A evolução dos caças num quarto de século – do F-100 ao F-18

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Pierre M. Sprey que trabalhou juntamente com John Boyd nas especificações do caça que se tornaria o F-16, publicou um trabalho chamado “Comparing a Quarter Century of Fighters – F-100 to F-18” em 2006, no qual compara a evolução dos caças de 1950 a 1980.

No trabalho, Sprey começa citando G. Santayana, “Quem não pode se lembrar do passado, está condenado a repetí-lo.”

Ele mostra os caças a serem comparados, define o critério de comparação, estima a eficácia do caça, os resultados de testes e combate, lições aprendidas e aplicação destas lições.

No gráfico acima usado na apresentação de Sprey, pode-se ver a linha do tempo com a evolução dos caças e motores. Os caças que aparecem em vermelho foram os provados em combate até 1980. Os resultados em combate são usados quando disponíveis e e como critério de eficácia.

O autor usa o F-86 Sabre como “benchmark” para todos os outros caças.

A eficácia derivada do combate tem a seguinte prioridade:

  1. Ver o inimigo primeiro
  2. Superar o inimigo em número
  3. Manobrar melhor que o inimigo para atirar
  4. Matar o inimigo rapidamente

No primeiro ponto, o critério é “conseguir a surpresa sem ser surpreendido“, pois da Segunda Guerra Mundial até o Vietnã, de 65 a 95% das vitórias ar-ar, o inimigo abatido não soube quem o derrubou.

O segundo critério é o de superar o inimigo em número, pois por exemplo, 70 jatos Me 262 vastamente superiores foram derrotados por 2.000 caças inferiores P-47 e P-51.

O terceiro critério é, quando a surpresa falha, vencer o inimigo na tática para ganhar posição de tiro. Esse critério é sempre dominado pelo treinamento e habilidade do piloto.

O quarto critério é conseguir um abate numa oportunidade de fração de segundo, pois quanto mais aeronaves envolvidas no combate, mais fugazes são as oportunidade de tiro e mais perigosa a lentidão na obtenção da solução de tiro.

Para Sprey, desde o F-86 Sabre, os caças americanos perderam significativamente a habilidade de obter surpresa sobre o inimigo (com exceção do F-5 e do F-16), por causa do aumento do tamanho dos caças, a produção de fumaça e emissões.

O crescimento desnecessário em complexidade e custo dimimuiu o tamanho da força de combate por dólar gasto por fatores de 25 a 100, desde o F-86.

Em performance de “dogfight”, a manobrabilidade não evoluiu muito desde o F-104A. A deterioração só foi revertida com o F-15 e o F-16.

Os testes de voo de performance transiente em altos G só tiveram 3 destaques: F-86, F-5 e F-16.

Com relação à letalidade dos canhões e alcance, ela se deteriorou desde a Segunda Guerra Mundial e as metralhadoras .50 da Guerra da Coreia. A letalidade dos mísseis IR era a metade dos canhões, mesmo com o contínuo desenvolvimento desde 1948.

A Era dos caças de 1952-78

Na metade do trabalho, Sprey pergunta: o período 1952-78 produziu algum caça tão bom quanto o P-51 e o F-86?

Depois disso, ele define os caças que foram “quase tão bons” e o que eles precisavam para ser realmente bons:

Tipo Deficiências Observação
Northrop F-5E Tiger II Com 20% menos de peso poderia ter superado todos os caças americanos e estrangeiros até o F-14 O único caça bimotor a tornar-se um caça respeitável
Lockheed F-104A Starfighter (J79-19) Com 25% a mais de asa, pequena cauda, e inlet transônico, poderia bater o F-14, F-15 e igualar o F-16 Ênfase obsessiva em Mach 2 arruinou um excelente design
F-16 A adição de 3.000 libras de peso adicional e US$ 3 milhões de dólares por unidade, transformaram o F-16 de um grande caça para um “quase grande caça”. Mostrou que um projeto com único motor F100 com inlet fixo pode ter um alcance significativamente maior, maior aceleração subsônica, e melhor performance transiente que um projeto com dois motores e inlet móvel
Dassault Mirage III Com motor J79, poderia ser o melhor caça do período 1960-76 Mesma performance do F-106, com metade do tamanho
J-35 Draken Com motor J79, poderia ser o melhor caça do período 1960-76
  • Primeiro double delta
  • Primeiro delta de alta performance
  • Manobrava melhor que Mirage III e F-86

Quanto progresso em eficácia de combate foi feito desde o F-86?

