Marignane, 22 de dezembro de 2021 – A Direção-Geral do Armamento (DGA) francesa assinou um contrato com a Airbus Helicopters para o desenvolvimento e aquisição do H160M no âmbito do programa Light Joint Helicopter (HIL).

O contrato inclui o desenvolvimento de vários protótipos e a entrega de um primeiro lote de 30 aeronaves (21 para o Exército, 8 para a Marinha e um para a Aeronáutica). O Ministério das Forças Armadas da França planeja encomendar um total de 169 helicópteros H160M, ou Guépard, como será conhecido nas Forças Armadas francesas. As entregas começarão em 2027, começando com o Exército Francês.

“O Guépard é o resultado de dez anos de estreita cooperação com a DGA e as Forças Armadas francesas”, disse Bruno Even, CEO da Airbus Helicopters. “O H160M trará novos recursos para as forças armadas ao ser adaptado à guerra moderna, graças à sua maior conectividade, capacidade de manobra, baixa assinatura acústica e um sistema de suporte totalmente integrado. Ter as Forças Armadas francesas, uma referência mundial, como nosso cliente lançador do H160M é extremamente valioso.”

O primeiro de uma nova geração de helicópteros, o H160M é derivado do H160 certificado pela EASA. Ele se beneficia de um baixo custo de operação e segurança de voo otimizada. O H160 foi projetado para ser um helicóptero modular, permitindo que sua versão militar, com uma única plataforma, execute missões que vão desde infiltração de comandos até interceptação aérea, apoio de fogo e guerra antinavio, a fim de atender às necessidades do Exército, o Marinha e Força Aérea.

Para garantir um alto nível de disponibilidade ao mesmo tempo em que reduz os custos operacionais, as necessidades de suporte e serviços do H160M foram levadas em consideração desde o início da fase de design. Inovador e simplificado, o suporte do H160M é baseado na exploração de dados por meio de análises.

A Airbus Helicopters garantirá um alto nível de disponibilidade por meio de um contrato de manutenção inovador. A Airbus Helicopters se compromete com um gerenciamento inovador de manutenção e disponibilidade de aeronaves por meio de uma organização dedicada que provou ser bem-sucedida. Esta organização foi introduzida com o contrato de suporte global assinado em 2020 para a frota francesa Cougar e Caracal e levou a um aumento significativo na disponibilidade de aeronaves.

Testes conduzidos no deserto marroquino em julho de 2021 demonstraram a eficiência do sistema de filtragem de barreira de entrada do H160 na proteção dos motores Safran Arrano contra a ingestão de areia. Os testes no deserto também demonstraram a eficiência do sistema de controle automático de voo durante as operações de decolagem e pouso com visibilidade limitada devido às nuvens de areia. O H160M estará pronto para operar nas condições mais adversas.

A versão militar do H160 será mais discreta do que os helicópteros anteriores com uma assinatura acústica reduzida possibilitada pelas hélices Blue Edge. A estabilidade, capacidade de manobra e um sistema de controle de voo automático do H160 serão recursos essenciais para a versão militar. O H160M será equipado com o sistema de armas HForce da Airbus Helicopters, uma solução modular e incremental que permite o uso de uma grande variedade de armas. O equipamento também incluirá um guindaste e um braço de corda rápida.

O H160M Guépard será equipado com o sistema eletroóptico Safran Euroflir 410, a suíte de aviônicos de cockpit Thales FlytX e radar AirMaster C. Os pilotos poderão usar o visor e visão montados no capacete Thales TopOwl. O Guépard também carregará um pacote de autoproteção, um sistema de comunicação por satélite e um sistema de link de dados tático. O pacote de armas incluirá o míssil antinavio MBDA ANL, canhões montados em pods e montados em portas.

DIVULGAÇÃO: Airbus

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JOSE CARLOS MESSIAS

Bela máquina, tem cara de invocada! São os franceses dando apoio á indústria local!

Dilbert-SC

Em um país sério é assim mesmo! Investe nos programas de desenvolvimento tecnológico e militar.
Não ficam cancelando encomendas e matando os projetos em detrimento de compras de prateleira.

Jefferson

Dilbert, pior não é só cancelar, pior é ver 1 ano antes aumentos enormes de soldos das carreiras para agradar a compensação da reforma da previdência militar. Ou seja, o dinheiro existia!

GFC_RJ

“O Ministério das Forças Armadas da França planeja encomendar um total de 169 helicópteros H160M, ou Guépard (…)”

Isso é uma política industrial! Não é aquela porcaria que eu tenho lá em casa!

