Participação de Portugal no desenvolvimento e fabrico da aeronave de transporte KC-390 atinge os 59,1 milhões de euros em 2017

KC-390 roll-out 3

Portugal vai investir este ano quase 17 milhões de euros no projeto de desenvolvimento e construção, em Évora, da aeronave militar de transporte KC-390, num total de 20,8 milhões de euros até 2017.

Este montante, que visa concluir o envolvimento português no projeto da empresa brasileira Embraer em cuja construção participam vários países (ver infografia), foi agora publicado em Diário da República e eleva o contributo financeiro de Lisboa para 59,1 milhões de euros. Este investimento iniciou-se em 2012 e previa um total de 57 milhões de euros até 2013.

A resolução do Conselho de Ministros coincide com a aprovação do processo de modernização dos Hércules C-130, aeronaves sujeitas há anos a fortes restrições de voo sobre a Europa por falta dos equipamentos exigidos pelas autoridades aeronáuticas. A sua compra esteve dependente da decisão sobre o novo avião de transporte estratégico (que ainda não foi formalizada) e esse investimento tem agora um teto de 29 milhões de euros, a concretizar até 2023.

As verbas afetas ao projeto do avião de transporte KC-390 “não constituem auxílios de Estado”, disse o Ministério da Economia ao DN, pois é um projeto de investigação e desenvolvimento, não uma injeção de dinheiro numa empresa pública e que viole as regras da concorrência comunitária – como Bruxelas considerou ter havido nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Diario de Noticias infografico

Parceria industrial

Agora, a exemplo do que ocorreu na década de 2000 com o projeto do avião militar europeu A400M, Portugal decidiu participar desde o início no projeto de construção do KC-390 pelas mais valias que daí decorriam para a economia nacional (investigação, desenvolvimento, novas tecnologias, retorno financeiro com a venda em larga escala dessa aeronave).

Lisboa, que desistiu do A400M com o então ministro da Defesa Paulo Portas, apostou depois no KC-390 para substituir os C-130 da Força Aérea. Para isso manifestou interesse em adquirir seis aparelhos – a exemplo da Argentina e do Chile – e apoiou a instalação em Évora de duas fábricas da Embraer (num investimento de 177 milhões de euros inaugurado em 2012).

Com o KC-390 – aparelho preparado para aterrar nos gelos da Antártida – a realizar esta semana testes de voo na base aérea de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), o que ocorre pela primeira vez fora das instalações do fabricante em São José dos Campos (São Paulo), a Força Aérea portuguesa tem vindo a acompanhar o evoluir do projeto que se prevê estar certificado pelas autoridades aeronáuticas civis no final de 2016 e, pelas militares, no segundo semestre de 2017.

“Não houve nada excecionalmente complexo”, entre os pedidos feitos à Embraer, “que não tivesse sido feito com o avançar do projeto. Os requisitos reais têm vindo a ser testados e comprovados”, revelou ao DN uma fonte do ramo, que criou no final de 2014 um grupo de trabalho para definir as exigências operacionais do sucessor do C-130 e acompanhar o desenvolvimento e comportamento do KC-390.

Descolar com um certo peso numa determinada distância com e sem mau tempo, numa pista não alcatroada ou com piso irregular é um dos exemplos de testes pedidos pela Força Aérea – que tem, no aeródromo açoriana de São Jorge, talvez a pista mais complicada para o sucessor do C-130 operar em território nacional (pelo comprimento da pista, iluminação ou condições meteorológicas).

FONTE / INFOGRÁFICO: Diário de Notícias

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Ederson Joner

Boa notícia, acredito que a feira no próximo mês irá despertar mais interesses pela aeronave, será mais uma demonstração da capacidade do Kc 390.
Será uma boa oportunidade para militares e governos observarem o jato da Embraer, mesmo que não faça voos, ele pode impressionar…

Reinaldo Deprera

Eu acho que o KC-390 tem todo o jeitão de produto de defesa que irá pegar. Um avião de transporte médio que seja movido a reação não terá muitos concorrentes no mercado. A EMBRAER saiu na frente com um produto que será a escolha, no mínimo, menos arriscada. Não acho que a USAF irá encomendar um produto novo quando chegar a hora de substituir os seus C-130. O A-400, que não é a reação, até atenderia a inevitável demanda por aeronaves de transporte com maior diâmetro no compartimento de cargas, porém: – Custo de aquisição e operação maior – Criaria… Read more »

André Bitencourt

Hoje tive o prazer de presenciar o vôo do KC-390, um dos protótipos esta realizando testes aqui em Campo Grande-MS, garanto para vocês é muito bonito ve-lo nos céus, e impressiona pelo tamanho!

