WASHINGTON – O Departamento de Estado determinou a aprovação de uma possível venda militar estrangeira à Polônia de trinta e duas (32) aeronaves F-35 Joint Strike Fighter, com suporte a um custo estimado de US$ 6,5 bilhões. A Agência de Cooperação em Segurança de Defesa entregou a certificação necessária notificando o Congresso sobre essa possível venda em 10 de setembro de 2019.

A Polônia solicitou a compra de trinta e duas (32) aeronaves F-35 de decolagem e pouso convencionais (CTOL) e trinta e três (33) motores Pratt & Whitney F-135.

Também estão incluídos:
– Sistemas de guerra eletrônica;
– Comando, Controle, Comunicação, Computador e Inteligência / Comunicação, Navegação e Identificação (C4I/CNI);
– Autonomic Logistics Global Support System (ALGS);
– Autonomic Logistics Information System (ALIS);
– Treinador de missão completo;
– Capacidade de emprego de armas e outros subsistemas, recursos e capacidades;
– Flares infravermelhos exclusivos do F-35;
– Centro de reprogramação;
– Logística Baseada em Desempenho do F-35;
– Desenvolvimento / integração de software;
– Suporte de balsa e navio-tanque para aeronaves
– Equipamento de apoio; ferramentas e equipamentos de teste; equipamentos de comunicação; peças de reposição e peças de reparo; treinamento de pessoal e equipamentos de treinamento; publicações e documentos técnicos; governo dos EUA e serviços de engenharia, logística e pessoal contratados; e outros elementos relacionados à logística e apoio ao programa.

O custo estimado é de US$ 6,5 bilhões.

Essa venda proposta apoiará a política externa e a segurança nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança de um aliado da OTAN, que é uma força importante para a estabilidade política e o progresso econômico na Europa. Essa venda é consistente com as iniciativas dos EUA para fornecer aos aliados importantes da região sistemas modernos que melhorarão a interoperabilidade com as forças dos EUA e aumentarão a segurança.

Essa venda proposta de F-35s fornecerá à Polônia uma capacidade de defesa crível para impedir a agressão na região e garantir a interoperabilidade com as forças dos EUA. A venda proposta aumentará o inventário operacional de aeronaves da Polônia e aumentará sua capacidade de autodefesa ar-ar e ar-solo. A frota de MiG-29 e Su-22 da Força Aérea Polonesa será substituída pelos F-35. A Polônia não terá dificuldade em absorver essas aeronaves em suas forças armadas.

A venda proposta dessas aeronaves, sistemas e suporte não alterará o equilíbrio militar básico na região.

Os principais contratados serão a Lockheed Martin Aeronautics Company, em Fort Worth, Texas; e Motores militares Pratt & Whitney em East Hartford, Connecticut. Não há contratos de compensação conhecidos propostos em conexão com essa venda potencial. No entanto, o comprador normalmente solicita compensações. Quaisquer acordos de compensação serão definidos nas negociações entre o comprador e o(s) contratado(s).

A implementação dessa venda proposta exigirá várias viagens à Polônia, envolvendo representantes do governo e contratados dos EUA para revisões/suporte técnico, gerenciamento de programas e treinamento durante a vida útil do programa. Os representantes de empreiteiros dos EUA serão solicitados na Polônia a conduzir os Serviços Técnicos de Engenharia do Empreiteiro (CETS) e a Logística Autonômica e Suporte Global (ALGS) após a entrega da aeronave.

Não haverá impacto adverso na prontidão de defesa dos EUA como resultado dessa venda proposta.

Este aviso de uma possível venda é exigido por lei e não significa que a venda foi concluída.

FONTE: DSCA – Defense Security Cooperation Agency

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Willber Rodrigues

Lí essa notícia mais cedo em outros sites, mas da maneira como eles noticiavam, a Polônia já tinha assinado o contrato de compra.
Ainda bem que o PA veio com essa matéria mais completa, mostrando que é uma “possível” venda.

Interessante, os caras vão pular de caças soviéticos da guerra fria diretamente pra um caça americano de 5° geração.

Fernando "Nunão" De Martini

Wilber, os poloneses já operam o F-16 há uns 10 anos, então não é um salto direto de jatos soviéticos da Guerra Fria para a 5ª geração.

MBP77

Polônia usa F-16, além dos MIG-29.
Não é uma FA tão “atrasada” assim, como o seu último parágrafo deixou a entender.
Sds.

Renato B.

Se bem me lembro a Polônia usa o F-16. Pelo menos umas 40 unidades.

Cristiano de Aquino Campos

Dinheiro compra tudo.

Salim

A Turquia não comprou, exemplo recente.

Minuteman

Como um país da OTAN, nada mais justo que comprem o F-35.

