A União Soviética construiu o único sistema operacional de mísseis antibalísticos (ABM) do mundo em torno de Moscou na década de 1970. A partir de 1980, eles melhoraram e expandiram esse sistema. Duas dessas melhorias são mostradas nesta ilustração de 1983: o míssil interceptador GAZELLE com ogiva nuclear baseado em silo e um novo grande radar destinado a controlar os ABM

Por Sérgio Santana* [1]

A escalada de tensões resultante da invasão da Ucrânia pelas Forças Armadas da Federação Russa, em fevereiro de 2022, tem frequentemente levado não apenas analistas de assuntos militares, mas também a opinião pública como um todo a acreditarem que este é o momento mais quente desde o fim da Guerra Fria, que ocorreu com o fim da União Soviética no fim de 1991.

Esta mesma crença, motivada por ameaças abertas do emprego de armas nucleares por parte da Federação Russa (e mesmo por exercícios da sua Força de Mísseis Estratégicos há alguns poucos meses, para não se falar dos recentes testes de mísseis nucleares norte-americanos e franceses) vez por outra suscita curiosidades acerca do tema, uma delas sendo a capacidade de defesa russa contra mísseis nucleares adversários.

O sistema A-135

Don-2N (Pill Box)

Tendo sido aceito para serviço em 1995, o sistema de defesa A-135 é operado por uma divisão de defesa antimísseis, responsável por neutralizar ogivas nucleares apontadas para Moscou, a capital da Rússia.

Seu principal centro de comando bem como o radar de varredura digital para gerenciamento Don-2N estão localizados na cidade de Sofrino, no Distrito de Pushkinsky, que faz parte da região de Moscou.

Codificado pela OTAN como “Pill Box”, o Don-2N é uma estrutura quadrangular de 33 metros de altura com lados de 130 metros de comprimento na parte inferior e 90 metros de comprimento na parte superior. Cada uma de suas quatro faces possui um radar de banda de frequência super alta de 18 metros de diâmetro, oferecendo uma cobertura de 360 graus.

À direita de cada antena circular e conjunto de rastreamento, separados por uma estrutura vertical para blindagem, está um conjunto de antenas quadradas com comprimento de 10 metros) para guiar o míssil interceptador por link de dados. O Don-2N é executado por um supercomputador Elbrus-2 e foi projetado para ser o centro de controle do sistema pode operar de forma autônoma se a conexão com o seu centro de comando e controle for perdida. Possui alcance de 3.700 km para alvos do tamanho de uma ogiva ICBM típica, variando entre 1.500km a 2.000km para detectar um alvo de 5cm x 5cm.

A rede russa de radares de alerta antecipado consiste em:

  • Radares de alerta antecipado Daryal biestáticos ativos phased array;
  • Radares de alerta antecipado de vigilância espacial Dnepr/Dnestr;
  • Radares de alerta antecipado Voronezh Phased Array;
  • Satélites de alerta antecipado US-KMO, US-K e EKS;
  • Serviços de comando, controle, comunicações e inteligência.

O Pill Box/Don-2N comanda 68 mísseis interceptores endoatmosféricos de curto alcance do tipo 53T6 (“ABM-3 Gazelle” no jargão da OTAN). Projetado pela empresa NPO Novator em 1978 e produzido a partir de 1988, o míssil é capaz de interceptar veículos de reentrada a uma distância de 80 km, sendo um foguete de propelente sólido de dois estágios armado com uma ogiva termonuclear de 10 quilotons. O míssil tem 10 metros de comprimento e 1,8 metros de diâmetro, pesando 10 toneladas no lançamento. É mantido em um contêiner de lançamento baseado em silo. Antes do lançamento, sua capa protetora é arrancada.

Estes são testados anualmente no local de teste de Sary Shagan. Além disso, 16 lançadores aposentados de mísseis armados nucleares interceptores exoatmosféricos 51T6 de longo alcance, 8 mísseis cada, estão localizados em duas bases de lançamento.

