Missões HEIFARA-WAKEA: Projeção de poder da Força Aeroespacial Francesa na Polinésia e operação conjunta com a USAF

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De 20 a 26 de junho de 2021, o Armée de l’Air et de l’Espace está realizando uma missão de projeção de poder da metrópole ao Pacífico, a mais de 17.000 km da França, denominada HEIFARA. Realizada por 170 militares, o dispositivo é composto por três caças Rafale, dois aviões-tanque A330 Phénix e dois cargueiros A400M Atlas. Depois de chegar à Polinésia em menos de 48 horas, as aeronaves fizeram uma incursão na chegada, simulando a entrada em espaço aéreo contestado. Seguir-se-ão missões de preparação operacional de alta intensidade.

Este deslocamento distante e rápido é, portanto, parte da estratégia de defesa francesa na região do Indo-Pacífico. Ele demonstra a capacidade da França de proteger seus nacionais, seus territórios e seus interesses, mesmo os distantes, ao chegar à Polinésia em 48 horas, enquanto realiza missões aéreas de alta intensidade no local.

A projeção de poder HEIFARA será realizada a partir de Lyon, dentro do novo Centro de Planejamento e Controle de Operações Aéreas (CAPCO). Esta moderna ferramenta permite, numa lógica multi-campo e multi-ambiente, a realização de complexas missões aéreas em qualquer parte do mundo. Dá às autoridades militares e políticas total visibilidade da missão atual, graças ao aumento da conectividade com os meios empregados.

A partir de 27 de junho de 2021, os aviadores se deslocarão ao Havaí para participar de missões de prontidão operacional como parte da cooperação bilateral com os Estados Unidos no Pacífico. A interoperabilidade entre caças Rafale e F-22 estará no centro dessas manobras que levarão o nome de WAKEA. A missão esclarecerá a importância e robustez da parceria estratégica e operacional entre as duas forças aéreas.

Por fim, no retorno à metrópole previsto para 9 de julho de 2021, a Força Aeroespacial Francesa é convidada a pousar em Langley (Virginia – Estados Unidos) para comemorar os 240 anos da Batalha de Yorktown, batalha decisiva pela independência dos Estados Unidos Estados.

FONTE: Ministério das Forças Armadas Francesas

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Willber Rodrigues

Isso sim é ter pólvora…

Rinaldo Nery

Três aviões? Se fossem três F-39 da FAB os marretas de plantão cairiam de pau: ¨só 3?¨ ¨Que pobreza¨….

Willber Rodrigues

3 Rafales
3 A330 Phénix
3 A400 Atlas
Tudo isso atravessando pro outro lado do Atlântico em menos de 48h

Continuo falando que isso sim é que é ter pólvora.
E sobre os “apenas 3 Gripens?”, particularmente eu não vejo a hora de finalmente a FAB ter 3 Gripens totalmente comissionados e operacionais pra fazer isso…

Rinaldo Nery

Nossa! Que poder descomunal!

Rinaldo Nery

Eram dois Atlas e dois A330.

Henrique

Se cada Rafale estivesse cada um com 2 Scalp EG pode ter certeza que seria um BAITA ESTRAGO.

Jean Jardino

So os tres Rafales iam fazer um estrago no Brasil, que nao ia nem dar tempo de revidar meu caro.

Heinz Guderian

É muita ignorância!

Flanker

Sem querer diminuir os enormes óbices operacionais e de material das FFAA do Brasil, eu te pergunto como, de que maneira, apenas 3 Rafale poderiam fazer isso???

Claudino

rafales podem operar bombas nucleares, então, podiam fazer um grande estrago sim caso desejassem.

Flanker

Então fechem as FFAA do Brasil e entreguem todo o país para os croissants…….pelo que vc e o outro comentarista colocaram, todo mundo que possui armas nucleares pode derrotar quem não tem, apenas pelo fato de possuírem essas armas……..

Allan Lemos

O Brasil não é uma ameaça geopolítica à França no contexto do Pacífico. A China é, e seus generais não perdem um minuto de sono com esses 3 Rafales.

Joao Moita Jr

Infelizmente, eu acho que o teatro que está sendo preparado é esse aqui; discussões, depois sanções e área de exclusão na Amazônia, impostas pelos “amiguinhos” do Brasil.

