Caças Rafale franceses realizam exercício Arctic Thunder na Noruega

22

Artic Thunder - Caças Rafale na Noruega - foto Força Aérea Francesa

Segundo a Força Aérea Francesa, é a primeira vez o Rafale se desloca tão ao norte para um exercício, que ocorre entre 24 de agosto e 5 de setembro na base norueguesa de Banak e envolve onze caças de três esquadrões

Em notas divulgadas nos dias 26 e 27 de agosto, a Força Aérea Francesa informou que um destacamento francês de 200 pessoas, dos quais trinta tripulações de Rafale dos esquadrões de caça 1/7 Provence, 1/91 Gascogne e 2/30 Normandie-Niemen está desdobrado na Base Aérea de Banak, na Noruega, para o exercício Arctic Thunder. Trata-se da primeira campanha de tiro realizada pela Força Aérea Francesa acima do Círculo Polar Ártico. Onze caças Rafale participam da campanha, que é focada no emprego de armamento ar-solo modular A2SM, especialemente de sua versão guiada a laser.

Autoridades norueguesas colocaram à disposição dos aviadores franceses o campo de tiro de Halkavarre, próximo à base, adequado ao emprego de tiros de canhão e de bombas, incluindo as GBU 12. É possível simular diversos cenários táticos, em condições realistas para que tripulações tanto jovens quanto experientes encontrem situações similares às de operações reais, reforçando a capacidade francesa permanente de intervenção.

Artic Thunder - Caças Rafale na Noruega - foto 4 Força Aérea Francesa

Artic Thunder - Caças Rafale na Noruega - foto 2 Força Aérea Francesa

Estão programadas cerca de trinta surtidas de emprego de armamento, o que se considera uma atividade “densa”. Uma preparação técnico-logística minuciosa foi necessária, e uma equipe dedicada à preparação do exercício já trabalhava pelo menos desde março, quando um primeiro reconhecimento da base de Banak foi feito. Essa equipe realizou  a avaliação do potencial técnico e logístico da plataforma aeronáutica, determinando os meios técnicos e humanos que seriam desdobrados da França. Como se trata da primeira campanha de tiro do Rafale na Noruega, foi necessário enfrentar questões logísticas ainda inexploradas.

Artic Thunder - Caças Rafale na Noruega - foto 5 Força Aérea Francesa

Cerca de 400 toneladas de material foram despachadas em 65 contêineres, principalmente para a Base Aérea de Banak (situada ao largo do Mar de Barents, acima do paralelo 70). Os contêineres foram desembarcados no porto de Hammerfest, distante 150km da base, e toda a manobra logística tomou várias semanas de trabalho. O material transportado veio das bases aéreas de Saint-Dizier e Mont-de-Marsan, onde estão abrigados os três esquadrões de emprego operacional de Rafale, baseados na França. Entre os materiais, destacam-se os grupos de geração elétrica, tratores de manutenção, meios de telecomunicações e de preparação de missão, sobressalentes e munições.

Artic Thunder - armamentos para caças Rafale na Noruega - foto Força Aérea Francesa

Artic Thunder - material de apoio a caças Rafale na Noruega - foto Força Aérea Francesa

Artic Thunder - Caças Rafale na Noruega - foto 3 Força Aérea Francesa

FONTE / FOTOS: Força Aérea Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês)

VEJA TAMBÉM:

Subscribe
Notify of
guest

22 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Joner

É caro, é bonito, e APARENTEMENTE muito eficaz, cumpriria muito bem as missões no Brasil, se não fosse seus altos custos de aquisição e operação.
Os franceses pagam caro, mais estão bem servidos.

Quem tem, tem e demosntra que tem!…

Mas, os NG’s também farão, e por menos, agregando mais ao país, que venham logo.

Iväny Junior

Que missil é o desta foto?
comment image

nunes neto

Até hoje todos os Rafales são franceses,kkkk.Abçs

desastreBR

Putz! Se inveja matasse.