Maria do Carmo Lacoste

Reinaldo Deprera 20 de junho de 2016 at 13:51 Também penso da mesma forma, tem jeitão que vai pegar. O KC-390 nem é tão grande como o C-17 ou mesmo A-400M e nem tão pequeno como o C-295 ou C-27. Sua tecnologia dispensa comentários. Não vejo como tão improvável que o KC-390 venha a ser fabricado nos EUA, e não apenas para exportação, aos moldes do A-29, e sim também para consumo próprio. Neste caso mais americanizado, motores GE por exemplo e outros itens. Outra coisa, suas asas foram pré concebidas para que seu compartimento de carga seja alongado com… Read more »

RatusNatus

Em nome de gezuis, não vá com às cores da FAB que é muito brega.

Coisa horrível!

Ao invés de fazer como TODO MUNDO que tem protótipos laranja, rosa shock e etc…

Rinaldo Nery

Isso, Ratus! Vai pintado de rosa, pra campanha do câncer de mama. Faça-me o favor…

Marcelo

RatusNatus 20 de junho de 2016 at 14:10
e laranja e rosa choque são melhores que as cores da FAB???
também não gosto do padrão verde e cinza, mas aí você exagerou! kkkkk

Reinaldo Deprera

Sem dúvida Maria, um KC-390 na USAF teria que ser diferente, seja pelos requerimentos ou apenas para não fugir da tradição anglo-saxônica 🙂
O brasileiro em geral não tem problemas com o ego e gosta de tratar o cliente como patrão, então esse nunca será um problema para a USAF. Não com produtos brasileiros.

Eu fico imaginando como seria fácil para o Pentágono ter que exercitar o ato de chutar o traseiro de um executivo da EADS numa eventual short list que conste nosso KC-390 à la clientèle.

Save Ferris!

wwolf22

esse aqui eh o concorrente de peso do KC390… esse vai dar dor de cabeça a Embraer

http://www.aereo.jor.br/2011/01/31/voa-segundo-prototipo-do-concorrente-japones-do-kc-390/

Marcelo Andrade

Eu gosto muito deste padrão de camuflagem da FAB. Foi muito bem escolhido é inédito, sem copiar outras Forças Aéreas que utilizam o famoso Sudeste Asiático que já está batidão!!!!

Marco Antonio Capoeira

Ué, e desde quando a Embraer faz testes do KC-390 em São José dos Campos?

Walfrido Strobel

Uma sugestão para pintura do KC-390, estes são dos B747 da ANA do Japão.
http://s3-ec.buzzfed.com/static/2013-10/enhanced/webdr06/17/15/enhanced-buzz-9477-1382037442-37.jpg

Walfrido Strobel

A Indonésia tambem está adotando o verde e cinza nos novos aviões, este é o KAI T-50 do curso de formação de caça, que substituiu os velhos BAe Hawk mk53. Fonte maroc-forum
https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTrS66FOFI-wvPFU-Ox4masGONZq8woO_4sh4MQOuXbcV_zM0eNWK0bZaBa

ederjoner

Eu não concordo com os concorrentes apontados, não vejo aeronave alguma que possa ser comparada ao KC 390, existem aeronaves de categorias diferentes, mas nada do mesmo porte, tem menores e maiores, o que se aproxima seria o C-130, mas as diferenças são tantas, que nem vale a pena….
O KC 390 deve vender pelo seu projeto, que é atualizado, feito na medida para realizar as missões da aeronave mais renomada do mercado, só que vai fazer isso mais rápido, com mais segurança e mais barato.
Vamos aguardar a feira no mês que vem, os ventos prometem…

Maria do Carmo Lacoste

Considerações: 1. O C-2 não é concorrente do KC-390, este avião já é da categoria do A400M. 2. Quando falei num motor GE de um KC-390 fabricado nos EUA, seja para exportação ou consumo próprio, foi apenas uma sugestão. 3. Esta camuflagem da FAB há quem goste e há quem não goste, eu só acho que com o tempo, o avião vai parecendo que está velho, pois vai se desbotando. O A-29 e o C-295 da Colômbia parecem sempre novos, e os do Brasil já velhos, mas é por causa da pintura, a pintura cinza da Colômbia mantém o avião… Read more »

Madmax

O mercado de aeronaves militares é muito complexo. Acho que o KC vai precisar ser muito bao e barato pra vender bem.

