Botucatu – SP, 5 de fevereiro de 2021 – A divisão de aviação agrícola da Embraer encerrou o mês de janeiro com a venda de oito aviões EMB-203 Ipanema, o equivalente a um terço do total negociado durante todo o ano de 2020. O bom resultado está sendo impulsionado pelo desempenho favorável do agronegócio brasileiro e as inovações tecnológicas incorporadas na nova versão da aeronave.

Com quase 1.500 unidades entregues, o Ipanema ocupa a liderança do segmento agrícola com 60% de participação no mercado nacional. Seu protagonismo na agricultura de precisão combina alta tecnologia e tradição de um produto que evolui continuamente para atender aos requisitos de alta produtividade e baixo custo operacional.

O Ipanema 203, o modelo mais atual da série, conta com aprimoramentos como substituição de peças da asa por outras com nova geometria e material em aço inox mais resistente. Essa solução posterga ainda mais eventuais desgastes gerados pela condição severa natural da operação no campo e despesas com manutenção ao longo dos anos. O novo pulverizador aéreo também tem um novo design no capô do motor, com novas grades de saída de ar, garantindo maior refrigeração.

Em comemoração aos 50 anos do primeiro voo do Ipanema, realizado em 1970, uma pintura alusiva à data foi criada para o pulverizador aéreo que agora sai de fábrica com uma nova identidade visual. As cores da bandeira brasileira foram as escolhidas para destacar esse projeto aeronáutico 100% nacional.

Sobre o Ipanema

A história do Ipanema começa no fim dos anos 1960, quando o Ministério da Agricultura do Brasil firmou contrato com a Embraer para fabricação em série no país de uma aeronave agrícola, com o objetivo de modernizar o setor ao disponibilizar novas técnicas de produção.

A aeronave surge inicialmente como um projeto de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP) e é testado pela primeira vez na Fazenda Ipanema, no município de Sorocaba (SP). Em julho de 1970 o Ipanema fez seu primeiro voo e em 1972 começou a ser produzido comercialmente.

A versão mais atual, o Ipanema 203, é movida a energia renovável (etanol) e foi certificada em 2015. Este modelo garante mais agilidade, eficiência, produtividade, além do menor custo operacional da categoria. Com sua envergadura aumentada para 13,3 m e perfil da asa aprimorado, possibilita uma maior faixa de deposição de defensivos agrícolas, chegando a 24 metros de faixa com altíssima qualidade comprovada cientificamente e no campo.

Utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, o Ipanema tem evitado, ao longo de todas essas décadas, perdas por amassamento na cultura e flexibilizado as operações em regiões com terrenos irregulares. A aeronave também tem aplicação em atividades de semeadura, controle de vetores e larvas, e povoação de rios.

Sobre a Embraer

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda.

Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

DIVULGAÇÃO: Embraer

Subscribe
Notify of
guest

29 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Saldanha da Gama

Vai Embraer, Voa Embraer, que iria falir caso não virasse boeing…. Voe Embraer, Vaiiiiiii Embraer….

gordo

Tá ai um tipo de aeronave que vai se tornar cada vez mais rara, drones agrícolas vão tomar conta do mercado.

Santos 2020

Acho que tem espaço para os dois modelos. A Embraer pode muito bem entrar no segmento de drones, pois competência não falta.

Fernando

O drone não substitui o avião no trabalho de pulverização. São bons para pequenas propriedades e para um determinado tipo de aplicação. Na maioria dos casos se usam aviões e isso vai continuar por um bom tempo.

Jadson Cabral

Ué, por que um drone não pode substituir um avião de pulverização?
Se a Embraer retirar o piloto, toda a parafernália para a pilotagem manual e substituir por computadores ela transforma o Ipanema em um drone de irrigação e isso já ofereceria uma economia, já que o piloto não seria mais necessário.
Se isso é viável? Não sei, mas é possível.

