel, iniciou um levantamento geológico de dois anos no deserto de Negev com o objetivo de descobrir reservas de urânio. Embora não tenham sido encontradas fontes significativas de urânio, as quantidades recuperáveis foram localizadas em depósitos de fosfato.

O programa deu mais um passo em frente com a criação da Comissão de Energia Atômica de Israel (IAEC na sigla em inglês) três anos depois. O seu presidente, Ernst David Bergmann, há muito defendia uma bomba atômica nacional como a melhor forma de garantir a soberania do povo israelense. Ele também era chefe da Divisão de Pesquisa e Infraestrutura do Ministério da Defesa (conhecida pela sigla EMET), que havia assumido os centros de pesquisa HEMED (entre eles o já mencionado “Hemed Gimmel”, agora renomeado “Machon 4”) como parte de uma reorganização.

Sob Bergmann, a linha entre a IAEC e o EMET tornou-se tênue a ponto de o Machon 4 funcionar essencialmente como o laboratório principal da IAEC. Em 1953, o Machon 4 não só tinha aperfeiçoado um processo para extrair o urânio encontrado no Negev, mas também desenvolvido um novo método de produção de água pesada, proporcionando a Israel uma capacidade nacional para produzir alguns dos materiais nucleares mais importantes.

Para o projeto e construção do reator, Israel procurou a ajuda da França. A cooperação nuclear entre as duas nações remonta ao início da década de 1950, quando começou a construção do reator francês de água pesada de 40 Megawatts e de uma fábrica de reprocessamento químico em Marcoule. A França era um parceiro natural de Israel e ambos os governos viam uma opção nuclear independente como um meio pelo qual poderiam manter um certo grau de autonomia no ambiente bipolar da Guerra Fria.

No outono de 1956, a França concordou em fornecer a Israel um reator de pesquisa de 18 Megawatts. No entanto, o início da Crise de Suez, algumas semanas depois, mudou dramaticamente a situação. Após o bloqueio do Canal de Suez pelo Egito, em julho daquele ano, a França e a Grã-Bretanha concordaram com Israel que este último deveria provocar uma guerra com o Egito para fornecer às nações europeias o pretexto para enviar as suas tropas como forças de manutenção da paz para ocupar e reabrir a zona do canal.

Na sequência da crise de Suez, a União Soviética fez uma ameaça velada contra as três nações. Este episódio não só reforçou a visão israelita de que era necessária uma capacidade nuclear independente para evitar a dependência de aliados potencialmente não fiáveis, mas também levou a um sentimento de dívida entre os líderes franceses por não terem cumprido os compromissos assumidos com um parceiro.

Em 3 de Outubro de 1957, a França e Israel assinaram um acordo revisto apelando à França para construir um reator de 24 Megawatts (embora os sistemas de refrigeração e as instalações de resíduos tenham sido concebidos para lidar com três vezes essa potência) e, em protocolos que não foram confirmados no papel, uma fábrica de reprocessamento químico. Este complexo foi construído em segredo, e fora do regime de inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica, por técnicos franceses e israelenses em Dimona, no deserto de Negev, sob a liderança do Coronel Manes Pratt.

Tanto a escala do projeto como o sigilo envolvido fizeram da construção de Dimona um empreendimento gigantesco. Uma nova agência de inteligência, Lekem, foi criada para fornecer segurança e inteligência ao projeto. No auge da construção, cerca de 1.500 israelenses (alguns trabalhadores franceses) foram empregados na construção de Dimona. Para manter o sigilo, os funcionários aduaneiros franceses foram informados de que o maior dos componentes do reator, como o seu tanque, fazia parte de uma central de dessalinização com destino à América Latina. Além disso, depois de comprar água pesada da Noruega com a condição de que não fosse transferida para um terceiro país, a Força Aérea Francesa transportou secretamente até quatro toneladas da substância para Israel.

Instalação nuclear israelense no Negev Dest, nos arredores de Dimona

Os problemas surgiram em maio de 1960, quando a França começou a pressionar Israel para tornar o projeto público e submeter-se a inspeções internacionais do local, ameaçando reter o combustível do reactor, a menos que o fizessem.

Numa reunião subsequente entre os dois governos, o francês ofereceu a venda de aviões de combate a Israel em troca da interrupção dos trabalhos na fábrica de reprocessamento e saiu da reunião convencido de que o assunto estava encerrado, mas nos meses seguintes Israel chegou a um acordo. A França forneceria o urânio e os componentes já encomendados e não insistiria em inspeções internacionais. Em troca, Israel garantiria à França que não tinha intenção de fabricar armas nucleares, não reprocessaria qualquer plutnio e revelaria a existência das instalações ou que seria concluído sem a ajuda francesa. Os empreiteiros franceses terminaram os trabalhos no reator e na instalação de reprocessamento, o combustível de urânio foi entregue e o reator entrou em estado operacional em 1964.

Os Estados Unidos tomaram conhecimento da existência de Dimona depois que os sobrevoos do Lockheed U-2 “Dragon Lady” em 1958 capturaram a construção da instalação, mas ela só foi identificada como uma instalação nuclear dois anos depois. O complexo foi explicado de várias maneiras: uma fábrica têxtil, uma estação agrícola e um centro de pesquisa metalúrgica, até que David Ben-Gurion (1886-1973) declarou em dezembro de 1960 que o complexo de Dimona era um centro de pesquisa nuclear construído para “fins pacíficos”. Na mesma época, a CIA publicou um relatório descrevendo as implicações de Dimona para a proliferação nuclear, e a sua estação em Tel Aviv tinha determinado em meados daquela década que o programa de armas nucleares israelita era um fato estabelecido e irreversível.

Os inspetores dos Estados Unidos visitaram Dimona sete vezes durante os anos 1960, mas não conseguiram obter uma imagem precisa das atividades ali realizadas, em grande parte devido ao rigoroso controle israelense sobre o calendário e a agenda das visitas. Os israelenses chegaram ao ponto de instalar painéis falsos nas salas de controle e colocar tijolos em elevadores e corredores que davam acesso a certas áreas das instalações. Os inspetores conseguiram reportar que não havia investigação científica clara ou programa de energia nuclear civil que justificasse um reator tão grande – prova circunstancial do programa de bombas nucleares israelense – mas não encontraram provas de “atividades relacionadas com armas”, tais como a existência de um centro de reprocessamento de plutônio.