Bardini

Guilherme Poggio,
.
Os Japoneses estão se mexendo, minuto 8:00: https://www.youtube.com/watch?v=34PNckSM_vs

Eder Albino

Boa tarde

wwolf22 20 de junho de 2016 at 14:29

Guilherme Poggio 20 de junho de 2016 at 14:44

Tem o An-178 que é da mesma categoria.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antonov_An-178

shambr

os engenheiros de Israel podem ter acabado com os f 35s com sua camuflagem miseravel de deserto mais pelo menos eles ajustaram os f 35s para o dogfight naum precise ser bonito para vencer uma batalha dogfight kkk projeto de patamar superior em cacas no mundo foram 400 bilhoes de obaminhas o tio sam molhou as maos do tio Jacob para os dois sairem felizes como Israel conseguiu consertar os f 35s deles o tema esta em debate na net vejam la

wwolf22

Poggio,
mas essa clausula de que não poderiam vender material bélico ao exterior não caiu ?? O Japao ofereceu seus suas para a Australia… acho que não existe mais essa limitação…

shambr

weapons free pro japao depois da SGM e a primeira vez que o japao esta livre para se defender todas as forcas foram ativadas e o servico secreto niponico voltou com forca total com ordens do imperador japao pode fabricar e vender e comprar armas tudo com a supervisao do tio sam kk

Maria do Carmo Lacoste

O protótipo de Campo Grande fez seu segundo voo hoje, no mesmo padrão de sempre.
Ministro Raul Jungmann esteve por lá.

Marco Antonio Capoeira

Maria do Carmo, pela proximidade com Gavião Peixoto e pelo padrão, o 1º protótipo também está em voo, hoje por exemplo, está com o “NO CALLSIGN”.

Maria do Carmo Lacoste

Não achei o de Gavião Peixoto voando hoje.

Clésio Luiz

Sobre o requerimento dos portugueses para a pista da Ilha de São Jorge, fui dar uma olhada e o comprimento é de 1.250m. Me parece que só seria problema se for para decolar com carga máxima, o que provavelmente nem o Hércules faz.

Clésio Luiz

Hum, segundo a Wikipedia, com peso máximo o C-130H decola em 1.093m e o C-130J em 953m. Tai um dado importante que o KC-390 vai ter que atingir para ser um forte concorrente.

Jr

wwolf22, O Kawasaki C2 japonês não concorre com o KC-390, mas sim com o A-400, ele tem uma capacidade de carga de 34 toneladas, portanto uma capacidade bem maior que a do KC-390 que seria pelo que andam dizendo de 23 toneladas. O preço unitário dele estaria entre 120 e 136 milhões de dólares, portanto creio eu bem mais caro que o KC-390. Não vamos nos enganar o maior adversário do KC-390 se chama C-130J para países que tem $$$$$ e C-130 do deserto para países que não tem muito $$$$$$

Ederson Joner

Atingir com as 19 toneladas de carga do C130 ou as 23 toneladas do Kc 390? A carga máxima deles são bem diferentes!!!

Ederson Joner

Imagino que logo logo, a LM não vai querer comprar o C130 com o Kc 390, pois as vantagens devem ficar tão óbvias, que vai ser maléfico para eles colocar a ficha técnica das duas aeronaves na frente do cliente! Eles vão focar e histórico, apoio dos americanos e a possibilidade de peças do deserto. Más para nações que desejam aeronaves novas, tecnicamente o KC 390 vai levar vantagem sempre. Vai ficar na influência política, aí o tio San pode pegar pesado!

Maria do Carmo Lacoste

Ederson Joner 20 de junho de 2016 at 20:04 A Carga máxima do KC-390 é de 27 toneladas em seu centro de gravidade, segundo várias fontes e consta também na wikipédia, que tem dados bastante atualizados do avião. Sobre a influência política do “tio sam”, na verdade o KC-390 já tem ou pode ter essa influência, já que a Boeing tem um contrato com a Embraer para oferecer o KC-390 nos mercados globais onde atua, vai levar uns mangos por isso, mas tem a chancela de uma gigante do Tio Sam. Esses dias agora, fazendo uma pesquisa sobre o KC-390,… Read more »

Luiz Fernando

A tal mãozinha da Boeing (ajuda técnica) foi na realidade algo “hipotético” já que não ocorreu na escala que você sugere…

Aliás nem sei se ocorreu alguma ajuda técnica… Para quem viveu pelos corredores de onde se desenvolvia a aeronave e não viu a tal Boeing dando uma mãozinha… fica difícil de imaginar que seja algo diferente do “hipotético”.