Segundo Sprey, os resultados dos combates na Coreia (1950-52) produziram um “kill-loss ratio” de 14:1 dos F-86 contra os MiG-15. No Vietnã (1967-72), o F-4 Phantom obteve “kill rate” de 1:1 e 2:1 contra o MiG-21.

Em Israel (1967 e 1973), o Mirage III obteve “kill rate” melhor que 20:1 contra o MiG-21 (preferido pelos israelenses no lugar do F-4).

Na Guerra Indo-Paquistanesa (1965), os F-86 Mk. VI (comprados por US$ 100 mil cada), conseguiram “kill rate” de 6:1 contra os MiG-21, Su-7 e Hunter indianos! 90 caças F-86 + 75 outros conseguiram superioridade aérea em 7 dias contra uma força de 700 caças.

Durante a “Operation Featherduster” de testes ar-ar, o F-86 conseguiu uma vantagem de “kill rate” sobre o F-100, F-4, F-104 e F-105 e igualou o F-5 com 1:1.

Em 1977, durante os testes AIMVAL/ACEVAL, F-14 e F-15 não conseguiram atingir uma vantagem significativa contra o F-5.
Depois de 30 anos e 12 novos programas de caças, não se conseguiu produzir um design claramente superior ao F-86.

Tamanho dos caças (visibilidade)

Quanto mais baixo no gráfico, menos visível é o caça a olho nu e maior o nível de supresa em combate aproximado. Observar a posição do F-5.

Visibilidade traseira do cockipt

Melhor visibilidade, mais consciência situacional, vantagem gigantesca no dogfight. F-86 e F-16 no topo.

Velocidade cruzeiro

Maior velocidade de aproximação, maior a  surpresa no ataque.

Tamanho da força efetiva

Sortidas/dia por dólar gasto. Custo da unidade para 750 aeronaves em dólares de 1979.  No alto os caças mais baratos com mais sortidas diárias.

Fração de combustível

A fração de combustível determina a persistência do caça (peso do combustível/peso de decolagem). Os caças com quadradinho cheio têm pernas curtas.

Dogfight performance

Aceleração Ps @ 1g ou razão de subida.

Giro instantâneo à Mach 0.5

Letalidade

Número de abates por aperto de gatilho.

Conclusão

Os americanos não conseguiram converter a larga vantagem de tecnologia em motores, estruturas, aerodinâmica e microeletrônica num caça radicalmente superior aos seus competidores estrangeiros no período demonstrado.

De lá pra cá, com o advento do F-22 e o F-35, os problemas permanecem, mesmo com a tecnologia stealth e melhor eletrônica embarcada. Nenhum dos dois conseguiu superar o F-15A e o F-16A em performance.

As apostas são de que a tecnologia stealth e os novos sensores vão conseguir compensar a melhora dos dados apresentados. Será?

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Roberto F Santana

Maravilha de matéria.
Parabéns.

Mauricio R.

OOOOppppsss!!!
F-100, F-101 aliás RF-101, F-104 e o F-5 lutaram no Vietnan em diferentes períodos.
Foi o co-fundador da “fighter máfia”, imparcialidade não era bem o forte desse povo.
Queria ver desocupar o Kuwait, voando F-86 e F-5…

“Mesma performance do F-106, com metade do tamanho…”

E 1/4 da persistência em combate.

