Caça Saab Gripen E em voo de testes

Caça Saab Gripen E

Por Robert Wall

LONDRES — A empresa sueca de defesa e aeroespacial Saab AB, disse nesta terça-feira que o desenvolvimento de seu novo avião de combate Gripen E está à frente do cronograma, ao mesmo tempo em que a empresa reporta um aumento acentuado nos ganhos do terceiro trimestre.

A versão maior e melhorada do caça Gripen deve ser entregue em 2019 e voou pela primeira vez em junho. Desde então, o avião registrou mais de 20 voos e na última semana voou supersônico pela primeira vez, disse o chefe executivo da Saab, Hakan Buskhe, em uma entrevista. Tanto a Suécia como o Brasil encomendaram novos Gripens.

O trabalho também está em andamento em aeronaves de teste adicionais e nos primeiros modelos de produção, disse ele.

O novo Gripen é a chave para os futuros ganhos do Saab. A empresa sueca está tentando vender tanto o novo avião quanto as variantes mais antigas, o Gripen C e o Gripen D de dois assentos. O Sr. Buskhe expressou otimismo sobre as perspectivas de vendas no próximo ano e meio. “O número de negociações que temos enquanto falamos está em um recorde”, disse ele.

A Saab disse que o lucro líquido no terceiro trimestre aumentou para SEK248 milhões (US$ 30,3 milhões) de SEK113 milhões após vendas que avançaram quase 8% para SEK6.2 bilhões. Os ganhos superaram as expectativas dos analistas, subindo as ações em 4,4% na abertura.

O Saab sofreu outra grande saída de caixa no trimestre durante um período de investimento em novos programas. A empresa registrou SEK388 milhões em fluxo de caixa livre no período ou SEK920 milhões em fluxo de caixa negativo nos primeiros nove meses — o valor do ano passado de SEK1.7 bilhões foi impulsionado por adiantamentos e pagamentos em marcos chave do programa.

O Sr. Buskhe disse que o fluxo de caixa permanecerá volátil com o Saab apostando em novos programas, incluindo o Gripen, um novo submarino de ataque para a Suécia e o treinador TX que a empresa espera fornecer à Força Aérea dos EUA como parceiro da The Boeing Co. Espera-se que o Pentágono nomeie o vencedor da competição TX no próximo ano.

A Saab faria parte do avião T-X nos EUA e está em negociações sobre cerca de cinco locais onde poderia configurar instalações de produção. Ter uma instalação nos EUA, segundo o Sr. Buskhe, ajudaria a minimizar a exposição da Saab às flutuações cambiais. A instalação também poderia ser usada para fazer outras partes do avião. Não se espera uma seleção de local até o próximo ano.

A Saab tem tentado aumentar sua presença nos EUA para aproveitar o aumento de gastos no maior mercado de defesa do mundo.

FONTE: MarketWatch

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Engenheira Gata

Vocês pediram a nota foi divulgada ?

Edgar

Alguém sabe se o voo supersônico foi via PC ou já foi atestado o supercruise?

Marcelo Andrade

Opa, a autoclave já está ligada para começar a produção!!! Vamo que vamo! Estou doido pra ver essa criança nas cores da FAB!!!

Guilherme Poggio

Aguardando ansiosamente o primeiro voo suprecruise!

Kobáμca

Aparentemente tudo andando!!! Me parece que esta num bom ritmo!!!

Tallguiese

Será que o desenvolvendo seguirá a tempo? Os Mikes irão aguentar a tempo dos grifons? Vamos Saab a Fab conta com vc! Não percam os próximos capítulos deeeee. Spectreman!!! Ops! Empolguei kkkkk

Alex

Obrigado pelo aviso Galante, então foi isso!

André Luiz.'.

A versão maior e melhorada do caça Gripen ” — as versões E/ E e F têm dimensões diferentes dos anteriores C e D?…

LucianoSR71

Engenheira Gata 24 de outubro de 2017 at 14:58
Amiga, no outro post do Gripen eu tinha lhe perguntado sobre uma eventual versão do biposto p/ brigar c/ o EA-18G Growler, há algum estudo ou pelo menos já ouviu falar nisso?

gustavo

Ainda vejo a necessidade de tampões C/D. Dez mono e 2 bi place. Alguem mais ?

MBP77

Caça de papel bom esse, hein?!
Origami feito com fibra de carbono, outros 500! :De
Sds.