Salim

A Turquia não pode comprar.

Carlos Gallani

A Turquia meteu o louco, nada mais justo!

Marcos R.

King’s infartando em 3, 2, 1…

Taso

Deixa o bichinho lá no forte, não chama não.

Leandro Costa

Concordo! LOL!

Antoniokings

Infartando?
Que nada!
Rindo!
Para quem pensava em vender 500 para a Alemanha, 400 para a Inglaterra, 350 para a Itália, 200 para a Espanha e etc., acabar vendendo 35 para a Polônia, é um barato!

nonato

Para quem pensava em vender 100 para a Turquia e não vai vender nenhum.
Enorme decepção, hein.
Deboche e provocações são de usadas pelos defensores do comunismo.

Victor Filipe

Kings não cita fontes, ele escreve baboseira e negativa. apenas isso.

Sincero Brasileiro da Silva

Pronto! Agora só falta o dinheiro… Parabéns Polônia! he he he

Carlos Gallani

Se o dinheiro vier da análise histórica e da posição geográfica vai brotar rapidinho, eles não podem se dar ao luxo de ficar deitados em berço esplêndido!

Gabriel BR

Eles têm dinheiro para isso e muito mais

Carlos Gallani

Considerando o baixo número de unidades e o pacote todo achei o preço justo, se houverem mais unidades no futuro certamente serão mais baratas!

Salim

Um pouco mais caro que pacote gripen, porem com mais itens. Como ideia, juntar Chile, Colômbia e Brasil, fazer pacote e produzir aqui na Embraer. Uniria países com laços fortes de cooperação e daria um salto nas capacidades técnicas empresas tecnologia América do Sul.

Carlos Gallani

Produzir aqui não digo mas que seria um avanço enorme seria!

Kemen

Colega Salim, quem iria transferir a tecnologia para sul americanos ? Nem os fabricantes, nem o Congresso Norte americano, nem os presidentes norte americanos permitiriam. Pura ilusão!
Não permitem nem a importação de alguns componentes para nossos misseis de 4a. geração!

Joli le Chat

“A venda proposta dessas aeronaves, sistemas e suporte não alterará o equilíbrio militar básico na região.”

Não precisava comprar então…

Antoniokings

Vai alterar mesmo é o déficit orçamentário do Governo polonês.
E só!
Os americanos são muito maus forçando a compra desses pelos seus desafortunados ‘aliados’.

Coutinho

Retirado do texto:
“A Polônia solicitou a compra de trinta e duas (32) aeronaves F-35 de decolagem e pouso convencionais (CTOL) e trinta e três (33) motores Pratt & Whitney F-135.”

“Este aviso de uma possível venda é exigido por lei e não significa que a venda foi concluída.”

Me parece que é a Polônia que quer comprar o avião e não os EUA que estão forçando.

Vinicius Momesso

Mas não foi esse mesmo o propósito da possível compra por parte da Polônia. Era apenas para dizer: “agora literalmente, viramaos a chave!”. Acredito que os Mig-29 irão para a sucata aos poucos.

Leandro Costa

Se bobear, os MiG-29 aparecem nas mãos de particulares ou de empresas de TAC-AIR da vida com aviônica ocidental.

Plinio Jr

Os cães ladram e a caravana passa…. mais um usuário para o F-35, um país sério e tendo a constante ameaça russa….

Antoniokings

Essa venda é como ao do Guaraná Kuat.
Lojistas eram obrigados a comprar, caso contrário não tinham Coca-Cola.
Entendeu?

Coutinho

Acho que era, pra receber cerveja tinha que comprar guaraná, não é?

Luís Henrique

Ainda que eu goste muito do F-35 e gostaria de ver esse caça operando no Brasil, seja 1 ou 2 esquadrões na FAB para fazer um mix com os Gripen E e/ou uns 2 esquadrões na MB do F-35B para operar em um navio classe Trieste, mas acho importante aproveitar a matéria para voltarmos ao assunto de Custos das aeronaves. Alguns entendem que a China pagou U$ 83 mi em cada Su-35 e que o custo Fly-Away do F-35A é de U$ 89 mi e caindo para U$ 80 mi, portanto concluem erradamente que o Su-35 é caro, praticamente o… Read more »

Leandro Costa

Luís, a comparação entre Su-35 e F-35 não é muito boa. São aeronaves de categorias e gerações diferentes cujos propósitos são também bem diferentes. Se comparasse os Su-35 à um F/A-18E/F ou Typhoon seria melhor.

