‘Um pequeno gigante contra a frota’: O FMA IA-58 Pucará em ação nas Malvinas e sua história
Por Luiz Reis*
Do “AX-2” para o “IA 58 Pucará”:
Na década de 1960 a Guerra do Vietnã demonstrou que os rápidos, mas barulhentos e pouco manobráveis, aviões de ataque ao solo convencionais a reação não eram eficientes no combate aos guerrilheiros vietcongs, muito bem escondidos na densa mata de selva da região. Assim, as indústrias de aeronaves militares pelo mundo começaram a desenvolver diversos projetos para atender essa demanda.
Em 1966, a Dirección Nacional de Fabricación e Investigación Aeronáutica (“Direção Nacional de Fabricação e Investigação Aeronáutica”) – DINFIA, da Argentina, estabeleceu parâmetros para a criação de uma aeronave de ataque leve, o que resultou no projeto “AX-2” (ou “A-X2” em algumas fontes), uma aeronave especificamente projetada para a missão de contra-insurgência (COIN). Para acelerar o processo, utilizou-se como base o desenho do bimotor de transporte de fabricação nacional IA 50 Guaraní II.
O primeiro voo do protótipo do AX-2 ocorreu em 20 de agosto de 1969. Naquele momento a aeronave tinha sido renomeada para FMA IA 58 “Delfín” (“Golfinho”), logo depois redenominado como “Pucará” (palavra do idioma quechua indígena que significa “Fortaleza”). A aeronave seria fabricada pela então “Fabrica Militar de Aviones – FMA” (atualmente “Fabrica Argentina de Aviones – FAdeA”). Propulsionado por dois motores turboélices Garrett TPE331, de 575 HP, não obteve o desempenho esperado. Para corrigir a falha, o segundo protótipo foi equipado pelos mais potentes propulsores Turbomeca Astazou, de 965 HP, com o primeiro voo da aeronave com os novos motores no dia 6 de setembro de 1970. Os resultados foram satisfatórios com esse novo propulsor, o primeiro protótipo foi repotencializado com o Astazou e o motor foi escolhido para produção, cuja primeira aeronave de série voou em meados de 1974. Recebeu o indicativo A, de Ataque e foram matriculados de A-501 a A-607.
O Pucará é de construção convencional, toda em metal (principalmente duralumínio). As asas têm sete graus de diédrico nos painéis externos e são equipadas com abas com fenda no bordo de fuga. O IA 58 tem fuselagem esbelta, a cauda em “T” e uma cabine em tandem (assentos um atrás do outro); a tripulação usa os assentos ejetáveis Martin-Baker Mk 6AP6A zero/zero e são fornecidos com controles duplos e boa visibilidade da cabine. O design aerodinâmico bastante limpo permite ao Pucará atingir velocidades relativamente altas e uma boa estabilidade de voo, parâmetros superiores às do norte-americano Rockwell OV-10 Bronco, outra aeronave da mesma categoria. Por outro lado, o IA 58 não possui compartimento de carga dentro da fuselagem como solicitado para a aeronave dos EUA.
O Pucará foi projetado para operações em pistas curtas e acidentadas. O trem de pouso triciclo retrátil, com uma roda de nariz única e duas rodas principais retraídas nas naceles do motor, era equipado com pneus de baixa pressão para se adequar às operações em terreno acidentado, enquanto as pernas do trem de pouso são altas para poder ser equipado com uma boa carga de armas. Três foguetes JATO poderiam ser instalados sob a fuselagem para permitir decolagens extra-curtas (até 80 metros, menos do que um campo de futebol). O combustível é alimentado por dois tanques de fuselagem com capacidade combinada de 800 litros e dois tanques autovedantes de 460 litros nas asas.
Os canhões e as metralhadoras do Pucará lembravam as aeronaves da época da Segunda Guerra Mundial, consistindo em dois canhões Hispano 804 de 20 mm montados sob a cabine com 270 tiros cada e quatro metralhadoras de 7,62 mm Browning FN montadas nas laterais da fuselagem com 900 tiros cada. Três pontos duros eram equipados para transportar uma variedade de armas como bombas, foguetes ou tanques de combustível externos, com um ponto duro de 1.000 kg de capacidade montado sob a fuselagem e os dois pontos duros restantes com capacidade de 500 kg sob as asas. A carga máxima de armas externas era de 1.620 kg. Os armamentos da aeronave eram orientados por uma mira bastante simples.