RenanZ

Grande matéria. O que mudam não são os aviões e suas performances, mas sua aplicabilidade. Por mais saudosistas e entusiastas do velho estilo Top Gun, a alta manobrabilidade hoje já não é sinônimo de vitória. Ou seja, o que mundam não são os números, mas sim os requisitos para se operar em um determinado cenário. Falar que o F-22 não superou o F-15 é meio abstrato. No combate direto (feito em testes), os F-22 conseguiram um kil rate de 144:1 contra os F-15 (isso mesmo, cento e quaranta e quatro contra um) Quando fora projetado, os conceitos e objetivos de… Read more »

Roberto F Santana

No gráfico:
Giro instantâneo à Mach 0.5.
A escala vertical não teria que ser o tempo?
Ex.F-100 com giro de .015?
Parece ser um gráfico sobre relação sustentação/peso.

Roberto F Santana

Foram legais com os russos,
A pior visibilidade de todos os tempos é do MiG-23.

Maurício R.
Lá pelo meio dos anos sessenta você consegue ver F-100,RF-101,F-102,F-104,F-105,F-4,F-5 todos mesmo céu, Vietnam.
E acredite, se esperar mais um pouco verá até o F-14 e o F-111.

Roberto F Santana

Dá-lhe comentário,
“Dassault Mirage III Com motor J79, poderia ser o melhor caça do período 1960-76 ”

E foi.
Até o surgimento do F-16.
Qual foi?
Kfir.

kaleu

Só sei dizer que os nossos “Mikes” estão bem na foto …

MatheusTS

Concuindo quem foi de F-4 se ferrou pensando que o F-5 iria se ferrar. E na epoco e ainda hoje o F-16 continua sendo um otimo caça seria uma boa escolha para nós encaso eles desem uma Tot media. Acho que realmente o F-5 é um bom caça pra quem gosta de voar sem muito controle super testado pelo brasil que pode viver 60 anos com apenas 1 modernização e com poucas peças de reposição. Agil, Pequeno, Relação de peso e enpuxo boa poderia aumentar mais faser oque, motores bons, E agora avionicos otimos transformando em um caça de 4… Read more »

Francisco AMX

Kaleu, estão iguais ao MIII em DF… e quem dizia que os Mike dão pau nos MIII não sabia o que tava falando? parece…

Olha o F-16 mostrando o que sempre falei! ele é superior ao F-18 em manobrabilidade e desempenho! nunca me surprreendeu a alta capacidade do Falcon em ser um caçador nato, e se bem equipado é um adversário terrível! com o adendo do HMD sua capacidade destrutiva, com seu canopy em bolha e altíssima visibilidade é o mais adequado caça para usar este advento junto com o AIM-9X…

deveríamos ir de F-16B60… umas 72 unidades…

Sds!

Francisco AMX

Acho que tem gente que não entendeu que existe uma linha temporal para a comparação…

Elizabeth

Veja o que o autor fala sobre o Northrop F-5E Tiger II “Com 20% menos de peso poderia ter superado todos os caças americanos e estrangeiros até o F-14.” A questão é que com 20% a menos de peso o alcance do F-5 que já é sofrível seria pior ainda. Sua carga paga para missões ar solo que é pequena seria menor ainda. E assim por diante. Querer comparar caças apenas em taxas de giro e aceleração é um exercício estéril. E a resistência em combate? Alcance do radar? Leque de mísseis? Fosse somente isto, um F-14 seria sempre derrotado… Read more »

Fernando Sinzato

Caramba!

Estão de parabéns os editores do triologia pelo excelente trabalho informativo em matéria de defesa. É toda uma nova estrada ao qual vocês (incluso os editores dos PB e DB) são pioneiros nesta nova forma de jornalismo. Virou referência em assuntos de Defesa do mercado brasileiro, para políticos e jornalistas da grande mídia em vários locais do mundo.

Realmente e de tirar o chapéu..

Abraços

Ps. Quem sabe um dia, possa ser uma alternativa a grupos consagrados como a Jane’s.

