Boeing amplia investimentos estratégicos no Brasil e inaugura Centro de Engenharia e Tecnologia no país

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  • Centro de Engenharia no Brasil integra rede global de 15 centros de desenvolvimento de tecnologia de ponta
  • Boeing e governo do estado de São Paulo firmam Memorando de Entendimento de Cooperação Tecnológica
  • Boeing e Unicamp anunciam extensão da parceria que mapeia insumos para produção de combustível sustentável de aviação no Brasil
  • Primeiro programa de estágio da Boeing no país começa em 2024

São José dos Campos, Brasil, 10 de outubro de 2023 – A Boeing anunciou hoje a abertura de seu Centro de Engenharia e Tecnologia no Brasil em São José dos Campos (SP), cidade que abriga a empresa desde 2014. O centro é um dos 15 da companhia espalhados pelo mundo que desenvolvem tecnologia de ponta para impulsionar a inovação aeroespacial. Os cerca de 500 engenheiros da Boeing baseados no Brasil trabalham em várias áreas dando suporte para diversos tipos de aeronaves, atuais e futuras.
“A parceria de longa data da Boeing com o Brasil remonta a mais de 90 anos e, durante esse período, colaboramos com a indústria aeroespacial e a comunidade brasileira para aproveitar as incríveis habilidades técnicas e capacidades de resolução de problemas dos engenheiros brasileiros”, disse Lynne Hopper, vice-presidente de Engenharia, Estratégia e Operações da Boeing. “Sua expertise fortalece nosso compromisso com a excelência em engenharia e nos posiciona para enfrentar os desafios da próxima geração em nossa indústria.”

Durante o evento com colaboradores e parceiros-chave, a Boeing divulgou uma série de novos investimentos estratégicos no Brasil.

A empresa assinou um Memorando de Entendimento com o governo do estado de São Paulo com foco no desenvolvimento tecnológico aeroespacial. Entre os principais objetivos, estão:

  • Desenvolver a capacitação em engenharia aeroespacial, incluindo na educação voltada à ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).
  • Promover uma agenda conjunta de industrialização e inovação.
  • Aprimorar e fortalecer o fluxo de talentos em todo o ecossistema aeroespacial, com foco específico no aumento da diversidade.

“São Paulo tem todas as condições de fortalecer o desenvolvimento tecnológico aeroespacial, importante segmento que movimenta a economia paulista. Com isso, queremos gerar mais emprego e renda para nosso estado, um dos principais propósitos da parceria com a iniciativa privada, diretriz do governador Tarcísio de Freitas”, afirma Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.

Juntamente com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Boeing anunciou um financiamento de projeto de sustentabilidade que extende a parceria para desenvolver a terceira fase do banco de dados SAFMaps que permite entender a viabilidade dos insumos mais promissores para produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na siga em inglês) em áreas específicas no Brasil.

“Apoiado pela Boeing, o desenvolvimento do SAFMaps como uma inovadora plataforma web da Unicamp está focado em ajudar a acelerar a produção de SAF no Brasil. O projeto, liderado pela universidade, inclui atualmente 13 estados brasileiros com maior potencial de produção de biomassa. Integra também informações essenciais sobre potenciais matérias-primas, alinhando-se assim às regulamentações internacionais que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa com o objetivo de alcançar uma aviação ainda mais sustentável”, disse Arnaldo Wagner, professor de Engenharia Mecânica e líder do projeto.

A Boeing também anunciou o primeiro programa de estágio da empresa no Brasil, voltado para estudantes do último ano de engenharia. Os estagiários aplicarão conhecimentos por meio de projetos em um ambiente global e multicultural, com orientação de profissionais experientes. A iniciativa está alinhada com a estratégia global da empresa de contribuir para a excelência em engenharia nos países onde atua.

