O contrato de compra de mísseis de curto alcance foi assinado na sexta-feira (17) com o fabricante alemão Diehl

O secretário do governo Gáspár Maróth da Hungria disse que a aquisição da nova arma, juntamente com a próxima modernização do caça Gripen de procedência sueca, que está em serviço desde 2006, permitirá que os caças atendam aos mais altos padrões da aviação do século XXI.

Em comparação com os mísseis Sidewinder atualmente em uso, o piloto pode lançar o IRIS-T com um grande desvio angular, o que significa que o alvo não precisa estar na frente do avião. Para fazer isso, pode-se usar o radar para mirar, mas a melhor ferramenta para isso é a mira do capacete. A integração deste último ao Gripen húngaro está planejada no contexto da próxima modernização.

A alta capacidade de manobra do IRIS-T é garantida pelo fato de ter direção vetorial de empuxo, além da direção aerodinâmica convencional. Isso também proporciona uma grande melhoria em relação ao Sidewinder.

A Força Aérea Húngara tinha capacidade semelhante com os caças russos MiG-29, que dispunham de mira no capacete para emprego do míssil R-73.

O chamado programa de modernização MS20 Block II do Gripen para aeronaves de combate também está planejado para melhorar significativamente o combate aéreo fora do vista e as capacidades de armas ar-solo, acrescentou o secretário.

Gáspár Maróth anunciou no final de agosto que a Hungria não compraria caças de quinta geração por enquanto, mas, em vez disso, modernizaria sua frota de Gripen, cuja primeira etapa seria comprar uma atualização de software.

FONTE: Portfolio.hu

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Bosco

“Em comparação com os mísseis Sidewinder atualmente em uso, o piloto pode lançar o IRIS-T com um grande desvio angular, o que significa que o alvo não precisa estar na frente do avião”
Epa! O Sidewinder “all aspect” (AIM-9M e L) têm capacidade fora da linha de visão (off boresight) de 45º.

Bosco

Só de curiosidade, a capacidade de vetoramento do empuxo permite um incremento da manobrabilidade na fase de empuxo (lógico), que não passa dos 3 segundos iniciais.
Mais precisamente o TVC funciona só para colocar o míssil na direção do alvo quando este se encontra muito fora de uma linha imaginária que passa pelo longo eixo do míssil/caça.
Essa manobrabilidade extra permite uma alta capacidade de engajamento off boresight… e só. Sua capacidade de manobra na fase terminal não difere da dos mísseis de geração anterior.

Maurício.

Bosco, mas o aim-9x já conta com todos os recursos do iris-t né? Acho que o 9x não deve em nada para o iris-t, inclusive, o 9x tem tvc se não me engano.

Bosco

Sim Maurício! O 9X tem TVC e tem todos os recursos do Iris-T e a versão mais atual do AIM-9X contra até com um data-link para engajar alvos “quase” BVR.

Joli Le Chat

Bosco, o míssil só tem empuxo por 3 segundos? Para quantos km de alcance?

Por favor, se você puder recomendar uma leitura sobre o voo do míssil, eu agradeço.

Bosco

Joli,
Só agora vi seu comentário. Na verdade o Sidewinder, inclusive o AIM-9X, mantém seu motor “ligado” por apenas 2,2 segundos. *Um Amraam por 8 a 10 segundos.
Nesse tempo ele chega a cerca de Mach 2.5/3 (conforme a altitude e a velocidade do caça no momento do lançamento) e percorre cerca de 1,5 km.
O resto do voo é por inércia e pode chegar na versão mais nova (AIM-9X) a mais de 25 km porque tem menos arrasto.
Nesse site você vai encontrar muitas informações: http://sistemasdearmas.com.br/

Bosco

Joli, Vale salientar que o alcance máximo nominal é diferente do alcance real. O alcance real de um míssil que opera no modo LOBL depende da sensibilidade do seeker em detectar e trancar no alvo, o que é muito variável já que esta depende da assinatura térmica do alvo, do aspecto do alvo, da altitude da aeronave lançadora e do alvo e das condições atmosféricas, principalmente da “visibilidade”. Para um Sidewinder AIM-9M que é dito ter alcance de 20 km ser lançado contra um alvo a essa distância no momento do lançamento o alvo tem que ter uma grande assinatura… Read more »

Joli Le Chat

Obrigado, Bosco.

Funcionário da Petrobras

Essa de que o míssil atinge o alvo no “embalo” (inércia) é nova pra mim. Aprendo a cada dia com vocês.
Desculpem, sou leigo mas gosto da aviação militar, de caça propriamente dito.

Matheus S

Acho que a matéria quis afirmar que a linha fora da mira do IRIS-T é maior do que o AIM-9. Mas essa afirmação é imprecisa. O “off boresight” do IRIS-T é de 90º, o desvio angular do AIM-9X também já é 90º. O do R-73 acho que fica na casa dos 60º a 70º.

Fernando "Nunão" De Martini

O texto deve estar se referindo aos AIM-9 em uso na Força Aérea Húngara há vários anos, que não creio serem o modelo AIM-9X.

Provavelmente quer dizer que o IRIS-T oferece capacidade off-boresight maior que os AIM-9 do inventada Hungria, somente isso.

Bosco

Nunão, É porque como tá na moda fazer chacota com a tecnologia militar americana eu ponderei que já há muito tempo um caça com antigas versões do Sidewinder já não precisa apontar o nariz do caça diretamente em direção ao alvo para poder lançá-lo. Minha observação foi basicamente direcionada aos “novatos” que só agora começam a conhecer o tema e estão sendo bombardeados a todo dia pelas informações acerca dos feitos maravilhosos da tecnologia russa e chinesa, que poderiam tropeçar no texto. A primeira versão do Sidewinder já permitia um desvio de 12º do longo eixo, que chegou a 45º… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Bosco
Matheus S

kkkkk

André Macedo

Você tá enxergando coisa onde não tem, a parte do “atualmente em uso” mata tudo, junto com o contexto que é claramente a Hungria.

“Em comparação com os mísseis Sidewinder atualmente em uso, o piloto pode lançar o IRIS-T com um grande desvio angular, o que significa que o alvo não precisa estar na frente do avião”, À FRENTE não significa “apontar o nariz do caça diretamente em direção ao alvo para poder lançá-lo“.

O fantasma do “”comunismo”” te assombra ein…

Matheus S

Sim. Correto. Mas a matéria não especificou isso.

Last edited 2 anos atrás by Matheus S
Salim

Em missil curto alcance tenho ressalvas sobre estas manobras com ângulos fechados em virtude do pouco combustível e perda enorme de energia nestas manobras. O NES fica bem reduzido. Também penso que 2 aviões de 4/5 não vão ter esta situação em combate pois os atuais radares e mísseis media/longa distância ja teriam derrubado ou afastado os oponentes.

Elias

Pode ser … mas para atingir um avião Que não seja caça é o suficiente..,

Elias

Por ex tupolev ou xian h6

Salim

Com a assinatura radar e motor reluzente destes pode usar qualquer míssil no limite do alcance, desconsiderando a existência de contramedidas. O futuro será BVR, vai ser gato e rato a longas distancias, quinta geração leva vantagem pela baia interna e furtividade, limpo tem melhor manobralidade e acelera mais rápido..