As primeiras unidades foram entregues em maio de 1975 a Força Aérea Argentina (FAA), equipando o 2° Escuadrón de Exploración y Ataque, parte da III Brigada Aérea, na BAM (Base Aérea Militar) Reconquista, situada ao norte da província de Santa Fé. As novas aeronaves tiveram sua estreia operacional no final de 1975, quando vários Pucarás realizaram ataques de contra-insurgência de Córdoba contra guerrilheiros comunistas do ERP na província de Tucumán como parte da “Operação Independência”, com destaque a um ataque de um elemento (duas aeronaves) realizado com bombas e napalm (bombas incendiárias de gasolina gelatinosa) contra posições guerrilheiras no Montes Tucumanos. Durante o Conflito de Beagle (uma “quase guerra” da Argentina contra o Chile, no final de 1978, pela disputa pela posse no Canal de Beagle, na fronteira sul do país) dois esquadrões de Pucarás, com dez aeronaves cada, foram destacados para a Patagônia e colocados em prontidão de combate.
Em ação na Guerra das Malvinas (1982)
Durante o conflito no Atlântico Sul, cerca de 60 IA 58 haviam sido entregues, mas cerca de 34 a 45 aeronaves (segundo as diferentes fontes) estavam operacionais. Inicialmente doze Pucarás foram revisados e enviados para o Teatro de Operações Malvinas (TOM), todos eles, assim como todas as aeronaves da FAA, subordinadas a “Força Aérea Sul” (FAS – Fuerza Aérea Sur), sediada em BAM Comodoro Rivadavia, que coordenava as operações aéreas da Força Aérea Argentina na região durante a guerra.
Voando inicialmente em esquadrilhas de quatro aeronaves, faziam voos diretos do continente para a BAM Malvinas em Puerto Argentino (como foi redenominada Port Stanley, a capital das Ilhas Malvinas, após a “Operação Rosário” realizada no dia 2 de abril de 1982). Voavam a baixíssima altura para evitar radares inimigos e eram orientados por aeronaves do “Esquadrão Fênix”, pois os Pucarás não possuíam radar e seus instrumentos de navegação eram bastante simples. Como podiam voar a mais de 3.500 Km de distância em configuração de translado, com tanques externos, faziam o trajeto com relativa facilidade, apesar do voo durar quase três horas de voo sobre um gelado mar.
Como o Pucará podia operar em pistas curtas e não pavimentadas, as aeronaves foram destacadas para outros lugares que não apenas o aeroporto de Stanley, agora transformado em base aérea, a BAM Cóndor (situado em Pradera del Ganso, ou Goose Green) e o Aeroporto de Puerto Calderón (Pista de Pouso da Ilha Borbón, ou Pebble). Durante o mês de abril de 1982 os Pucarás efetuaram missões de patrulha e reconhecimento, além de treinar exaustivamente para combaterem os ingleses que já estavam se aproximando das ilhas em uma grande e poderosa Força-Tarefa.
No dia 1º de maio de 1982, um ataque aéreo britânico realizado por um revolucionário caça de decolagem curta/pouso vertical British Aerospace (BAe) Sea Harrier FRS.1 na BAM Cóndor destruiu um Pucará que estava na pista preparada para decolar, matando seu piloto e o pessoal de terra que estava próximo a ele. No ataque dos comandos ingleses do SAS (Serviço Aéreo Especial – Special Air Service) em Puerto Calderón, no dia 15 de maio, mais dois Pucarás foram destruídos e outros quatro severamente danificados e não reparados, encerrando as operações aéreas nesse aeródromo.
No dia 21 de maio, mais dois Pucarás foram perdidos, um abatido por um míssil terra-ar portátil (MANPADS) FIM-92A Stinger e outro derrubado por um Sea Harrier. No dia 24 de maio, mais um Pucará é danificado por um ataque aéreo inglês e fica fora de serviço. Para repor as perdas dos Pucarás, mais aeronaves foram enviadas do continente para as ilhas, com a última esquadrilha com oito aeronaves, tendo chegado à BAM Malvinas no dia 29 de maio.
Dois Pucarás participaram do abate de um helicóptero Westland Scout dos Royal Marines com tiros de canhões e metralhadoras no dia 28 de maio, enquanto ele estava em uma missão de evacuação de vítimas durante a Batalha de Pradera del Ganso (Goose Green). Esta foi a única vitória ar-ar argentina confirmada na guerra.
Um desses Pucarás colidiu com uma colina no voo de retorno a Port Stanley e foi destruído, com os restos mortais do piloto (Tenente Miguel Gimenez, segundo fontes, o responsável pelo abate do Scout) tendo sido encontrado apenas em 1986, sendo enterrado com todas as honras militares no cemitério argentino em Port Darwin por sua família, os primeiros argentinos a visitaram as ilhas desde o fim da guerra.
No mesmo dia 28 de maio, um Pucará foi abatido por tiros de armas leves após este lançar foguetes contra as tropas britânicas (sem causar vítimas), durante a Batalha de Pradera del Ganso. O piloto ejetou e foi capturado pelos ingleses, tornando-se prisioneiro de guerra.