Leandro Costa

Moita, já tentamos implementar a nossa própria zona de exclusão em relação à diversas atividades ilegais. Falo isso no geral, e não em relação apenas à esse governo atual. Mas o galho é que os EUA tentam fazer uma zona de exclusão à ilegais no deserto da fronteira entre eles e o México. Não falta financiamento ou tecnologia. Você acha que Franceses vão fazer isso na Amazônia, país que não é deles (região que na verdade é umas duas ou três vezes maior do que o deles), mesmo com todo o financiamento e tecnologia disponível….? Nem em sonho abastecido por… Read more »

Joao Moita Jr

Mesmo que leve uma coça aqui, direi que meia dúzia de baterias S-400 mudariam isso.
Mas em um país com um enorme exército de vereadores e o Judiciário mais caro do mundo, a conta não fecha.

Last edited 2 anos atrás by Joao Moita Jr
Willber Rodrigues

Considerando-se que a Força Aérea tupiniquim tem, até hoje, o F-5 como seu principal vetor de superioridade aérea…sim, é um poder de fogo “descomunal”.

André Macedo

Amigão, vc não faz ideia da logística necessária pra projetar poder “pequeno” assim, é normal um brasileiro desdenhar disso, a mentalidade supertrunfo fala mais alto.

MestreD'Avis

Para o outro lado do Atlântico??!!!
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Para o outro lado do planeta!!! Tirando a USAF, que outras FA conseguem projectar 1 caça que seja nesta distância??

Alexandre Galante

Rinaldo, o Rafale pode levar um míssil nuclear tático, não é pouca coisa.

Flanker

Galante, acho que colocar armas nucleares no debate é fora de propósito. Ninguém, fora os EUA em 1945, usou armas desse tipo. Tem que comparar considerando o uso de armamento convencional.

Alexandre Galante

Não é fora de propósito porque é uma capacidade de dissuasão da França e foi testada recentemente:

https://www.aereo.jor.br/2021/01/09/rafale-lanca-com-sucesso-missil-de-cruzeiro-nuclear-asmpa/

Joao Moita Jr

E o Brasil para variar, renunciou essa tecnologia com a tão famosa “pá de cal”, relegando o país à Terceira Divisão da geopolítica.

Leandro Costa

Você dormiria tranquilo com armas nucleares na mão do Lula? Dilma? Bolsonaro?

Eu não.

Dá uma olhada nas possibilidades de candidatos à Presidência para se sentir ainda mais seguro hehehehe

Flanker

A capacidade nuclear do Rafale eu conheço muito bem. Mas, tu achas que a França utilizaria esse tipo de arma se não fosse a última das opções? É isso que eu estou colocando! Se o Brasil, num exercício fictício de pensamento, entrasse em conflito com a França, tu acreditas que eles usariam mísseis nucleares, mesmo os táticos? Um tipo de arma que nunca foi usada depois de 1945?

Alexandre Galante

Se eles possuem a capacidade, não duvido que usariam se acharem necessário.

Datafire

Esta foi uma proof of concept para o armée de l’air, a intenção é em caso de crise no pacifico deslocar em apenas 48h um esquadrão completo de Rafale, por isso foram 2 MRTT e 2 A400, algo completamente desnecessário para um destacamento de 3 caças.

Inimigo do Estado

Cairia sim, pago imposto no Brasil, não na França.

E quem achar ruim que venha se resolver comigo.

Inimigo do Estado

E os apoiadores do Minto querendo que o Brasil invadisse a Guiana francesa. Iriamos tomar uma saculejada tão grande do Armée de l’Air, que nunca mais teríamos coragem sequer de dizer que os franceses são bonitos.

Last edited 2 anos atrás by Inimigo do Estado
Vendéen

Já somos invadidos por garimpeiros subterrâneos. lol
E esses são em sua maioria brasileiros. Obviamente, eles não são bem-vindos, pois os turistas seriam lol.
Diz-se que esses brasileiros podem, assim, ter uma renda até 15 vezes superior ao salário mínimo brasileiro (?).
Do contrário, o Brasil sem avisar não teria dificuldade intransponível para invadir a Guiana Francesa, para mim parece óbvio.
Sério, é melhor ter boas relações entre nossos dois países.

JuggerBR

Virou moda ‘força aeroespacial’….

Claudino

não eh verdade? kkkk só as X-Wings sendo operadas kkkk

carcara_br

Quanto será que custa essa brincadeira de mandar aeronaves a 17000 km de distância?