O míssil 53T6 atinge velocidades de aproximadamente Mach 17 (18.037km/h). A capacidade máxima de aceleração gravitacional varia entre 90 Gs e 210 Gs.

Os 68 mísseis de curto alcance são implantados em cinco locais — Lytkarino (16 interceptadores), Sofrino (12), Korolev (12), Skhodnya (16) e Vnukovo (12).

O sistema sucessor, apelidado de ‘Samolet-M’ (e mais recentemente A-235) empregará uma nova variante convencional do míssil 53T6 a ser implantado nos antigos silos 51T6.O novo PRS-1M é uma variante modernizada do PRS-1 (53T6) e pode usar ogivas nucleares ou convencionais. Ele pode atingir alvos em distâncias de 350 km e altitudes de 50 km.

Lançamento do ABM 53T6
53T6 (ABM-3 Gazelle)

Base de Lytkarino
Base de Sofrino
Base de Korolev
Base de Skhodnya
Base de Vnukovo

[1] Sérgio Santana é Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas.

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Antonio Cançado

Será que funciona?

Harpia

Só tem um jeito de saber, por isso prefiro não saber.

Willber Rodrigues

Só há um jeito de saber….

E não sei se o planeta, a civilização e a humanidade gostariam de passar por este teste.

Vinicius Momesso

Os Kilotons das bombas usadas em Hiroshima e Nagasaki, podem ser considerados hoje como “de uso tático”?

Ruberval

Míssil com essa tecnologia desenvolvido em 1978,agora voce imagina o grau tecnológico e o que os russos conseguem fazer hoje em dia !!!
Hoje com toda tecnologia moderna aqui no brasil só conseguimos fazer mau mau o mansup -copia meia boca do exocet da primeira versão.
O Brasil nao é para amadores !!!
90% do radares no brasil sao americanos kkk .

Fernando "Nunão" De Martini

“Hoje com toda tecnologia moderna aqui no brasil só conseguimos fazer mau mau o mansup -copia meia boca do exocet da primeira versão.” Por que é meia-boca? E por que é cópia, só pelo aspecto externo? “O Brasil nao é para amadores !!! 90% do radares no brasil sao americanos kkk” . Concordo que o Brasil não seja para amadores, mas discordo de que 90% dos radares do Brasil sejam americanos. A maior parte de nossos radares de controle do espaço aéreo, assim como de aproximação, vigilância em rota etc são de tecnologia francesa, não americana (tem americanos também, boa… Read more »

Aéreo

Montado aqui eu diria. Isto é diferente de fabricado.

Fernando "Nunão" De Martini

Aéreo, Já visitei a fábrica pessoalmente mais de uma vez e publiquei matérias a respeito. É fabricado aqui, desde as placas dos circuitos eletrônicos até peças maiores. Vi pessoalmente a fabricação. Algumas partes de fato são importadas, assim como microchips que não se produz no Brasil, mas de resto os radares são fabricados aqui sim, e o suporte de fabricante também é feito aqui. Tem fotos aqui no site das instalações e da fabricação dos mais diversos itens dos radares. Pesquise usando a palavra-chave Omnisys (empresa nacional que se tornou subsidiária da Thales, mas nem por isso deixou de ser… Read more »

Marcelo

Voce pode visitar o que vc quiser !!!
Os americanos nos vendeu na época uns radares de defesa aérea pé de boi.
As funcionalidades Contra-Contra-Medidas Eletrônicas (CCME) e um Programa Simulador de Ambiente Radar (RESS), relevantes para um contexto de Defesa Aérea, não foram implementadas na época do CCSIVAM e agora serão contempladas nesse contrato
https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/20751/

Fernando "Nunão" De Martini

E?

O que isso acrescenta a eu ter contestado as afirmações erradas de dois comentaristas,?

Um dizendo que 90% dos radares do Brasil são americanos e outro dizendo que os fabricados aqui não eram fabricados, e sim montados?

Comte. Nogueira

É a mesma história da Embraer… Se é ou não uma fábrica de aviões. Se eu receber aviônica, motor, e outros sistemas importados, eu consigo fabricar um? Saber fazer a integração é a chave.