No dia 1º de junho, dois Pucarás foram perdidos em uma colisão durante a decolagem na congelada pista da BAM Malvinas, sem vítimas fatais. Mesmo com as perdas, os argentinos continuaram efetuando missões de apoio as tropas terrestres até o final das hostilidades, no dia 14 de junho.
Na manhã desse mesmo dia os argentinos planejaram um ataque (que seria no dia 13 de junho, mas por causa do mau tempo, foi adiado para o dia seguinte) contra as tropas inglesas com os últimos quatro Pucarás em condições de voo, que depois fugiriam para o continente, decolando de Puerto Argentino (que já estava sendo cercada pelos ingleses) com munições, bombas, foguetes e combustível extra, mas a missão foi abortada por conta do anúncio do final da guerra, quando as aeronaves estavam prestes a decolar.
Perdas dos IA 58 Pucará na Guerra das Malvinas
No total a Força Aérea Argentina perdeu 14 Pucarás em situações de combate, com a morte de dois pilotos mais sete operadores de solo da FAA, além de quatro feridos, num total de 13 baixas. Os Pucarás de matrícula A-514, A-523, A-528, A-529, A-532, e A-536 sofreram acidentes menores e incidentes diversos, alguns foram reparados, outros foram canibalizados para manter a frota voando e suas fuselagens usadas como chamariz para os ataques aéreos ingleses. Já os Pucarás de matrícula A-515, A-522, A-533 e A-549 eram as únicas aeronaves em condições de voo, ainda que precárias, e que iriam realizar o ataque abortado do dia 13/14 de junho. Nenhum Pucará que saiu da Argentina para as ilhas retornou para o continente, pois foram capturados pelos ingleses como “prêmios de guerra” (“war prize”). Algumas células foram enviadas para museus na Inglaterra ou testadas em voo pela Real Força Aérea Britânica (RAF – Royal Air Force).
Além dessas 24 aeronaves perdidas nas ilhas, outros dois Pucarás (A-526 e A-540) foram perdidos em acidentes quando realizavam patrulhas aéreas de observação no litoral da Argentina continental durante a guerra, com a perda dos respectivos pilotos, os Aspirantes (Alférez) Valko e Marchesini.
Em maio de 1982, no auge da guerra, a Força Aérea Argentina, em colaboração com a Marinha Argentina, equipou um protótipo (AX-04) com pilones para montar torpedos Mark 13. O objetivo era seu possível uso como aeronave torpedeira para aprimorar as capacidades antinavio das forças aéreas argentinas na guerra. Vários testes foram realizados, mas a guerra terminou antes que os técnicos pudessem avaliar a viabilidade do projeto.
Após a Guerra
Com 26 aeronaves perdidas durante a época da Guerra das Malvinas, além do embargo de armas endurecido pela Inglaterra, a Argentina teve muitas dificuldades para produzir e equipar mais Pucarás, principalmente com armas modernas, mesmo assim a produção continuou até 1986, com a FAA tendo recebido ao todo 108 aeronaves. Cerca de 50-60 aeronaves estavam operacionais no final da década de 1980.
A Argentina, em meados dos anos 1980, considerou equipar o Pucará com o míssil antinavio de fabricação nacional Martin Pescador MP-1000, então em desenvolvimento pelo CITEFA (Instituto de Investigaciones Científicas y Técnicas de las FFAA = Instituto de Pesquisa Científica e Técnica das Forças Armadas), mas devido a profunda crise econômica que se abateu sobre o país, o desenvolvimento do míssil foi cancelado na década de 1990.
Mesmo com as claras limitações do Pucará demonstradas nas Malvinas, como a fragilidade do seu conjunto do trem de pouso, a falta de sofisticados aviônicos e sistemas de navegação por instrumentos, o baixo desempenho dos motores, por exemplo, a aeronave foi desejada por vários países, principalmente pelo seu baixo preço de aquisição, e exportada para a Colômbia, o Uruguai e o Sri Lanka.
A Força Aérea Colombiana (FAC) utilizou três Pucarás ex-FAA entre 1989 e 1998, com as células sendo vendidas em 2003 para o Uruguai, cuja Força Aérea Uruguaia (FAU) já operava Pucarás desde 1981, desativando suas aeronaves, no total de oito aeronaves, em 2017. A Força Aérea do Sri Lanka (SLAF) operou quatro aeronaves também ex-FAA entre 1993 e 1997, com as aeronaves participando ativamente na guerra civil do país. Duas aeronaves foram abatidas pelos rebeldes e uma foi perdida devido a uma explosão prematura de uma de suas bombas. A única aeronave sobrevivente foi retirada de serviço e preservada.
