Espanha encomenda 20 jatos Eurofighter sob contrato histórico para modernizar sua frota de aviões de combate

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ILA-Berlim, 23 de junho de 2022 – A NATO Eurofighter and Tornado Management Agency (NETMA) assinou um contrato histórico para a aquisição de 20 jatos Eurofighter de última geração. Conhecido como programa Halcón, o pedido abrangerá a entrega de uma frota de caças equipados com radar E-Scan (Electronically Scanned) composto por 16 monopostos e 4 bipostos para substituir a frota de F-18 operada pela Força Aérea Espanhola nas Ilhas Canárias.

Este contrato fará com que a frota espanhola de Eurofighters cresça para 90 aeronaves. Com a primeira entrega prevista para 2026, essas novas aeronaves irão aprimorar e posicionar a frota de caças da Força Aérea Espanhola entre seus aliados da OTAN com o caça mais moderno desenvolvido na Europa, além de garantir a atividade industrial até 2030.

“Este pedido adicional reforça o compromisso da Espanha não apenas com o Eurofighter, mas também com seu desenvolvimento e ambiente industrial. Gostaria de agradecer ao cliente por sua posição firme em relação à defesa europeia no momento em que ela é mais necessária”, disse Mike Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space.

A aquisição, avaliada em 2,043 bilhões de euros, foi aprovada pelo Conselho de Ministros da Espanha em 14 de dezembro de 2021 e inclui as aeronaves, motores, simuladores e os serviços de suporte necessários.

Em serviço com a Espanha desde 2003, a força aérea do país opera o Eurofighter a partir das bases aéreas de Morón (11ª Ala) e Albacete (14ª Ala), protegendo o território espanhol e desempenhando um papel fundamental no coração da OTAN em diferentes missões de Policiamento Aéreo em no Báltico e, mais recentemente, no Mar Negro. Com a chegada destas novas aeronaves, a Espanha vai equipar também uma terceira base com jatos Eurofighter, nomeadamente Gando nas Ilhas Canárias, que alberga a 46ª Ala.

O Eurofighter espanhol é montado, testado e entregue na fábrica da Airbus Getafe (Espanha) e sua planta industrial se traduz em mais de 20.000 empregos diretos e indiretos somente na Espanha. As principais empresas nacionais de defesa e tecnologia estão envolvidas no processo de fabricação.

A Airbus também está trabalhando no Getafe em coordenação com o Centro de Armamento e Logística Experimental (CLAEX) da Força Aérea Espanhola para fazer várias modificações, como a implementação do novo pacote de software CM02+ para os Eurofighters Tranche 1. Uma grande melhoria tática oferecida por este software é a nova capacidade de direcionamento automático de armas ar-superfície após a integração do pod de designação Litening III. Outras capacidades ar-ar e ar-superfície também foram introduzidas, juntamente com melhorias nos sistemas de comunicação.

O Eurofighter é o maior programa de defesa da Europa, envolvendo as quatro principais nações do Reino Unido, Espanha, Alemanha e Itália. Além das suas capacidades tecnológicas, assegura mais de 100.000 empregos na Europa. Até o momento, o programa Eurofighter registrou 681 pedidos de aeronaves para 9 nações ao redor do mundo.

DIVULGAÇÃO: Airbus

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Nelson Junior

A Estratégia do Putin de “acordar” o Ocidente está dando certo… Os EUA também aprovaram um aumento significativo nos gastos militares, o ocidente inteiro está “indo as compras”…

https://www.defensenews.com/news/pentagon-congress/2022/06/23/more-money-to-buy-weaponry-and-fight-inflation-in-house-defense-bill/

Até o Brasil surfando na onda e vendendo o KC-390 para a Holanda

Henrique

Putin ta fazendo um excelente trabalho…
.
quem diria que todo o super plano plano estratégico do Putin era fortalecer a Otan KKKKKKKKKKKK
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é de ficar embasbacado sobre o quão burro um líder de uma nação consegue ser. Cara pegou o país “ressetado” com a oportunidade de deixar o passado no passado e começar de novo e basicamente taco tudo no lixo pra nada.

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Cidadão das Sombras

Falou o internacionalista.

Henrique

chego chapéu de alumínio na conversa…

Fernando "Nunão" De Martini

Agora que terminaram os cumprimentos mútuos, podem debater o assunto?

Cidadão das Sombras

Todo mundo q discorda de mim é maluco ou troll, buá….

Vou pedir educadamente mais uma vez:

Agora que terminaram os cumprimentos mútuos, podem debater o assunto?

Alan Santos

Eu acho que putin errou feio

Luis Carlos

E os contribuintes também.
Ou vc acha que o dinheiro vai sair das velhinhas dos fundos de pensão, como para o seu País?

Inimigo do Estado

O poder é econômico, e como a Europa fez muita cagada se livrando da matriz nuclear, vão penar bastante até se livrarem completamente do petróleo e gás russo. Não vai adiantar comprar armas se vão congelar no inverno.

