Medida é por razões de segurança, após morte de piloto na Espanha. Typhoons de outras forças aéreas também estão “groundeados”.

Neste domingo, o The Guardian informou que toda a frota de Typhoons da RAF foi “groundeada” (impedida de voar) por razões de segurança. A mesma informação foi dada no sábado, com algumas variações, pelo Belfast Telegraph.

Segundo o The Guardian, os Typhoons da RAF continuavam no chão, na noite de sábado, enquanto se cuidava das questões de segurança que foram levantadas após a morte de um piloto da Arábia Saudita em um voo de treinamento na Espanha no mês passado, cujo paraquedas se desprendeu depois da ejeção. Todos os 64 aviões operacionais do tipo na RAF foram ordenados para não voar.

O jornal afirma que o acidente mostra-se embaraçoso para autoridades da RAF, que estão trabalhando para a compra de 40 Typhoons por 2,8 bilhões de libras (aproximadamente 4,37 bilhões de dólares ou 7,5 bilhões de reais) apesar das pressões por cortes de despesa. Enquanto o governo pretende comprar mais aeronaves do tipo, autoridades do Exército argumentam que esse enorme gasto, em novas aeronaves no estado-da-arte, é um desperdício de dinheiro.

Apesar dos temores em relação à segurança, pilotos das bases da RAF de Coningsby (Lincolnshire) e  Leuchars (Escócia) foram avisados, no sábado, que em caso de emergência receberiam a ordem de voar. Checagens prioritárias foram feitas nos Typhoons da força de reação rápida e nos que estão desdobrados nas Falklands (Malvinas).

Sobre isso, o Belfast Telegraph informou, a partir de declarações do Ministério da Defesa Britânico, que “o alerta de reação rápida do Typhoon no Reino Unido e nas Ilhas Falklands não estão afetados pois aqueles aviões já foram modificados. Como precaução, voos de Typhoon não operacionais foram temporariamente suspensos, aguardando modificações”.

As preocupações com a segurança, acredita-se, estão relacionadas ao sistema de amarramento ao assento ejetável: “Investigações que se seguiram ao acidente envolvendo um Typhoon espanhol destacaram um perigo potencial com o sistema de amarração dos tripulantes.”

Voltando à reportagem do The Guardian, este acrescenta que o incidente motivou, na semana passada, a Força Aérea Alemã a manter no solo seus 55 Eurofighters por prazo indefinido.

Isso porque, “em certas circunstâncias, o assento ejetável não opera de forma sem falhas em caso de emergência”. As frotas da Espanha, Itália, Áustria e Arábia Saudita também foram “groundeadas” por prazo indefinido.

FONTE: The Guardian / The Observer e Belfast Telegraph

FOTOS: Eurofighter

NOTA DO BLOG (20 de setembro – 15h20): matéria do site Flight Global desta segunda-feira (clique aqui para acessar) informa que a frota de Typhoons da RAF já voltou às operações normais de voo, após a aprovação de uma modificação urgente de segurança nos assentos ejetáveis Martin-Baker Mk16A.

Segundo a reportagem, a RAF informou que, “devido à excelente cooperação entre  Qinetiq, BAE Systems e Martin-Baker, modificações suficientes foram realizadas para a retomada dos voos de rotina.”

Todos os voos dos Typhoons, exceto missões essenciais, haviam sido interrompidos desde 15 de setembro (excetuando-se as aeronaves do alerta de reação rápida e desdobradas nas Falklands / Malvinas, que receberam uma modificação experimental aguardando o resultado dos testes conduzidos no final de semana).

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robert

e nem é ching-ling…. se fossem, iam tar metendo o pau

Hugo

Um fato me chamou a atenção nessas fotos: coloca-se os cocares da RAF em baixa vizibilidade (low viz) mas os rodeiam de pinturas muito chamativas. Parece um pouco contraditório.

Hugo

Digo: visibilidade

Robson Br

uai…não foi o Rafale que está no chão…rsrsrsrsrsr

Que jaca hemmmm

Carlos Augusto

sur le terrain!
Engraçado e não é o Rafale.

A7X

Eu entendi errado ou TODOS os Typhoon entregues vieram com esse “defeito”?

ééé, parace que não é só a França que produz jacas caras na Europa. 😀

Lanterna Verde

Pois é, o super Typhoon “na chon”!!!

Não era um tal avião francês que era uma “JACA” e todo aquele bla bla bla?

Mas espera aí, super poderoso Typhoon no chão e os Rafales voando sem problemas, quem será mesmo a “JACA”??

Cadê o Jackson, sumiu??