Reinaldo Deprera

É bonita, mas acho essa solução de design equivocada. Perde-se muito espaço na cabine para ter esse nariz bicudo, sem que aja quase nenhum ganho aerodinâmico em relação a uma solução de design frontal igual à do Merlin, por exemplo.
É no mínimo 1 metro e meio a mais de comprimento sem nenhuma necessidade.

Lewandowski

Uau! :O

José de Souza

“aja”? Melhor Ferris Bueller rever essa matada de aula…

Reinaldo Deprera

Aja é verbo agir.
Haja é verbo haver.

Dessa vez foi seu seu dicionário que pediu feijão 🙂

Last edited 2 anos atrás by Reinaldo Deprera
Jad Bal Ja

Pois é, no caso, me parece que o correto é “sem que haja” pois o sentido é “sem que exista”, não faz sentido o verbo agir ai.

Reinaldo Deprera

Verdade.

Reinaldo Deprera

Como foi dito abaixo, o haja é de existir. Você está certo e foi meu erro ortográfico.
Obrigado.

ZEUS

Incrivel! Acessar a trilogia é garantia de encontrar diversão! Realmente não me surpreende tamanha empáfia vinda de um mickeybot. Dez anos de desenvolvimento por parte dos melhores engenheiros aeronáuticos e operadores militares franceses atirados no lixo pela magnânima avaliação de um zé ruela que não sabe a diferença entre uma porca e um parafuso. Explique-nos melhor esta sua afirmação: “Perde-se muito espaço na cabine para ter esse nariz bicudo…” Como algo que foi projetado para ocupar espaço fora da cabine, e assim o faz, pode comprometer um espaço interno que não ocupa? Poste também um comparativo sobre as características aerodinâmicas… Read more »

Mosczynski

Realmente um helicóptero cara chata deve melhorar a aerodinâmica e ajudar a ganhar um espaço na cabine.

Lewandowski

Tentei ser ironico no meu coments… hehehe… tu me faz lemrar alguns pedreiros que ja tive que lidar nas minhas obras… “pra que uma uma viga de 15? Já fiz obra igual com viga de 12!” “Sapata de 1,20m!? Faz de 80 que aguenta!” “Quueeeee? Não precisa de DR! No meu apto não tem e até o AR não tem disjuntor e nunca deu nada…”
.
Sds

Marcelo

Esse espaço servi para colocar a aviônica e radar a gosto do cliente e as modernizações futuras !!!!

Vendéen

Bonjour Marcelo et le Brésil, Sim você está certo. O destino do local assim dimensionado é óbvio. Tanto quanto sei, as razões militares para esta ordem querer ser racional são justificadas da seguinte forma: Esta versão militar (H160 Guépard) substituirá 5 diferentes helicópteros atualmente em efetivo de forma a ter uma frota única de helicópteros médios (5 a 6 T) com boas capacidades conjuntas (Exército / Aviação Naval / da força aérea e espacial / forças especiais / gendarmerie) e necessariamente para agrupar custos porque a disponibilidade de peças sobressalentes e a eficiência dos programas de revisão (MCO) da frota… Read more »

Alexandre Cardoso

kkkk

Agressor's

Mais uma vez seu argumento se mostra vazio e desconexo da realidade. Sem nenhum sentido. Por favor, discorra melhor sobre essas afirmações que vc apresenta. Sem apelar para falácias argumentativas que não tenham sustentação lógica alguma.

Obrigado!!!

Jean Jardino

Cara que vc entende de design de helicopters, nada neeeeeeee, fica quieto ai.

RENAN

Será uma excelente máquina.
Me impressiona a quantidade 169 total com 30 logo de cara.
Parabéns aos franceses

Espero que no futuro o Brasil possa comprar uns 30 para nossas forças armadas.

Adriano Madureira

Preferiria o H-145 ou H-155…

Marcos Cooper

Mais franceses na frota? Seria uma boa ideia?

RENAN

Não é interessante no ponto de vista estratégico porém uma nação que não investe em pesquisa e desenvolvimento tem que se contentar com migalhas disponível. Poderíamos ter um trilhão de dólares disponível para comprar o f22 não está a venda. Poderíamos comprar o sistema de GPS não está a venda Poderíamos comprar as antenas para nosso míssel anti radiação mas não está a venda. A idéia de se comprar este helicóptero é manter a subsidiária instalada no Brasil com suas linhas abertas e gerando emprego e renda. Além da modernização da frota. A capacidade industrial já está disponível temos que… Read more »

Marcelo

Nada melhor que desenvolver um produto para as 3 forças e o Governo fazendo um Grande pedido para ter escala de produção e servindo de cartão de visita para os compradores estrangeiros !!!!!