“Queremos oferecer o melhor programa de estágio do Brasil para estudantes que desejem construir uma carreira sólida e de destaque na indústria aeroespacial. O Brasil tem um rico histórico na aviação, contando com universidades que são referência no setor de engenharia”, disse Humberto Pereira, diretor do Centro de Engenharia e Tecnologia.
Ao longo dos anos, a Boeing tem colaborado ativamente com o fortalecimento do ecossistema aeroespacial do Brasil em várias frentes, incluindo:

  • Obtenção de mais de 30 patentes através da equipe do Centro de Pesquisa da Boeing desde sua instalação no país em 2012.
  • A empresa investiu mais de US$ 5 milhões em parcerias com instituições voltadas ao ensino de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), impactando cinco milhões de estudantes e treinando milhares de professores.
  • Na área de sustentabilidade, a Boeing trabalha há mais de dez anos em colaboração com universidades, instituições públicas e organizações não-governamentais para viabilizar a descarbonização do setor aeroespacial.
  • Esse trabalho tem foco especial em combustíveis sustentáveis de aviação, reconhecendo o papel pioneiro e expertise do país em biocombustíveis.
  • A empresa também investiu dois milhões de dólares em iniciativas que maximizam benefícios sociais, econômicos e ambientais para as comunidades envolvidas no desenvolvimento de matérias-primas para produzir combustíveis sustentáveis de aviação.
  • Trabalhar ao lado da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) em projetos de segurança operacional.

“Nossos investimentos no Brasil são amplos e refletem o fato de que a Boeing considera o país um parceiro estratégico para solucionar alguns dos maiores desafios da indústria aeroespacial do mundo”, afirma Landon Loomis, Presidente para América Latina e Caribe e Vice-Presidente de Políticas Globais da Boeing. “Ao expandir nossa colaboração com o Brasil, o país também poderá desempenhar um papel ainda mais relevante no atendimento à demanda global por aviões nos próximos 20 anos, que estimamos ser de US$ 8 trilhões.

Veja mais sobre a história da Boeing no Brasil aqui.

Sobre a Boeing

A Boeing é uma empresa aeroespacial líder global que desenvolve, fabrica e realiza serviços em aeronaves comerciais, produtos de defesa e sistemas espaciais para clientes em mais de 150 países. Como uma das principais exportadoras dos Estados Unidos, a empresa usa os talentos da sua base de fornecedores globais para promover oportunidades econômicas, sustentabilidade e impacto nas comunidades. Sua equipe diversificada está comprometida com inovações para o futuro, liderando com sustentabilidade e cultivando uma cultura baseada em seus valores centrais de segurança, qualidade e integridade. Junte-se à nossa equipe e encontre seu objetivo aqui.

DIVULGAÇÃO: Boeing

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Guacamole

Isso vai dar um brain drain na área aero espacial do Brasil que vai doer.

Frederick

Pois é. Já estava acontecendo. Agora vem de forma agressiva. Hoje, algumas empresas nacionais movimentam-se para agarrar talentos.

Vamos ver no que dá.

Underground

Dá aumento de salário!

Santamariense

Paguem salários competitivos. Assim, muitos vão pensar bem antes de sair do país.

Palpiteiro

Antes gerar empregos aqui do que em outros países. Tem muita gente precisando de emprego.

Levi

A ideia nunca foi essa é levar os melhores cérebros para os seus projetos.

Marcelo

Tudo começou com a venda da Embraer para a Boeing, a Boeing teve acesso de tudo da Embraer (fez espionagem industrial em toda a empresa) e no final pulou fora sem pagar nada e saiu no lucro !!!
Depois disso se criou um monstro (Boeing do Brasil )para dificultar a vida da Embraer !!!

deadeye

Claro. Embraer paga uma merreca para engenheiro com PHD

Frederick

É? Quanto paga? Em cifras, por gentileza.

Gus

Abre o olho empresas aero espaciais brasileiras! Em especial as localizadas em SJC. Terão que se “virar nos 30” para atrair talentos. Maior disputa agora!

Camargoer.

Se a Boeing pagar a dívida com a Embraer já será uma boa notícia.

Underground

Pois é!
O processo segue em segredo de Justiça nos EUA, ainda aguardando uma arbitragem.
Entretanto, contudo, a Embraer alerta seus investidores que pode não receber os valores gatos, como ainda “pagar danos monetários significativos à Boeing”.

Vicente de Paula Silva

Se o Brasil pense em lançar um GPS, próprio, para evitar um apagão de informações de posicionamento global, é bom começar a pensar em lançar satélite próprio ao espaço, pois estas geringonças não funcionam sem os tais satélites não. Daí, não faz o menor sentindo ter GPS próprios se os satélites que lhes dão as informações necessárias são de terceiros.