Clésio Luiz

Só não concordo com a frase que diz que o F-22 não superou o F-15/F-16. Ele superou sim e muito. A relação peso/potência do F-22 é melhor que a dos modelos antigos e a carga alar também. Tanto as taxas de curva instantânea quanto sustentada do F-22 são melhores que os “teen”. Quem não conseguiu supera-los foi o F-35.

Walfredo

Lembrando da importância da quantidade de vetores em um conflito. Pergunto? Quantos veículos não tripulados é possível comprar com preço de um F-22 ou F-35? Qual seria a relação de abate entre estes e os não tripulados em um conflito? Ou seja, é melhor ter 100 não tripulados ou um F-22?

Francisco AMX

poh este comparativo está falando do desempenho do avião e não de seus sistemas e radar… se liguem!

rodrigo.rauta

Outra conclusão: O F-20 seria (e foi) um caca tão letal qnt p F-16, uma pena não ter ido em frente!
Concordo totalmente com vc Francisco: F-16B60 ja!!!!!!!

Abracos!!!

Nick

“A eficácia derivada do combate tem a seguinte prioridade: 1. Ver o inimigo primeiro -> continua válido: A busca de furtividade e sensores com maior capacidade derivam disto. 2. Superar o inimigo em número ->válido em termos: Não adianta nada 200 Mirage 3 equipados com R530 da década de 60 + canhões contra 30 Eurofighters com 8 Meteors+2 ASRAMM cada. Tem que ter qualidade do equipamente e treinamento também. Vide o caso Malvinas. 3. Manobrar melhor que o inimigo para atirar -> para canhões sim, com mísseis de 5ª geração+ HMDs, já não é tão necessário. 4. Matar o inimigo… Read more »

Luiz Eduardo

Francisco AMX disse: 24 de julho de 2010 às 15:34 Poxa, caro AMX.. e vc xingando o Saito e a FAB sendo que no final os vcs dois sempre quiseram a mesma coisa: Era isso q o Saito queria desde o inicio, nem F-X, nem nada: Queria compra direta com a LM no pacote F-16B60 agora e entrar na fila pro F-35… Não acha que tava o suficiente pra nós? Ou será q é demais pra gente? hehe… Sinceramente, acho que num suposto F-X3, sem interferencia politica, com uma carta branca pra FAB escolher o que deseja comprar, essa acabaria… Read more »

SABRE

Nesse artigo ela fala de performace pura não considera os sistemas com um todo nem as armas que podem transportar!Segundo o cidadão é melhor reviver as células dos sabres e colocar uma aviônica moderna e misseis BVR, cômico!

Challlenger

O F-20 poderia ter sanado as deficiencias do F-5E?

Quais seriam as caracteristicas de um Caça perfeito?

Challlenger

Esqueci de dizer, as matérias deCaça desta semana estão ótimas.

Parabéns!

Elizabeth

>>>>>poh este comparativo está falando do desempenho do avião e não de seus sistemas e radar… se liguem!

Mas eu estou falando de sistemas e radar querido.

Roberto F Santana

SABRE, meu amiguinho.
Voce sem querer me deu asas a imaginacao, e asas do F-86.
Imagine uma celula de F-86 com motor de F-414, canopy de F-16 e com um canhao Vulcan, nao quero mais nada.

Baschera

Como disse a Koslova, o estudo é apenas parcial ( e limitado aos aspectos citados)
Os americanos, hoje, focam em duas coisas principais : capacidades stealth e armamentos integrados a sensores.
Superioridade aérea a qualquer custo.
O próximo passo são aeronaves não tripuladas e aí começa tudo de novo.

Sds.

Galileu

Que o F16 é melhor que o F18 e significativamente eu sempre soube, mas não podia provar ahahahh

Acho que o autor se refere talvez, a tanta grana e tecnologia embarcada num f22 ou f35………..e mesmo assim em muitos aspectos eles mantem empate ou uma pequena vantagem, NADA que valha os bilhões a mais.