Luis Carlos

E o dinheiro sai de onde?
É isso que Putin quer.
Endividar o já endividado Ocidente.

Monarquista

Que bom, e a guerra não custa nada aos cofres russos?

Luis Carlos

Por enquanto, não muito.
Basta ver o pequeno efetivo e o gigantesco estoque armamentos (ou seja, já existente) que eles estão empregando.

Fábio Mayer

O ocidente não tem estoque de armamentos?

Jose

Apenas um probleminha com o gigantesco estoque de armas, a grande defasagem tecnológica deste equipamento, a falta de manutenção destas armas, muitas já canibalizadas com peças vendidas no mercado negro, depósitos sem as mínimas condições de proteção dos equipamentos.
No inventário tem milhares de armas, mas no mundo real a coisa não é bem assim.

André Souza

Isso você ouviu aonde, nos vídeos do Farinazzo ? Faça-me favor, sua análise é tão desconexa que até parece que quem tem uma economia mais forte é a Rússia e não o Ocidente e quem está em guerra é o Ocidente e não a Rússia.

glasquis7

Isso por que a Espanha tem estocados alguns dos seus Tranche 1 e já os ofereceu pro Chile, Peru e Colômbia.

Varg

Mais cedo ou mais tarde a Espanha vai de Lightning também, principalmente considerando que em breve precisarão aposentar seus Harriers.

Inimigo do Estado

A Espanha vai de FCAS.

Flanker

O FCAS vai ter versão STOVL, para poder operar no L-61?

pangloss

Não consigo entender o uso indiscriminado do adjetivo “histórico”.
Parece que virou sinônimo de “importante” ou “significativo”.
Qualquer contrato documentado é histórico, ora.
E também não vi essa reinvenção da roda que o adjetivo procura sugerir. Vinte aviões não representam nenhuma mudança significativa no estado de coisas.

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é. Baita exagero da comunicação da Airbus.

Provavelmente estão valorizando o fato de que a Espanha preferiu adquirir mais Typhoons para substituir os Hornets das Canárias do que adquirir Super Hornets pra isso, como foi cogitado

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Maurício.

Mas a Espanha faz parte do Eurofighter, escolher o SH seria um tiro no próprio pé, se bem que o SH deve ser bem mais barato de comprar e manter.

Fernando "Nunão" De Martini

Maurício, a Espanha faz parte do consórcio e já adquiriu boa quantidade de Typhoons, mas pode aquirir outro modelo conforme suas necessidades sem dar tiro no pé.

Mesmo porque o Reino Unido, a Itália e a Alemanha fazem parte do consórcio e estão comprando F-35 também.

Nelson Junior

Também acho que não faria sentido adquirir o SH ou qualquer outro caça que não o Typhoon ou o F-35 no caso da Espanha, o Typhoon é um excelente caça para superioridade aérea (um dos melhores), porém o F-35 poderia ser um complemento em uma finalidade que exija furtividade por exemplo, e um complementaria o outro tranquilamente…
Mas o Typhoon no momento atual, tem uma vantagem que é crucial para Espanha, que é manter a linha de produção e empregos na Espanha que acho que foi fundamental para escolha

Maurício.

Nunão, mas aí UK, Itália e Alemanha estão comprando um caça stealth de 5° geração, não seria o mesmo caso que deixar de comprar o Eurofighter para comprar o SH de mesmo geração.

Fernando "Nunão" De Martini

Maurício, o Super Hornet também foi cogitado pela Alemanha, independentemente da chiadeira da Airbus.

Maurício.

Nesse caso o problema foi dos próprios alemães, que não pensaram em adicionar a capacidade de transportar as nukes americanas no Eurofighter logo no início do programa, acharam que o Tornado ficaria operacional pelo resto da vida.

Fernando "Nunão" De Martini

Maurício, O programa Eurofighter foi pensado em Tranches, ou “blocos”, mais complexos e com acréscimo de desenvolvimento e custos correlatos conforme se avançava. O Tranche 1, por exemplo, era só ar-ar. Se os alemães quisessem acrescentar capacidade e interfaces pra lançar bombas nucleares não seria uma decisão do início do programa, e sim de anos depois do início. Mas tiveram a oportunidade de decidir ou não decidir. Assim como a de comprar F-35 ou Super Hornet pra essa demanda específica. Assim como a Espanha também pode decidir o que fazer. Decisões do tipo atravessam todo o longo desenvolvimento e produção… Read more »

Hellen

Logico que é histórico, o normal era comprar f-35 e fortalecer a industria americana e quebrar a espanhola, mais foi feito o contrário para manter a industria espanhola e os empregos dos cidadão espanhol mesmo comprando um aviao menos capaz !!!
Se isso acontece aqui no brasil o governo deixa a empresa quebrar e deixa milhares de brasileiro desempregado (brasil o pais da piada pronta )