Vários países tentaram adquirir o Pucará, mas devido a vários fatores, as vendas não foram efetuadas. Dentre essas propostas fracassadas está a do Brasil. Em 1990 a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou a compra de 30 IA-58A como parte do Projeto SIVAM, de implantação de radares de vigilância aérea e o estabelecimento de esquadrões de caça e ataque leve na Amazônia brasileira, mas com o desenvolvimento do Embraer EMB 314 (A-29) Super Tucano, o pedido foi cancelado.
Na Argentina, durante a década de 2000, diversos projetos de atualizar e modernizar as veteranas aeronaves ainda em operação foram estudadas, mas sem sucesso. Em 2019, a Força Aérea Argentina foi obrigada a retirar de serviço, principalmente por falta de peças de reposição dos motores turboélice Turbomeca Astazou (que já não eram produzidas há anos) os últimos Pucarás (cerca de 30-40 aeronaves) de operação.
Mesmo assim, existe um projeto de “ressucitar” a veterana aeronave de ataque e contra-insurgência, agora no papel de uma aeronave de vigilância e patrulha de fronteira, com o projeto sendo chamado de “Pucará Fênix” (“Pucará Fénix”), com as células sendo revisadas e repotencializadas com os motores Pratt & Whitney Canada PT-6A-62 aprimorados, novas hélices de quatro pás, um módulo eletro-óptico Fixview e um sensor infravermelho (EO/IR) e datalink. A atualização inicialmente foi autorizada pelo governo argentino em 2021, mas no momento está paralisada, com a intenção da FAA de atualizar cerca de 20 a 25 aeronaves, que poderiam voar por mais 15 a 20 anos.
Conclusões
O FMA IA 58 Pucará foi mais uma inovadora aeronave fabricada pela Argentina, que produziu uma aeronave de baixo custo operacional e bastante eficiente, que foi capaz de enfrentar uma moderna força como a da Inglaterra na Guerra das Malvinas em 1982. Mesmo com as limitações do projeto, como descrito acima, o Pucará conseguiu preocupar os ingleses durante o conflito, principalmente pelo fato de estarem baseados nas ilhas durante a guerra.
A robustez de sua fuselagem e a facilidade de operação pelas equipes de terra, além de operar uma grande variedade de armas simples, eram os pontos positivos do projeto, mas a falta de uma versão com aviônicos mais avançados e motores mais potentes foi determinante para o relativo fracasso de exportação da aeronave para diversos países, bem diferente da moderna e mais dinâmica aeronave brasileira Embraer EMB 314 Super Tucano, um grande sucesso de exportação mundial.
Em 2024 não há nenhum país operando o Pucará até o momento, apesar do “Projeto Fênix” da Argentina, que pretende continuar a história de uma guerreira aeronave que, apesar do projeto ter mais de 50 anos, ainda pode continuar sua impressionante história.
AGRADECIMENTO: Ao Senhor Victor Hugo Martinón (VGM = Veterano da Guerra das Malvinas), que colaborou com relatos pessoais sobre o translado do Pucará do continente até as ilhas.
FONTES:
- <https://en.wikipedia.org/wiki/FMA_IA_58_Pucar%C3%A1>. Acesso em 18/04/24.
- <https://escuadronfenix.org.ar/avion-pucara-ia-58-en-malvinas/>. Acesso em 20/04/2024.
- <http://malvinasguerraaerea.blogspot.com/2019/09/la-fuerza-aerea-argentina-retira-lo-ia-58.html>. Acesso em 24/04/2024.
- <https://canalmilitarizando.com/2022/05/23/o-sas-em-acao-no-atlantico-sul-o-ataque-a-ilha-pebble/>. Acesso em 24/04/2024.
- <https://canalmilitarizando.com/2022/04/30/cumprindo-com-o-seu-dever-para-defender-a-patria-a-forca-aerea-sul-da-argentina-durante-a-guerra-das-malvinas-falklands/>. Acesso em 24/04/2024.
- <https://www.gbnnews.com.br/2020/05/eu-sobrevoei-port-stanley-antes-da.html>. Acesso em 26/04/2024.
*Professor de História no Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador. Brasiliense de alma paulista, reside atualmente em Fortaleza-CE. Articulista com artigos publicados em vários sites sobre Defesa.
Ilhas Falklands ! esse é o nome certo das ilhas de sua majestade
Sua!!!!!!Minha, jamais!!!!!
Majestade dos britânicos e da Commonwealth. De ninguém mais. Mas, isso não muda o fato das ilhas serem britânicas e, por isso, o nome ser Falklands.
Impressionante como em pleno século XXI há quem defenda no Brasil colônias britânicas no Atlântico Sul…
Considerando quantos nomes, culturas e povos nativos os britânicos exterminaram, é rídicula tal posição vinda de um brasileiro kkkkkkk
E não, você não precisa apoiar a Argentina, antes que me encham.