Por ex. pra que comprar um f35, se com metade do preço eu posso comprar um gripen com meteor e ter grandes chances de derrubar um F35………………

Se falei besteira desconsidere…….

abraço

Mauricio R.

O que será que o Sprey e o próprio Boyd, achariam do Grumman F-11???

Alexandre Galante

Do F-11 ou F-111? O último para eles era um desastre total.

Mauricio R.

Do F-11 Tiger, o caça que abateu a sí próprio.
Aliás do jeito que o Sprey gostava da J-79, seria o F-11F-1 Super Tiger.

Biel

Pois é meus amigos os chilenos fizeram um ótimo negocio comprando os
F-16 , este caça bem equipado poderá ser um pesadelo para qualquer força aérea da AL .

Eu sempre desconfiei que o desempenho do F-16 era superior ao do F-18

Biel

Vcs viram o Vader no jornal? rsrsrsrsrs

kaleu

Grande Chico AMX … concordo contigo o F-16B60 é um baita equipamento … Minha opinião : o fator mais importante e decisivo atualmente é a interoperalidade da força, comunicação, guerra centrada em redes (NCW), que permite uma superior noção situacional do piloto, datalink, comunicações por satélite e links de vídeo, combinação de baixas assinaturas no radar, no infravermelho e visuais, assim como um radar AESA, um sensor de busca e rastreamento por infravermelho IRST, alta disponibilidade operacional, curto tempo de parada em solo entre saídas, alta manobrabilidade e principalmente BAIXO CUSTO … será que temos um caça no FX-2 que… Read more »

Ivan

Kaleu, Um caça nas especificações que vc escreveu pronto ainda não tem… Mas tenho uma boa notícia, o Gripen E/F, que ainda não está pronto mas descende de uma família de muito sucesso operacional, atenderá todas as suas exigências. Melhor ainda, a Saab, seu fabricante, gostaria muito que o Brasil, através de empresas brasileiras participassem do fechamento deste projeto. Algo como a Embraer tornar-se sócia do produto final e ainda por cima co-proprietária do copyright dos códigos fonte. Pelo que tenho lido será tão bom quanto um F-16 E/F, só que poderá operar a partir pistas curtas (até 900 metros… Read more »

Alexandre Galante

Para quem acha que o dogfight acabou: Mas eu te digo que eu acho que o Raptor é o nosso próximo grande avião de “dogfight”, a razão é o “jamming” eletrônico e nao só “jamming” eletrônico. O Raptor simplesmente não carrega mísseis suficientes, nós vamos ter que partir pro canhão um dia e isso vai acontecer e graças a Deus o Raptor ainda tem um canhão nele, ele é rápido, e manobrável e consegue chegar lá.(…) porque aquele pequeno MiG-21 Bison, que eu comentei antes, quando ele chega despercebido porque ele tem um RCS pequeno e aquele “jamming” pod grande… Read more »

sette

Falando em F16 , ja viram a quantidade de AGM-65 Maverick
que o f16 consegue transportar , e incrivel , so perde para o A10

sette

Se o gripen NG conseguir levar a mesma carga de armamentos A/G que o F16 leva sem perder em performace e alcace pro F16 ele na precisara nem de Propaganda pra vender!!

Skyrider

Vamos reabrir a produção do F-86, atualizar os sistemas de armas, motores e et. e tal.
Aliás, por mais que se diga que a era do dogfiht acabou, nunca acreditei muito em combate BVR.

Alexandre Galante

Fernando Shultz, apresente os dados e as fontes para provar seu argumento. Ofensa à inteligência do leitor é ficar repetindo as ladainhas de senso comum.

Groo

Mirage III – Com motor J79, poderia ser o melhor caça do período 1960-76.

Mirage + J79 = Kfir…

Mauricio R.

“e tinha um raio de curva imenso.”

Mesmo os exemplares 6-3???

“Mirage + J79 = Kfir…”

Ah, mas só no papel, pq na realidade a J-79 tirou o cg da célula de lugar, aí adicionaram os canards p/ tentar equilibra-la novamente, a manobridade se foi.

