A Dinamarca e a Holanda devem liderar uma nova coalizão europeia para fornecer à Ucrânia treinamento e manutenção de pilotos de F-16, enquanto os aliados se preparam para fornecer jatos de combate a Kiev, anunciou o secretário de Defesa Lloyd Austin na quinta-feira. Os Estados Unidos participarão do programa de treinamento, que será realizado na Europa, junto com Noruega, Bélgica, Portugal, Polônia e outros que tenham F-16 em seus arsenais.

Falando em uma nova conferência após uma reunião virtual da maior coalizão internacional de 52 membros que ajuda a Ucrânia, Austin e o Gen. Mark A. Milley, presidente do Joint Chiefs of Staff, negou-se a definir um cronograma para a entrega de qualquer F-16. Na semana passada, o governo Biden concordou em suspender as restrições que impediam outros países de transferir as aeronaves fabricadas nos EUA para a Ucrânia, embora autoridades do governo tenham dito que os Estados Unidos não enviariam nenhuma de suas próprias.

Austin e Milley defenderam a hesitação de longa data dos EUA em fornecer à Ucrânia caças de quarta e quinta geração, apesar dos persistentes apelos ucranianos. “Como dissemos desde o início … esse é um espaço aéreo muito letal”, disse Austin, e o foco dos aliados tem sido fornecer à Ucrânia capacidades de defesa aérea contra ataques russos à infraestrutura e civis. O F-16 não é uma “arma mágica”, disse Milley.

Se os caças caros – cada um valendo dezenas de milhões de dólares – tivessem sido enviados antes, disse ele, não teria sido possível fornecer todo o outro armamento avançado que os Estados Unidos e outros transferiram. “Não é uma questão de concordarmos agora ou concordarmos depois, sob pressão”, disse Milley. “Esta é uma análise militar hardcore.” Embora os F-16 darão à Ucrânia capacidade adicional de disparar armas de longo alcance atrás das linhas defensivas russas, mesmo os 40-50 aviões que a Ucrânia pediu teriam que enfrentar “milhares” de aeronaves russas comparáveis, completou.

FONTE: The Washington Post

NOTA DA REDAÇÃO: Na tabela a seguir, o número de aeronaves de combate das Forças Aeroespaciais Russas, segundo o 2023 World Air Forces directory da Flight Global.

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Rinaldo Nery

Exato. Mais gasolina na fogueira.

Nilson

Não existe panaceia, não existe arma que vá resolver a situação em definitivo, seja de um lado, seja do outro. É uma guerra de atrito, cada lado torcendo que o outro lado canse primeiro e peça arrego (negociação).

Apenas

Viva!
Estão a falar de quê?
“Coalizão”?!?! Não entendo e nem conheço este termo… Não se escreve português como se quer, mas sim como ele está definido por norma.

Carlos

Os brasileiros copiam muitos das palavra inglesas e as tornam portuguesas tais como ônibus (autocarro), pier (cais e aqui não entendo o porquê já que no RJ existe um lugar histórico cujo o nome é Cais do Valongo) Belarus (Bielorrússia) e coligação ou aliança em inglês diz-se Coalition, pronuncia-se coalizão (forçado mas quase)

Last edited 10 meses atrás by Carlos
Franz A. Neeracher

Pier e cais são coisas diferentes apesar de terem a mesma finalidade.

Fernando "Nunão" De Martini

Ônibus é uma corruptela de latim e tem origem francesa. Não é porque em Portugal se decidiu usar o termo autocarro que no Brasil se utilizaria o mesmo. Esse tipo de serviço foi introduzido nos dois países em tempos e circunstâncias diferentes, já independentes. Outro exemplo: os carros de transporte coletivo de tração elétrica sobre trilhos usados em cidades portuguesas são chamados de “Elétricos”, pelo que sei. Aqui, ao menos em São Paulo, se chama de “elétricos” os ônibus (pra vocês, autocarros) tracionados a eletricidade por via aérea. No Brasil, os seus “elétricos” eram chamados de “Bondes” porque era impresso… Read more »

Last edited 10 meses atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Santamariense

Uma definição da origem da palavra:

“COALIZÃO – do Latim coalitio, “combinação, união”, de coalitus, particípio passado de coalescere, de com-, “junto”, mais alere, “nutrir”.”

Fábio CDC

Eu escrevo como quero, como me dá na telha.

JNWatanabe

Experimente escrever “como você quer, como te dá na telha” num concurso onde o português é um dos quesitos de avaliação…

curioso

Caro Apenas,

Você propõe normativismo gramatical na veia. É uma ilustre escola linguística, mas não é a única.

Há quem diga que o povo é o inventa-línguas (e os poetas são os revisores e fixadores dessa invenção). Gramáticos e dicionaristas só correm atrás.

Flor do Lácio, sambódromo,
Lusamérica, latim em pó
O que quer, o que pode esta língua?

Caetano Veloso e um dos que sabem.