Embora o governo dos Estados Unidos não tenha encorajado ou aprovado o programa nuclear israelense, também não fez nada para impedi-lo.

A produção israelense de armas nucleares

No início de 1968, a CIA publicou um relatório concluindo que Israel tinha iniciado com sucesso a produção de armas nucleares. Esta estimativa, no entanto, baseou-se numa conversa informal entre agentes do Gabinete de Ciência e Tecnologia da organização e cientistas nucleares norte-americanos, que em contatos com suas contrapartes israelenses concluíram que Israel era capaz de construir a bomba e que não se deveria esperar por um teste israelense para fazer uma avaliação final, porque esse teste nunca seria ser realizado.

Em meados da década de 1970, a inteligência norte-americana estimava que Israel tinha entre dez e vinte armas nucleares, estimativa que considerava apenas possíveis alvos israelitas, o que permaneceu até o início da década seguinte.

Apesar de dados ainda carecerem de confirmação, é amplamente divulgado que Israel tinha duas bombas em 1967, e que o seu governo ordenou que fossem armadas no primeiro alerta nuclear israelense durante a “Guerra dos Seis Dias” em junho daquele ano. Também é relatado que, temendo a derrota na já mencionada “Guerra do Yom Kippur”, os militares israelenses tinham mais de 25 bombas nucleares de vinte quilotons.

Israel poderia potencialmente ter produzido algumas dezenas de ogivas nucleares no período 1970-1980, e pensa-se que tenha produzido material físsil suficiente para construir 100 a 200 ogivas em meados da década seguinte. Em 1986, descrições e fotografias de ogivas nucleares israelenses foram publicadas no London Sunday Times de uma fábrica subterrânea de bombas no reator nuclear de Dimona. As fotografias foram tiradas por Mordechai Vanunu, um técnico nuclear israelense demitido.

A sua informação levou alguns especialistas a concluírem que Israel tinha um arsenal de 100 a 200 dispositivos nucleares naqueles tempos. Acredita-se que o governo israelense tenha conseguido produzir o máximo de até 400 ogivas nucleares até o fim dos anos 1990, com reservas de plutônio armazenadas para a confecção de mais dispositivos. Entretanto, de acordo com as estimativas mais atuais, do início de 2020, Israel tinha cerca de 300 kg de urânio altamente enriquecido e aproximadamente 980 kg de plutônio para armas nucleares.

Para fabricar uma ogiva nuclear, dependendo dos níveis técnicos e de outros fatores, são necessários de 12 a 18kg de urânio altamente enriquecido ou de 4 a 6kg de plutônio. Consequentemente, Israel possui material físsil nuclear equivalente a 180-270 ogivas. Com níveis mais elevados de enriquecimento, no entanto, é possível obter uma bomba a partir de 2 a 4kg de plutônio, caso em que esse mesmo estoque seria suficiente para um arsenal de 262-515 ogivas, que no caso das plataformas de lançamento terrestre são estocadas em locais diferentes destas.

Instalações israelenses de produção, montagem, estocagem e lançamento de armas nucleares

No Centro de Pesquisa Nuclear de Negev, em Dimona, é produzido todo o plutônio para as ogivas nucleares. Por sua vez, em Nahal Soreq acontece a pesquisa, projeto, desenvolvimento e construção delas, que são montadas em Yodefat e Rafael. Uma vez prontas são armazenadas em três locais: Tirosh, onde estão as ogivas para armas nucleares estratégicas, como os mísseis Jericho; em Eilabun, onde estão ogivas nucleares táticas e minas terrestres e, por fim, Kfar Zekharya, onde estão as bombas atômicas, sendo também uma base dos mísseis Jericho nucleares e instalação de armazenamento de bombas.

Os tipos de armas nucleares a serviço das Forças de Defesa de Israel

O fato de Israel ainda não ter oficialmente assumido a posse de armas nucleares dificulta qualquer informação mais detalhada acerca delas, inclusive com relação às designações de serviço. Sabe-se apenas que existem em vários formatos, desde “simples” minas terrestres (plantadas nas colinas de Golan no começo da década de 1980), passando por projéteis de artilharia a bombas de queda livre compatíveis com as aeronaves de ataque da Força Aérea das Forças de Defesa de Israel, baseadas em alguns poucos exemplares inertes das bombas Mk84, B43 e B61 fornecidos pelos aliados norte-americanos ao longo das décadas, indo até os mísseis balísticos da série “Jericho” até um (ainda) pouco conhecido míssil de cruzeiro lançado por submarinos da Marinha israelense.

Os mísseis balísticos Jericho

Jericho é a designação de uma série de mísseis balísticos desenvolvidos por Israel a partir de 1963, como resultado de um acordo com o fabricante francês Dassault, sendo uma referência à cidade bíblica de Jericó.

O primeiro míssil da série, Jericho I, foi identificado publicamente pela primeira vez como um sistema operacional de mísseis balísticos de curto alcance no final de 1971, embora tenha sido testado seis anos antes, identificado como MD-620. Tinha 13,4 metros de comprimento, 0,8 m de diâmetro e pesava 6,5 toneladas, possuindo alcance de 500 km, precisão de 1.000 m, e uma carga útil de 400 kg, na qual estava incluída uma ogiva nuclear de 20 quilotons.

Ainda que a cooperação francesa tivesse sido interrompida por um embargo de armas  no começo 1968, 12 desses mísseis já haviam sido entregues, tornando-se a base para a continuação do trabalho pela empresa Israel Aircraft Industries (IAI, hoje Israel Aerospace Industries) nas suas instalações em Beit Zachariah, que acabou transpondo alguns problemas iniciais no sistema de guiagem da arma ao incorporar alguma tecnologia norte-americana em um programa que consumiu próximo a US$ 1 bilhão até à década de 1980 e resultou em cerca de cem exemplares produzidos.

É de conhecimento público que durante a já mencionada “Guerra do Yom Kippur”, há exatos cinquenta anos, a então ministra Golda Meir (1898-1978) autorizou a prontidão de trezes armas nucleares, incluindo as ogivas nos mísseis Jericho I, alojados em cavernas escavadas em Sdot Micha, em Zekharia, sudeste de Tel Aviv, bem como bombas nucleares a serem lançadas por caça-bombardeiros McDonnell Douglas F-4 Phantom II baseados em Tel Nof, cujos pilotos eram selecionados dentre os melhores, passando a ser submetidos a sigilo estrito sobre suas atividades. Os Jericho I foram retirados de serviço na década de 1990.