Mauricio R.

“Quem tem algum conhecimento sobre motores sabe que este tipo de motor é lento para embalar,…”

Vc não estaria confundindo tubojato c/ turbofan???
A RAF era cheia de incidentes em que Lightinings e Hunters sacaneavam Phantoms e Tornados, movidos a turbojato aceleravam mais rápido e se evadiam impunes, pois estes eram movidos a turbofan demoravam a acelerar e ter potência disponível p/ uma perseguição.

Roberto F Santana

Fernando Shultz,
O F-86E resolveu esse problema do profundor, era de uma peça só.
E ainda chegou a tempo na Coréia.

Excelente debate.

Roberto F Santana

Penso e tenho como objetivo do trabalho do tópico, é que depois do F-86, a América ficou sem um caça realmente feito para o dogfight.
Exept. o F-5 e o F-104.
Esse período so veio acabar com o F-16.

Só isso.

Roberto F Santana

Depois da Segunda Guerra tivemos até 1980:

F-86 e F-5.
Crusader e F-14.
Hunter.
Mirages.
Mig-15, Mig-17 e Mig-21
Draken (segundo o gráfico parecia ser muito bom).
O resto é resto.

Roberto F Santana

Sim, Fernando escrevi certo.
Pelo seu pontencial de Energy Fight.Lembre-se que isso também é dogfight.
Você tem boa cultura de combate aéreo, te recomendo “Fighter Combat tactics and maneuuvering” de Robert L. Shaw.

Roberto F Santana

Parece que exite uma certa confusão no gráfico do tal F-15.
Não seria uma relação entre o combustível carregado e o peso de decolagem.
Uma comparação entre os pesos de decolagem que podem até ser próximos mas sendo que uma difere da outra por ter nesse peso de decolagem uma maior carga de combustível.

Alexandre Galante

Fernando Shultz, a gente traduz e coloca um trabalho do Pierre M. Sprey, que trabalhou juntamente com John Boyd nas especificações do F-16, e você vem tentar refutar usando Wikipedia? É brincadeira, né? Use livros, bibliografia. Esse livro que o Roberto citou é um. Com relação ao F-15, o senso comum diz que é de grande raio de ação em relação aos outros, mas não é o que diz a fração de combustível dele. Você quer refutar o trabalho do Sprey, faça um trabalho igual, refute ponto por ponto e a gente publica. Agora dizer que omite informações, que o… Read more »

Roberto F Santana

Ok, Fernando.
Convído-o então a consultar o capítu-lo One-Versus-One Maneuvering,dissimilar aircraft (The Energy Fight:Guns Only) pag.149.
Note que na ilustração o autor usa até um F-104! pag.161.
Em seu exemplo, Fernando você não considera justamente isso, ou seja , que o piloto pode subir para um zuum.
E lembre-se a razão inicial de um F-104 ao nível do mar é de 50.000ft por minuto.

Roberto F Santana

Justiça seja feita na história.
Quatro f-104 foram perdidos para o Mig indiano, todos a baixa altura.
Guns and missiles.
Será que os paquistaneses sabiam o que era Energy Fight?

Roberto F Santana

Piloto de caça que não ler John Boyd e Robert Shaw, não gosta do que faz.

Alexandre Galante

Roberto, é verdade. Minha vida mudou depois que li Robert Shaw… 🙂

Mas o que me chamou mais atenção no trabalho do Sprey é que esses dados raramente ou nunca foram divulgados em língua portuguesa.

O que sobra pra gente aqui é sempre a propaganda oficial e os Combates Aéreos da TV…rs

Roberto F Santana

Fernando Shultz,
Relendo a matéria feita pelo Galante, que considero muito boa e consultandoos valores de carga alar, area de asa e relação peso potencia do F-104 (Fonte:The complete fighter ace ,Mick Spick.

Sim, Fernando.Você tem razão.Retiro o F-104 da minha lista.