O fato é que não vai demorar muito tempo pra profissão de piloto começar a desaparecer. E vai começar pela aviação comercial

Leandro Costa

Bem… uma coisa eu posso dizer com certeza. NÃO se iniciou pela av. comercial. Afinal de contas já temos drones na aeronáutica militar a muito, muito tempo. E não é fácil como parece, simplesmente dotar uma aeronave já existente de computadores e sensores para fazer o trabalho que era de um piloto. Existem uma série de fatores que precisam ser considerados, até porque seria um drone extremamente ineficiente. Acho que uma das coisas que mais pesaria seria o altíssimo custo que teria inicialmente. Quando diversas dessas tecnologias forem mais maduras, e se houver um projeto de drone que seja adaptável… Read more »

FernandoEMB

O que vai substituir o avião agrícola no futuro serão UAV´s autônomos. Drone já é usado hoje, mas são pequenos e com pouca capacidade.
Não se pode transformar um Ipanema em um UAV. Tem que se projetar algo do zero. E não remotamente pilotado, mas sim autônomo.
E isso ainda vai levar algum tempo.

gordo

Não falei que a EMBRAER não pode ou não vai fabricar drones, falei que aeronaves tripuladas vão ficar raras. O custo de se operar* drones vai compensar e para áreas grandes drones grandes ou vários drones menores. O drone agrícola vai voar mais baixo e pulverizar com muito mais precisão, tudo isso a um custo muito menor. Não vai demorar para vermos drones autônomos fazendo vigilância de residências no lugar de cachorros sem risco algum de comerem carne moída com chumbinho.
*não tem piloto e vai operar de maneira quase autônoma, serácomo jogar vídeo game.

Fernando EMB

Vai demorar isso viu. Não para ter a tecnologia, mas para se tornar algo viável economicamente e uma realidade difundida no campo.

Last edited 3 anos atrás by Fernando EMB
gordo

E um avião é barato?

Fernando EMB

Mais barato do que um UAV autônomo certamente é…

Canarinho

E sobre o Ipanema usando propulsao elétrica? Alguma novidade?

João Fernando

Acabou a pilha

Fernando

Em breve…

Carlos Pietro

Bom dia, excelente notícia.

smichtt

Fazer comparação com 2020 é chutar cachorro morto. Qual a média anual de vendas dos anos anteriores?

Fernando EMB

Não é não… Pois o agronegócio não parou de crescer… Nem a aviação agrícola.

Rinaldo Nery

A AFA emprega o Ipanema (U-19) no reboque de planadores. Quando solei o Ipanema, lá, só descobri durante decolagem que o avião não tinha indicador de velocidade vertical (climb)! É um avião complicado de pousar.

Leandro Costa

Tive a sorte de poder voar em um dos planadores da AFA quando estive lá em 2012 e fui rebocado por um Ipanema. É aquele momento de ‘já sabia!’ mas que quando finalmente você coloca as mãos no bicho você ainda se surpreende de como ele se recupera rápido de um stall hehehehe.

O que eu achei interessante sobre os Ipanema é que quando eles voltavam para largar os cabos de reboque eles praticamente faziam uma pequena corrida de bombardeio em mergulho raso para largarem os cabos perto do pessoal que estava preparando os próximos vôos.

Rinaldo Nery

Fazia 34 reboques em duas horas.

Caçador Cometa

O Ipanema pousa quando ele quer, não quando o piloto deseja ou precisa kkkkk

Rinaldo Nery

Exato! Graças a Deus nunca fui pro mato!

Ted

Sr.nery, pergunta fora do tópico. A FAB começou com a implantação das ALA 1. ALA2 etc.. .agora está voltando os comar. Que confusão é está? Então estão voltando atrás nas modificações da estrutura da força aérea. Obrigado

Rinaldo Nery

Sim. Pagando um mico ¨básico¨ pra MB e pro EB… Meus companheiros de turma estão assumindo alguns desses COMAR. Mas a estrutura das Alas é inteligente e mais funcional. Porém, não tinham condições de assumir algumas funções administrativas dos COMAR, tais como os Serviços Regionais (infraestrutura, ensino, mobilização etc.)

Marcelo Andrade

opa, isso mesmo! Valeu Cmte!!!

Marcelo Andrade

Sim, as ALAS ficaram com a parte operacional e a administrativa voltou para os COMAR.

Hélio

E a gente pagou quanto?

darkestlost

Os americanos vão usar os Ipanema delas para operações COIN… hehehe, brincadeira.

ivo

Alguém saberia dizer qual a motorização usada? A matéria diz que é 100% nacional.