Tutor

A Boeing não precisa desse centro aqui, então, qual a inteção? Aleijar a Embraer de alguma forma, para, quem sabe, ela não resistir a concorrência da gigante e sucumbir. No fim eles saem daqui também, e o Brasil fica sem nada?

Underground

Não precisaria vir aqui. Bastaria contratar para irem ao exterior.
Fato: a área de engenharia aeroespacial é pontuada por pouquíssimas pessoas capazes e o mercado disputa essas pessoas no tapa.
A Bombardier, no passado, já levou inúmeros engenheiros da Embraer.

Jadson S. Cabral

É que se instalando aqui você se torna mais atraente, pode fazer parcerias com universidades, como dito na matéria… parcerias até com outras empresas. Aí você consegue pegar os jovens ainda saindo da faculdade, pega o melhores, financias os melhores projetos… é um plano de longo prazo

Palpiteiro

Boa parte das pessoas contratadas pela Boeing foram demitidas da Embraer em 2018. Dezenas deixam a empresa todos os meses e a empresa não está abrindo vagas para repor essas vagas. Parece que quem é contra a geração de bons emprego não tem conta para pagar. Ou seriam funcionários públicos que vivem distante da realidade.

Rodolfo

Quanto mais empresas contratando engenheiros aeronáuticos no Brasil, melhor para as próximas levas de engenheiros que mais e mais vão seguir essa carreira… enquanto isso poucos jovens brasileiros vão se aventurar na carreira de engenharia nuclear.

EduardoSP

Se a proposta de trabalho for interessante, o trabalhador vai para onde quiser. SJC, Seattle, Toulouse, Linköping, etc.

Tem um sindicato de empresas que entrou na justiça para proibir a Boeing de contratar engenheiros no Brasil, deve ser para manter baixa a concorrência pela mão-de-obra e assim reduzir os preços (salários)..

Jadson S. Cabral

Não conseguiram fechar a Embraer por meio da sua aquisição, vão drenar todos os cérebros até que a industrial aeroespacial brasileira não consiga se sustentar mais, deixando de ser competitiva. E isso não vai ser só com a Embraer não, vejam bem o local que eles escolheram para se instalar e com quem estão fazendo parcerias. nada ilegal até aqui, no entanto. Eles oferecem salários mais altos, financiam pesquisas… tudo o que um cientista mais quer, mas o cientista brasileiro não tem. Aqui fica a pergunta, se você estudou a vida inteira, fez graduação, mestrado, tá fazendo doutorado… seu sonho… Read more »

Rodolfo

Quanto mais empresa no setor aeronáutico brasileiro melhor, não importa se nacional ou de fora. Aquecendo esse mercado, mais e mais jovens vão seguir esse rumo. Pior é se tem baixa demanda como no setor nuclear, o que gera baixo salários e ninguém quer ir pra essa carreira… só comparar os salários por exemplo de quem trabalha na Petrobrás e Nuclep. Com certeza, vários brasileiros trabalham em empresas petrolíferas pelo mundo, mas a demanda atrai sempre uma leva nova de engenheiros recém graduados. Por isso acho difícil que a Boeing vá ser um fator que vai drenar o setor de… Read more »

EduardoSP

Jadson, seu argumento está equivocado já na primeira frase. Não é que Boeing não conseguiu fechar a Embraer, foi ela que desistiu da compra, portanto, se quisessem poderiam ter comprado, fechado e chamado todo o corpo de engenheiros para ir para Seattle.
Foi opção estratégica deles não fechar a compra. Outra coisa, a Embraer não compete com a Boeing em nenhum mercado, nem na aviação civil, nem na área de defesa, nem na executiva, de forma que a empresa não é um “risco” para a Boeing.

Um Simples Brasileiro

Show de bola Boeing.

Cansado

Olha aí…alguém na Boeing deve ter pensado o mesmo que eu. Tenho avisado que a falta de rumo está levando a Embraer lentamente à bancarrota.
A Boeing se instala aqui e só espera o fato se consumar para encampar o espólio.
Até lá, vai sugando os melhores cérebros da embraer com a promessa de um salário em dólar e um green card. Brilhante jogada.

