IFTS: Pilotos alemães serão treinados na Itália com a Força Aérea Italiana e a Leonardo

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Dois pilotos da Força Aérea Alemã estão começando a Fase IV de seu treinamento de voo na aeronave T-346A, na Itália. Os pilotos irão se juntar aos do Catar, que já estão no estágio final do Treinamento Avançado de Introdução para Piloto de Caça na escola italiana

A International Flight Training School (IFTS) segue recebendo novos estudantes. Dois pilotos da Força Aérea Alemã iniciaram recentemente a fase avançada de seus treinamentos, conhecida como Fase IV ou Treinamento para Piloto de Caça, na 61ª Base Aérea da Força Aérea Italiana, em Lecce Galatina, no Sul da Itália.

Isso é em concordância com um acordo firmado entre o General do Esquadrão Aéreo Alberto Rosso, Chefe do Estado- Maior da Força Aérea Italiana, e o Maj. Gen. Klement, Comandante das Unidades de Voo da Força Aérea Alemã.

O treinamento oferecido aos pilotos alemães segue as atividades realizadas pelos pilotos da Força Aérea do Catar que já haviam iniciado no IFTS em junho. Estes últimos concluíram os módulos de treinamento por simulação tanto no Partial Task Trainer (PTT), quanto no Full Mission Simulator (FMS) – dois dos simuladores ultra-tecnológicos integrados ao sistema de treinamento baseado na aeronave T-346A.

Os pilotos já iniciaram o treinamento de instrução em vôo. O acordo entre as Forças Aéreas Italiana e Alemã para serviços de treinamento de vôo avançado prevê a possibilidade de estender a colaboração para a Fase III no futuro, o que leva o cadete à qualificação de piloto militar.

O IFTS é o resultado de uma colaboração estratégica entre a Força Aérea Italiana e a Leonardo, que visa o estabelecimento de um centro de treinamento de voo avançado, uma referência internacional para o treinamento de pilotos militares, particularmente na Fase IV, que corresponde ao Treinamento Avançado de Introdução para Piloto de Caça.

Isso inclui também uma parceria industrial entre Leonardo e a CAE para a manutenção e suporte da frota de aeronaves e simuladores. O IFTS é um exemplo de colaboração e sinergia para o país, capaz de atender à crescente demanda dos países parceiros pela formação de seus pilotos. Este projeto reúne duas excelências nacionais: a expertise e a tradição da Força Aérea Italiana e as capacidades de Leonardo no setor de treinamento.

A decisão da Força Aérea do Catar e agora da Força Aérea Alemã de enviar seus pilotos para treinar na Itália no IFTS demonstra o reconhecimento do sistema de treinamento italiano e atesta o potencial deste ambicioso projeto internacional.

Um novo campus mais amplo da IFTS está em construção na Base Aérea de Decimomannu, na Sardenha, uma academia de voo com capacidade para hospedar alunos e equipe técnica, além de acomodações, áreas de lazer, refeitório e instalações esportivas.

Sua infraestrutura garantirá a operação da frota de 22 aeronaves M-346 (designadas como T-346A pela Força Aérea Italiana). Todo um edifício abrigará o Ground Based Training System (GBTS), com salas de aula e a instalação de um moderno sistema de treinamento, que se baseia em dispositivos de simulação de última geração.

DIVULGAÇÃO: Leonardo

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Vendéen

O T-346A é uma aeronave de transição operacional eficiente que parece atrair alguns países, o que dá crédito a esta parceria.
É um pouco fora do assunto.
A Alemanha precisa de pilotos porque aparentemente há um déficit crônico de pilotos de caça .Como em todos os lugares, há muitas partidas para o setor civil.
https://www.dw.com/en/german-air-force-short-on-pilots-not-planes/a-50278509

Na França estamos tentando uma pista para superar um possível déficit de pilotos de caça e outros:
https://www.capital.fr/votre-carriere/larmee-releve-lage-limite-voici-comment-devenir-pilote-de-chasse-1347042
Uma bela anedota para atender às nossas necessidades de pilotos militares em unidades de transporte aéreo:
http://lignesdedefense.blogs.ouest-france.fr/archive/2021/06/30/pilotes-rebondisseurs-22269.html

Caso contrário, no Brasil você tem o mesmo problema?

Zeus

Prezado! No Brasil não há problema relacionado a déficit de pilotos de caça. O Brasil opera poucas unidades de jatos de combate, atualmente ainda o vetusto F-5 modernizado e o A-1 subsônico, cujas unidades em operação somadas chegam a 65 ou pouco mais, e também pouco mais de 90 turboélices A-29. O Gripen E, do qual foram comprados 36 jatos, substituirá tanto o F-5 quanto o A-1, portanto não haverá aumento em se tratando de quantidade, mas talvez até diminuição, e sabe-se que no momento atual, se houver encomenda de um novo lote, o número máximo previsto dentro da capacidade… Read more »

Vendéen

Bonjour Zeus,

obrigado por suas explicações

Tenha um bom fim de semana

groosp

A formação dos pilotos teve o tempo reduzido com essas novas aeronaves e simuladores?

rui mendes

Boa notícia, Europeus devem se treinar na Europa e com aviões Europeus.
Quanto menos pilotos formados nos States, melhor para a Europa.

Ronaldo

Boa Tarde a Todos;Eu sempre fui e sempre serei que a FAB podesse adquirir treinadores avançados tipo:O T7A da Boing,O T7 Red Howk,O M-346 ou ainda O YAK-130 da Rússia,O T-50 da Coréia do Sul