No dia 9 de setembro de 1983 o brigadeiro Carlos Pinaud, comandante da Força Aérea Venezuelana, recebeu em Fort Worth (Texas) o primeiro F-16 da FAV. Até o final daquele ano, seis caças (três F-16A e três F-16B) haviam sido entregues para a FAV.

O plano inicial era a compra de um total de 72 F-16, mas os recursos necessários para a aquisição não foram suficientes e somente 24 caças foram efetivamente adquiridos. Sabe-se que três foram perdidos. Existem rumores de que um outro F-16 venezuelano tenha sido enviado para o Irã para que as Forças Armadas daquele país estudassem a aeronave.

Em 1983 os F-5E Tiger II da FAB eram novos e muitos não haviam completado oito anos de uso. Mas perto dos F-16A da Venezuela já eram considerados obsoletos.

FOTO: Wiki

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Clésio Luiz

Na época, foi dito que os EUA liberaram o F-16 para a Venezuela porque Cuba estava com uma boa quantidade de MiG-23, inclusive de versões mais “potentes”, bem diferentes do vagabundo Flogger E que só disparava Atolls.

Vader

Taí: a Venezuela do Tio Chavez é a prova de que “usamericanu mau, feiu, bobu i cumedô di criancinha” respeitam os acordos assinados.

Os F-16 da FAV voam até hoje, inclusive com entrega de peças novas para sua manutenção. Isso 30 anos depois. E mesmo com a Venezuela “emprestando” seus F-16 pro Irã estudar (medida aliás inócua dado a defasagem tecnológica das aeronaves).

Como se vê o antiamericanismo arraigado dos esquerduxos de Banânia não se sustenta diante dos fatos.

Giordani

E abateram um bronco…da FAV!
Mas na época, dado o panorama econômico da AS, só a venezuela, com seus ricos poços de petróleo se permitiu tal aquisição.

rafadesign3d

Só uma pegunta: o F 16 e melhor que o mirage 2000?

Clésio Luiz

Teve uma época que os venezuelanos estavam reclamando da falta de peças para o F-16. E a FAB mesmo já viu seus suprimentos cortados por desentendimentos com Washington.

Giordani

“rafadesign3d disse: 11 de setembro de 2012 às 16:34 Só uma pegunta: o F 16 e melhor que o mirage 2000?” Depende do contexto, mas em linhas gerais a coisa ficaria assim; Num embate BVR, o M2000 é superior; Na arena ar-ar, desempenho semelhante. Vale a técnica de cada piloto. Tens que entender que o Projeto do F-16 foi por anos o objetivo a ser batido. Na aviônica, bom, aí depende mais ainda de cada Força…topar com um F-16 de israel com certeza estragaria seu dia… Num hipotético dogfight F-16 FAV vs M2000 FAB. Só Zeus sabe, pois são dois… Read more »

Nick

Caro rafadesign,

Concordo com o Giordani, dependeria muito de qual tipo de missão se daria para o F-16 A Venezuelanos ou os M-2000 C Brasileiros.

Em linhas gerais tem desempenho parecidos, mas para missões de Defesa Aérea o M-2000 cumpriria melhor (tem melhor aceleração e velocidade final) e o F-16A seria um melhor multi-missão, com grande capacidade de combate WVR (grande manobrabilidade). Aliás acho que os F-16A nem tem capacidade BVR. (Se alguém souber desse detalhe, corrijam-me :))

[]’s
[]’s

asbueno

Clésio Luiz disse:
11 de setembro de 2012 às 17:20

Taí. Não adianta querer que um país fornecedor de armas nos forneça peças de reposição se formos contra eles. O que não significa aceitarmos totalmente o que dizem e/ou queiram que façamos. Basta jogar a seu lado. A França, Inglaterra, Alemanha fazem isso. São aliados, mas com independência. Se o passo for muito fora da linha e por muito tempo, vão cortar os suprimentos, sim. E com razão!