Marcelo

A parte principal do radar vem da matriz européia o kit é enviado caixa preta(o pulo do gato ) onde esta todo conhecimento tecnológico é enviado para montar com o resto fabricado localmente .
Voce mesmo falou que a parte principal é enviado da matriz.
Resumindo continuamos montando kits,so que de uma maneira mais moderna,fabricando parafusos !!!!

Fernando "Nunão" De Martini

“Voce mesmo falou que a parte principal é enviado da matriz.”

Você deve estar com problemas de leitura. Não escrevi isso.

sub urbano

Sim e não. O critério é o uso. Se usadas contra uma região industrial ou a capital de um país, seria estratégico. Se usadas contra uma grande formação de tropas, seria um uso tático. Exemplo: Uso tatico: Americanos usam 10 ogivas de 10kt cada contra o comboio militar russo q ia em direção a Kiev. Uso estrategico: Russia lança uma única ogiva de 10kt contra a região industrial de Kiev. Outro exemplo. satelites americanos notaram que hava grandes formações de tropas russas na fronteira da Ucrania. Se o Biden tivesse jogado uma bomba de 200 megatons contra essa formação de… Read more »

Cristiano de Aquino Campos

Está errado, o uso de qualquer ogiva com poder de destruição o suficiente para vaporizar uma grande cidade, e uma ogiva de 200 megatons destroe uma cidade tipo São Paulo, e a longa distancia, e uma arma estratégica, já ogivas de 10 kilotons são táticas pelo seu baixo poder de destruição e poderem ser lançados de curta distância.
No caso da sua suposição, dos EUA jogar uma ogiva nuclear contra tropas Russas e nao precisa nem ser no territorrio Russo, que era o caso da sua suposição, teria uma resposta no mínimo equivalente.

Paulo

Manda um Gripen lá.

Mauro Cambuquira

Se eu fosse um russo, iria devolver a sua pergunta, perguntando se as defesas do seu país, ” elas existem?”

Hellen

No país que toda vez que fala em comprar equipamentos belicos fala em comprar umas unidades de equipamento estocados no deserto americano voce ja percebe como as coisas sao resolvidas !!!!

Willber Rodrigues

Quando é pra comprar com qualidade, as FA’s compram meia-dúzia depois de 30 anos de estudos.
Qua do é equipamento obsoleto e em boa quantidade, as FA’s compram via FMS.

Luis Carlos

Melhor nem tentar.
Se a ‘rede leve’, digamos ‘de campanha’ russa varreu a Força Aérea ucraniana dos ares, imagine esses monstros.

Comte. Nogueira

Varreu nada… A Rússia não consegue nem sobrevoar Kiev… Quanto mais bombardea-la.

Agressor's

Descobrirão dentre em breve…

Carlos Campos

supondo que o radar veja depois que for lançado o míssil não sobre nada no ar. pois alguns usam armas nucleares para destruir tudo

Gerson Carvalho

Com certeza!

Marcelo

Impressionante o sistema russo !!!!

Augusto

e bem apelão também, kkkkk

BLACKRIVER

Nunca chegamos nem chegaremos nem perto de ter uma estrutura de defesa nesse nível.

Em termos de radares russos e americanos estão anos luz na frente do mundo.

Mirade1969

Bem eles tem uma industria com know how de mais de 70 anos de pesquisa e construção, não dá para comparar com o Brasil assim também como a maioria dos outros países podem até desenvolver mas não na escala Americana ou Russo soviética pois os dois são potencia nucleares. Mesmo a China ainda não chegou lá.

