M-345

  • “A entrega destas duas aeronaves é um marco significativo e um sucesso para o país”, Alessandro Profumo, CEO da Leonardo
  • A Força Aérea Italiana solicitou 45 aeronaves M-345, modelo que substituirá o 137 MB-339, em serviço desde 1982
  • Além de ser a futura aeronave do Frecce Tricolori, time acrobático da Força Aérea Italiana, o M-345 é também uma eficiente plataforma militar para treinamento de pilotos, com desempenho e eficiência semelhantes a aeronaves de treinamento a jato ao custo de um turboélice

A Leonardo entregou em 22 de dezembro os dois primeiros jatos de treinamento M-345 à Força Aérea Italiana que, até agora, encomendou 18 unidades de um total de 45 aeronaves solicitadas. O novo modelo, designado T-345A pela Força Aérea Italiana, substituirá gradualmente o 137 MB-339, em serviço desde 1982.

Marco Zoff, Diretor Executivo de Aeronaves da Leonardo disse: “Com base em nossa experiência com jatos de treinamento, o M-345 permitirá que nossos clientes alcancem uma melhoria significativa na eficácia do treinamento, enquanto reduzem custos operacionais. A primeira entrega à Força Aérea Italiana é um marco importante, resultado de um longo e produtivo trabalho em equipe em parceria com o operador”

O novo M-345, que foi projetado para atender aos requisitos de treinamento básico e básico avançado, irá complementar o uso do M-346, utilizado para a realização de treinamento avançado de pilotos. O sistema de treinamento integrado da Leonardo desenvolvido ao redor da plataforma do M-345 demonstra a liderança tecnológica da empresa no treinamento de pilotos para voar em aeronaves de gerações atuais e futuras. O sistema conta com a experiência adquirida e as tecnologias desenvolvidas para o M-346, incluindo a capacidade “ Construtiva Virtual Ao Vivo”, que permite que aeronaves que estão voando em missões de treinamento ao vivo incorporem elementos simulados de “amigo” ou “inimigo” nos cenários, permitindo que o piloto seja exposto à toda gama de possíveis situações operacionais.

O M-345 é uma aeronave de alto desempenho, desenvolvida para dar suporte à transição de pilotos de treinadores básicos para caças de última geração. A aquisição realizada pela Força Aérea Italiana é um passo importante para a modernização da frota, com o M-345 substituindo o MB-339A na segunda e terceira fases de treinamento de piloto militar da Força Aérea. Além disso, M-345 também foi selecionado como a nova aeronave do time acrobático da Força Aérea Italiana, o “Frecce Tricolori”.

M-345

O novo M-345 HET (High Efficiency Trainer) reduz o tempo de treinamento de pilotos requisitado pelas forças aéreas, assim como oferece aos pilotos em treinamento a chance de voar em uma aeronave que apresenta características de desempenho mais elevadas do que outras de treinamento básico / avançado, atualmente em serviço em todo o mundo. O desempenho do M-345 permite a execução dos tipos de missão mais exigentes encontrados em um programa de treinamento, oferecendo treinamento de alta qualidade a um custo significativamente menor

A arquitetura de cabine do M-345 é a mesma dos caças de primeira linha. A aeronave também é capaz de desempenhar funções operacionais, graças a um envelope de voo estendido, com capacidade de manobras em alta velocidade mesmo em grandes altitudes, sistemas aviônicos modernos, alta capacidade de carga e desempenho.

O M-345 foi projetado para possuir um longo ciclo de vida e uma abordagem de dois níveis para manutenção, eliminando a necessidade de realização de caras revisões gerais. O Health and Monitoring Usage System (HUMS) da aeronave também contribui para um menor custo de propriedade.

Um sofisticado simulador de treinamento a bordo também oferece uma série de benefícios. Como por exemplo o fato de que os pilotos do M-345 são capazes de planejar manobras antes do treinamento ao vivo, permitindo maior eficiência durante o voo. Os pilotos em treinamento também podem voar em formação com outros pilotos no ar e os que estão treinando em solo em simuladores, por meio de um link de dados em tempo real. Já a Estação de Planejamento e Interrogatório de Missão (Mission Planning and Debriefing Station) da aeronave permite que os pilotos em treinamento analisem as missões que acabaram de voar.

O motor do M-345 é um turbofan Williams FJ44-4M-34 otimizado para uso militar e acrobático. A cabine é baseada em controles HOTAS (Hands On Throttle-And-Stick) e possui um painel de vidro com tela de toque MFD (Multi-function Display) de três cores. O heads-up display da aeronave é espelhado em uma quarta tela no banco traseiro.