O segundo artefato da série, Jericho II, originou-se em 1977, a partir da negação dos Estados Unidos em fornecer para Israel mísseis Pershing II como parte de um pacote de assistência militar em troca da transferência do Sinai do controle israelense para o egípcio como parte de um acordo de paz mediado pelo governo norte-americano.

A segunda geração do míssil Jericho tem 14 metros de comprimento e 1,56 m de largura, com peso de lançamento de 26.000 kg. A sua carga útil de 1.000 kg pode ser constituída de alto explosivo ou uma ogiva nuclear com rendimento de 1 Megaton. O Jericho II é propulsado por um motor de propelente sólido de dois estágios, podendo ser lançado de um silo, de um vagão ferroviário ou de um veículo móvel, possuindo um sistema de orientação de terminal de radar ativo semelhante ao do Pershing II, para ataques muito precisos. É considerado como tendo alcance mínimo de 1.500km, embora existam estimativas de que pode atingir alvos a até 3.500km de distância. Após uma série de lançamentos de testes nas décadas de 1980 e 1990, acredita-se que cerca de 90 mísseis Jericho II estejam em serviço na já mencionada base de Sdot Micha.

A mais recente versão dos mísseis Jericho, Jericho III, entrou em serviço em 2011, como um artefato de três estágios, com carga útil de até 1.300kg, que pode variar de uma única ogiva de 750kg (com rendimento entre 150 e 400 quilotons) ou três ogivas menores, independentes, de menor rendimento. Seu comprimento é 1.5m maior em relação ao do Jericho II, conservando a mesma largura, mas com peso máximo aumentado para 30.000kg. Seu alcance máximo estimado é superior a 5.000km, embora possa ser aumentado com ogivas menores.

Rafael Popeye Turbo, o controverso míssil nuclear de cruzeiro lançado de submarino

Mockup do Popeye Turbo

No início da década de 2000, a Marinha dos EUA observou o teste de uma versão do míssil ar-superfície Rafael Popeye (em serviço desde 1985) que atingiu um alvo a 1.500km de distância no Oceano Índico.

Era o “Popeye Turbo”, desenvolvido (tal como aconteceu com o já mencionado Jericho II) em resposta a uma negativa do governo norte-americano em vender para Israel a versão do Tomahawk lançada de submarino. Embora naturalmente não existam dados confirmados acerca da ogiva desta versão alongada do “Popeye” (com 6.25m em relação aos 4.82m da versão original) acredita-se que possua 200 quilotons de potência como é comum nessa classe de armamento, que pode ser disparado a partir dos quatro tubos de 650mm dos submarinos da classe Dolphin, incluindo o novíssimo INS Drakon, lançado em agosto deste ano, cuja vela diferenciada acomoda silos para um míssil balístico lançado de submarino de tipo e características ainda envoltos no mais absoluto sigilo.

Submarino classe Dolphin 2 da Marinha de Israel, capaz de lançar o míssil Popeye Turbo com ogiva nuclear

*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas

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Rinaldo Nery

Espero que o Irã não se envolva mais nesse conflito, além do que já fez (financiar e armar o Hamas). Israel não pensará duas vezes em usar um artefato nuclear.

Camargoer.

Olá Rinaldo, Se Israel usar um dispositivo nuclear contra o Irã terá dado razão á todos os críticos de Israel. Provavelmente, significará o banimento de Israel da comunidade internacional. Ainda que os EUA admitam em sua estratégia de defesa usar armas nucleares contra países não-nucleares em caso de ataque, a linha ligando o ataque do Hamas ao Irã não justifica um ataque nuclear contra eles, nem mesmo como ataque preventivo.

Rinaldo Nery

Israel não está preocupado com banimento. Já possui o apoio incondicinal dos “donos do mundo”.

cerberosph

Mas tem que tomar cuidado no futuro pois o mundo está mudando de dono e o cãozinho vai perder o dono,

Tutor

O “dono” atual tem tanta força que, pode até perder o título de maior dono, mas, ainda assim terá poder para se impor e levar a destruição total dos novos donos que vierem a emergir, se assim eles julgarem necessário.
E não há absolutamente nada que apresente uma perspectiva diferente disso para os próximos 100 anos.

Mirade1969

Conversa afiada de imperialistas, os imperialistas americanos adoram Israel pois este é um entreposto do Imperialismo no Oriente Médio, tanto eles como a UE não quer largar o osso e as crises que eles ajudaram a criar como a da Palestina que é diretamente causa do Imperialismo Europeu Britânico e pelos seus substitutos os Americanos. Os Palestinos assim como os Iranianos não odeiam esta gente só porque eles tem olhos azuis, mas sim pelas suas interferências que ajudou muito na atual situação da Palestina. O Hamas é um grupo terrorista que fez atrocidades mas não se esqueça que Israel também… Read more »

Leandro Costa

Isso aí, vamos tirar o Império Turco-Otomano da equação da formação da região, apesar de ter dominado aquele local por mais tempo que todos que estiveram lá de 1918 até os dias atuais. A miopia histórica é seletiva para entrar em uma narrativa.

Mirade1969

Inclui também o Império Otomano que também era imperialista como os outros que mencionei que também contribuiu para atual situação. Caso vc não saiba ou faz de conta que não, o imperialismo foi a causa direta das duas guerras mundiais e muitos outros conflitos que deixaram milhões de mortos pelo mundo e problemas que perduram até hoje.

Rinaldo Nery

Vai demorar muito.

José Luiz

Boa noite comandante. Desculpe mas uma pergunta off topic. Esteve lá em Anápolis.

Rinaldo Nery

Dia 23/09.

Antropologo

Olá Sopa de Letrinhas, você deve saber que o poder é uma relação, enquanto existir alguém para obedecer e que obedece ao que o dono fala, ele continua dono e pelo andar da carruagem, o atual dono permanecerá dono por bom tempo ainda.

Last edited 6 meses atrás by Antropologo
Camargoer.