Tudo isso é verdade…mas, mesmo assim, o nome das ilhas é Falklands. Ponto.
Aguardo seus próximos comentários chamando a Alemanha de Deutschland ou a Grécia de Elliniki Demokratia.
Comentário totalmente equivocado. Sabe por que? Alemanha é o “aportuguesamento” do nome do país europeu citado, o mesmo valendo para a Grécia. United States aqui chamamos de Estados Unidos. Nesse raciocino é sentido, deveríamos chamar as Falklands, de forma aportuguesada, de Terra dos Falcões. Malvinas é o nome argentino dado aquele arquipélago.
1. Alemanha não é aportuguesamento, Deutschland significa, literalmente, “terra do povo”, Alemanha vem da tribo dos Alamanni, que por sua vez era o nome latino dado àquela tribo pelos romanos.
A Grécia não se chama Grécia também, novamente Grécia é o nome latino pra região (assim como a Pérsia, por exemplo).
2. Malvinas não é o “nome argentino”, os nomes já constavam nos mapas espanhóis e portugueses antes mesmo da Argentina pensar em ser independente, e na verdade vem do francês, que nomearam as ilhas “Malouine” em homenagem à cidade de Saint-Malo, na França.
Tudo que tu escreveu eu sei há muito tempo. Mas, parece que tu não entendeu o que eu quis dizer. Enfim…continua esperneando…isso não vai mudar o nome da ilhas…que é Falklands. Por que? Porque é o nome que os donos daquele pedaço de terra cercado por água deram para ele. Simples. Se algum dia a Argentina voltar a ser dono daquelas ilhas, elas se chamarão Malvinas. Até lá, é Falklands. O resto é conversa e chororô.
Quem tá esperneando é você amigão, dá uma olhada no título da matéria e vê qual nome está escrito, ou abre qualquer livro de História básica, abraço kkkkkkkk Falquelândia
Malvinas é, foi e sempre será o nome em português das ilhas, independente da sua vontade de ser britânico, e independente de quem tem a posse.
Hehehehe….continua epserneando…e quando me coloca na condição de querer ser um britânico, mostra que tem leitura seletiva ou deficiente: “André Macedo Reply to Gabriel BR 1 dia atrás Considerando quantos nomes, culturas e povos nativos os britânicos exterminaram, é rídicula tal posição vinda de um brasileiro kkkkkkk E não, você não precisa apoiar a Argentina, antes que me encham. Santamariense Reply to André Macedo 1 dia atrás Tudo isso é verdade…” Se tu tiveres capacidade, vai perceber que eu concordei contigo quanto aos abusos, explorações e crimes perpetrados pelo império britânico, logo eu não poderia querer ser britânico. “ Malvinas… Read more »
No primeiro comentário eu falei claramente da posição do colega de defender e ainda se referir como “sua majestade”, quem trouxe a discussão de nomes foi você, eu nem citei isso no primeiro comentário e ainda disse que o nome das ilhas independe da posse, você devia rever o conceito de “espernear” e usar como autocrítica.
E, novamente, a Alemanha não é brasileira, mas ainda assim chamamos como tal.
André, foi uma questão de interpretação de texto. Usar ‘sua’ para se referir ao Rei da Inglaterra é normal, mesmo por estrangeiros. Não vi qualquer defesa de uma posição ou outra no post original do colega, que apenas disse que o nome correto é ‘Falklands.’ E sinceramente, não está incorreto.Podem chamar aquelas ilhas do que quiserem, de Falklands, Falquilândia, Eki Eki Eki Tapang, Friolândiadukct, etc. Não acho que exista um nome Brasileiro para as Falklands. Malvinas é o nome Argentino para as ilhas, mas como eles perderam qualquer direito que pudessem ter sobre as ilhas em 1982, então o nome… Read more »
Querendo ou não que usar o termo indica subserviência, meu ponto foi que as pessoas esquecem todas as violações da soberania que os britânicos cometeram (inclusive devem ter sido o país que mais o fez) e defendem as ilhas com afinco, mesmo que estejam “certos” sobre as ilhas, nada justifica tal avidez, é tipo defender o ladrão de banco por ter o celular roubado.
Quanto ao nome em português, sempre foi Malvinas, até basta lembrar (ou pesquisar, quem não era vivo à época) como o conflito foi retratado no Brasil quando aconteceu e como foi chamado.
Então você está cometendo o grave erro de dar juízo de valor sem o devido contexto histórico em séculos de Império Britânico e suas barbaridades ao longo desses séculos, mas se esquiva de fazer o mesmo juízo de valor ante as barbaridades cometidas pelos Argentinos, inclusive da própria ditadura Argentina que dominava o país durante o conflito das Falklands que exterminou míseros (se comparados aos Britânicos) 40.000 pessoas de seu próprio povo, seu próprio país, inclusive com campos de concentração e requintes de crueldade (já ouviu falar das ‘Freiras Voadoras?)’ insinuações sobre ameaça militar ao Brasil após a construção de… Read more »
Perfeito de novo!