Kemen

Menos “capaz” em que ? Que versões ? Em alguns quesitos o Typhon é mais “capaz” que o F-35, em outros aspectos o F-35 é mais “capaz” que o Typhon. Sou avesso a colocações que carimbam um avião de uma forma geral como melhor que outro, forças aéreas tem prioridades em algumas formas de atuação de seus caças em relação a outras formas, mesmo em caças polivalentes, capacidades ar-ar, ar-solo, ar-mar, tal como alcance, rcs, confiabilidade, mtbf, custos, preços, modelos na frota existente, nacionalização, fornecimento de sobresalentes, misseis integrados, probabilidades de bloqueios em fornecimentos, geoestratégia, inteligencia militar e muitos outros quesitos.… Read more »

pangloss

Ou é histórico porque é documentado (e isso esvazia a grandiloquência do adjetivo), ou é histórico porque representa algo significativamente diferente do habitual.
No caso desse contrato, acho que só a primeira hipótese é aplicável.
Seria melhor buscar outro adjetivo. Mas parece que a intenção da Airbus foi mesmo buscar o exagero retórico.

Felipe Morais

Imaginei que a Espanha iria de F35. A Espanha, embora também enfrente, há décadas, elevados problemas orçamentários, me parece ser bem racional e eficiente em suas FAs. Possui uma força terrestre enxuta e bem equipada. Uma Marinha adequadamente equipada. E na força aérea, mantém os pés no chão. Embora veja alguns, frequentemente, defendendo um high na FAB, as vezes Su 35, as vezes Su 34, as vezes SH etc, defendo que escolhemos o Gripen e assim devemos permanecer até o número adequado de aviões. A mesma coisa na MB. Escolhemos a FCT e assim devemos seguir até o número adequado… Read more »

Henrique

“Embora veja alguns, frequentemente, defendendo um high na FAB, as vezes Su 35, as vezes Su 34, as vezes SH etc, defendo que escolhemos o Gripen e assim devemos permanecer até o número adequado de aviões. A mesma coisa na MB. Escolhemos a FCT e assim devemos seguir até o número adequado de navios.”
.
concordo nesse ponto… agora que foi escolhido vai até o fim e lá frente pensa em outro
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(pessoal ainda defender material russo é atestado se suicídio… Se a FAB nem queria mais o Sabres com a Rússia normal, imagine agora)

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Nilton L Junior

Depois tem incautos por ai acreditando na moralidade e não nos interesses

André Bueno

Não me parece surpreendente sua escolha. Apesar da liberdade da Espanha decidir o tipo a ser adquirido, a escolha do Typhoon certamente considerou questões econômicas além das capacidades técnicas. Aliás, será um grande incremento na capacidade espanhola, visto que os F-18 são muito antigos.

————————————————————–

Quem sabe a MB se interessa pelos Hornet. <Ironia>

Carlos Campos

Olha eu acredito que foi uma boa escolha, como a Espanha está no FCAS pelo que lembro, não custa comprar mais Eurofighter, além de que com esse novo radar e o novo pod disponível, vai ser uma poderosa máquina de EW, capaz de sobreviver a ambientes muito difíceis enfrentando tanto outros caças quanto mísseis de artilharia anti aérea

Âncora

“ …e posicionar a frota de caças da Força Aérea Espanhola entre seus aliados da OTAN com o caça mais moderno desenvolvido na Europa…” Esse seria o Rafale.

Antunes 1980

Esta versão do Eurofighter é capaz de lançar artefatos nucleares?

Rodrigo Maçolla

Olha eu acho que a Espanha esta fazendo o correto, adquirindo um caça genuinamente Europeu, dando continuidade nesse programa e aumentando os investimentos e garantindo empregos nessa cadeia de produção, sem contar que é um “baita” caça, “puro sangue” Em um eventual conflito Typhoon não seria só a ponta de lança mais como também o cavalo de batalha da Europa.

Maurício.

“Infelizmente, a graça de suas linhas é brutalmente descontinuada por uma entrada de ar descomunal”

Eu já acho que o que acaba com “a graça de suas linhas” é justamente os canards, eu estava olhando essa imagem da matéria e imaginando ele sem os canards, na minha opinião ele ficaria bem melhor sem eles, mesmo assim é um belo caça.

Bruno Vinícius

Eu já tentei olhar o Typhoon por vários ângulos, mas não consigo achar ele bonito. E a existência do Rafale (que é simplesmente magnífico) na vizinhança só piora a coisa para o coitado.

Neto

Escondam estes F18 da marinha do BR…

Heinz

a versão Espanhola é muito antiga?

Luiz Trindade

Uma pena que a Europa não tenha um caça VSTOL supersônico para substituir os Harriers dos porta aviões da marinha espanhola. Vão morrer com o F-35B.

Last edited 1 ano atrás by Luiz Trindade