O programa Gripen NG dos caças JAS 39E/F que estão entrando em operação na Força Aérea Sueca (Flygvapnet) e na Força Aérea Brasileira (FAB), introduz novas tecnologias também na área de sensores e sistemas de guerra eletrônica.

O caça Saab Gripen E/F carrega uma variedade de medidas ativas e passivas para interromper os esforços inimigos e proteger a si mesmo e outras unidades amigas. Seu avançado sistema de guerra eletrônica, semelhante a um escudo eletrônico, permite bloquear a capacidade do inimigo de funcionar de forma eficaz.

Isso pode ser usado para ajudar na destruição de alvos inimigos ou simplesmente para reduzir o entendimento e a capacidade de reação do inimigo. Tudo isso garantindo o sucesso da missão, usando as mais recentes armas e contramedidas.

O Gripen E/F reduz sua probabilidade de ser detectado confiando em seus sensores passivos ou através de interferência ativa, conhecida também como “active stealth”.

O novo Gripen possui uma nova arquitetura eletrônica (Net Centric Warfare – NCW) considerada dez vezes mais rápida que seus concorrentes.

O novo sistema central PPLI (Participant Precise Location and Identification) conecta todos os sensores internos e externos (Radar AESA Raven, IRST, EW e pod ATFLIR) e oferece as melhores respostas às ameaças.

Seu sistema de Guerra Eletrônica (EW) aprimorado, conhecido como MFS-EW (Multi Functional System), é baseado na família de produtos EW chamada Arexis. A Arexis emprega tecnologia digital de banda larga desenvolvida especificamente para robustez no complexo ambiente de sinais da atualidade.

O sistema DRFM do Arexis do Gripen E/F gera alvos falsos nos radares do inimigo

As principais tecnologias da Arexis são receptores digitais de banda ultralarga e dispositivos de memória de frequência de rádio digital (DRFM – Digital Radio Frequency Memory), transmissores de jammer de varredura eletrônica ativa (AESA) de estado sólido de nitreto de gálio (GaN) e sistemas de detecção de direção interferométrica.

A DRFM funciona capturando digitalmente a assinatura da ameaça guiada por radar e, em seguida, emitindo um sinal de interferência para confundir o míssil atacante, geralmente dando-lhe um “alvo falso”.

A proteção eletrônica é fornecida na faixa de frequência que varia de 0,5 GHz até 40 GHz.

O MFS-EW é feito para lidar com o ambiente de sinais de hoje e no futuro usando receptores digitais de banda ultralarga, processamento de sinal avançado e capacidade de processamento extensiva que pode distinguir os sinais de ameaças reais de outras.

O MFS EW é totalmente integrado a outros sistemas táticos de missão a bordo da aeronave, e também há fusão de sensores em várias camadas da aeronave, combinando todos os sensores táticos no Gripen E, como o radar AESA, sensores eletro ópticos, IRST e também link de dados.

Essas fontes e sensores são integrados em um sistema de alto nível de fusão de sensores e consciência situacional para que o piloto realize a missão com eficácia.

Equipado com uma arquitetura aviônica inteligente, os algoritmos antigos podem ser substituídos por novos sem reduzir a alta disponibilidade da aeronave.

A arquitetura também é a base para fazer atualizações rápidas de hardware e armas.

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ANDRE DE ALBUQUERQUE GARCIA

Sensacional!

Maurício

Sensacional, um vetor baseado em altíssima tecnologia. Grande escolha para o Brasil. Espero que a FAB consiga utilizar o máximo que o Gripen E pode oferecer!

Leonardo M.

Uma duvida

Alguem saberia me dizer se poderiamos fazer algo parecido com o F-18G Growler?

Seria interessante a FAB ter 6-12 unidades de um Growler dedicado a guerra eletronica?

Nilo

O Gripen E já trás o conceito de guerra eletrônica

Ricardo

Falta a FAB um míssil radiação. Ou será que os misseis ar-terra já são capazes de fazer um ataque deste tipo autonomamente sem a necessidade dos sensores típicos de um AARGM-ER? Eu acho que não! Neste caso ainda precisamos cobrir está lacuna.