Em momento algum eu apoiei a Argentina nessa história toda, minha é postura contra o Reino Unido e pelo fato desse país ter sido inegavelmente o mais atroz dos colonialistas, o meu ponto principal, novamente, é o afinco com que brasileiros, no caso, defendem a posse britânica das ilhas (e a questão secundária do nome, que como disse independe de posse alguma). Os argentinos, brasileiros etc, mesmo depois de independentes, cometeram atrocidades? Sim, muitas, como eu disse e repito: Não, você não precisa apoiar a Argentina, e eu certamente não o fiz aqui. “Ah mas ser contra o RU é… Read more »
Ué, estou seguindo a sua lógica. É você quem está dando juízo de valor. Pelo menos eu contextualizei. Você nem isso hehehehehe. O que eu estou criticando é o fato de você rotular qualquer um que constate o fato de que as ilhas são Inglesas como pessoas subservientes aos interesses Ingleses, o que simplesmente não tem nada a ver. Usando da sua lógica, você está sim defendendo os Argentinos e tudo que eles representam, inclusive suas atrocidades ao longo dos anos, ou no mínimo, os interesses Argentinos sobre as ilhas. Capisce? Se não capisce, não tem problema. Já deu para… Read more »
Deu uma canseira aqui, procure o significado da palavra afinco, e a analogia do ladrão de banco que usei. Não vou ensinar interpretação pra ninguém, desculpa.
André, é cansativo ver você se esquivar de argumentos que você mesmo usou para rotular um colega.
Pergunta direta que merece uma resposta direta: As ilhas Falklands são Britânicas ou não?
Eu não rotulei amigão, eu fiz uma leve provocação e vocês inflaram isso, foi literalmente uma frase solta e nenhum dos meus argumentos antes ou depois foi voltado pro tema.
R: Sim.
“Leve provocação,” vulgo trolando…
Enfim, tem trolls demais por aqui mesmo.
Para de show, cara. Como eu disse nenhum dos meus argumentos foi direcionado a isso, vocês estão bem sensíveis.
Perfeito, Leandro…é exatamente isso. O resto é apenas retórica e blá-blá-blá.
Falklands e quero ver os argentinos chorarem mais
No You Tube há vários relatos de pilotos de todas as aviações que combateram nas Malvinas, entrevistados por um jornalista argentino que foi correspondente de guerra. Creio que o nome é Nicolas. Há o caso da morte do Tenente Daniel Jukik, em Goose Green, alcançado por bombas de fragmentação lançadas por Harrier GR3, quando estava amarrado no avião, antes da decolagem. Vários mecânicos que estavam próximos ao avião também faleceram. Conheci um oficial que presenciou o fato, em 1992, numa visita à AFA.
O nome do repórter/correspondente de guerra é Nicolas Kasanzew (@nkasanzew). Ele esteve nas Ilhas Malvinas/Falklands durante o conflito. Na sua conta no Instagram há imagens obtidas durante a guerra.
Isso. Assisti várias entrevistas dele no You Tube. Nasceu na Europa, creio. Não recordo o País.
Bem, gosto do avião e acho que foi injustiçado pela guerra das malvinas…
Dos 14 perdidos nas ilhas, somente 3 foram perdidos “voando”…todos os demais foram perdidos em “terra”…
Destaque especial a falta de planejamento e improvisação e testes de hioteses que são e devem ser obrigatorios na vida do militar…
Deixaram para lançar hipotese e testar o Pucara como torpedeiro somente na metade do conflito, não dando tempo de usar o que se revelou sucesso apos redescobrirem os parametros de disparo da WWII…
detalhe importante….teria dado certo….pois conforme o relato do 1o. combate do Ten Crippa com um MB339 que alvejou os navios na baia de San Carlos, as centrais de tiro das fragatas ali estacionadas não estavam programadas para aquele ataque rasante de um elemento estranho voando entre os navios e ficaram silenciadas para não atingir uns navios aos outros no tiroteio….ou seja…os Pucarás conseguiriam lançar seus torpedos e seria surpreendente um ataque ao estilo Pearl Harbour…
Rico relato!
Veterano de guerra o Pucará.Poucos tem essa distinção.
A história operacional dos Púcara no conflito de 1982, para mim apenas reforça a ideia de que aeronave projetadas para combate a forças irregulares (Counter-insurgency aircraft), são bastante limitadas em cenários de conflitos simétricos como foi a guerra das Malvinas e o atual conflito na Ucrânia.
