TEL AVIV — O Ministério da Defesa iniciou o processo de aquisição do terceiro esquadrão da aeronave “Adir” (F-35), que será absorvido pela Força de Defesa de Israel (IDF).

Após a aprovação do Ministro da Defesa, Yoav Galant, e do Diretor Geral do Ministério da Defesa, Major General (reformado) Eyal Zamir, a delegação de compras do Ministério da Defesa nos EUA apresentou um pedido oficial de compras (LOR) à Diretoria Americana HAF 35 (JPO) para concluir a aprovação e assinatura do acordo nos próximos meses.

O Ministério da Defesa vai adquirir do governo americano 25 aeronaves F-35, fabricadas pela Lockheed Martin, num negócio que inclui suporte e manutenção. Após a conclusão da transação, a frota das aeronaves stealth mais avançadas do mundo operadas pela Força Aérea Israelense será ampliada para 75. O fornecimento dos aviões para as IDF começará em 2027 a uma taxa de 3 aviões por ano.

O alcance do acordo é estimado em cerca de 3 bilhões de dólares provenientes dos fundos de ajuda americanos. Como parte do acordo original entre os governos, o fabricante do avião, Lockheed Martin, e o fabricante do motor, Pratt & Whitney, comprometeram-se a partilhar com as empresas israelitas a produção dos aviões F-35 vendidos aos países que os equipam.

O novo acordo permitirá a continuação do compromisso das empresas americanas de cooperar na produção de peças de aeronaves com as indústrias israelenses.

FONTE: Ministério da Defesa de Israel

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Jorgemateus77

Que inveja..
País que leva a sério sua defesa é outro nível

Camargoer.

Caro Jorge. Uma coisa de cada vez. Israel reberá uma ajuda dos EUA para gastos militars de US$ 3,3 bilhões. Para comparação, o orçamento da FAB de 2023 é de R$ 30 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões), dos quais R$ 2,6 bilhões (US$ 0,5 bilhão) para investimentos. Perceba que a ajuda dos EUA para Israel adquirir equipamento dos EUA é mais de 6x o que a FAB tem para adquirir material novo. Israel é o pais que recebem a maior ajuda militar dos EUA, seguido do Egito.

Astolfo Roberval

Camargoer, 1) Percebemos então que a FAB é a culpada pelo seus próprios problemas, pois se de R$30 bilhões ela só consegue investir R$2,6 bilhões em novos equipamentos, ela é incompetente; 2) Quem mandou o Brasil ser tão anti-americano? Eu entendo que o Brasil não deva confiar cegamente nos americanos (e nem em nenhum outro país), mas o Brasil consistentemente, ao longo de anos ou décadas, tentou antagonizar os EUA ou apoiou em algumas situações os seus rivais. Isso é direito do Brasil, mas a consequência é que não podemos fazer isso e depois reclamarmos que os americanos enviam uma… Read more »

Camargoer.

Caro. Recomendo ler o relatório de planejamento de gastos da FAB em https://www.fab.mil.br/Download/arquivos/Plano_de_Acao_do_%20COMAER%20_para_2023.pdf Alguns pontos são uma péssima surpresa.

bruno

Os inativos consomem mais recursos do que os ativos ! Caramba!

Azor

A FAB com quase 80 mil efetivos, fora os da reserva, é a grande culpada…….só tem para soldos e complementos……fora as filhas solteiras,,,,

L G1

Meu amigo, A FAB hoje tem menos de 64.000 efetivos na ativa e reduzindo. O objetivo é chegar a 54.500 em 2035. Hoje tem 51% temporários. O objetivo é 56% de temporários em 2035. Para uma força aérea acredito que o número de temporários deveria ser 70%. Quanto ao número de 54.500 efetivos em 2035 está bom. O problema é o prazo muito longo. Deveria ser no máximo até 2030.

Marcelo Andrade

cara esse mimimi de filhas solteiras já mudou há tempos, só que existe um negócio chamado direito adquirido. Já deu no s….

Fabio Mayer

O saudoso Saulo Ramos, um dos maiores juristas que o Brasil já teve, afirmava com muita propriedade que não existe direito adquirido se confrontado à regra constitucional. Para solucionar isso, bastava uma emenda constitucional no Ato de Disposições Transitórias, informar que tais pensões seriam extintas em certo lapso de tempo e sob algumas exceções bem definidas. Como nunca se faz o correto, provavelmente dentro de alguns anos, o STF vai declarar alguma inconstitucionalidade de restituir a pensão para filhas sob algum argumento obtuso.