Olá Rinaldo. Em termos de geopolítica, o mais adequado é pensar em cenários. Adotando esta metodologia, existem dois cenários possíveis: 1 Israel consulta os EUA antes de usar uma arma nuclear 2 Israel usa as armas sem consultar os EUA. Eu acho improvável que os EUA concordassem que Israel usasse armas nucleares contra um dos vizinhos, sem ter sido atacado. Isso traria complicações para os EUA em todos os níveis, inclusive de política doméstica. Isso vai de encontro com a geopolítica dos EUA. Se Israel usar uma bomba nuclear sem consultar os EUA ou contra a orientação dos EUA, Israel… Read more »

Allan Lemos

A única hipótese concebível em que Israel(ou qualquer outro país) usaria uma arma nuclear seria se a sua existência estivesse em risco, nela os israelenses a usariam independente de qualquer consulta prévia ou aprovação dos EUA.

Mas concordo que caso quisessem usar uma arma atômica em um primeiro ataque, os americanos não concordariam jamais, isso traria consequências catastróficas para a política americana no Oriente Médio e também internamente.

Nonato

Traduzindo tudo que você escreveu: você tem receio de que Israel use armas nucleares contra o Irã porque isso significaria o fim de Israel no médio prazo?

Camargoer.

Caro. Eu temo que qualquer país use armas nucleares desde que era criança e tomei consciência do que era a guerra fria.

Ainda que hoje existam menos bombas do que no auge da guerra fria, em meados da década de 80, infelizmente mais países as possuem hoje.

Rafael Cordeiro

Camargoer, permita-me levantar uma terceira hipótese: Israel ataca um reator ou instalação nuclear iraniano com uma bomba atômica, de modo a causar o maior dano possível e afirma veementemente perante a comunidade internacional que os efeitos catastróficos da explosão se deram devido ao desenvolvimento de armas nucleares pelos iranianos nas instalações atacadas. Os iranianos saberiam a verdade, mas seriam desacreditados pela comunidade internacional, Israel sairia como “mocinho” da história por impedir um desenvolvimento de arma nuclear iraniano e ao mesmo tempo demonstraria poder aos iranianos. Sei que é uma viagem, mas na guerra, onde a verdade é a primeira vítima,… Read more »

Camargoer.

Caro. Não faz sentido atacar uma instalação militar ou de pesquisa com uma arma nuclear. A extensão dos danos é tão grande (mesmo sendo armas táticas), principalmente considerando a possível presença de material nuclear no local. O desastre seria mais grave do que Chernobyl. Além disso, abriria a porta para que fossem usadas armas “táticas” em outros conflitos. Aliás, isso abriria a possibilidade de Israel também ser atacado por armas táticas ou armas sujas. Em uma hipótese extrema, nada impediria do Paquistão ou Coréia do Norte de fornecer uma arma tática para um país árabe detonar sobre Israel. ainda que… Read more »

Allan Lemos

Não tão incondicional assim, as manifestações mundo à fora em favor da causa palestina possivelmente irão minar o apoio do Ocidente à Israel ao longo das próximas décadas, o que mostra uma clara mudança na opinião pública.

O uso de uma arma atômica em primeiro ataque por parte dos israelenses afetaria os interesses americanos no Oriente Médio de uma forma sem precedentes, o tal apoio incondicional viraria um “tenho nada a ver com isso dai, nem conheço” na mesma hora.

adriano

Acredito que no momento um ataque de Israel ao Irã , impedindo que eles concluam a construção de sua arma nuclear é o principal objetivo dos EUA e dos países europeus.

Willber Rodrigues

“Provavelmente, significará o banimento de Israel da comunidade internacional.”

Duvido muito que Israel se preocupe com isso a curto prazo, mas se Israel fizer isso, a caixa de Pandora será aberta, todos os grupos terroristas do mundo farão de qualquer israelense mundo afora um alvo, e a TNP será jogada no lixo, com todo país com um mínimo de capacidade industrial buscando freneticamente desenvolver seus programas de armas nucleares.

Sérgio Santana

Se todos os israelenses virarão alvo, eles farão o mesmo com seus inimigos. A vingança depois do massacre das Olimpíadas de 72 e retratada em “Munique” dá uma ideia de como isso acontece…

Allan Lemos

Se todos os israelenses virarão alvo, eles farão o mesmo com seus inimigos.

O problema é que Israel tem uma população de quase 10M, o número de judeus no mundo não chega a 20M e só o Irã tem uma população de quase 90M.

Então se for para ser na base do olho por olho, Israel está em larga desvantagem.

Sérgio Santana

Tá esquecendo das vítimas de um ataque nuclear no Irã…As imediatas e as posteriores…

109F-4

“Israel está em larga desvantagem”. Não está. Absolutamente não está. Basta ver a história do povo. Sobreviveu a imperadores, sátrapas, governadores, ou quaisquer outros cargos que queiram inventar… Foi perseguido, massacrado, tentaram exterminar… no entanto, estão aí… e não, não sou judeu. Sou cristão. Claro que não concordo que palestinos_ sem conexão com terroristas_, sofram, mas o Hamas vai usá-los como escudos humanos sem o menor escrúpulo.

Jadson S. Cabral

É… é verdade que sobreviveram a tudo isso, mas nunca enfrentaram ataques nucleares

Alexandre

A infraestrutura criada pelo Irã, no que se refere a vários locais de enriquecimento de urânio e localizados a dezenas de metros abaixo do solo ou dentro de montanhas que são verdadeiros rochedos, nos leva a crer que eles também já tem suas bombas nucleares. Porque nenhum País desenvolve uma infraestrura dessa sem ter a bomba como objetivo. A questão dos mísseis também já foi resolvida pelos iranianos, e eles tem muitos. Resta saber quem tem mais capacidade de sobrevivência. O povo iraniano, que são cerca de 90 milhões de pessoas espalhados por 1.650 000 de km quadrados e acostumados… Read more »

Bernardo

Bomba como objetivo, bomba ainda não (por esforços de Israel e dos EUA, senão já teriam). O Mossad teve que assassinar muito cientista pra bomba não estar pronta hoje. No momento em que o Irã tiver, a Arábia Saudita (que tem péssimas relações com o Irã, voltaram a conversar por telefone literalmente essa semana) vai receber bomba do Paquistão (não na cabeça, bomba pra usar como dissuasão). É um bom termômetro. Outro bom termômetro é que o Irã tendo a bomba, Israel consideraria como uma ameaça de altíssimo risco, então seria menos arriscado entrar em guerra com o Irã antes.… Read more »

Adriano

O interessante dessa conversa aí de cima; “O Mossad teve que assassinar muito cientista pra bomba não estar pronta hoje”., já diz pors sí só qual política vigente no Estado em questão.