Vendéen

Definitivamente muito caro para o contribuinte que sou lol. Isso pode parecer totalmente inconveniente e limitar a paranóia para muitas pessoas de todas as nacionalidades francesas, incluindo lol. Sabendo que: No que diz respeito à zona Indo-Pacífico, a França é responsável por um território (zona econômica exclusiva-ZEE) com uma área de aproximadamente 9 milhões de km2, no qual vivem mais de 1,5 milhões de habitantes. Isso não é trivial. Além disso, mesmo que isso não seja óbvio para todos, deve ser entendido que este tipo de exercício é realizado em uma atmosfera de “som de botas na zona da Ásia… Read more »

carcara_br

Se corresponderem ao legítimo interesse Francês quem sou eu para dizer o contrário, não é mesmo? E certamente não tenho a mesma visão em relação a questões financeiras, afinal do meu bolso, em primeira instância não saem os valores. Contudo me pergunto se tal quantia investida num instituto de pesquisa, por exemplo o renomado instituto Pasteur não colocaria a França à frente da corrida pelas vacinas de COVID-19. Tenha certeza, pro meu país entre mandar três aviões pro outro lado do mundo ou mandar (1,5 milhões de habitantes) três milhões de doses de vacinas eu ficaria com a segunda opção,… Read more »

Last edited 2 anos atrás by carcara_br
Vendéen

Se corresponderem ao legítimo interesse Francês quem sou eu para dizer o contrário, não é mesmo? >>> Como já explicado existe a realidade dos fatos; a atmosfera na zona da Ásia / Indo-Pacífico é atualmente muito particular. Esta realidade justifica este exercício para que fique claro que o nosso ZEE e os nossos concidadãos (mais de 1,5 milhões) não serão abandonados, tendo também o legítimo direito de discordar sobre o mérito deste exercício. Sem problemas.. E certamente não tenho a mesma visão em relação a questões financeiras, afinal do meu bolso, em primeira instância não saem os valores. >>> Claro… Read more »

carcara_br

Meu ponto não é sobre ser bom, ou salvar vidas (moral). É sobre impor a presença pela tecnologia de ponta e desenvolvimento das populações locais (útil), mas se o entendimento é de uma ameaça militar iminente na região Indo-Pacífico caças Rafales são as ferramentas adequadas, uma das melhores, sem dúvida.

Sds!

Vendéen

Mesmo que nem tudo seja perfeito, a presença da França anda de mãos dadas com a contribuição das últimas tecnologias e o desenvolvimento das populações locais da mesma forma que a população da metrópole.este exercício militar não é um travão ao que de facto é considerado útil. Estas populações têm os mesmos direitos e deveres que a população da metrópole, são franceses por direito próprio até ao dia em que já não o desejarão por referendo (como é possível na Nova Caledónia). Mais uma vez, porquê este exercício? A realidade dos factos: as gesticulações coercivas de uma nação que funciona… Read more »

Vendéen

Sem chauvinismo (lol) Eu compartilho sua opinião. Mas quando se trata de um avião de combate, a beleza é secundária. Para o Rafale, é apenas um mais atraente, é verdade. Apenas o desempenho da capacidade (incluindo manutenção operacional) de uma aeronave e as grandes possibilidades evolutivas que ela pode oferecer são importantes para os militares. Pelas apólices responsáveis ​​pelos investimentos não só lol. Assim sendo, a excelência do know-how dos colaboradores (todas as funções combinadas) da empresa Assault Aviation não é um mito. Em relação ao posicionamento da vara de reabastecimento em voo: Cabe ao d’Assault Aviation mostrar o lado… Read more »

Heinz Guderian

Me desculpe camarada, mas na minha opinião o mais bonito é o F-22, uma obra de arte em todos os aspectos.

Allan Lemos

Também achava o F-22 o mais bonito. Mas ele foi esteticamente superado pelo Su-57, na minha opinião.

Joao Moita Jr

Sei não. Acho muito mais esse aqui…

Mauro Cambuquira

SIM! Esse é algo diferente que sobressai aos outros, principalmente em sua elegância.

Bardini

17.000km em 48h é bastante coisa…
.
Ainda mais se comparado ao que já fizemos com AMX e Sucatão:
https://www.aereo.jor.br/2020/01/14/jatos-amx-da-fab-demonstraram-capacidade-estrategica-em-2003/

fresney

Alguém conhece alguma ex-colonia da França que virou pais de 1o mundo?? Se souberem me falem !!!

Jean Jardino

Canada…ta bom para vc.

Andre

França fazendo operação de projeção de força no pacífico e na sequência indo para o Havaí fazer exercício em conjunto com os EUA…

A OTAN segue forte e unida, apesar do que uns dizem por ai…