JSIlva

O engraçado disso é que o momento que o Brasil esteve mais próximo de fechar uma aquisição militar significativa com os americanos foi no FX-2, quando os bastidores diziam que, no governo Dilma, os Super Hornet eram os favoritos, quando então surgiu o caso Snowden, que revelou a espionagem americana ao governo brasileiro… a consequência disso foi que o último virou o primeiro, já que, supostamente, o Rafale era o preferido de Lula, o Super Hornet era o preferido de Dilma e o Gripen era o preferido da FAB…

Camargoer.

Caro JS. Sinceramente, acho que o Brasil nunca teve a intenção de comprar o F18, até porque a Boeing nunca garantiu o acesso ao código-fonte. Ela afirmava que se a FAB escolhesse o avião, eles conseguiriam a permissão do Congresso. Também nunca ficou clara como seria a participação brasileira na fabricação do avião. De modo algum isso significa que o F18 fosse pior ou melhor que o Rafale ou o F39. O fato é que comparativamente, a proposta do Rafale era melhor. Como a FAB rejeitou o avião francês, seja por qual motivo, ficou claro que o F18 também não… Read more »

João

Investimento em A, vira custos em A+1.
O Brasil não recebe apoio e nem prioridade de aliados.

Fabio Mayer

O problema não é ser anti-americano, o problema é ser pilantra, privilegiar os interesses pessoais (aposentadorias e pensões gordas) ao interesse público (defesa), coisa que é a regra no Brasil.

Luís Henrique

Era. Agora o país que mais recebe ajuda militar dos EUA é a Ucrânia.

Camargoer.

Você tem razão. Bem colocado.

KKce

Por qual motivo o Egito recebe ajuda militar dos EUA?

Camargoer.

Isso é uma boa pergunta. Obviamente, nada tem a ver com a manutenção de um regime democrático nem pela defesa dos direitos humanos, Uma das bizarras heranças da Guerra Fria. Em 1978, Israel e Egito assinam um acordo de paz que foi intermediado pelos EUA, que ficou conhecido com como “Acordos de Camp David” durante o governo de Carter, inclusive tendo resultado no Premio Nobel da Paz para Begin, de Israel, e Sadat, do Egito. Este acordo foi histórico por ser o primeiro acordo de paz entre Israel e um país árabe. Um dos pontos do acordo era o apoio… Read more »

KKce

Interessante. No caso essa ajuda que o Egito recebe também é na forma de crédito para gastar com equipamentos de fabricação americana?

Camargoer.

Olá K. Sim. É o mesmo modelo adotado para a ajuda militar á Israel e à Ucrânia. Os créditos são para adquirir equipamentos ou suprimentos produzidos nos EUA. Não podem ser gastos com pessoal nem podem ser usados para adquirir material de outros países.

Nonato

50 bilhões em 45 anos não parece tanto assim.
1 bilhão de dolares por ano
Como o Egito não tem petróleo nem nada talvez uma forma de estabilizar o pais.
A China explora países africanos.
Empresta dinheiro e toma aeroportos, ferrovias…

Camargoer.

Olá Nonato. Talvez seja preciso ajustar os valores pela inflação do período. Um F16 novo custava menor de US$ 20 milhões na década de 80. Hoje deve custar mais que US$ 100 milhões. Em 1979, US$ 1 valeria US$ 5 hoje. Fazendo uma aproximação, o valor total desta seria hoje equivalente a cerca de US$ 600 bilhões ao longo do período.

Fabio Mayer

O que acontece, é que é o preço que se paga para manter a navegação em Suez, sem a qual o mundo enfrentaria gigantescas crises de abastecimento e inflação.

L G1

Simples. Recebe ajuda militar dos EUA para não atacar Israel. A arábia Saudita e outros países do golfo também dão muita ajuda militar para o Egito em um acordo de defesa mútua.

L G1

E o modelo da antiguidade. Um reino ou império da antiguidade fornecia ouro, comidas, etc, para que um outro povo não os atacassem. O império romano no declínio fez muito isso. A China antiga é quem mais fazia. A China pagava os mongóis e outros povos para não atacar a China. Na verdade para defender a China de outros povos invasores. Hoje a China paga a Rússia para defender o seu flanco norte e a Mongólia. A China paga a Coreia do Norte para proteger a Manchúria. E hoje também paga o Paquistão e a Birmânia para proteger a China… Read more »

Otto Lima

Deixo aqui uma pergunta: como ficará essa ajuda militar estadunidense quando o Egito for incorporado aos BRICS?

Camargoer.

Caro Otto. A ajuda militar dos EUA está no âmbito dos acordos de Camp David. Nada tem a ver com Brics, eleições, direitos humanos ou FMI.