Maria do Carmo Lacoste

Luiz Fernando 20 de junho de 2016 at 21:28 Eu não sugeri nada amigo, você está enganado. apenas relatei o que li num documento oficial da FAB que fala em ajuda técnica da Boeing a Embraer neste programa e outras coisas. Não precisa ver ninguém da Boeing por corredor algum, você conhece um cara chamado Eimeiol? depois que o seu Eimeiol nasceu, não precisa mais falar com ninguém. Não tenho nada contra receber ajuda, pelo contrário, lhe digo mais, um professor especializado do ramo de defesa concedeu uma entrevista à rádio CBN na época da compra do Gripen, e ele… Read more »

MARCOV

Em 2013 foi anunciada uma parceria entre as duas empresas para pesquisa de biocombustível. Vejam o link http://jdasolutions.aero/blog/boeing-embraer-agreement/ . Também em junho daquele ano foi anunciado que Embraer e Boeing anunciaram a formação de uma parceria para promover cargueiro KC-390 – Boeing vai oferecer suporte nos EUA, RU e Oriente Médio. A notícia pode ser encontrada em um press release, de 18 de junho, da própria EMBRAER. O anúncio foi feito em Paris.

MARCOV

A BOEING ajudaria a promover as vendas da aeronave. O título era: “Embraer and Boeing Team to Market and Sell KC-390 Medium-Airlift Aircraft”. Ou seja, pelo anúncio, não foi know-how tecnológico para o projeto, mas parceria mercadológica.

MARCOV

O maior problema é que a Lockheed Martin tem, na verdade sempre teve, grande influência nos processos decisórios do Pentágono. Vocês se lembram da concorrência entre o YF-22 da Lockheed Martin e o YF-23 da Northrop Grumman?

Maria do Carmo Lacoste

Bem, acabei achando o documento que fala em: “”As duas empresas assinaram hoje (26/6), em São Paulo (SP), um acordo de cooperação para troca de conhecimentos técnicos e avaliação conjunta de oportunidades de mercado para o KC-390.” Resta saber o que é esta: “troca de conhecimentos técnicos”. É ai onde pode entrar o seu emeiol. Tem mais essa, nada desprezível, por isso eu acho que o tio sam está envolvido também dando mó rrraaapoio… “Conforme o acordo, a Boeing irá liderar as campanhas de vendas do KC-390, oferecendo também suporte e treinamento, nos EUA, no Reino Unido e em mercados… Read more »

Rinaldo Nery

A EMBRAER trouxe engenheiros dos EUA para trabalhar no projeto da porta de carga e cauda, onde ocorrerão os maiores esforços estruturais. Expertise que a EMBRAER não possuía. Não sei de qual empresa norte americana.

Maria do Carmo Lacoste

Rinaldo Nery 20 de junho de 2016 at 23:15
Isso é normal, tem gente que não aceita.
A Embraer contratou para sua unidade de Melbourne nos EUA ex engenheiros da NASA que trabalharam no programa do ônibus espacial, tem agora um centro de engenharia fora do Brasil com a participação desses engenheiros.
Quem sabe Melbourne não será o segundo lar do KC-390.

Rinaldo Nery

Tomara. Ia alavancar as vendas.

Nonato

NASA? Quem sabe a Embraer entra no ramo de ônibus espaciais. Rs.

Nonato

Quem sabe a Embraer acata minha ideia do KC 490. Na faixa de 35 toneladas. Aumento de espaço com leve aumento de peso máximo transportado.
Talvez com quatro turbinas muito embora a moda hoje sejam duas por economia.

Zampol

Ainda sobre os vôos de teste em Campo Grande, entre esta e Rochedinho, na margem oeste da rodovia MS010, tem uma propriedade rural com uma grande casa, instalações e até um açude; é nessa zona, o que parece ser um pasto, onde o KC faz as passagens mais lentas e mais baixas.

Se algum colega de Campo Grande conhece a área (quem sabe conhece até algum morador dali) poderíamos conseguir informações sobre os testes que estão realizando: que tipo de lançamento etc.

Zampol

Ferramentinha porreta esse Flightradar24, meus agradecimentos à Maria do Carmo que deixou a dica. Eu não sabia, agora sei, que tem um histórico de voos disponível e isso me permitiu comparar os voos do KC390002 com outros do A400M (aeronaves F-WWMT, F-WWMZ e F-WWMS) com helis EC 725 e AS 332 Super Puma da Armee de L´air (F-ZWCQ). Essa ultima aeronave, quando faz a ´perna´ Montpellier-Marseille, voando sobre o mar a 4,200 ft, faz sempre mais di 140 Kt, superando mesmo os 150: parece que velocidade não será impedimento para o REVO. Não consegui encontrar uma matricola de C130J, se… Read more »

Luiz Fernando

Rinaldo…. contratação de engenheiros estrangeiros ė uma coisa… ajuda técnica estruturada entre empresas ė outra. Produzir o KC em Melbourne? Duvido. Pode ser em outro lugar um dia… lá eu duvido.

galeao123

Nesta ida pra terra da rainha, bem que eles poderiam passar la na terra dos Portugas pra dar uma sapateada por la!
Seria uma otima propaganda!
sds
GC