Pilotos operacionais foram especializados para atuarem na Aviação de Asas Rotativas, Aviação de Caça, Aviação de Transporte e Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento

A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu novos pilotos de combate nesta quinta-feira (14/12). A cerimônia alusiva ao encerramento do Programa de Especialização Operacional (PESOP) do ano de 2023, realizada na Base Aérea de Natal (BANT), formou 89 pilotos de combate, alunos da Turma Anúbis, sendo 11 pilotos especializados em Aviação de Asas Rotativas, 21 em Aviação de Caça, 45 em Aviação de Transporte e 10 em Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, além de dois pilotos estrangeiros, do Uruguai e do Paraguai.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, presidiu a solenidade, sendo recebido pelo Comandante da BANT, Brigadeiro do Ar Éric Cézzane Cólen Guedes. Também participaram da cerimônia o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, além de demais Oficiais-Generais da FAB, entre outras autoridades civis e militares.

“Há 40 anos eu formava neste mesmo lugar e é importante destacar que mantemos uma formação muito padronizada dos nossos pilotos de combate, o que reafirma a excelência, desde a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, depois na Academia da Força Aérea, finalizando aqui, com a especialização dos pilotos operacionais nesta formatura expressiva e emocionante”, declarou o Tenente-Brigadeiro Damasceno.

O Comandante da BANT, Brigadeiro Cólen, falou sobre a importância do PESOP. “É uma satisfação concluir nossa principal missão, que é a formação dos pilotos de combate para a Força Aérea. Foi um trabalho árduo, com mais de 11 mil horas de voo. Agradeço a todos os envolvidos para o cumprimento do PESOP e parabenizo aos formandos. Liderem! Em breve cada um estará nos esquadrões operacionais sendo líderes, tomando decisões”, destacou o Oficial-General.

Os instrutores e estagiários que se destacaram no decorrer do ano receberam o Prêmio Padrão 2023 durante o evento e, na sequência, ocorreu a entrega dos distintivos operacionais aos formandos.

O Tenente Aviador Jéfferson Júnior, especializado na Aviação de Caça, recebeu o prêmio de estagiário padrão e falou sobre a emoção da formatura. “Pude realizar um sonho de criança. É um prazer imenso ter concluído o curso, especialmente sendo premiado como estagiário padrão. Após muito estudo, é recompensador colocar o distintivo da Aviação de Caça. Sinto muito orgulho em pertencer à Força Aérea Brasileira”, destacou o novo piloto de combate.

PESOP

O PESOP tem como objetivo preparar o piloto militar, oriundo da Academia da Força Aérea, para o exercício das atividades operacionais e administrativas dos primeiros postos da carreira de aviador militar.

Ao longo do ano, os militares são formados na Aviação de Asas Rotativas, Aviação de Caça, Aviação de Transporte e Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, sendo capacitados a servirem nas unidades aéreas da FAB em todo o Brasil.

Ópera do Danilo

As celebrações alusivas ao encerramento do PESOP 2023 iniciaram-se no dia anterior ao da formatura, com a tradicional encenação da Ópera do Danilo, como forma de homenagear os novos pilotos especializados. A Ópera do Danilo narra a saga do Tenente Danilo Marques Moura. Após ter o P-47 Thunderbolt abatido pela artilharia antiaérea alemã na Itália, o aviador percorreu uma jornada de 340 quilômetros caminhando durante 30 dias. Ele conseguiu chegar à base aliada em Pisa, 19 quilos mais magro. A aventura é tradicionalmente repetida por militares da Aviação de Caça. O evento contou com a presença do Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno; dos Comandantes das Organizações Militares da Guarnição Aeronáutica de Natal; de instrutores e estagiários do PESOP.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Orivaldo

Quantos pilotos temos no total da Fab? Essa informação é publica ? Eu chuto no Mínimo uns 5 mil

Rinaldo Nery

Menos da metade voa.

BLACKRIVER

Infelizmente o orçamento não permite gastar com horas de voo!

Jorgemateus77

pois é
a famosa força aérea que não voa
Depois de capitão dê adeus a sua vida operacional como piloto e dê as boas vindas como administrador

Rinaldo Nery

Voei até Tenente Coronel. Os únicos dois anos da carreira que não voei foram quando cursei a ECEMARe na COPAC. Mas não fui parâmetro. Se servir na AFA ou em Natal vai voar.