Carlos I

Seen querer me meter no super trunfo, os iranianos passam sim por algumas provações em virtude das ações de seu governo e restrições externas, mas em geral vivem no conforto do ar condicionado e como classe média em sua maioria, dizer que estão acostumados a viver em tendas é muita romantização, recomendo dar um passeio por lá, são muito amigáveis e estão longe de ser bárbaros vivendo em tendas preparados para sobreviver ao holocausto nuclear.

Bernardo

Amigo, a doutrina israelense pra armas nucleares não considera “comunidade internacional”. Porque ela não conta com a existência de uma comunidade internacional que cessarem as hostilidades. Nem com Israel. Pesquise “Samson option”. Foi o caso na Guerra do Yom Kippur, inclusive, o mundo ficou por um triz. Por isso que Golda Meier ia lançar só na primeira leva 13 armas nucleares de uma só vez. É muita coisa. Que por sua vez iam causar uma reação, e por aí vai. Mas só vai ser ativado se a existência de Israel estiver ameaçada (naquela época até acontecia, hoje em dia é… Read more »

Heinz

Israel não precisa de armas nucleares pra vencer um conflito bélico, na teoria a força aérea israelense iria bombardear todo e qualquer centro de pesquisa nuclear iraniana e bases e iria destruir sua força aérea.

Mirade1969

Justamente ocorreria que o Irã que talvez tenha armas nucleares faça o mesmo com Israel e termine em a devastação do Estado de Israel. Os Israelenses não são bobos assim.

Camargoer.

Caro. O Irã não tem armas nucleares nem capacidade de produzir combustível nuclear. Há anos o país é monitorado tanto pela AIEA quanto pelos serviços de inteligência de inúmeros países.

Camargoer.

Digo.. capacidade de produzir material nuclear para uma bomba. O Irã tem conhecimento e capacidade técnica para enriquecer urânio para ser usado para produção comercial de energia elétrica.

Nonato

Para quem é anti Israel e anti Estados Unidos e pro Rússia, muito louvável seu comentário.
Alimentada pela Rússia há gente no ocidente fã dos aiatolas e congêneres.

Camargoer.

Nonato. Espero que não, porque nada do que escrevi é “anti-EUA” ou “prÓ-Russia”. Posso explicar de novo. Suponha que Israel detone uma arma nuclear sobre o Irã, em uma ação “preventiva” alegando que o país se preparava para atacá-lo ou outra alegação qualquer. Considerando os laços com os EUA, existe duas alternativas. 1. Israel consultou os EUA antes ou 2. O fez sem consultar os EUA. Geralmente, Israel consulta ou pelo menos informa os EUA antes de executar operações militares, geralmente obtendo o sinal verde. No caso de uma arma nuclear, é improvável que os EUA concordem. Isso traria consequências… Read more »

Mirade1969

EDITADO

Gerson Carvalho

Significaria na verdade a extinção de Israel ou você acha que outros paises que te armas nucleares iriam ficar esperando onde iria cair a próxima?

Camargoer.

Olá Gerson. Você levantou um excelente ponto.

leonidas

Colega, se Israel for atacada pelo Irã e não dissuadir a agressão antes dela chegar em suas fronteiras ela já terá sido banida da comunidade internacional…rs

Rafa

Não creio que Israel iria usar armas nucleares contra uma população civil Iraniana, mas sim contra instalações nucleares iranianas.

Brandão

Pensará sim…

Mig25

Se Israel bombardear o Irã com nukes, sem que seja uma situação de iminente destruição do seu próprio Estado e população, sim, o colocaria como pária internacional, e, no mínimo, fecharia a torneira do petróleo árabe/muçulmano, lembrando que o ocidente já está sem acesso ao petróleo russo. Por mais que os EUA declarem seu amor à Israel, nem eles teriam capacidade de bancar uma ação dessas…

Mig25

E mais, existe um país muçulmano no mundo com capacidade bélica nuclear comprovada, o Paquistão, que faz fronteira com o Irã, tem uma considerável população xiita, e não está tão longe de Israel…

Gerson Carvalho

Não apenas para você, mais para qualquer um que ache que Israel pode lançar arma nuclear.

  1. Só se for suicídio, os países são tão pequenos e próximos que neste caso todos paga o preço da radiação.
  2. Uma vez que um pais que te arma nuclear fizer uso da mesma, todos os outros que também tem, lançaram as suas, porque não vão ficar esperando onde cairá a próxima.
Mirade1969

Bem esta é a desculpa para o Irã desenvolver armas nucleares sua segurança, se Israel pode não deveria ficar chocado que o Irã também queira desenvolver as suas.

leonidas

Israel não teria opção, caso o Irã entre na guerra a infantaria dele não teria problemas e nem obstáculos sérios para atravessar Iraque e Síria a caminho de Israel. Então necessariamente até por uma questão de demonstrar força, Israel atacaria o deslocamento com uma ogiva tática. Outra opção seria os EUA entrar na brincadeira e usar seu poderia aéreo para saturar com misseis e bombas a infraestrutura critica iraniana e o deslocamento de suas forças. Do contrário acho muito improvável que sem apelar a estes dois itens Israel conseguiria impedir o avança persa. O grande problema de Israel é falta… Read more »

Jadson S. Cabral

Se Israel fizer isso, no dia seguinte à Arábia Saudita se transforma numa potência nuclear tbm, recebendo suas bombas do Paquistão, bombas essas que eles pegaram, e daria a Rússia tbm a justificativa para atacar o Ucrânia com suas armas. Como fica o mundo depois disso?

cipinha

Não acho que Israel fará uso de armas nucleares, mas sim um ataque as instalações nucleares iranianas. Quando os israelenses fizerem isso no Iraque e na Síria, as instalações ainda estavam em construção, não ocorreu vazamento de material radioativo, no Iran será diferente

Bispo

Arábia Saudita tem a “B” , via Paquistão, há relatos que os países, fizeram um pacto, dinheiro de um, tecnologia do outro.

Se Israel atacar o Irã com armas “N” , “amanhã” N nações do oriente médio, estarão “correndo” atrás de suas próprias “N” e a contenção “imposta” pelos EUA da proliferação das mesmas, “explode”.

Camargoer.