Delfim Sobreira

Se o J-39 D vai continuar a ser fabricado, e recebendo contínuos aperfeiçoamentos, fica a pergunta :

F-39 F para quê ?

Alexandre Galante

Delfim, para aprender a fazer caça, “hands on the job training” e também porque o Gripen F é muito diferente do D, principalmente por dentro.

Rafael Oliveira

Delfim Sobreira, maior autonomia, maior capacidade de carga bélica, novo motor, novo radar, etc.

Tamandaré

Vamos Gripen!!!! ???

Nunão

Sim, André Luiz, o Gripen E é ligeiramente maior no comprimento e envergadura que o Gripen C. Pouca coisa.

William

Cade o IRST?

Fernando "Nunão" De Martini

William, os testes com o IRST têm sido feitos no Gripen 39-7. Não foi instalado ainda no 39-8.

Guilherme Poggio

Não só maior, como mais pesado que a versão C/D.

Fernando "Nunão" De Martini

De fato, Poggio, e nesse caso do peso a diferença é menos ligeira do que nas dimensões externas.

André Bueno

A FAB deseja o “F” apenas como treinador ou será que há intenção em uma nova doutrina?

Tallguiese

O F alem de treinador, sera capacitado pra combate? Outra ele pode servir para os esquadrões de ataque no lugar dos AMX e como guerra eletrônica? Pode ser isto!

camargoer

Olá Gustavo. Acredito que seja um erro arrendar Gripens C/D. Se fosse preciso mais caças para substituir algum F5M, melhor seria concluir alguns dos jordanianos, mas sinceramente acho que o melhor mesmo é tocar com o que se tem porque em 5 ou 8 anos, a FAB já alguns E/F operacionais. Então, foco nos gripens novos e tirar o máximo dos F5M.

Delfim Sobreira

Continuo com meu ponto de vista, lembrando que os primeiros treinadores para os F-5E brasileiros foram os F-5B e não os F-5F. E os pilotos de caças de quinta geração pilotarão LIFT, mais diferentes ainda.
.
Se o cronograma avançou é porquê alguém injetou $$$.
É como aquele ditado que “bom, barato e rápido” não existe. De três qualidades só se pode escolher duas. E como saiu bom e barato, só chega a partir de 2021. Se sair rápido é porquê deixou de ser barato. E podia ser pior : se sair rápido e barato não vai set bom.

ivo

“em uma entrevista. Tanto a Suécia como o Brasil encomendaram novos Gripens.”

será que e alem dos 36???
ou e só confusão de quem falou/escreveu?

Uhtred Ragnarsson

Acho (e só acho) que os F deveriam ficar para um eventual segundo lote. Quem trabalha com projetos sabe que prazos podem estourar, e a FAB não está em condições de esperar muito tempo, se alguma coisa atrasar nos F.

Top Gun Sea

Galante tenho uma dúvida! O Gripen É que ja estå fazendo voos testes ja é com o novo motor F414G novas dimensões?

Top Gun Sea

Galante este vôo já é o tão esperado vôo de velocidade de supercruzeiro sem o pós combustão?

JT8D

Top Gun Sea 24 de outubro de 2017 at 18:35
Sim amigo, se não fosse isso não poderia nem ser chamado de Gripen E

Joli Le Chat

Uma dúvida: o que é aquele componente no estabilizador vertical? É o EWS?

Top Gun Sea

JT8D 24 de outubro de 2017 at 18:49
Top Gun Sea 24 de outubro de 2017 at 18:35
Sim amigo, se não fosse isso não poderia nem ser chamado de Gripen E

Ok, imaginei que o E 39 8 seria testando apenas sistemas/ eletrônica e a versão F seria com a nova motorização e dimensão.

Clésio Luiz

Não só o D terá uma linha de suprimentos diferentes do futuro F, como até o motor é diferente. Comprar o D seria um tiro no pé logisticamente falando. Igual o erro que foi comprar o F-5B.

Paulo Jorge

Defendo o desenvolvimento da variante biplace, mas acho desperdício alocá-la para treinamento havendo potencial de transformá-la num Growler.
Nenhum caça furtivo tem aeronave biplace de treinamento. Os simuladores já evoluíram o bastante para dispensar esse tipo de aeronave.
Enfim, levando-se em consideração a realidade da espartana da FAB…

Sds

Delfim Sobreira

Clesio Luiz
.
Mas boa parte daqueeeele bilhão adicional não foi no desenvolvimento da versão F ? E foi noticiado que a Suécia não vai operar operar os F, seria uma versão exclusivamente brasileira.