Vader

Aviso aos rafalemaníacos:

Os assentos ejetáveis do Rafale e do Eurofighter são feitos pela mesma empresa, a britânica Martin-Baker. E salvo melhor juízo são rigorosamente os mesmos (Mk-16)

http://www.martin-baker.com/products/Ejection-Seats/Mk–16-high-speed/Mk-F16F—Rafale.aspx

Sds.

hms tireless

Lanterna verde e demais integrantes das brigadas dos mártires de Al Rafah:

Como postado acima, os Typhoon da RAF e da Austria voltaram a voar. contenham seus chiliques.

jakson almeida

lanterna eu estou viajando ,mas vou de responder essa via smartphone.
Quantos outros problemas o Typhoon teve.
Ja a jaca:radar,designador de alvos e turbinas, so pra começar.

jakson almeida

Lanterna mais uma.Quem mesmo alem da frança comprou o rafale.Ja o Typhoon tem por baixo seis operadores e umas 500 encomendas.

A7X

Vader disse:
20 de setembro de 2010 às 14:38

Então os franceses são loucos mesmo. Não seria o caso de deixar a jaca no chão também?

abs.

Vader

Ahahahaha, até quando os jaqueiros da gflândia querem criticar eles o fazem de forma errada, rsrsrs… Criticam o mesmo assento ejetor que equipa a JACA, e ainda chegam com metade da notícia. Não acertam uma, impressionante…

¿Por qué no te callas? 🙂

Srs. Editores: talvez fosse bom, pra evitar esse tipo de manifestação bizonha e daquelas que dá até vergonha alheia, o Aéreo deixar um adendo abaixo, com a notícia do Cavok que o groundeamento já acabou…

Sds.

Raptor

hahaha….

Pelo jeito o sol na cabeça na costa azul faz mal ao juízo…

A7X

hms tireless disse:
20 de setembro de 2010 às 14:41

Se eles voltaram a voar, ótimo!
Mas isso não quer dizer que não houve uma grave falha na produção dos bancos ejetáveis.

Abs.

jakson almeida

Lembrando ainda que se ____________ ganhar pode dar o Typhoon na cabeça.

COMENTÁRIO EDITADO

Raptor

O problema que ninguém se quer mencionou, é o risco de ter um só vetor… Se o conserto demorar ou for complicado, simplesmente o espaço aéreo fica desprotegido por dias, quiça, semanas…

Abs.

Vader

A7X disse:
20 de setembro de 2010 às 14:56

A7X, pelo que entendi foi um problema de procedimento das Forças que operam o Typhoon, e não do equipamento em si (o problema estava na forma de operação do assento no Typhoon e não no assento em si). Modificado o procedimento, sanado o problema.

Se fosse um problema com o MB-Mk-16 a Martin-Baker possivelmente emitiria uma ordem para groundear todas as aeronaves equipadas com tal assento, e faria um “recall” dos equipamentos. Aí sem dúvida seria incluído o Rafale.

Sds.

A7X

Vader disse:
20 de setembro de 2010 às 15:02

Vader,

Vlw pelo esclarecimentos. Agora tá explicado! 😀

Wellington Góes

Mais um exemplo de que ter apenas um vetor de combate na FAB não é uma boa idéia, qualquer probleminha de nada e fica tudo no chão!!!

Dupla Hi-Lo já!!!

eduardo

Ué,

O assento ejetável do Rafale é da Martin-Baker? Não é francês não? E como vai ficar a ToT para a produção desse assento no Brasil?
Ou esses franceses estão mentindo e o avião não é todo feito na França?
O que mais não é francês?

jakson almeida

Senhores quanto da um problema nas fusquetas e nos golzinhos da vida você vai la e faz uma gambiarra e depois leva ao mecânico,ja um caça de algumas dezenas de milhões de euros você “grundea” e analisa o problema e so depois de resolvido o caça e liberado, como foi.

jakson almeida

Pois é Eduardo e depois eles dizem que o Rafale é “independente”.
Raptor por isso e outras que eu sou um defensor do mix HI-LO.

W@sh

Para aqueles que não sabem, quando ocorre algum acidente provocado pelo material de causa desconhecida ( fato raro hj em dia ), todas as aeronaves do modelo são groundeadas até que se saiba a(s) causa(s) do problema e que o mesmo seja sanado. Isso é praxe na aviação mundial.
Isso ocorreu em 2005 (se não me falha a memória) no acidente do Supe Lynx aqui no RJ. Onde todos os Super Lynx do mundo ficaram groundeados até que foi descoberta a falha. E emitida SB pelo fabricante, criando uma inspeção em um dos links de comando.

Vader

eduardo disse:
20 de setembro de 2010 às 15:06

“O assento ejetável do Rafale é da Martin-Baker? Não é francês não? E como vai ficar a ToT para a produção desse assento no Brasil?
Ou esses franceses estão mentindo e o avião não é todo feito na França?
O que mais não é francês?”