Luís Henrique

Leandro, não comparei capacidades, deixei bem claro no post. Comparei valor de aquisição, da confusão entre valor fly away e valor total de contratos. Mas vou seguir sua sugestão, a Austrália comprou 24 Super Hornet em 2007 por U$ 6 bi. Ou, U$ 250 mi cada, mas com toda infra-estrutura, etc. O Catar adquiriu 24 Rafale em 2015 por 6,3 bi de euros. Em dólar de 2015, daria media de U$ 6,93 bi, ou U$ 288 mi cada. O mesmo Catar adquiriu em 2018, 24 Eurofighter por 5 bilhões de libras esterlinas, em dólares de 2018 daria media de U$… Read more »

Leandro Costa

Oi Luís, ficou bem melhor agora mesmo. Mas de qualquer forma, não falei em capacidades, falei em termos de categoria/geração. É como pensar em comparar preços entre pessoas que compram picapes e sedans. Não dá para comparar sendo que são de categorias diferentes hehehehe. Mas enfim, o equipamento Russo é historicamente mais barato que equipamento ocidental. Mas é sempre bom lembrar que não se sabe exatamente o que foi incluído nos contratos, então olhando por cima não temos como saber qual tipo de suporte à manutenção, pacote de armamentos, qual a quantidade de sobressalentes, simuladores, etc., foram incluídos nessas compras… Read more »

Coutinho

Sim, são diferentes. Mas acredito que podemos levar em consideração o que o Luis quis dizer porque o F-35 e o SU-35 são “os modelos mais avançados disponiveis para venda do Ocidente e do Oriente”. Mas só a titulo de ilustração mesmo.

Jacinto

A engenharia financeira e mais complexa do que isso. Para pegar um exemplo bem conhecido que e o da Turquia, ela iria comprar 100 f35 por uns 10 bilhões: mas a sua industria iria fornecer pecas para 2000 avioes praticamente no mesmo valor, us$ 9 bi. Entao quando se faz o calculo entre o dinheiro que sai e o qhe entra no pais, o resultado e quase um empate com a vantagem que o fornecimento de pecas desenvolve uma indústria particularmente importante que e a aeroespacial. E a Russia nao consegue fornecer esta engenharia por nao ter escala. Entao quando… Read more »

Luís Henrique

Jacinto, a Rússia tem escala. Mais que os europeus.
Esses tipos de acordos ocorrem em grandes aquisições, 100 unidades como a Turquia pretendia ou mais.
Veja a Índia e a China que produziram caças russos domesticamente.

Augusto L

O SU-35 tem menos escala que um Typhoon ou Rafale, se comparar as aeronaves americanas então fica até feio, além do mais temos que ver o cada contrato incluiu, na maioria das vezes os contratos ocidentais já vem embutidos toda uma infraestrutura, logística, treinamento e armamento para 5 ou 10 anos de operação, ja os contratos russos …..

Jacinto

Luis,
A escala necessária para distribuir a produção de pecas de forma a equalizar o custo/receita entre tantos paises a Russia nao tem e nem os europeus. O único aviao com esta escala de producao (un 2 mil ávioes planejados) e o F35

rodrigo

Só falta outro país falido, como a Ucrania, encomendar F-35 tambem.

Lucianno

A Polônia não é um pais falido, pelo contrário é um dos países que mais crescem na EU. O investimento em defesa também é considerável, tanto que a frota de caças deles é hoje melhor que a nossa e continuará sendo no futuro com o F-35.

Carlos Eduardo Broglio Gasperin

Com tudo o que aconteceu na conturbada história entre russos e poloneses, compraria os F-35 com um largo sorriso no rosto e abriria o país para bases da Otan sem restrições.

sergio ribamar ferreira

Na Polônia: Mig 29, F16 e agora F35. aqui não sairemos de 36 Gripens. Daqui a três anos 36 unidades. Enquanto Defesa não for uma política de Estado e sim, de governos e não se fizer algo com respeito aos gastos excessivos com folhas de pagamento para as Forças Armadas e mentalidade atrasada teremos apenas o de sempre. 36 aeronaves na FAB, MB sem escoltas e EB com meio expediente. sem rancho, sem arma sem nada, só refugo. O exército de Brancaleone. Infelizmente deixei de acreditar. Abraços a todos.

BCPL

Senhores, de Polonia, Alemanha e Rússia eu talvez possa opinar um pouco por ter morado lá muitos anos, ser casado com uma polaca e manter muitas amizades por aquelas bandas. Mas antes gostaria de salientar que não sou nenhum defensor ferrenho de nenhum país que não seja o Brasil, como vejo muitos aqui quando falam mal dos EUA, Russia ou Israel. Pelo que ví nos outros comentários, o pessoal tem uma impressão muito errada sobre o que é a Polonia nos dias atuais. Claro que se comparar com Alemanha ou UK ou França, os numeros sao bem abaixo, mas comparado… Read more »

Salim

Legal sua visão do país vivida por vc é família. Enriquece a nossa percepção da situação dos países em epígrafe. Pela sua narrativa a virada de chave para Ocidente foi benéfica para poloneses.