Depende da função um avião turbo-hélice pode ter muito sucesso no combate a drones suicidas e na sua função de apoio às tropas em solo vai depender de cobertura aérea.
belissima foto , coisa rara de ver
Fico Imaginando o Pucará com os motores do A29, FBW e algum radar limitado no nariz. Imagino que ganhe maior velocidade que o Super Tucano, porém menor alcance. Se pude Carregando algo como um míssil anti-navio ou bombas inteligentes, até mesmo torpedo, seria um patrulheiro formidável. Seja no mar seja nas fronteiras,
A grande questão é se seria suficientemente barato de adquirir e operar.
FBW não precisa.
Mas sim, dois PT6A do A29 dariam 3.200 HPs….uma bela potencia….e a fuzelagem é grande, cabendo boa quantidade de combustivel e avionicos…
Um péssimo avião.
Um avião que só teria sucesso contra os movimentos “revolucionários” pouco armados na América Latina mas que levou uma surra em uma guerra “quente”. Hoje então , com MANPads muito mais evoluídos , não teriam como dar certo. Além disso, os argentinos provaram sua incapacidade em planejar e executar. Amadorismo é isso.
É a mesma condição do A-29. É eficaz apenas em combate assimétrico, operando em ambiente aéreo dominado e com pouca ou nenhuma antiaérea mais moderna.
Resumindo, útil somente para combate em países de terceiro mundo.
Exatamente o que diziam os Requisitos Operacionais Preliminares, em 1992. Não foi concebido pra voar na Guerra do Golfo, Iraq Freedom ou na Allied Force. Não há demérito algum nisso. Vide seu sucesso na Colômbia.
Avaliação equivocada, mestre eduardo…repare que somente 03 foram abatidos voando…os demais foram abatidos sem decolar, estacionados….e isto ocorreu porque a base não tinha caças fazendo a defesa da base….foram abatidos no chão… é muito diferente da atualidade, onde o A-29 tem o CCIP , que confere excelente acerto no alvo e pode atuar com armamento inteligente tal como F16…atacando com precisão a 8 km de distancia, 20 km de distancia, 40 km de distancia ou 100 km de distancia… 06 deles foram destruidos no chão por operações de comandos….então podia ser até Mirage, que seriam destruidos da mesma forma… O… Read more »
Cara, me permita discordar um pouco. Uma aeronave como o A29 seria muito importante no cenário ucraniano, principalmente abatendo drones e mísseis de cruzeiro, e além disso, ele poderia fazer melhor um papel que hoje é feito por helicópteros que é o lançamento de foguetes em ataques de saturação na infantaria, além claro, de mísseis antitanque, claro, isso voando numa baixíssima altitude para evitar o radares inimigos.
misseis de cruzeiro? como assim
Bom….um infante…de coturno…e não apenas um…com Manpad….de ombro….derrubou missil de cruzeiro…. Porque da pergunta…? Ou surpresa…acho que o A29 tem mais chances de sucesso que os sucessos dos infantes de coturno que fizeram isto mais de uma vez….como assim…??? e fizeram…então a pergunta é..o que precisa penderurar nele para fazer isto…muita coisa? acho que não…se forem pensar como um F16…ja começariam a pensar errado…. Irã…como se diz…não filosofa….ja pendurou um MANPAD num drone…. Dá para o A29 fazer isto….dá….o Jlens fez…e era balão…então temos um balão que faz..e um infante de botas na terra que faz…um A29 realmente não teria… Read more »
Tem matéria aqui sobre o uso de miseis ar-ar pelo ST
Mestre Marcos….não tomou surra voando…foram destruidos no chão….somente 03 foram destruidos em voo…01 Harrier, 01 Manpad e 01 artilharia leve…
Isto ocorreu por erro estrategico tatico argentino…onde por obvio deveriam colocar caças de combate aereo..Caps….e não o fizeram….
Pensei que essa avião tivesse tido um desempenho melhor em ação, e me surpreendeu o fato de tantas perdas por conta do trem de pouso já era projetado para operar em pistas não preparadas o que leva a crer que os trens de pousos deveriam ser reforçados. É um avião que poderia ter sido um forte concorrente do A-29 se tivesse sido modernizado.
Foram apenas 02 perdas por colapso do trem de pouso.
Este colapso não é normal, pois considere que a pista foi danificada e suja pelos ataques britanicos….por isto o colapso….
em combate mesmo, ou seja…voando, foram apenas 03 perdidos…:
“Pequeno gigante” que só foi destruído… uma só vitória aérea. Bem pequeno e pouco gigante.
Que irônico, e hoje em dia a FAdeA tá destinada á deixar de ser uma construtora de aviões para tornar-se um MRO ou ser partista de terceiros como no caso do KC-390. Os Pampas não vendem (nem a Guatemala os quis), se fabricam a um ritmo lentíssimo, quase artesanalmente e a empresa não tem outro produto para sobreviver.