MODE CHIQUINHA ON:

“É, pois é, pois é, pois é, pois ééé…” 🙂

MODE CHIQUINHA OFF

O que não é francês no Rafale: http://www.aereo.jor.br/2010/04/26/rafale-um-caca-100-frances/

Sds.

jakson almeida

Eduardo tem outra interessante,o Sarko propôs que o Brasil adquirindo o rafale poderia desenvolver um super-rafale e a frança o compraria,agora traduzindo em miúdos ate os franceses estão se convencendo que o rafale é uma jaca e querem um trouxa pra financiar o desenvolvimento de um outro caça pra eles.

Nick

Esse é um bom motivo para não se ter apenas 1 tipo de vetor para a FAB.

Hi-Lo já!!

[]’s

jakson almeida

Essa e pras rafaletes conhecerem um caça de verdade e não um projeto mal acabado.
http://www.youtube.com/watch?v=DcFZcF17GJk

Marcelo

pois é Vader, agora está mostrando o quanto vocês amantes dos gripens entendem de aviação. O fato do assento ser o mesmo naõ quer dizer que ele opera exatamente da mesma forma em um avião e o outro, aliás, o mais importante é o chamado túnel de ejeção, caminho livre para o assento e piloto, e o tipo de ejeção do canopi, se o canopi é ejetado ou se o assento passa através dele, etc. Ou seja o importante é a integração do assento com a aeronave, coisa que parece, a Dassault fez direito e o consórcio de 4 países… Read more »

Edcreek

OLa,

Boa Marcelo!!!!
Foi ao ponto, a realidade que o Rafale não tem motivo para estar estocado para revisão.
Isso foi um problema grave já que pelo visto todos caças estavam com esse problema, que jaca!!!!

Mas falando mais serio num tipo de acidente como esse o correto é sempre “grundear” os caças já que não estão em uma guerra real.

Abraços,

Vader

Marcelo disse:
20 de setembro de 2010 às 16:50

Hehehe Marcelão, num vibra no pé errado parceiro… as aeronaves já foram “desgroundeadas”…

No mais, quem disse que o assento ejetor opera igualzinho em todas as aeronaves?

Problemas assim são comuns, podem acontecer com qualquer aeronave…

Sds.

luiz otavio

quem faz o acento do Gripen? (é só uma pergunta, mas vai que…)

Dinho

Isso é um problema típico de equipamento novo, que com o uso e a saturação das peças vai surgindo a necessidade de alguns ajustes no projeto.

Não há nenhuma aeronave que não passe por isso.

Quanto à confiabilidade dos finalistas do FX-2, o risco menor quanto a este ítem, é disparado a favor do Super Hornet.

O risco do Gripen não dá pra saber, pois até hoje não teve nenhum defeito no PowerPoint.

Edcreek

Olá, Vader

Ehehehe que comedia, agora é normal porque não é da Jaca francesa, esse é um dois pesos duas medidas classico.

Mas no fim isso pode acontecer com qualquer aeronave.

Abraços,

Vader

Edcreek disse: 20 de setembro de 2010 às 17:32 Ed, realmente uma comédia, uma coisa é groundear por uma semana para corrigir problema no procedimento de uso do assento ejetor; pode acontecer com qualquer aeronave e qualquer projeto novo, como vc mesmo disse. Outra bem diferente, por exemplo, é ter de desenvolver uma turbina mais potente, para poder gerar mais energia (porque a turbina que está colocada é “fraquinha” e já tá no limite de geração) para apenas então poder fazer uma “major upgrade” na parte elétrica de todas as unidades, para conseguir enfiar um radar com maior potência, porque… Read more »

cmte.felix

Senhores,

Me permitam uma observação. Eu sei que a grande maioria aqui não é nem piloto de avião de papel, mas nós pilotos achamos errado o termo “avião no chão” quando ele está no chão é porque caiu. O certo é: “avião no solo”.

Boa noite a todos.

Marcelo

Luiz Otavio, o Gripen e aliás, todos os caças ocidentais atuais (incluindo os do Tio Sam !), usam assento da Martin-Baker, reconhecidamente o melhor assento do mundo, só não sei se no caso do Gripen, se é o Mk10 (usado pela FAB, no ST e nos aviões modernizados) ou se é o Mk16, mais novo.

Marcelo

Jackson escreveu:
“Eduardo tem outra interessante,o Sarko propôs que o Brasil adquirindo o rafale poderia desenvolver um super-rafale e a frança o compraria,agora traduzindo em miúdos ate os franceses estão se convencendo que o rafale é uma jaca e querem um trouxa pra financiar o desenvolvimento de um outro caça pra eles.”

puxa Jackson e este não é exatamente a proposta do Gripen NG??? Um Supr Gripen com um trouxa para ajudar a custeá-lo? Antes de jogar pedra, verifique se o seu telhado não é de vidro !