BLACKRIVER

Quando eu olho as construções de infraestrutura da rede de dedares russa e a infraestrutura de transporte dos Estados Unidos das décadas de 60; 70; 80… Eu fico perguntando onde estava o governo militar brasileiro que nem asfaltar a transamazônica, a BR153… e a grade maioria dos aeroportos que construíram, não tem um bom PCN… Em termos de infraestrutura RODOVIAS + FERROVIAS + CONCRETO ( cimento + areia + brita + ferro) esses dois países fizeram algo que de um lado garantiu o progresso de cinco gerações do outro lado o “capitalismo comunista “ igual o nosso, destruiu o que… Read more »

Felipe

Meu caro antes de 1964 o Brasil era 50° economia do mundo , no regime militar chegou a ser a oitava, e de lá pra cá sempre oscila entre as 12 primeiras pelo menos. Muita infraestrutura e avanços industriais e tecnológicos tivemos naquele período tanto civil como militar. Desde os anos 90 o Brasil vem sofrendo um processo de desindustrialização e tendo poucos avanços tecnológicos em comparação aquele período, cada vez mais compramos produtos de alto e médio valor de fora.

BLACKRIVER

Lugar legal para procurar no Google: Clear Space Force Station Radar



M4l4v1t4

Desde o Boris Iéltsin, ou até antes, a chance disso ter sido desativado é de 101%.

Os norte-americanos preferiram outro conceito, muito mais caro, mas eficiente. Que era o projeto Guerra na Estrelas. Oficialmente foi cancelado …
… extraoficialmente, com a quantidade de foguetes lançados de lá para cá, e com o agora lançamento reciclável pela iniciativa privada que é praticamente semanal. Não tem como não desconfiar de que ajam sistemas de energia dirigida orbitando a Terra a muito tempo.

Sérgio Santana

O sistema não apenas continua ativo como está sendo modernizado…

M4l4v1t4

Tem que torcer muito pra Rússia para achar que ela passou por tudo o que passou, da Perestroika para cá, sem desativar esse sistema. Tem que ser muito torcedor.
Ainda mais sabendo como o estado russo é mentiroso em se tratando de falar que tem o que não tem.

Portanto, não importa a quantidade de torcedores que existam, mas não, não tem a menor chance desse sistema ainda existir.

Sérgio Santana

Os fatos estão aí… Vê quem quer…

Allan Lemos

Nada disso, o SDI foi um projeto real mas logo concluíram que os EUA estavam a anos-luz desse tipo de tecnologia. Decidiram manter as aparências por um tempo para forçar a URSS a gastarem o que não tinham em desespero até que a administração Clinton cancelou o programa. Depois disso decidiram focar no desenvolvimento do GMD. Mas o SDI estava a décadas de qualquer uso prático.

Mirade1969

Tá sabendo mais que os caras que desenvolvem isso ai e tem pesquisados e espionado ambos os lados para saber o que o outro esta fazendo. O conceito americano não se provou pois era caro e ainda não tinha toda tecnologia desenvolvida para uso viável. Gastaram bilhões em coisas que não tinham resultados muito efetivos e muita propaganda, enganou até você.

Carlos Campos

mas esses 101% é um desejo misturado com achismo ou você tem esses números baseados em noticias de cortes de verbas especificas? e ou vazamentos de informações

IvanF

Veja que todo esse sistema é da era soviética, então não vejo problema nele ter sido posto em operação e continuar operando até hoje, já que tudo foi feito por lá mesmo.
A atual eficácia dele, não sei, mas considerando que os ICBMs americanos não parecem ter mudado muito, diria que ainda é bastante eficaz. Um ICBM stealth por exemplo, se é que é possível, talvez passe por esse sistema.
Agora a modernização dele… aí sim, isso complica. Modernizar um sistema desses não é tarefa fácil, muito menos barata. Quem viver verá.

Felipe

Não leu que os sistema e misseis são testados anualmente?

sub urbano

No auge da guerra fria a URSS planejou a implantação de vários sistemas desses antimísseis com ogivas nucleares. O acordo START limitou esse sistema aos arredores de Moscou. Em troca teve o fim do programa guerra nas estrelas americano e a diminuição da frota de bombardeiros B-52. russos tbm desistiram do programa Polyus, a estação orbital robótica de 80 toneladas armada com um laser quimico. O Trump ameaçou sair do START varias vezes, aparentemente uma ameaça não a russia, mas à China que esta fora do acordo e aumenta seu estoque de armas nucleares. Trump era dos poucos que entendia… Read more »

Allan Lemos

Em troca teve o fim do programa guerra nas estrelas americano

Esse programa foi cancelado depois de ter cumprido o seu objetivo verdadeiro, ajudar em levar a URSS à falência. Naquela época não iria a lugar algum pois os EUA nem tão cedo estariam perto de dominar tal tecnologia.