Avião bonitinho mas ordinário. Serviu pra absolutamente nada.
Fico imaginando como teria sido a trajetória do Pucará se tivessem escolhido a P&W PT6, que já estava em produção na época do voo do primeiro protótipo.
Talvez não tivesse disponível na época uma verão com mais de 900 HP, como a Astazou, ou talvez deram preferência ao motor francês por ser mais maduro.
Provavelmente ninguém iria imaginar que haveria interesse em manter eles voando 40 anos depois.
O Desembarque na Baia de San Carlos causou uma aglomeração de navios em passagens estreitas
A glomeração era grande e não permitia grande movimentação dos navios…
Os Britanicos não estavam prontos para um atrito corpo a corpo…as centrais de tiro tiveram de ser ao longo do tempo corrigidas, pois o Ten Crippa demonstrou sem querer, uma fragilidade da programação das estações de combate….ele literalmente atravessou o comboio ancorado sem receber um unico disparo naquele momento, pois de tão baixo estava e tao proximos os navios estavam, as centrais simplesmente silenciaram para os navios não atingirem uns aos outros….mas a saraivada de tiros logo não tardou quando ele saiu do meio apos o ataque em fuga evasiva, mas ai já era tarde e logo o relevo das… Read more »
O segundo problema era que os radares de direção de tiro não funcionavam bem com o relevo litoraneo nas costas dos aviões e assim, havia dificuldade de travar nos alvos aereos…
Então, sim….o ambiente era extremamente propicio ao inacreditavel uso de torpedeiros tantas decadas após Pearl Harbour….os Pucaras se já estivessem testados e doutrinados a isto, seria um grande risco…e o avião ideal….mas…quem não treina ou se prepara…se estrepa na hora h…
Foto de testes que foram finalizados tarde demais…
Considerações sobre isso, Carvalho. Por mais que os computadores de alguns radares dos Sea Wolf pudessem travar ao tentarem ‘lockar’ em alvos com as ilhas no fundo (caso da HMS Broadsword tentando defender a HMS Coventry), ainda existiam as miras óticas que poderiam ser usadas com sucesso. Outro problema seria a velocidade dos torpedeiros. Qual seria a velocidade de aproximação e lançamento dos torpedos. Historicamente aviões torpedeiros precisavam voar à velocidades muito baixas para lançarem seus torpedos, os tornando alvos mais fáceis. E no caso dos Pucará, facilitaria o trabalho de aquisição através das alças óticas dos Sea Wolf. E… Read more »
Ahhh sim, mestre Leandro….muitos focam a preocupação da velocidade….Isto é real….realmente baixa…mas….naquele ambiente, apesar do risco, ele mitigada em muito mesmo, pelo fato dos aviões somente serem percebidos depois que des iam rasante das encostas.
Então, a velocidade de 200 knots determinada para lançamento permitia qualquer navio ser engajado em poucos segundos…em 10 segundos já percorrerá mais de 1 km e veja que isto era mais que o necessário….fosse em alto mar aí sim o risco maior….mas ali era muito fechado mesmo…os aviões apareciam e desapareciam rapidamente..
Outro problema era que os navios não possuíam artilharia de boca da WWII…era um despreparo e desespero na guerra litorânea onde marinheiros tinham de subir no convés armados com fuzis para tentar ajudar nesta deficiência…
Isso é outro problema Carvalho. O pouco tempo para fazer a visada e o lançamento do torpedo. Qual a distância mínima que o torpedo precisa percorrer para armar? São inúmeras variáveis que o piloto precisa levar em consideração, e que só realmente consegue fazer isso com algum grau de eficiência após muito treinamento. Não tem outro jeito. E se considerarmos que mesmo os pilotos dos jatos de combate que entraram em ação, com sucesso inclusive apesar das perdas, já havia um elemento de falha de comunicação entre os pilotos e armeiros, já que os últimos não sabiam qual seria a… Read more »
Grande aeronave, pilotos raçudos e o resto é história!
Melhor avião de combate projetado e construído na America do Sul (sim, acho que supera o A-29) mas sofreu com a escolha do motor (tal como o A-1) e, principalmente, com a fraco desempenho da FAdeA como um todo.
Guardando-se as devidas proporções impostas pelo distanciamento cronológico entre um projeto e outro, o A-29 é muito mais moderno hoje do que o Pucará o era em sua época. E o A-29 pode levar armas inteligentes, algo que o Pucará nunca pôde, mesmo tais armas já estando disponíveis na época em que ele operava.
Acho que você só está querendo causar…
`Nacionalistas,há duas fotos na matéria em que o Pucará leva sob as asas artefatos brancos, quatro no total. Não consegui divisar o que seria.
São lançadores de foguetes.
Obrigado!
Pq dar deslike numa pergunta totalmente pertinente ao assunto?