Rinaldo Nery

Quando eu era Cadete, o Brig F. Cesar, cmt da AFA, ministrava instrução p Cadetes quase todos os dias.

Orivaldo

Para 70 mil militares o orçamento aguenta

Sulamericano

É só entrar para o GTE que não vai faltar hora de voo para o piloto.

Sergio

Caramba!!!

BLACKRIVER

Essa é uma boa pergunta;
Seria interessante saber os números para comparar com outras nações!

Patta

” 21 em Aviação de Caça” Esses pilotos vão pilotar os Gripens futuramente?

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, primeiro continuarão voando A-29 um dos três esquadrões do 3º Grupo de Aviação, e em alguns anos farão a conversão para caças de primeira linha da FAB, como o Gripen.

Rogério Loureiro Dhierio

Não é um número pequeno, mas nada exorbitante se comparado a países com mais musculatura militar, grandes potências.

Fabio Araujo

Excelente notícia, e é bom ajudar na formação dos pilotos de países vizinhos, uma curiosidade os pilotos uruguaio e paraguaio qual a especialidade?

Rinaldo Nery

Caça.

SGT MAX WOLF FILHO

Gastam com pessoal, mas não investem em material… 😪

Fabio Araujo

Investiram na compra dos Gripens e estão negociando outro lote, recentemente compraram helicópteros e apesar do cirte compraram o KC-390, então estão investindo em material sem dúvida poderiam investir mais mas estão fazendo o possível dentro do orçamento do Ministério da Defesa. Mas pilotos é o básico não adianta investir em material sem investir em pilotos.

Tutu

Se não investir no pessoal o material cai do céu.

Brazil_

Estranho que alguns, mal ficam 5 anos depois de formados na Força para ingressar de copiloto nas empresas aéreas. Não entendo qual contrapartida oferecem, sendo o aeroclube bancado pelo Estado.

Rinaldo Nery

Cinco anos de trabalho em prol da Força e do Brasil.

leonidas

89 pilotos né?
“De combate” tá de brincadeira… rs

Aéreo

Concordo. Somando os Bandeirantes, Xingus, Caravans e Brasilias são cerca de 120 aeronaves.

Rinaldo Nery

Acho que são, pelo menos, 4 vezes 120.

Rafael Gustavo de Oliveira

Prezados boa tarde, o que acontece com os pilotos de combate de asas rotativas depois de formado? até onde eu sei o AH-2 Sabre foi desativado e o esquadrão Poti está sem meios já algum tempo…posso estar enganado, mas não me parece certo formar pilotos de combate sem meios ou previsão para tal.
Falando em esquadrão Poti, esse encerrou suas atividades?

Rafael,
Acho que você está mistutando conceitos de piloto de combate e de helicóptero de ataque.
A FAB possui vários esquadrões de asas rotativas, o Poti era só um deles.

Rafael Gustavo de Oliveira

“formou 89 pilotos de combate, alunos da Turma Anúbis, sendo 11 pilotos especializados em Aviação de Asas Rotativas”…mas foi o que deu a entender…rs

Rafael Gustavo de Oliveira

estranho chamar de piloto de combate, entende-se que piloto de combate opera meios de ataque (caças, helicópteros de ataque, drones de ataque, etc…), pelo que entendi a fab chama de piloto de combate qualquer piloto que opera uma aeronave militar “operacional” em um TO… seja ela de ataque, transporte, etc….é confuso

Last edited 4 meses atrás by Rafael Gustavo de Oliveira
Rinaldo Nery

É isso mesmo. A guerra é feita com TODAS as Aviações. Não tem nada de confuso.

Sergio

O exército também denomina seus aviadores de pilotos de combate e só possui aeronaves de transporte. É combate pois voam para a guerra. Não importa a missão. E não são voos normais. Tem algumas curvas fora que os pilotos civis e comerciais não fazem. Está correto.

fulcrum

DCS tá formando mais hein.

Rinaldo Nery

Que bom! Sejam felizes.