Iväny Junior

Valeu Nunão

Eu não sabia que o AASM tinha essa flexibilidade. Interessante essa arma. Tabem pensava que era da MBDA, mas é da Sagem, e depois que vi que a Sagem também é da MBDA, haha.
Li a respeito da arma na época do seu desenvolvimento. Aqui o datasheet de release.
http://www.mbda-systems.com/mediagallery/files/aasm_ds.pdf

Victor Matheus

Olhando a França deste jeito, parece que ela não mede esforços quando o assunto é defesa. Fico imaginando todos os gastos destas viagens, incluindo as da África.
Parece que o Reino Unido anda perdendo pra França em projeção de poder, hehe!
Só fico curioso em um coisa: como uma JDAM-ER pode ter um alcance maior que o AASM que usa motor foguete???
Abraços!

joseboscojr

Victor, O motor foguete da AASM é pequeno, queimando por um período de tempo muito curto, e só serve pra dar um empurrão. Geralmente o foguete é melhor para incrementar o alcance da bomba quando ela é lançada de média e baixa altitude, enquanto as asas são mais efetivas para lançamentos de média e grande altitude. O supra-sumo seria se combinassem na mesma arma o foguete com as asas escamoteáveis, mas isso parece não ser necessário já que não há nenhuma arma com essa configuração. Os americanos já usaram o conceito de bomba propulsada no Bullpup, na AGM-130 e na… Read more »

Victor Matheus

Vlw Bosco!!!
Mas realmente acho incrível como as asas conseguem aumentar o alcance de uma bomba até 80-90km, segundo a RAAF!!!
Att.

joseboscojr

Consegue, mas quando lançadas de grande altitude (acima de 10.000 metros) e com o vetor em grande velocidade (se em velocidade supersônica, melhor). Vale salientar que a combinação de asas escamoteáveis de grande envergadura com propulsão só ocorreu nos chamados mísseis “cruise”, onde dispensou-se o motor foguete e optou-se por uma turbina. Já nos mísseis e bombas propulsados por foguete a configuração é com asas cruciformes fixas, de pequena envergadura, com menor razão de planeio. Quando o propelente acaba e o motor se apaga, eles rapidamente perdem altitude. A AASM de 500 lb adota uma combinação de motor foguete com… Read more »

Victor Matheus

Muito obrigado pela explicação caro Bosco, então o que vale mesmo é a aerodinâmica. Abraços!

nunes neto

Nunão,esse é um” verbo do futuro do pretérito dúvidoso”

Carlos

“Fernando “Nunão” De Martini
27 de agosto de 2014 at 22:54 #”

“….e as atletas duplas ajudam a diferenciar da GBU também citada.”

Acho que o Nunão quis escrever aletas !

….e as atletas duplas ajudam….

Desculpe-me, sei que estou sendo monitorado, mas Nunão …….. com todo respeito …. kkkk …. com uma dupla de atletas …. como ajuda. (rs)

Carlos

Ao tópico: O Rafale é como meu Landau, custou caro, bebe muito(o carro), as peças são supervalorizadas, caro de manter 100% fora do orçamento. Muito confortável, seguro, cumpre bem seu papel etc ….. Mas está a venda. A relação custo total x benefício não compensa. Assim é o Rafale. Esse negócio de “meu sonho”, “um dia vou ter um” etc …. é muito bonito, até o ponto que começa-se a fazer comparações com outras coisas mais úteis e viáveis. Assim deve raciocinar as FA’s. “Ter não significa operar”, como diz meu Amigo Juárez Martinez. E ainda afirmo, os negócios com… Read more »

Carlos

Quanto aos exercícios, podiam fazer na Ucrânia né, só para dar uma mãozinha …. “Cerca de 400 toneladas de material foram despachadas em 65 contêineres, principalmente para a Base Aérea de Banak (situada ao largo do Mar de Barents, acima do paralelo 70). Os contêineres foram desembarcados no porto de Hammerfest, distante 150km da base, e toda a manobra logística tomou várias semanas de trabalho. O material transportado veio das bases aéreas de Saint-Dizier e Mont-de-Marsan, onde estão abrigados os três esquadrões de emprego operacional de Rafale, baseados na França. Entre os materiais, destacam-se os grupos de geração elétrica, tratores… Read more »

Carlos

“Por essas e outras é preciso fazer verdadeiras pontes aéreas logísticas com aeronaves de transporte (e, quando possível, também com navios) nas operações reais mundo afora.”

Afora ?

Estamos fora, infelizmente.

FAB se virando como pode ….

MB & EB, deixemos para o PN e o FORTE.

Rinaldo Nery

Esse é, também, um dos motivos do número mágico de 28 KC-390…

Iväny Junior

Ela dispensa o pod designador de alvos. Talvez seja mais para uma arma stand-off (capaz de guiar-se por aletas móveis e sistema de mira autônomo) do que uma “bomba inteligente”, uma vez que o pod só diz quando ela pode ser lançada para atingir o alvo. Com o foguete incrementa o alcance.
É uma arma muito interessante. Algo que se pensaria para o Gripen NG com certeza.

Iväny Junior

Para o A-1, não existiria um lote baratinho de mavericks no mercado, afim de integrá-los ao radarzinho scipio? Só pra não morrer sem disparar um míssil sequer?