Allan Lemos

Falta graças à incompetência da própria FAB, que deixou o projeto do MAR-1 ser engavetado, os Gripens equipados com esse mísseis já seriam suficiente para neutralizar as defesas antiaéreas de médio alcance da Venezuela.

Gabriel

Incompetência? dá o dinheiro pra FAB tocar o projeto, que aí eles fazem, é fácil falar da boca pra fora, né?! a FAB tem mil e uma prioridades, e a aquisição é uma delas. Acho que gente como você, pensa que o dinheiro dessas instituições caem do céu ou brota no chão!!! Só pode!

Allan Lemos

Antes de correr para bancar o tiete dos militares, deveria se informar melhor, talvez assim você saberia que a justificativa dada pelo fim do MAR-1 não tinha nada a ver com falta de dinheiro.

Henrique

A Venezuela tem o melhor sistema de defesa terra-ar do hemisfério, iria precisar muito mais do que algumas dúzias de mísseis anti-radiação e Gripen pra ”neutralizar” isso. Se a gente tivesse uma taxa de atrito de duas aeronaves perdidas por missão por exemplo, a gente em pouco tempo não teria nada mais pra voar.

Allan Lemos

Análise extremamente superficial a sua. Todas as baterias que eles possuem não estariam concentradas no mesmo local e nem estariam ligadas o tempo todo. E você engana-se que acha que em um cenário de conflito, o Brasil(ou qualquer outro país) precisariam destruir 100% dos equipamentos de defesa antiaérea deles. Além do mais, essa taxa citada por você não passa de um grande “se”. Você também pressupõe que a Venezuela teria um estoque infinito de mísseis antiaéreos, o que está longe de ser verdade, além de ignorar o fato de que o Brasil poderia empregar outras táticas para auxiliar o trabalho… Read more »

Henrique

Não precisa ter muitos mísseis pra enfrentar menos de uma centena de caças, e drone não tem nem alcance pra chegar a Caracas. Drone serve pra coin, não pra combate de alta intensidade. Pra SEAD precisa de muita capacidade EW e muita arma stand-off. E muita caça pra aguentar o atrito inevitável. Ou acha que uma esquadrilha de gripen com cada um carregando menos de duas toneladas de armamento ar-terra bombardeando aqui e ali faz muito estrago? A operação Desert Storm e as operações aéreas na Líbia mostraram que é necessário bombardeio massivo.

Last edited 3 anos atrás by Henrique
Allan Lemos

Primeiro, você tirou essa de “chegar até Caracas” do nada, ninguém falou nada sobre isso aqui. Segundo, drones servem como decoy para fazer com que os inimigos liguem os radares(denunciando suas posições) e gastem os seus mísseis. Terceiro, o Brasil já tem uma arma stand-off(MTC-300), e quem sabe poderá ter outro(MICLA) dentro de alguns anos, mas não estou contando com este último, só para deixar claro.

Alexandre

Para SEAD, o MICLA BR resolveria, podendo atingir as baterias a uma distância muito superior ao alcance de um MAR-1. Agora, é torcer para que o programa saia do papel…

Alisson Mariano

A FAB comprou esse pod ou vai usar o sky shield da Rafael?

Os dois são comparáveis?

Henrique

Não existem muitos dados na web sobre eles, mas se a comparação for em relação a função, sim eles são, são dois jammmer pods ofensivos.

Dart

Growler é só um “apelido”, tá?
Não é sinônimo de caça dedicado a guerra eletrônica.

Flanker

Sim…é o apelido dado ao EA-18G, versão dedicada à EW e SEAD dos Super Hornet da US Navy e da RAAF. Outros caças que também tenham ou venham a ter uma versão EW, não serão Growlers.

Douglas Rodrigues

Sendo assim, o Gripen E tendo essa função entre as outras (por isso é considerado um caça multirole ou multifunção) não há necessidade de termos F-18 Growler. O que temos que ter é um número cada vez maior de Gripens! Os 108 desejados!