JT8D

Delfim Sobreira 24 de outubro de 2017 at 20:02
Delfim, o Galante já explicou que a Suecia não vai operar o F porque eles tem Gripen D à vontade. Nós teríamos que comprar o D, o que seria um transtorno logístico, como bem observou o Clésio. E não bastasse tudo isso, o F é a nossa oportunidade de por a mão na massa no projeto de um caça supersônico.

JT8D

O Doberman hoje está terrível

Clésio Luiz

Fora que obviamente quem comprar o Gripen E não vai querer usar o D como treinador, vai querer o F, como nós.

Gripen BR

Apesar de alguns torceram o nariz. O Gripen E avança consistentemente. Vai gripen!

Rommelqe

Caro Galante, a foto postada às 18:09 é auto explicativa. A versao biplace deveria ser, ao meu ver, basicamente destinada a missoes operacionais, seja como uma versao growler, seja como apoio a anvs remotamente controladas. Como por exemplo, um ou mais Neurons.

De certa forma, serão um aprimoramento de toda a cultura e operacionalização alcançada pela FAB com os R-99.

Mas talvez a principal finalidade do F-39 F é – esta sendo – possibilitar um desenvolvimento mais intenso nas atividades de projeto e produçoes locais, inclusive consolidando a capacitação de nossas enegenheiras. Certo? Parabens!!!!

LucianoSR71

Já falei aqui várias vezes sobre criar um Gripen biposto como alternativa menos cara que o EA-18G Growler.

Rinaldo Nery

Como sou burro, alguém me explique a necessidade de ARP ser controlada de outra aeronave em vôo. Qual a vantagem?

Justin Case

“O Doberman hoje está terrível”
Acho que me mordeu também.

LucianoSR71

Rinaldo Nery 24 de outubro de 2017 at 21:43
Boa pergunta. Seria que o controle a grandes distâncias são mais sujeitos a interferências? Ou p/ dar mais flexibilidade numa determinada missão, tipo mandar eles p/ atrair o fogo ou revelar o sistema de defesa do alvo? Servir de boi de piranha?

Mauricio_Silva

Olá.
Rinaldo Nery, acredito que uma possível vantagem do uso de um piloto de ARP numa aeronave no TO de combate esteja no link de comunicação (provavelmente, ARP-avião), que poderia minimizar possíveis interferências e delays. Talvez, também melhore a “consciência situacional” do piloto da ARP ficar “envolvido” no TO. Claro, são hipóteses.
Agora, uma coisa eu posso garantir: de burro, o senhor não tem nada. 😉
SDS.

Bardini

“acredito que uma possível vantagem do uso de um piloto de ARP numa aeronave no TO de combate esteja no link de comunicação (provavelmente, ARP-avião), que poderia minimizar possíveis interferências e delays. .”
.
Faz sentido…
.
http://www.militaryparitet.com/editor/assets/new/Gripen-UCAV-nEUROn.jpg
.
Perceba o “link quebrado”.

Rinaldo Nery

Li, recentemente, aquele livro escrito pelo comandante de Esquadrão de ARP da USAF (desculpem, mas esqueci o titulo), que dá uma excelente visão da doutrina e do emprego operacional das ARP armadas. Eu, particularmente, não conhecia. Não consigo vislumbrar essa necessidade. Nem o autor menciona essa possibilidade ou necessidade. Mas, como dizem, o futuro dirá.

Rinaldo Nery

Comentário retido.

Bardini

O conceito é manter o caça biposto mais longe da ação. Ele serviria como um “posto de comando avançado”.
.
Os UCAV, que seriam Stealth, entrariam em ambiente mais hostil, para entregar seus pacotes. Isso além de proteger a aeronave mais cara (caça), aumenta o raio de combate.
.
O UCAV tem mais espaço interno para combustível. Não precisa levar tantos sensores, como o caça.
Seria mais barato de adquirir e manter…

Ádson

Rinaldo Nery 24 de outubro de 2017 at 21:43
Como sou burro, alguém me explique a necessidade de ARP ser controlada de outra aeronave em vôo. Qual a vantagem?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkrsrsrsrsrskkkkkkkkkkkkkk