Clésio Luiz

Na verdade, país nenhum vai fornecer peças para seus inimigos. Nem EUA, Nem França, nem Rússia. Pode fazer o contrato que for. Surgiu conflito de interesses, adeus suprimentos.Vamos examinar rapidamente EUA e França. Os EUA tem estocados no deserto um F-14 novinho em folha, que nunca foi entregue ao Irã. Se eu não me engano tem mais algumas outras aeronaves, acho que um C-130 também. Apesar disso, forneceram peças por baixo dos panos para os iranianos na guerra Irã-Iraque. Dizem que foi por causa dos reféns, por causa disso ou daquilo. Os EUA também não gostaram do nosso programa nuclear… Read more »

Hamadjr

Então a lógica mas simples é ter vários fornecedores

Marcos

Se tiver alguma briga, é bom que você esteja do lado do mais forte.

Marcos

Hamadjr

Também não resolve!
Se os “diversos” são aliados, todos eles lhe cortarão o fornecimento.

Mauricio R.

Um F-16A/B c/ capacidade BVR é um F-16 MLU, desses que o Chile comprou de pancada, enquanto por aqui a petralhada se especializava em inventar desculpas; pela não aquisição de nada além dessas tranqueiras francesas operadas a partir de Anápolis.
Troca-se o radar APG-66 pelo APG-68 e em breve por algum dos 4 ou 5 radares AESA, que estarão disponíveis no mercado.

Marcos

Eu diria que há dois países que são completamente independentes de componentes: EUA e Rússia.

asbueno

Teriam os F-16 venezuelanos motores de uma versão menos potente?

Se o FX-Ghost der no que se imagina, poderiamos adquirir os F-16 da Venezuela (por um preço hiper camarada, afinal Chaves tb é camarada!) e “upgradalos”.

Compensaria?

Giordani

“asbueno disse:
11 de setembro de 2012 às 20:51
Teriam os F-16 venezuelanos motores de uma versão menos potente?”

Os Falcons venezuelanos sempre tiveram o mesmo motor que as versões A/B da USAF. Houve um F-16/79, ou seja, um F-16 com motor J79. Mas não foi adiante. O sucesso do “pequeno notável” se deve ao seu poderoso motor.

E não dá ideia!!!!

asbueno

Calma, foi só mais um delírio!

Mas já pensou se eles fossem oferecidos como pechincha?

champs

Hamadjr disse:
11 de setembro de 2012 às 20:38

“Então a lógica mas simples é ter vários fornecedores”

Vários fica muito caro, mas dois fornecedores esta ótimo, um ocidental e um russo, é mais ou menos aquele ditado “quem tem dois tem um”.

Observador

rafadesign3d disse: 11 de setembro de 2012 às 16:34 Caro Rafael: O F-16 é melhor. Já começa pelo simples fato que foram produzidos milhares, enquanto o Mirage foi produzido às centenas. Isto reflete no preço e disponibilidade de sobressalentes. E, depois o F-16 continuou sendo produzido, enquanto o Mirage era descontinuado. Isto refletiu no desenvolvimento de tecnologias que o concorrente francês não tem, como tanques conformais e radar AESA. E outra diferença, na minha opinião, é que o produto americano é muito mais durável. Nossos F-5 continuam voando, enquanto os seus contemporâneos Mirage III já viraram peça de museu e… Read more »

Vader

rafadesign3d disse: 11 de setembro de 2012 às 16:34 Tudo que o amigo Observador falou mais uma coisa: a suíte de armamentos do F-16A é bem maior que a do Mirage-2000. E bem mais barata. Mas todos comentaram sobre as versões A/B do F-16. Aquelas de lançamento, que foram produzidas há 30 anos. Se levarmos em conta as versões mais modernas, os block 50/52 do Chile, por exemplo, e 60/62 (que tem radar AESA) dos Emirados Árabes, sem falar nos “Sufa” de Israel (com eletrônica própria), o F-16 é INFINITAMENTE mais capaz que o Mirage-2000, salvo talvez (e ainda assim… Read more »

Clésio Luiz

Observador, os nossos Mirage III saíram de porque porque a FAB quis. Foi o único meio encontrado para pressionar o governo para obter algo mais novo. A Argentina continua operando Mirages, o Paquistão inclusive estava comprando aeronaves de outros países e os modernizando.