Marcelo

Mais uma: o motor original do Gripen é tão potente, que no Gripen NG tiveram que colocar um maior !!! E também o radar é tão eficiente, que tiveram que trocar! E também como não tem IRST vão ter que instalar, e como não tem alcance, vão ter que aumentar o tanque de combustível !!! Pôxa, e ficam criticando o Rafale ! Pelo menos o problema do alcance ele não tem…

Vader

O assento ejetor do Gripen é o Mk-10, o mesmo que equipa o AMX, o Mirage-2000, o F-5M e o Super-Tucano:

http://www.martin-baker.com/products/Ejection-Seats/Mk–10.aspx

Sds.

luiz otavio

obrigado pelas respostas.

Rodrigo

Os defensores do Rafale criticando o Typhoon chega a ser engraçado..

F…. o Typhoon, não é problema meu..

Podem ir todos para o inferno.

O problema é adotarmos o Rafale cheio de problemas, limitações e a 143 milhões de euros por cabeça.

jakson almeida

Marcelo o gripen ng foi oferecido ao Brasil como “projeto” em uma parceria de co-desenvovimento conjunto.
Portanto antes de jogar pedra no telhado dos outros confira a proposta na integra.

Colt

AHUAHAUHA
Eu ia comentar …. mas nem vou rs
Ooops ! vou sim. rs
Me parece que os outros caças não são tudo que alguns falam.
Nem quem o Rafale é tão pouco como querem nos fazer crer.

Nick

O assunto eram os Typhoon groundeados, mas foi desvirtuado….

Sobre o Gripen NG a vantagem de contar com 20% a mais de potencia sobre a versão anterior não pode ser desprezada. Significa maior reserva de potência, aceleração e maior carga paga. E a custos menores, visto que o GE-414 é mais barato que o RM-12 do Gripen C/D.

Sobre o SuperRafale, quem tem de bancar são os EAU…. nós vamos de jaca normal mesmo.

[]’s

eduardo

Gostaria de destacar que o assento ejetor do Rafale não será produzido no Brasil, caso o aparelho francês vença a disputa, não porque o fabricante desse equipamento é uma empresa inglesa, mas porque não haverá ESCALA. Aliás, nessa discussão do FX, muita gente esquece que a tal ToT não nos habilitará a fabricarmos ou montarmos motores, radares, assentos ejetores, canhões, sistemas de EW (o Spectra no caso do Rafale), entre outras coisas. Tudo porque o volume das nossas compras será pequeno e o custo de montar, que dirá fabricar, pequenas quantidades de equipamentos acentuará ainda mais o já elevado custo… Read more »

grifo

Gostaria de destacar que o assento ejetor do Rafale não será produzido no Brasil, caso o aparelho francês vença a disputa, não porque o fabricante desse equipamento é uma empresa inglesa, mas porque não haverá ESCALA.

Caro Eduardo, na verdade existe escala no Brasil. Todos os aviões de caça e treinamento avançado no país usam assentos de ejeção Martin Baker.Estamos falando de no mínimo 300 aeronaves. Por quê então a França não transfere essa tecnologia da Martin Baker para um fabricante nacional? Não era esse o compromisso assinado pessoalmente pelo presidente francês?

Luis

A tecnologia do assento ejetor é de propriedade da Martin-Baker. Não pode ser transferida sem a permissão do fabricante. Assim como muitas outras partes do Rafale não podem ser transferidas sem a permissão da Dassault ou de seus respectivos fabricantes. O Sarkozy prometeu coisas demais para tentar desencalhar o Rafale, mas na prática o buraco será mais embaixo.

Edcreek

Olá, Vader Não existe up-grade(maior potencia) de turbina por parte da França, quem quer isso são so EAU. Na França ele opera FULL em navio aerodromo e em terra com uma otima carga pelo seu tamanho. O up-grade da França na turbina é para diminuir custos e manutenção e só. Em suma quem quer outra turbina são os EAU para França que opera em varios lugares do mundo inclusive embarcado, a turbina está OK, isso de turbina fraca é papo furado, de torcedores fanaticos. Sobre problemas eletricos(baixa potencia) parece ser razoavel a questão pelas ultimas informações, e pelo que Rodrigo… Read more »

Fabio ASC

Pelo que achei na net,não procurei tantoa ssim, a única diferença entre os assentos do Typhoon e do Rafale é uma letra “F” nos assentos do Rafale.

É isto mesmo?