Giacometti

Questiono-me se a transferência de tecnologia do Gripen ao Brasil é algo tão vantajoso. Venham os dislikes! Sem antes fazerem uma reflexão sobre minha afirmação.

Leandro Costa

Giacometti, não foi uma afirmação. Como você mesmo disse, você está se questionando, né? E se houver algum dislike, é porque você não expandiu em cima do assunto. Você se questiona sobre se a transferência de tecnologia do Gripen é vantajosa. Por que? Quais as dúvidas nesse sentido que você tem?

Se deseja que alguém reflita sobre o que disse, você precisa ser um pouco mais claro sobre seu auto questionamento.

Giacometti

Afirmo que estou em dúvidas oras… Qual será a vantagem do Brasil em possuir tal conhecimento, se poderia adquirir um vetor mais avançado? (sem transferência) Não coloquei pois achei que estaria explícito. Acho que o custo de operações? Acho injustificável.

Leandro Costa

É porque existem inúmeros fatores em relação à ToT que podem ser do agrado ou desagrado de muitos e você foi bem genérico. E quanto ao custo operacional, estou levando em consideração que você está dizendo que o custo operacional do Gripen é injustificável, o que é um tanto absurdo, considerando que é o custo operacional mais baixo da categoria, e bem mais baixo que as outras aeronaves na shortlist da FAB. Uma aeronave mais avançada de prateleira poderia até ser mais barata no ato da aquisição, mas não será mais barata de operar e manter. Ao mesmo tempo existem… Read more »

Nilo Rodarte

A questão principal é se o Brasil vai conseguiu absorver essa transferência de tecnologia. Porque o principal ganho disso é o conhecimento, o fomento da inteligência. O avião pode ser comprado em qualquer lugar, mas para ser fabricado tem toda uma engenharia de materiais, redes, técnicas, formação de pessoal. É uma enormidade de coisa tão grande que não dá para imaginar. Basta pensar que a experiência com o AMX não levou à fabricação de um novo jato militar puro-sangue nacional, mas levou a muito do desenvolvimento dos jatos comerciais da Embraer que são sucesso nacional. Então essa transferência de tecnologia… Read more »

Luís Henrique

Na época foi divulgado, obviamente sem confirmação oficial, que a COPAC avaliou as propostas de TOT dos 3 finalistas e que as notas foram 9 para os suecos, 8 para os franceses e 2 para os americanos.
Como a compra foi pequena, meros 36 caças, acho que a TOT oferecida foi muito boa.
Caso a aquisição fosse maior, como vemos em outros países, 100, 200 e 300 caças, com certeza teríamos um poder de barganha bem maior para conseguir mais TOT.

Lucianno

Faço a mesma pergunta. A questão é saber o que está sendo transferido de tecnologia. Eu não sei. A dúvida reside no fato de a SAAB fabricar somente 30% do Gripen. Os motores são americanos, o radar italiano, assento ejetável inglês, válvulas e componentes hidráulicos ingleses, canhão alemão, e por aí vai… Exatamente o que entrou no pacote de transferência de tecnologia?

Fernando "Nunão" De Martini

Lucianno,

Você está beeeeeeem desatualizado, pelo jeito.

Tem dezenas e dezenas de matérias aqui no site sobre a transferência de tecnologia no programa.

Você pode começar por esta aqui, publicada pela revista da FAPESP no mês passado e reproduzida no Poder Aéreo. Se após a leitura quiser saber mais, basta usar o campo busca do blog, onde também encontrará diversas matérias feitas pelo próprio Poder Aéreo desde antes mesmo da seleção do Gripen para o Brasil.

Boa leitura!

https://www.aereo.jor.br/2019/08/27/o-novo-caca-da-fab/

antunes1980

Um dia chegamos lá !

Kemen

Pelo jeito na Polonia não tem nada de concorrencia, é compra direta. Vende para a Polonia da OTAN mas não vende para a Turquia de OTAN, interesante… bom quem decide é quem vende e haja justificativa em cada caso!

Elton

A força aérea polonesa sabe muito bem o valor do poder aereo ,lutou de maneira heróica contra a luftwaffe e VVS e depois suas equipagens sobreviventes continuaram na luta junto aos ingleses na defesa da ilha britânica e participou dos encarniçados combates sobre a Alemanha no início da campanha de bombardeio sob o reich pode não parecer mas mesmo sob o julgo soviético sempre priorizou qualidade de treinamento e eficiência acima da média dos padrões das forças aéreas comunistas do pacto de Varsóvia e com certeza sabem que o F35 e um elemento de vital importância para a defesa aérea… Read more »