Henrique

Mas existe uma versão dedicada por uma razão. Realmente não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo em alto nível, por isso que tem uma versão específica.

Nilo

Este caça esta entre os melhores caças da atualidade, nada deve. A questão é saber se a FAB terá perna para acompanhar o desenvolvimento do sexta geração para daqui a duas decadas.

Maurício.

Nilo, daqui a duas décadas a FAB recém vai estar pensando em modernizar o Gripen, aí você coloca mais duas décadas para essa modernização começar, essa vai ser a realidade.

Nilo

A FAB soube pensar fora do tradicional. A história necessariamente não se repete. A realidade é que a FAB tem um parque indústrial aeronautico diversificado, a Embraer que ainda esta sob gerencia nossa, instituições de ensino de excelente nível, uma parceira (SAAB) foca. Folha Pagto., falta de recurso financeiro, ingerência política em projetos, e ausência de civis com capacidade de contribuir como colaboradores, são empecilhos, muros a serem derrubados. A FAB pode vir a ser um exemplo para outras forças, como já vem sendo em alguns aspectos.

Maurício.

“A história necessariamente não se repete.”
Nilo, você é uma pessoa positiva e otimista, em se tratando de Brasil e forças armadas, o meu otimismo passa longe…

Nilo

Não sou otimista, o que fiz foi como acougueiro esquatejar, separo o fíle mignon, A FAB é o rei na terra de cego.

Pedro ESIE

 FAB pode vir a ser um exemplo para outras forças, como já vem sendo em alguns aspectos.” Não é bem assim… A FAB tem um alto números de funcionários, e além disso, a sorte da FAB é ter uma empresa consagrada como a Embraer, então, facilita tudo para a FAB.

Nilo

Você não disse eu estou dizendo: a idéia que a politica é suja, que todo político é ladrão, que a três forças são instituições em que todos seus oficiais superiores não são merecedores de confiança ou vendidos, é para mim uma idéia improdutiva. Comparativamente com o Exército em que 2/3 da Fl.de Pagto. da Defesa lhe é de domínio e que ocupa-se cargos em altos números no Executivo por ofíciais de reserva que já recebiam (sem mecionar os da ativa) e agora agregam mais ganhos em um país com alta taxa de desemprego entre cívis e apoia um general com… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Nilo
Nilo

Em nenhum momento falei que era de capital fecha ou que estava sobre gerência do governo brasileiro e mesmo que vendida, a parte relativa a defesa permaneceria sendo gerida por nos, não sei o que você entendeu, quando falo nos (nosso), refiro-me a sociedade civil e não governamental. O sucesso até aqui alcançado pela FAB, comparativamente a outras forças, foi ter criado um player, competitivo a nível internacional. Tendo recursos limitados não vejo como plausivel a possibilidade de um novo projeto de construção de um novo player. Qualquer projeto de defesa da Embraer com um nível de risco baixo passa… Read more »

Sequim

Duas décadas? O F35 é um caça da dita 5a. geração, cujo projeto tem cerca de 30 anos, e é um sorvedouro de dinheiro público, já tendo consumido centenas de bilhões de dólares e ainda sem previsão de entregar tudo o que prometeu, se é que entregará. Tanto é assim que a US Navy já está saindo fora. Imagina um caça de 6a.geração , com motores de plasma e canhões laser. Coloca aí uns 40 anos, no mínimo, para se ter um protótipo viável.

carcara_br

Curiosamente nosso principal meio de interferência eletrônica vai ficar instalado num caça, não que eu conheça de perto os meios de guerra eletrônico do exército ou marinha brasileira, mas nominalmente vai ser interessante, nos treinamentos, ver a utilização da tecnologia contra sensores que estão algumas gerações atrasadas em relação ao aparelho da aeronáutica.