ZEUS

Já que meu comentário direcionado ao tal foi bloqueado, lanço aqui este ao vento destinado a vossa sapiência zé ru&la que atirou no lixo 10 anos de pesquisas por parte dos engenheiros aeronáuticos e militares franceses com suas observações esteticas relevantissimas….. “Perde-se muito espaço na cabine para ter esse nariz bicudo, sem que aja quase nenhum ganho aerodinâmico em relação a uma solução de design frontal igual à do Merlin, por exemplo.” Poderia nos esclarecer como diabos um nariz que se situa fora do espaço interno contribui para que se perca um espaço aonde ele não se encontra? Pode postar… Read more »

Bruno Vinícius

Fiquei curioso para saber as principais mudanças feitas para adaptar um projeto civil (H160) em uma aeronave de uso militar (H160M). Ou será que a Airbus, quando projetou o H160, já o fez pensando numa versão militar?

Jefferson

O italiano aw169 também deriva de um helicóptero civil.

cipinha

Nas fotos não consegui identificar onde ficaria o radar na versão naval

Maurício.
Thiago A.

OFF –

Segue em frente o desenvolvimento do substituto do A129 Mangusta:

Elettronica conquistou o contrato para o desenvolvimento da suíte EW do novo helicóptero de ataque Leonardo AW-249. Em particular, a suíte inclui o RWR ELT-162 “totalmente digital” e o DIRCM QUIRIS, baseado na revolucionária tecnologia Quantum Cascade Laser (QCL). As primeiras 3 máquinas pré-série / protopo para o AW-249 estão em construção, enquanto em novembro de 2020 foi dado sinal verde para a aquisição das primeiras 4 máquinas na configuração FOC (Full Operational Capability) e para a conversão do 3 protótipos / pré-série para o mesmo padrão FOC.

João Filho

O peso máximo de decolagem é quase o dobro:
AW249 8000kg
AW129 4600kg
Eu me pergunto se eles estão desenvolvendo munições Strales guiadas para o canhão

Last edited 2 anos atrás by João Filho
João Filho

Além disso, “Leonardo AW609 set for military certification in 2021…”

Augusto L

Esperava mais dos franceses, os americanos estão ai com Future Vertical Lift muito mais revolucionário

Adriano Madureira

Para que gastar tempo e dinheiro se as aeronaves convencionais ainda servem bem?!

Se os americanos seguiram tal caminho, parabéns para eles…Mas nem todos os países poderão adquirir ou trocar suas aeronaves convencionais por esses revolucionários Future Vertical Lift… 

Nem todo operador do Black Hawk poderá adquirir seu sucessor, o Bell V-280 Valor,por exemplo, somente os endinheirados do golfo poderão adquirir em grandes quantidades.
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Last edited 2 anos atrás by Adriano Madureira
Carvalho2008

Sabe que se um bom tempo para cá, estou meio contrariado com este conceito também….ele agrega muito custo e pelas leis da física, sempre gasta muito combustível…..eu teria ido pela coluna do meio….se é para simular a velocidade e alcance de um avião, descolagem curta e pouco curto rolado…..se for exclusivamente para vertical, continua com o heli….mas a maioria de operações poderia ser viabilizada por descolagem e pousos curtos….mesmo que fosse necessário um 3o.modelo em operação, acho que sai ganhando…. Acreditem em mim, no tempo do desenvolvimento do xf5-u tinha oficial de testes ansioso para tentar decolar com deste a… Read more »

Marcos Cooper

Me perdi na história Carvalho2008. quem foi esse xf5-u? Pode me passar mais detalhes ou um link? Vlw!

Leandro Costa

A panqueca voadora ehehehehe. É um projeto bem interessante, principalmente do ponto de vista aerodinâmico.

Detalhe interessante: Funcionou. Só que ainda assim o projeto foi abandonado. Entre o conceito funcionar e ser prático para aquele momento, tanto operacionalmente quanto industrialmente, são duas coisas diferentes. Mas ainda assim é interessante.

Maurício.

Leandro, ele utilizava duas turbinas também? E em vôo ele poderia desligar as motores a hélice e ficar só com as turbinas? Imagina o arrasto produzido por essas “pequenas” hélices, bem, não sei como seria o funcionamento desse avião, tô só chutando, talvez em seria como eu estou imaginando.

Leandro Costa

Maurício, o que parecem ser dois motores à jato, são entradas de ar para os motores à pistão (radiais, eu acho) com os eixos girando as hélices nas extremidades da aeronave. Se me lembro bem o projeto foi cancelado em 47 ou 48 exatamente por causa do advento de aeronaves à jato começando à entrar no inventário da Marinha.