DIVULGAÇÃO: Approach Comunicação/Leonardo

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Fabio Araujo

Esse avião é a cara do Pampa argentino! Os dois são baseado no Alpha Jet!

Fabio Araujo

Alpha Jet

Bueno

Quem vê cara, não vê coração.

Bueno

os dados ão do M-346

Adriano RA

Essas tabelas são da onde? Estão bem zoadas… rsrsrs. Mach 1 ao nível do mar é próximo de 1220 km/h, creio. Não tá batendo a velocidade máxima… A razão de subida é pior que a do Paulistinha em que brevetei em 1994. Mas ok, são aviões completamente diferentes.

Segatto

O M-345 é baseado no também italiano S.211, um contemporâneo do Alpha jet, mas os dois tem relação nenhuma com o Alpha.

Mrs Falcon.

Esses italianos estão atrasados. Onde já se viu usar LIFTS hoje em dia? Era mais fácil ter comprados super tucanos pra fazer a transição pra jatos supersônicos, deveriam pegar umas dicas com os entendidos brigadeiros da FAB.

Last edited 3 anos atrás by Mrs Falcon.
Yuri Dogkove

Percebi a sua ironia… Kkkkk

Pedro

Nossos brigadeiros, Marechais e Generais, infelizmente estão querendo saber apenas dos 35 mil litros de vinhos, corte da reforma da previdência e aumento de soldos.

Nunca vou engolir que as instituições mais respeitadas do País é um pseudo-estado de guerra (pandemia) fariam tudo isso.

Rinaldo Nery

És instrutor da primeira linha? Quantas horas de supersônico?

Carlos Alberto Soares

A tchurma do Lift não descansa.

Yuri Dogkove

Carlos, infelizmente para algumas pessoas o mais difícil é admitir a derrota!

Clésio Luiz

Vou enviar sua sujestão para as forças aéreas francesa, suíça, espanhola, chilena, entre outros.

Tenho certeza que com sua expertise no assunto LIFT, irá dar uma lição aos profissionais dessas forças, sobre como conduzir suas operações de treinamento de pilotos.

Rinaldo Nery

Boa!

Leandro Costa

Heheheheheh

Joli Le Chat

Então como que fica o treinamento lá na Itália?
O caçador começa no M-345, depois passa para o M-346 e depois vai para o F-35?

Maurício.

Joli, sim, vai ser, SF-260, M-345 e M-346.

Paulo Sollo

O M-345 é utilizado nas fases 2 e 3 do treinamento e o M-346 na fase 4. Inclusive vão inaugurar uma nova base na Sardenha em 2022 para a fase 4, ficando o M-345 em Galatina, sul da Itália, onde hoje ainda ocorre as fases 2, 3 e 4. E com isto pretendem dobrar o número de pilotos formados em uma turma na fase 4 dos atuais 40 para 80, sendo 2/3 deles estrangeiros.
Após a fase 4 os pilotos vão para os caças que seus países operam.

Tallguiese

Bem não é muito avião pra um aluno passar não? Eu não entendo muito disso não mas pelo que já li em muitas matérias diferentes o A-29 foi feito pra reduzir justamente isso não? Ele já faz o avançado no 2/5° e ainda fica na primeira linha com os terceiros né? Sei lá um avião simulando mais de um ao invés de passar por um depois por outro e depois outro….

Last edited 3 anos atrás by Tallguiese
Paulo Sollo

Posso estar enganado mas me parece que passar de um turboélice, por mais ágil e avançado que seja, para um caça de alta performance deve demandar mais tempo do piloto iniciante para se adaptar e dominar o caça do que se ele já tivesse obtido experiência com um treinador a jato.

Cada FA tem sua doutrina e se os italianos preferem o emprego de três aeronaves no treinamento, e alguns países concordam com isto enviando seus cadetes para a Itália, é porque está levando ao resultado que almejam.

Flanker

Concordo. E como vc disse, cada FA tem sua doutrina. Brasil, França, Chile, Espanha tb tem suas doutrinas e por essas, podem prescindir de um jato de treinamento.

Clésio Luiz

Esse daí foi comprado mais como apoio à industria italiana do que real necessidade. Tanto é que as primeiras unidades irão para a esquadrilha de demonstração deles.

Como o F-35 não possui versão biposto, torna-se obrigatório adquirir algo intermediário, ao contrário de outras forças cujos caças de primeira linha possuem versões de treinamento.