Olá. Legal o texto. Parabéns ao autor. Acho que é preciso ver com cuidado o valor da massa crítica de U-235. Parece-me que a estimativa do autor de 12~18 kg de U-235. Pelo que lembro, é preciso cerca de 50 kg de U-235 puro para atingir uma massa crítica. Mesmo usando defletores de neutrons, 18 kg de U-235 parece-me uma massa insuficiente para uma explosão. O valor em torno de 6 kg de plutônio faz sentido para um dispositivo de implosão. O plutônio é produzido em um reator de pesquisa a partir do U-238. È um processo relativamente fácil. Depois,… Read more »

Sérgio Santana

A quantidade empregada de material nuclear varia de acordo com a potência requerida para o dispositivo onde vai ser empregado. Assim, minas terrestres têm menos potência (consequentemente menos material) que a ogiva de míssil Jericho.

Camargoer.

Olá Sérgio. Quase isso. Existe uma quantidade mínima de material chamada “massa crítica”, abaixo na qual é impossível sustentar uma reação em cadeia, seja de modo controlado em um reator ou descontrolado com em um explosão nuclear. No caso do U235, é preciso cerca de 50 kg em concentrações acima de 95%. È interessante que urânio com até 20% de U-235 pode ser usado para reações nucleares em reatores mas nunca irá explodir, porque o U238 presente em grande quantidade absorve uma grande quantidade de neutrôns. No caso do U-235, é preciso uma quantidade mínima de material conseguir a explosão.… Read more »

Willber Rodrigues

“Se Israel possui U-235 para uma ou duas bombas, talvez tenha sido contrabandeado de algum país com capacidade de enriquecimento.”

Bom, tem aquela história ( que ninguem sabe se é verdade ou não ) que os israelenses ajudavam ativamente o programa nuclear sul-africano nos anos 70 e 80.
E como a África do Sul estava razoavelmente bem avançada nisso, e tem grandes jazidas de urânio…

Andrey

O incidente Vela revelou onde Israel testou em 1972 suas armas nucleares,ilhas Príncipe Eduardo na costa da África do Sul.

Bruno Vinícius

Camargoer, no passado os americanos usaram núcleos compostos com 2,5 kg de Pu-239 e 5 kg de urânio enriquecido em suas Mk4. Apesar de menos eficientes do que núcleos de plutônio apenas, é uma solução para o problema da escassez de material físsil.

Last edited 6 meses atrás by Bruno Vinícius
Camargoer.

Olá Bruno. Obrigado pela informação. Pelo que entendi, a Mk4 também era um dispositivo de implosão. Uma bomba de implosão usa uma carga (pit) de cerca de 6 kg de plutônio. Esta quantidade seria suficiente para produzir pelo menos o duas bombas Mk4, mas demandaria pelo menos 20 kg de U-235, algo extremante difícil de ser obtido. A vantagem de usar uma bomba de implosão é que ela pode ser miniaturizada. Uma boma de plutônio é menor e mais leve que uma bomba de U-235, o que facilita o seu lançamento usando mísseis ou aviões. Considerando os meios de lançamento… Read more »

Jorgemateus77

Caso Israel use uma bomba nuclear em qualquer alvo que seja receberá uma salva de Palmas e o responsável um prêmio Nobel da paz, com um belo discurso contra o antissemitismo

Angelo

Muito bom o texto, parabéns!
Minha dúvida é sobre o que é essa água pesada que compraram da Noruega, não me lembro te ter ouvido falar dela , obrigado .

Camargoer.

Olá Ângelo. A água pesada é uma molécula parecida com a água comum (H2O) na qual pelo menos um dos hidrogênios é substituído pelo deutério, Então a molécula é HOD ou D2O. A diferença entre o deutério e o hidrogênio é que o núcleo do hidrogênio tem apenas um próton e o núcleo do deutério tem um próton e um neutron. Existem um isótopo mais raro ainda que é o trítio, que tem um próton e dois neutròns no núcleo. O deutério e o hidrogênio são quimicamente parecidos. Praticamente todas as reações que o hidrogẽnio faz o deutério também faz.… Read more »

Angelo

Muito obrigado pela explicação!

Luciano

Olá, Camargoer! É sempre bom ver um professor no exercício competente da função!

Camargoer.

Olá Meu Amigo.
Como estão as coisas? Quais as novidades?

Rodolfo

Além do Drakon que pertence a classe Dolphin II, a futura classe Dakar também irá incluir tubos verticais no sail. Especula-se também que possa ser usado para uma versão naval do Jericho balístico. Israel irá assim completar sua tríade nuclear.

https://www.thedrive.com/the-war-zone/43951/our-first-look-at-israels-new-dakar-class-submarine-reveals-a-very-peculiar-feature

Bruno Vinícius

Os franceses praticamente entregaram a ogiva e o meio de entrega para os israelenses. Não tirando o mérito destes, mas a ajuda que receberam para o projeto foi enorme.

Camargoer.

Olá Bruno. Uma curiosidade. No documentário “Hearts and Minds”, há um trecho no qual uma autoridade diplomática francesa, creio que o MInsitro de Relações Exteriores”, afirma que os EUA ofereceu até duas bombas atômicas para a França (na época, a França ainda não tinha bombas atômicas) para serem lançadas no norte do Vietnã, isso durante o período no qual a França estava travando a guerra.

Franz A. Neeracher

Oi Sérgio!

Parabéns pela matéria, muito interessante.

Também vale a pena ler a história de Mordechai Vanunu, como ele depois que as fotos foram reveladas, fugiu para a Itália e foi capturado pelo Mossad numa operação secreta e enviado de volta para Israel onde foi condenado a 18 anos de prisão.

Sérgio Santana

Mordechai Vanunu foi dopado por uma espiã que o seduziu e depois acordou em Israel, tendo sido condenado a vários anos de solitária. Recentemente foi libertado sob vigilância, não podendo deixar Israel.

Franz A. Neeracher

Sim, já lí a história dele…..mas como toda a operação foi realizada, daria para fazer um bom filme.

Luiz Trindade

Apesar de não estar de acordo com muitas das politicas de Israel em relação aos palestinos (prisão de crianças, por exemplo) concordo plenamente com Rinaldo Nery no que diz que é melhor que Irã, e agora complemento, outros países árabes, não entrem nesse conflito Israel x Hamas. O mundo poderá até num primeiro momento repudiar o uso de armas nucleares por Israel mas depois se voltará a ter relações com o mesmo. Sabem porque?!? Quem manda no dinheiro no mundo de modo velado são os judeus. Não concordo com muita coisa que eles fazem, mas isso é um fato e… Read more »

Last edited 6 meses atrás by Luiz Trindade
Leandro Costa

Essa teoria da conspiração bancária judaica é algo que remonta à um certo partido de um cara com um bigodinho esquisito que tomou o poder na Alemanha lá pelos idos de 1933… Só avisando.