Maurício.

Valeu Leandro, minha imaginação me levou bem longe quando eu vi aquelas entradas de ar, imaginei algo completamente errado…rsrsrs.

Marcos Cooper

Valeu Leandro! Eis um ilustre desconhecido,ao menos para mim!

Carlos

Caro Leandro, achei essa imagem que mostra os motores…

https://wall.alphacoders.com/big.php?i=373354&lang=Portuguese

Last edited 2 anos atrás by Carlos
Leandro Costa

Muito bom, Carlos! Obrigado. Dá para ver claramente o arranjo dos motores radiais.

E os créditos por lembrar desse projeto são do Carvalho. Fazia algum tempo que eu não ouvia falar na Flying Pancake.

Maurício.

“Nem todo operador do Black Hawk poderá adquirir seu sucessor, o Bell V-280 Valor,por exemplo, somente os endinheirados do golfo poderão adquirir em grandes quantidades.”

Adriano, se o V-280 custar mais ou menos o preço para manter e operar do V-22, só os com muito dinheiro mesmo para adquirir em grandes quantidades.

Adriano Madureira

E tem que leva em consideração que os blackhawks, tanto os com certa idade e outros nem tanto, poderão ser aposentados e com isso, serem oferecidos aos “amigos aliados”…

E se for material atraente, valeria a pena adquirir.

Vendéen

Bonjour Augusto L, Por enquanto, o pequeno exército francês tem uma passagem obrigatória que é a substituição dos helicópteros militares, alguns dos quais no parque às vezes têm mais de 30 anos de serviço. Não se deve esquecer que alguns deles durante muitas horas de vôo sofreram condições particularmente severas de uso em diferentes opex (projeções significativas de poeira de terra, areia e às vezes para alguns dos impactos de vários projéteis variando de 7,62 a 23 mm) . Do meu ponto de vista, com o óbvio desgaste da frota, não seria de todo razoável esperar muito tempo para serem… Read more »

Augusto L

Legal que vocês engajarem na discussão, eu falei só para gerar esse debate mesmo.

Adriano mas ai vem a questão será que vai ser mais caro mesmo, para operar? Ou so os franceses não querem correr o risco de investir uma tonelada de dinheiro somente em uma área, com tantas outras para alocarem dinheiro?

Vendeen voce é francês? de qualquer forma pensei também isso que você falou.

Clésio Luiz

Os últimos Sikorsky tem dado dor de cabeça para os operadores…

Jean Jardino

Mais um que nao sabe nada e vem escrever baboseiras, meu Deus.

Tomcat4,3

Seria bacana ver esta máquina substituir nossos Esquilos e Fennec’s , aguardemos.

Jean Jardino

Uma bela maquina, moderna e capaz, foi desenvolvida desde o inicio, ja pensando em versao militar, ira substituir Pumas, Gazeles, Panther, Esquilos de uma vez so, isso toranara a manutencao e logistica de pecas mais facil e baratas, para as forcas armadas francesas.

Foxtrot

Olha a diferença que sempre escrevo aqui.
Será um Joint Fighter helicóptero, ou seja, uma única plataforma de helicóptero para as três forças francesas.
Aqui no Brasil cada uma quer aparelho diferente.
Até o H225 tem um nome diferente entre as forças militares nacionais.
Precisamos para ontem de um MD que seja realmente integrador das FAAs.
Integrando aquisições, treinamentos, desenvolvimento etc.
Cabendo aos militares apenas o aconselhamento técnico ao MD e testes dos equipamentos !

Maurício.

Roberto, os americanos empurraram uma bomba chamada Sikorsky CH-148 Cyclone para os canadenses, que queriam o Merlin e acabaram ganhando esse helicóptero problemático e que ninguém usa.
Isso sem contar os problemas da versão civil, o S-92, mas como não é francês e sim americano, ninguém fala nada.

Thiago A.

Mayday, Sikorsky Down! Certeiro atirador rsrs

Augusto

Nem um, nem outro. Melhor a Leonardo. Pena que o projeto com a Embraer não decolou.

Gabriel BR

Em breve teremos que adquirir novos helicópteros também

Sérgio Luís

Mais um helicóptero de transporte vip adaptado para ataque leve..
Nada de novo no front!

Waldir

Pois eu vejo aqui o pessoal parabenizando a França, com razão, do investimento em compras internas e salientando a grande quantidade… já aqui quando compramos, 50 helicópteros da helibras, que serão para as 3 forças, otimizando custos e ajudando a indústria nacional o pessoal cai de pau… nunca vou entender… se compramos acham ruim e se não, também acham…