Nilo

Congratulações, como vejo: A FAB ao se destacar no uso e produção de tecnologia de guerra eletrônica e outros meios, permite a outras forças se atualizarem, ao contrário de ficarem atrasadas, exemplo da Kryptos ou Atech que passam a produzir produtos para a outras forças.

carcara_br

É o que se espera.

Bruno

Vai ser muito bem usado pela Força Aérea Sueca.

Last edited 3 anos atrás by Bruno
Marcelo Bardo

Pela FAB também.

Fernando Castro

Que orgulho a FAB ter adquirido este fantástico caça! Parabéns!

carvalho2008

Repito o que disse no topic do F-15EX….

Aparentemente, as forças perceberam que a guerra eletronica evolui mais rapido que a teoria das formas e materiais stealth…daí investir no F-15EX no conjunto da obra passou a ser vantajoso perante o F-35…

O detalhe é que este foi o exato caminho do F-39 gripen….a guerra eletronica e de rede, a qual os Suecos sempre foram os pioneiros e mostraram estar um passo a frente….

teremos eletronica e um caça barato de manter….Graças a Deus!!!

Faltam as encomendas restantes.

Nilo

Bingo!!!!! posso afirmar então que a SAAB esta passos a frente?.
A FAB terá pernas para aproveitar a oportunidade??

Last edited 3 anos atrás by Nilo
carvalho2008

o bicho apesar de pequeno é musculoso, rapido e inteligente…mas como todo caça, a dentadura do tigre é comprada a parte….se a FAB de fato tiver um arsenal de misseis decente para ele e assim mantiver…estará no top…

DSC

Não. EW e furtividade tem evoluído sempre mais ou menos ao mesmo ritmo. O que acontece é que as novas tecnologias e desenvolvimentos de hardware e software de EW, são bem mais fáceis e baratas de aplicar num caça/projeto já existente/mais antigo. Enquanto furtividade de design e forma, e até mesmo o uso de materiais até certo ponto, não… As modificações e alterações necessárias significariam basicamente a criação de uma nova aeronave bem diferente. Além disso, esse discurso que tem surgido de “EW é um método bem melhor e mais barato para se ser stealth do que design, forma e… Read more »

Last edited 3 anos atrás by DSC
Luís Henrique

Na verdade a USAF só esta podendo adquirir cerca de 60 F-35 A por ano. E isso é insuficiente para manter os números desejados. Modernizar os F-15C custaria quase a mesma coisa que adquirir os F-15 EX novos de fábrica. Portanto, foi tomada uma decisão para adquirir esses caças que trazem capacidades excelentes e diversificadas para a força, como poder carregar mísseis grandes e pesados, ficar mais tempo no ar e voar mais longe. Mas ninguém na USAF acha que o F-15EX é melhor que o F-35A, ou que um F-15 EX com uma boa suíte de guerra eletrônica, será… Read more »

Rodrigo Maçolla

Estado da arte é isso Tá bom ? ou querem mais ? Torço apenas para mais encomendas do Brasil e de outros países

Bruno

Alguém sabe dizer o motivo desse Gripen de teste ter vindo ao Brasil aparentemente sem esses equipamentos de guerra eletrônica da ponta das asas?

Henrique

Ele veio até sem pilones. Devem instalar só mais tarde. E tem gente que já fica contando o Gripen no efetivo da FAB num futuro conflito. Vai demorar pra ficar 100% operacional.

Tiger 777

Tem de fechar a segunda encomenda de mais 36 caças urgente. Bem como a aquisição de mísseis.

Leonel Testa

Se o brasil adquirir pelo menos uns 50/60 Gripens ja vai ser o que de melhor nos ja tivemos em toda a historia da FAB de longe

Henrique

Diz isso pra um congresso de fisiologistas num meio de uma pandemia que gastar bilhões em coisa que não dá voto é coisa boa. Pode considerar um milagre que 36 foram encomendados e serão entregues.

João Ricardo

Se toda missão for igual a essa do vídeo, a força aérea que tiver esses vetores se tornará “insensível”.

João Ricardo

*invencível – corrigido