LucianoSR71

Amigo Leandro, tudo bem? Na verdade a coisa é mais anterior, por exemplo tem um livro lançado em 1920 chamado “The International Jew: The World’s Foremost Problem” (mais conhecido como O Judeu Internacional) cujo autor é nada mais nada menos que o idolatrado pelos americanos sr. Henry Ford, que foi um dos livros de cabeceira do bigodinho no período que passou na prisão e devemos destacar também que este condecorou Ford c/ a mais alta honraria que um estrangeiro podia receber a Grande Cruz da Águia Alemã, por que será?

Bernardo

Anterior, bem anterior. Mas prefiro não comentar, eu discordo dessa teoria que é por falta de informação que as pessoas são antissemitas.

Leandro Costa

Luciano, acho que foi o exemplo mais emblemático que pude encontrar. Anos atrás li um livro sobre a diáspora judaica, com toda a cronologia desde os tempos da era do bronze, quando foi sendo repetida, de forma inclusive não exatamente conectada, ao longo dos anos. Outros povos sofreram com isso, inclusive Cristãos, em determinados locais, mas conseguiram manter sua identidade cultural ao longo dos séculos. Leitura interessante. Vou tentar lembrar do nome do livro, inclusive.

Bernardo

Esse absurdo ue você falou tá inclusive numa das definições de antissemitismo da IHRA (International Holocaust Rememberance Alliance). Vou me abster de comentar ou ensinar o porque não adiantaria já que é óbvio que não é esse seu problema.

LucianoSR71

Uma coisa interessante é que durante os séculos que a Igreja Católica (e eu sou católico) ditava as regras na Europa, era vetado aos judeus a posse de terras, que era a verdadeira riqueza naqueles dias, forçando-os a trabalharem no comércio, que inicialmente era muito limitado, e ao longo do tempo eles foram acumulando ouro, joias, etc. de forma que com o declínio do feudalismo, permitiu que se tornassem, mesmo que de forma escondida, os proprietários de vários bancos, ou seja a perseguição acabou levando-os a estarem na melhor posição possível nos novos tempos do mercantilismo/capitalismo – só que daí… Read more »

Luiz Trindade

Não é teoria conspiratória que Judeus mandam na economia do mundo. E ao contrário do que foi respondido aqui, eu não sou antissemita e não tenho nada contra quem manda nos recursos financeiros do mundo se trabalharam para tal e é o caso deles. Fatos são fatos. E as políticas de Israel para os palestinos não são exemplo para ninguém. É certo? É errado? Eu tenho minha opinião, que graças à Deus, vivemos num país democrático para ter sempre alguém livre para discordar. Se formos enveredar pela história como alguns citaram terei o maior prazer em discutir fatos históricos com… Read more »

JClaudio

Israel pode ter armas nucleares.e usá-las, caso queira, mas o Irã não pode. Enfim a hipocrisia.

Underground

Israel não fica ameaçando todo Mundo.
Já o Irã, declaradamente, diz que vai exterminar com Israel.

Carlos Campos

Sérgio sempre com materias boas, interessante que todo mundo sabia e deixou, mesma coisa o Japão com toneladas de Plutônio, a anos, talvez até tenham essas ogivas prontas, a Coreia do Sul, acho que tem plutônio suficiente para ter também, eu me pergunto se o Irã tem plutônio pra isso, sei que A Saudita, financiou parte das pesquisas Paquistanesas, e podem vir a ter uma arma rapidamente se o Irã tiver, inclusive esse ano o MBS falou, se o Irã tiver eu tenho.

Camargoer.

Olá Carlos. O Japão tem grandes quantidades de plutônio estocado recuperados do reprocessamento do combustível nuclear usado em suas usinas nucleares. O combustível de uma usina geralmente contém algo em torno de 4% de U-235. È ele que se divide em bário e criptônio, principalmente (esta fissão gera outro elementos em menor quantidade), que libera energia e nêutrons que irão bombardear outros átomos de U-235 e sustentar a reação em cadeia. Eventualmente, um átomo de U-238 absorve um nêutron, dando origem a um átomo de plutônio. Esta reação secundária é uma das que impedem que o combustível com até 20%… Read more »

Carlos Campos

se o Plutônio for colocado para gerar energia, ele é melhor ou pior que o U235? Acho essa frase, “O Japão não tem e nem terá bombas atômicas,” muito certeira, o Japão não se livrou desse excesso de plutônio como os EUA pediram, inclusive o início disso foi de maneira secreta, logo o Japão por meio de suas atitudes deixa em aberto um futuro em que armas nucleares é uma possibilidade, a própria Coréia do Sul mesmo tendo acordos de não proliferação de armas nucleares, continua testando o enriquecimento de Urânio, inclusive conseguiram enriquecer até 77%, sem ninguém saber, só… Read more »

Last edited 6 meses atrás by Carlos Campos
Camargoer.

Olá Carlos. Nem melhor nem pior, mas o projeto do reator precisa ter sido feito para isso. Uma vez que o reator é homologado, não pode mudar o combustível. Para isso, teria que passar por outro processo de homologação. Os reatores no Japão usam um combustível que é uma mistura de plutõnio e U-235. A vantagem é que isso queima o plutônio, já que a outra aplicação é fazer uma bomba. Não há como descartar plutônio. Creio que havia um pessoal na FAB que tentou enriquecer urânio usando laser, mas que deu certo mesmo foram as ultracentrífugas magnéticas da MB.… Read more »

Maurício.

Tem um pessoal que vibra com as armas nucleares de outros países, agora, diz que o Brasil também precisa das suas… São os primeiros a serem do contra…😂

Camargoer.

Caro Mauricio. E tem aqueles, como eu, que defendem o total banimento das armas nucleares.

Esteves

Professor,

Existem armas nucleares portáteis? Como aqueles tasers…

Camargoer.

Olá Esteves. Dizem que os soviéticos fizeram armas nucleares que cabiam naquelas pastas sansonite. Para mim é apenas uma história da guerra fria, mais ou menos como os alertas laranja e amarelo nos EUA durante a Guerra ao Terror… aliás, ninguém mais fala disso.