Charle

Prezado, Allan Lemos. No momento os EUA teriam a tecnologia necessária para um projeto “Guerra nas Estrelas”?

Allan Lemos

Não completamente, eles têm projetos para um interceptador de mísseis baseado no espaço e até recentemente estavam trabalhando no design dos satélites.

Pelos que eles revelam, ainda levará algum tempo para que um sistema desses seja implementado e esteja 100% operacional.

Carlos Campos

o Trump sabia que a Rússia não queria se sair se expandido nem queria confrontar diretamente os EUA no campo geopolitico, já a China

Nonato

Então, conseguem rastrear uma pequena ogiva de 5 cm x 5 cm?
Além disso, se uma ogiva é interceptada por um missil a 30 km de altitude sobre Moscou a radiação não atingiria a cidade?

Allan Lemos

Uma ogiva não é programada para funcionar dessa forma, é preciso haver uma reação em cadeia para que o material radioativo entre em fissão/fusão. Para ser perigosa a radiação tem que ser liberada em uma certa intensidade, tipo e ritmo específicos. Uma bomba atômica libera isótopos com meia vida muito curta, que decaem geralmente em questão de dias, são muito ativos mas não representam grandes riscos no médio e longo prazo ou isótopos com meia vida muito longa, que são mais fracos. O problema para as pessoas e o meio ambiente seriam os isótopos de meia vida, que têm “força”… Read more »

Pragmatismo

E apesar da informação, do fato, volta e meia vem alguém ingênuo falar sobre chip de geladeira.
A ideologia é a subversão da realidade. Conceito.

Marcelo

A realidade é que americanos e russos estão a muito a frente tecnologicamente da china,europa e o resto do mundo !!!!
Nao é a toa que a otan (vários países ) estão em guerra contra a russia e a russia continua avançando sobre o território ucraniano .

Nei

Avançando onde?

Porque está parado faz semanas.

Carlos Campos

Sempre com ótimas materias, acho incrível a aceleração desses mísseis antiaéreos de silos dos Russos, aí veio a materia com 90g de aceleração pelo que entendi e MACH17, pqp é muito ignorante.

koppa

Os americanos desenvolveram nos anos 60 um sistema antibalístico chamado Nike-X, centrado no míssil interceptador Sprint, que seria capaz de interceptar os RVs nas camadas mais densas da atmosfera (até 30 km). O Sprint era capaz de acelerar do repouso a Mach 10 em simplesmente 5 s!

O míssil pesava apenas 3,5 toneladas e tinha uma razão empuxo/peso de 80. O primeiro estágio simplesmente se vaporizava após a separação. O vídeo é surreal.

Carlos Campos

obrigado Koppa

Cristiano de Aquino Campos

Os Russos sempre investiram pesado em dois campos prioritários para a manutenção da tríade nuclear, mísseis e Submarinos. Todo o resto de tecnologia militar era secundário. Afinal se entrarem em guerra com a OTAN, de nada vale tanques, aviões e navios de superfície numa guerra nuclear total.

IvanF

É o único sistema onde as iscas dos ICBMs não fazem efeito. Claro, os caras explodem uma bomba nuclear de 10kt pra neutralizar cada ataque! Vai embora iscar, bombas, mísseis metade de Moscou junto… acaba com tudo! Quem projetou isso, seu Lunga? Joselito? Não… soviéticos mesmo.
Li que seria uma bomba de nêutrons, desenvolvida especialmente para esse emprego, mas sei lá… 80km de alcance máximo parece muito pouco.

“supercomputador Elbrus-2” devia ter um asterisco aí… supercomputador em 1987 🙂