Já o Mirage 2000 saiu de linha porque a Dassault queria concentrar seus esforços no Rafale. Tivesse ele continuado em produção, com aviônicos do Rafale, a França não teria perdido tantas concorrências nos últimos 10 anos.

Com isso não quero afirmar a superioridade de uma aeronave sobre a outra, apenas esclarecer alguns acontecimentos.

Mauricio R.

Algumas considerações: a) A FAB retirou de serviço seus Mirage III, qndo estes atingiram o fim de sua vida útil estrutural, a partir daí sua manutenção se tornaria cada vez mais frequente e onerosa e a integridade das células estaria comprometida. b) A Argentina ainda mantém essas aeronaves, pois como aqui o governo de lá, não proporciona meios a força aérea local p/ substituí-las. c) O Paquistão está bem longe de ainda estar adquirindo antigos Mirage III, aeronaves CAC/PAC JF-17 produto conjunto sino-paquistanês estão sendo adquiridas, bem como novos F-16C/D Block 50/52 e há um update em curso p/ os… Read more »

Giordani

Fugindo ao tópico, mas como estarão os Mirages III da FAA? Busquei pela memória e não lembro se eles sofreram algum tipo de up grade…se não, devem estar no osso…com limitação de horas de voo e Gs…triste fim de um nobre guerreiro…

Mauricio R.

Tb puxando pela memória houveram um ou dois acidentes, que motivaram o groundeamento da frota argentina de M-III, mas depois as aeronaves foram liberadas.
Os A-4AR (ex-USMC A-4M/OA-4M) Fightinghawks, na prática as únicas aeronaves de combate operacionais, tb estariam c/ problemas.
O PA noticiou algum tempo atrás o suposto interesse da FAA, em alguns Mirage F-1 reformados similares aos do Marrocos.

Justin Case

Amigos, Nunca ouvi qualquer relato de problemas estruturais com os Mirage III, de qualquer origem. Alguém tem alguma informação confiável a respeito do assunto? Pelo que conheço, os problemas estiveram sempre relacionados com a obsolescência operacional e de alguns sistemas. Pouquíssimos operadores possuíam frota grande o suficiente para justificar um investimento individual em modernização. Na época adequada, a Dassault preparou uma versão Mirage NG, mas ninguém aderiu completamente ao projeto. Nós utilizamos apenas algumas das soluções daquela versão. Aliás, a filosofia francesa quanto à vida em fadiga é diferente da americana. Os americanos projetam aviões mais leves, mais otimizados para… Read more »

Mauricio R.

Os Mirage III da FAB, não tiveram a célula zerada em 1991, qndo da instalação dos canards????
Uma parte do milionário update dos M-2000 indianos é justamente isso, a revitalização estrutural da célula das aeronaves.

Justin Case

Maurício R., bom dia.

1. Resposta à pergunta sobre os trabalhos durante a instalação dos canards: Não
2. Sobre a modernização na Índia, também não ouvi nada a respeito revitalização estrutural. O único comentário sobre trabalhos na estrutura refere-se às modificações necessárias para instalar os novos equipamentos. Você teria algum link para que eu possa aprender um pouco sobre essa revitalização estrutural dos Mirage 2000 indianos?
Abraço,

Justin

Observador

Senhores,

Se foi dado baixa aos Mirage III por fadiga estrutural ou por obsolecência dos sistemas pouco importa. O fato que o avião chegou ao fim da vida útil, enquanto o F-5 ainda voa por aqui.

E isto é importante, já que provavelmente não sai mais o FX-2, os Mirages 2000 serão desativados e o Brasil não escapa de um novo caça tampão.

Estou achando que é capaz da FAB ser novamente entubada com alguns Mirage 2000 usados até o osso, em uma versão um pouco mais moderna, para substituir os que vão sair.

Tomara Deus que não.