Flanker

Só uma correção: os 3 esquadrões do 3o GAV não são da 1a linha. F-5M e A-1M são a 1a linha.

Rinaldo Nery

Uma das últimas RFA publicou uma reportagem sobre o tema. Escrito pelo Rudnei Dias da Cunha, civil gaúcho (acho que não é aviador). Me pareceu uma opinião pessoal, não sei de onde tirou. Talvez auxiliado pelo Juarez, que afirma que Tenentes quebram os F-5, e quebraram os Mirage. Talvez, no futuro, a FAB opte por algo parecido. Quem sabe. Não acredito, mas…

Carlos Alberto Soares
ALEX TIAGO

Boa Tarde Carlos. De onde você tirou isso??a ideia sua???L39 um treinador já bem antigo e eles tentam emplacar esse NG a alguns anos sem sucesso eu pessoalmente acho uma plataforma bem antiga e atualmente sem produção. Quando ele fez muito sucesso a mais de 30 anos atrás realmente era bom para a época mas ele vendeu muito para o pacto de Varsóvia pela antiga  Tchecoslováquia aero vodochody e primeiro voo foi a 52 anos 1968. e tambem não emplacaram o bem melhor aero L159 e agora esse NG que na minha opnião vai vender a pequenas forças aereas e… Read more »

GFC_RJ

Eu li também e pode ser uma questão de opinião mesmo. Mas não vejo pecado nisto. Já o Alexandre Fontoura da S&D é bem categórico em dizer que a FAB não deve priorizar um LIFT a reação pelo momento. Que a princípio a transição será de A-29 –> Simulador –> Gripen F –> Gripen E. Que somente após implantar e se verificar que há gaps significativos se estudariam uma solução. Bem… na MINHA opinião, concordo com o Alexendre Fontoura e a FAB. Tem tanto programa prioritário na frente… Lote 2 de Gripen, o PESE e o MICLA-BR são bem mais… Read more »

Adriano RA

Caro Cel. Nery, saberia dizer se a estratégia da FAB de não usar treinador a jato pesou muito na opção de desenvolver e comprar um Gripen biposto (F)? O F-5F é, aparentemente, bastante valorizado pela Força.

Rinaldo Nery

Não. É apenas um paradigma do qual não conseguimos nos livrar, ainda. A ABRAPC (Associação Brasileira de Pilotos de Caça) já discutiu esse tema de LIFT. Os caçadores mais novos não acham necessário. E, se tem alguém com autoridade pra discutir esse tema, são os caçadores. Nós somos somente só ¨ixpecialistas de teclado¨. Podemos achar o que quisermos. Mas é só achismo.

Adriano RA

Agradeço. Saudações.

Yuri Dogkove

O Kuwait sim é um aliado do Tio Sam! E o Brasil? Vai de Kombi… https://www.dsca.mil/press-media/major-arms-sales/kuwait-ah-64e-apache-helicopters

Last edited 3 anos atrás by Yuri Dogkove
Tomcat4,2

Muchacho, só procure saber o custo de manter e operar esta máquina fantástica e veja a realidade do EB atualmente ok???
São muitas prioridades na frente do Heli de ataque puro sangue o qual vai gerar um custo a mais( e bem alto por sinal, seja qual modelo for).

Flanker

Você acha que se o Brasil quisesse, os EUA não nos venderiam os AH-64? O problema é o custo……

Rui Chapéu

Qual tanque da América do Sul nosso suposto Apache deveria combater?

Yuri Dogkove

M-345 vs Yak-130?

Flanker

O comparativo italiano com o Yak-130 é o M-346.

Segatto

Yak-130 é muito mais máquina que o M-345 e não tem problema, pois foi projetado para ser um treinador a jato mas com custo menor e menos potente, um passo na instrução antes do M-346. O M-346 sim deve ser comparado ao Yak-130, não só tem a mesma função como são projetos irmãos, resultado da joint venture AEM/,Yak-130 que foi dissolvida.

Tomcat4,2

E a falácia de ,ahhhh a FAB deveria comprar lift pra treinar seus pilotos ,de novo, cortando na alta. Galera especialista de internet viaja demais !!!

João Fernando

Tem simulador, pra que A29? Alias no mesmo simulador a derrota é certa, pra que gastar com isso???

Canal Entusiasta Militar

Faz anos que eu defendo que a FAB compre o M-346 para substituir os xavantes no treinamento avançado mas ninguém me ouve ..

Rinaldo Nery

Ainda bem…

Sérgio Luís

Trem de pouso fragilissimo!