Orivaldo

Pois é, culpa desses americanos das gordas aposentadorias e pensões

pampapoker

Para mim, a melhor força aérea do mundo.

Magaren

E a melhor marinha também!

Marcelo M

Ao contrários dos anos 60, hoje não falta opção no mercado para Israel. Então, se está comprando mais F35 é a prova absoluta de que a aeronave é mesmo incrível. Até mesmo, porque Irsael foi o único país a coloca-la a prova.

Camargoer.

Caro Marcelo. Todos concordamos que o F35 é um excelente equipamento, ainda que apresente problemas. Contudo, Israel compra F35 porque recebeu recursos dos EUA para ajuda militar destinada a comprar material fabricado nos EUA. Claro que Israel poderia comprar F15 ou F16, os quais Israel opera há muitos anos.

Rodolfo

A ajuda americana anual com defesa que Israel recebe é um crédito para ser gasto com a indústria de defesa americana.

Camargoer.

Caro Lew. Pior que isso é negativar votos de “boas festas e feliz ano novo”, mensagens de “obrigado” e perguntas. Afinal, como disse Caetano, “Quem lê tanta notícia?”. Por vezes, os editores precisam editar comentários, suspender alguns, chegando ao cúmulo de banir um pessoa, tudo no contexto de uma luta ideológica muitas vezes suja e rasteira. Estes exemplos mostram que exiate gente pouco preocupada com o debate, que ignora a inteligência e a educação. Gente de alma doente. Além de você, tenho a grata alegria de debater e discorda de outros colegas, mas sempre com a certeza de existir respeito… Read more »

Rodolfo

Eu li que Israel só incorporou 39 dos 50 iniciais até Julho desse ano, não sei se as próximas unidades pendentes da primeira ordem vão ser afetadas pelo upgrade TR3 que obrigou a USAF a bloquear as entregas até a resolução dos problemas de software.
Até 2027 imagino que a versão do Adir vai incluir os upgrades block 4 que deverá já estar operacional.

Orivaldo

Esse avião é ruim de vender heim

Toro

O tempo passa, o tempo voa e os custos do F-35 vão diminuindo, versões mais avançadas estão aparecendo, os problemas sendo resolvidos e ele continua vendendo prá caramba.

Pelo visto tem muito mais coisa certa do que errada nesse avião.

Rodolfo

Acho que o problema do software vai ser uma constante no programa, a cada nova versão ou upgrade revalidar e testar todo o código vai ser um processo caro e prolongado, provavelmente relacionado a uma decisão “ errada” tomada bem no início do programa (technical heritage). Mas enquanto a Lockheed conseguir garantir o funcionamento sem problemas da aeronave, vai continuar vendendo bem.

Rodolfo

Notícia de 2018 onde já se falava dos atrasos no software e já se imaginava que o período de transição para Block IV seria o de maior estresse.

https://www.defensenews.com/air/2021/03/23/f-35-program-not-moving-quick-enough-to-get-software-out-on-time-congressional-watchdog-finds/

Rodolfo

2021…

L G1

Cada esquadrão de caças de Israel tem 25 aviões. Com os 75 caças encomendados são 3 esquadrão de caças F-35 que irão substituir caças F-16 mais antigos.

Alecs

Salvo engano, os primeiros lotes de F-16A/B Block 15 também foram de 75 unidades.

L G1

Cada esquadrão de caças da força aérea de Israel é composto por 25 aviões. Na força aérea da Índia cada esquadrão de caças e composto por 18 aviões. Na força aérea do Iran casa esquadrão de caças e composto por 14 aviões. Na força aérea brasileira não sei. O que ouvir falar que em caso de guerra seria 14 aviões de caça pôr esquadrão.

Rinaldo Nery

Não há nenhum número definido. Nunca houve.

L G1

Verdade. O projeto era modernizar 14 A-1M. Cada esquadrão de A-29 da FAB tinha 17 aviões. Foram comprados 36 Gripen, o que da para formar 3 esquadrões de 12 aviões ou 2 esquadrões de 18 aviões. E já vi em algum lugar que em caso de mobilização seriam formados esquadrões de 14 aeronaves. Realmente a FAB não tem um número certo de caças pôr esquadrão.

Rinaldo Nery

Que bom ter a Wall Street comandada por judeus.

Fabio Mayer

Tão ruim e cheio de problemas que, quem tem, quer mais.

Mas tem aquele famoso botão nos caças americanos, que desliga os caças de fabricação americana de propriedade de outros países, para o caso de haver conflito com ex-aliados da Casa Branca, né?