MMerlin

Falta de rumo e bancarrota?
Você precisa descansar urgente, rs.

André Macedo

Terreno fértil pra um brain drain, principalmente depois do governo anterior ter sucateado ainda mais a Pesquisa no país.

Mas não acho que vá fazer essa diferença toda na questão da fuga de cérebros.

Overandout

Nao tem nada de espionagem, de “brain drain” ou plano malefico. No Brasil ha muita mao de obra qualificada sem o nivel salarial americano. Melhor para qualquer empresa. Alias, o Brasil pode ser campo fertil para muitas outras no mercado de aviacao, vide Aeromot e Diamond no Sul. Ha muita mao de obra que na verdade nao eh absorvida pelo mercado ja existente no BR, faltam oportunidades. O maior “brain drainer” do Brasil eh ele mesmo… Nao adianta querer jogar no time dos adultos e esperar tratamento diferenciado, competicao existe em todos os outros paises e nao so no Brasil.… Read more »

Marcelo

Foi a própria Embraer que levou o ovo da serpente para dentro do seu proprio quintal,agora ela aguenta as consequências!!!

Jhonatan

Trabalhei por 8 anos numa empresa americana com mais de 70 filiais espalhadas pelo mundo, trabalho na área de TI com suporte e desenvolvimento, as empresas americanas sempre tiveram a cultura de se encontrar algum bom profissional eles devem ser enviados a sede nos EUA, já tive 6 colegas do BR que foi para os EUA, meu nome até chegou a ser cogitado, mas como meu inglês é uma merd4, acabei perdendo a oportunidade. Fato é que as pessoas sempre irão buscar uma melhor qualidade de vida, e muitas vezes a melhor qualidade de vida está atrelada a uma melhor… Read more »

Rodolfo

O governo injeta capital numa empresa aerospacial e de defesa comprando seus produtos e pagando pelo desenvolvimento de novos. No caso do Brasil, o governo vem cortando as encomendas de KC390, matou o UCAV e o STOUT, e vai limitar o Gripen em 50 unidades talvez. Fora isso, a Embraer não compete de frente com a Boeing, seus produtos não estão na mesma classe, até por isso a Boeing quase comprou a Embraer. O maior rival da Embraer hoje é a Airbus com o A200.

BLACKRIVER

Aos apaixonados venerastes da EMBRAER Recomendo fazer mais, formem-se em engenharia espacial, aeronáutica, se especializem em projetos aeronáuticos, invistam muita grana em vossas respectivas formações profissionais, façam isso!!! Depois vocês podem ir trabalhar por um salário abaixo do mercado, numa empresa do vale do Paraíba, empresa essa muita boa e de abrangência mundial, empresa respeitada, mas que paga um dos menores salários do mercado quando se compara aos seus pares mundo afora! Ou vocês podem ir trabalhar numa empresa com as mesmas características das acima citadas mas com um dos melhores salários do mundo! Boa sorte para vocês torcedores! Ta… Read more »

FernandoEMB

Conheço muitos ótimos profissionais que não sairiam da Embraer nem por salários maiores e por uma boa série de motivos. Salário não é tudo. Sim, podem levar muitos bons profissionais, não levará outros, mas isso faz parte do jogo. Uma empresa não pode depender apenas de bons profissionais, tem que ter bons processos, boas ferramentas, bons canais de reposição e um boa gestão do conhecimento. E os salários da Embraer são bons considerando o mercado de engenharia no Brasil. Ou você acha que um engenheiro da Volks aqui ganha o mesmo que um na Alemanha, ou um da GM o… Read more »

Santamariense

Escrevi um comentário comparando a SAAB e Elbit entre outras com a Boeing e sobre o possível brain drain atribuído à companhia norte-americana e não à companhias sueca e israelense. Porém, o referido comentário foi apagado. Por que? Qual regra eu ofendi??

Fernando "Nunão" De Martini

Não há nenhum comentário seu na caixa de lixeira nem de spam, onde ficam comentários que algum editor tenha apagado. Pode ter sido algum problema do sistema.

Santamariense

Ok, obrigado.