Agora, que dá para colocar uma bomba atômica em uma kombi e levar de cá para lá. isso dá.

Esteves

Isso amedronta. Kombis…

Esteves

Parabéns pelo Dia do Professor, Professor Camargo.

Camargoer.

Obrigado. Parabéns a todos que ensinam e aprendem.

Leonardo Gama

Com nações buscando secretamente desenvolver suas armas nucleares, isso jamais vai ocorrer, embora eu também defenda o banimento. A caixa de pandora foi aberta e jamais será fechada.

Renato

Isso mostra porque não temos, a mentalidade do brasileiro médio já é moldada para ser submisso. Qualquer coisa fora disso é visto como errado..

Bernardo

Eu sempre fui a favor, mas não tenho esperança não.

Acho que Israel precisa ter por motivos diferentes (sempre foi atacado o tempo todo).

O Brasil é pq é mto grande, tem riqueza demais e faz fronteira com gente demais, inclusive com país que tem arma nuclear.

Bruno Vinícius

Brasil e Israel vivem situações totalmente distintas. Produzir e – principalmente – manter armas nucleares e a infraestrutura associada demanda quantidades copiosas de dinheiro público.   O Pu-239 sozinho custaria ao menos 20 milhões de dólares por arma. Trítio, utilizado para iniciar a reação em cadeia, demanda produção constante. Os mísseis necessários para a entrega dessas armas em seus alvos de maneira bem-sucedida são caríssimos. Bem como são a rede de radares de aviso antecipado e a infraestrutura de comando e controle para garantir que nossas armas não seriam destruídas em um first strike.   Sem contar as sanções econômicas… Read more »

Camargoer.

Olá Bruno. Creio que o preço para o Brasil produzir uma arma nuclear, seja de plutônio ou de urânio-235, é bem maior. Já alguns anos fiz esta estimativa, incluindo o valor para se construir uma cascata de U-235 para obter material com 95% de enriquecimento para as bombas de urânio e a construção de um reator de pesquisa para produzir plutônio. Também inclui o valor da construção de um sistema de controle radiológico para fazer a manutenção dos dispositivos nucleares e também estimei o custo de manter um esquadrão de caças capacitados para o lançamento das bombas ou a construção… Read more »

Renato

E você acredita mesmo que as ameaças do Brasil sejam seus vizinhos???
Acorde meu caro, a ameaça do Brasil atende pelo codinome OTAN.

Bruno Vinícius

Um ataque da OTAN ao Brasil é uma possibilidade que só existe nas mentes desvairadas de conspiracionistas que já se desligaram do mundo real há muito tempo. Ou na dos ignorantes…

Renato

Ok, tá bom então. Na sua cabeça então o Brasil está completamente seguro pois os vizinhos não representam perigo, OTAN também não.. Ou seja, sequer precisamos de Forças Armadas. Gênial mente brilhante, parabéns…

Camargoer.

Olá Renato. Estratégias de defesa demandam cenários prováveis. Cenários improváveis resultam e dispersão de recursos. Quando se avalia as ameaças prováveis, não há nenhum risco de conflito. Isso é bom. Portanto, a estratégia de defesa brasileira deve ser feita sobre ameaça difusas e sobre ações de dissuasão. Hoje, as principais ameaças á defesa do Brasil é invasão do espaço aéreo (isso já aconteceu algumas vezes, sendo que a FAB foi acionada para interceptar), sequestro de aviões (já aconteceu), invasão do espaço aéreo por aeronaves do tráfico (acontece o tempo todo). pesca ilegal (o tempo todo), crimes ambientais no mar (como… Read more »

Fabio Araujo

Israel deve ter algumas centenas de ogivas nucleares e não deve ter receio de usas se sentir ameaçado.
Houve um suposto teste nuclear em uma ilha remota no Oceano. Índico que segundo especulações teria sido feito em conjunto por Israel e pela África do Sul.

Esteves

EDITADO

ESTEVES, POR FAVOR…..VAMOS MANTER UM BOM NÍVEL.

OS ÂNIMOS JÁ ANDAM INFLADOS DEMAIS.

O QUE TEM A VER “ATAQUES NUCLEARES RUSSOS NA UCRÂNIA”, “ONANISMO” E O FILME “O BEBÊ DE ROSEMARY” COM O TEMA DA MATÉRIA?

Macgaren

Boa estevão!

Etes são os maiores perigos, nisso eu concordo!

Jadson S. Cabral

Tinha até bebê de rosemary no comentário??? Kkkkkkkkkkk

AVISO DOS EDITORES:
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Orivaldo

Fiquei curioso

Esteves

Olha, A matéria tá boa. Técnica. Mas por que “último recurso”? Israel sofre um ataque localizado. Exceto se o ataque vier do Irã cruzando fronteiras. Nesse caso os países deixariam para o Irã o fardo nuclear. Israel responde destruindo as centrais nucleares do Irã e locais de armazenamento. Israel trava guerras assimétricas e multilaterais nas fronteiras. Não precisa de artefato nuclear. Precisa das localizações. Força destruidora convencional não falta à Israel. E ajuda dos EUA. Israel sofre um ataque nuclear massivo. Pouco provável ou improbabilidade quase completa naquela região. A desculpinha do arsenal é a dissuasão. Israel tem isso de… Read more »

carvalho2008

Minhas inferencias: Israel possui superioridade aerea e tecnologica Israel consegue se defender e bem numa arena simetrica e assimetrica Israel é muito inferior em recursos humanos, numeros de combatentes no ambito terrestre, para ele é imperativo que não caia em operações terrestres em face das limitações apertadas de territorio Acredito que Irã ja tenha seus atefatos nucleares. é altamente provavel que já possua. Mesmo que não tenha artefato autoctone, é altamente provavel que possua via Coreia do Norte A existencia de artefatos nucleares de ambos os lados, direciona ao pior cenario promovido pelo t e r r o r i… Read more »

Esteves

Mestre,

Israel brinca no jardim atômico desde os anos 1950/60.

https://www.vanunu.com/nukes/20041118cartoon.jpg

Orivaldo

O Interessante é que eles tem e não falam sobre ou ameaçam em público rsr

Rodrigo Maçolla

Nesse filme. que também tem terroristas como causadores do conflito, um porta aviões da Marinha norte americana também é atacado,,, “A soma de todos os medos” tomara que nunca se torne realidade.

Last edited 6 meses atrás by Rodrigo Maçolla