Concepção do AARGM-ER

Concepção do AARGM-ER

De acordo com várias reportagens da imprensa, a Força Aérea dos EUA (USAF) planeja
implantar uma nova versão do míssil Advanced Anti-Radiation Guided Missile-Extended Range (AARGM-ER) da Northrop Grumman no caça stealth F-35A para combater uma ampla gama de ameaças.

Enquanto isso, o NAVAIR (Naval Air Systems Command) premiou a Northrop Grumman com um contrato de US$ 322,5 milhões para a fase de desenvolvimento de engenharia e fabricação do Advanced Anti-Radiation Guided Missile-Extended Range (AARGM-ER), programado para conclusão em dezembro de 2023.

O AARGM-ER, versão aperfeiçoado do AGM-88E AARGM, será integrado nos F/A-18E/F, Growler EA-18G e F-35C da Marinha dos EUA, além do F-35A da USAF.

O novo míssil antirradiação (anti-radar) de alcance muito maior oferece habilidades significativamente expandidas para missões de Destruição de Defesas Aéreas Inimigas (DEAD). Além disso, os pressupostos de design da arma são que ela deve ser transportada pelo F-35 em sua baia de armas interna.

O AARGM-ER vai se tornar um elemento importante complementando outras armas stealth. No momento, a maioria dos sistemas ar-solo de longo alcance utilizados pela OTAN são subsônicos.

Isso se aplica tanto aos mísseis JSOW ou JASSM dos EUA, quanto aos sistemas europeus Storm Shadow/SCALP-EG ou Taurus.

O novo míssil AARGM-ER permitirá suprimir a defesa aérea inimiga, com a aeronave transportadora permanecendo fora do alcance da IADS (Integrated Air Defense System), bem como atacar alvos bem atrás das linhas inimigas com mínima exposição.

Modelo do AARGM-ER na baia interna do F-35
Modelo do AARGM-ER na baia interna do F-35
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Roberto Dias

E o MAR-1, que fim levou?

Foxtrot

O último boletim do MD que li dizia que o MAR-01 se encontrava pronto e aguardando encomendas.

FighterBR

Foi cancelado. Infelizmente

Hélio

Os projetos da Mectron não foram cancelados, estão sendo tocados por outras empresas, principalmente a Avibrás e a SIATT.

HMS TIRELESS

Em virtude do fim da MECTRON, cujos ativos foram vendidos pela famigerada empreiteira depois da Lavajato, o projeto foi cancelado.

Moral da história: Além de matar a corrupção também atrapalha o desenvolvimento nacional.

Sandro

E por isso que sou completamente contra a essa tese de projetar armamento no pais. Só oque se vê é, se pagar o dobro para adquirir transf. de tecnologia para depois acabar dando em nada. Temos uma verdadeira coleção de projetos que não deram em nada. Se esse dinheiro tivesse sido usado em compra de armamento, hj teriamos 2 PA, e Fragatas e Destroyers de ponta.

nonato

Por isso o ideal é o projeto pertencer a União.
A empresa é paga, desenvolve, depois pode vender sob permissão.
Mas o que for feito fica com as forças armadas.

João Souza

“Tese de projetar armamentos no país” ? Pra que consertar se podemos desitir não é?

roberto

Bem isso mesmo, com exceção do caso do AMX que beneficiou a industria nacional via EMBRAER as outras compras com a dita transferência de tecnologia só encarece absurdamente a compra .

Felipe S

Cara o mar-1 não foi cancelado, só está em stand by. Inclusive o Paquistão ainda tem.interesse naquelas 100 unidades.

jose luiz esposito

Foi suspenso e engavetado , agora advinha o porque !!

Ricardo N. Barbosa

O AARGM-ER permitirá ao F-35 engajar SAMs a mais de 150km com uma arma Mach 2 transportada internamente. Com orientação GPS, Radar Passivo e Radar Ativo de ondas milimétricas a nova arma pode engajar alvos que emitem, que pararam de emitir ou que nunca emitiram, ou seja, pode engajar os próprios lançadores. Sem dúvidas o complexo F-35/AARGM-ER será o mais efetivo do mundo em missões SEAD/DEAD. A versão para a USAF será ainda mais adaptada para engajar alvos que não emitem, um verdadeiro míssil ar-superficie multifunção. O objetivo da USAF é usá-lo com uma arma stand-in, ou seja, próximo da… Read more »

Rui Chapéu

Como ele engaja em alvos que nunca emitiram?

Seria usando radar/flir do avião lançador?

Como ele consegue distinguir entre um lançador SAM de um jeep comum? Entre um alvo valioso contra um alvo qualquer?

Ricardo N. Barbosa

Rui Chapéu ele possui um radar ativo de ondas milimétricas, normalmente essa banda permite formar uma imagem radar do alvo capaz pelo menos de determinar a classe do alvo, se é um lançador ou um veículo qualquer. Provavelmente o alvo também pode ser definido antes do lançamento pelo SAR do F-35, ele pega a coordenada GPS e engaja o retorno radar mais próximo.

Bosco

Rui,
O alcance de um sistema EO baseado em imagem ótica ou térmica não passa de 30 km contra alvos tático. Além disso é muito difícil o caça identificar o alvo, mesmo que possa vê-lo.
No caso de mísseis com alcance maior que 30 km, contra alvos móveis, a única maneira via o próprio vetor designar alvos é por radar (modo “abertura sintética” e ” indicador de alvos móveis”).

Kemen

Ricardo, o AARGM-ER deve ter alcance maior que 200 Km, o AARGM tem alcance de 110 Km.

Munhoz

Uma pergunta ?

Ele pode se comunicar em link com o F 35 e este selecionar os alvos ?

Foxtrot

Pois é, se tivessem adquirido muitas unidades do MAR-01 hoje já estariam desenvolvendo nova versão.
Mas nossa Força Aérea de brinquedo está é querendo mais verbas para novos armamentos estrangeiros para o Gripe Sueco (Gripen).

Carlos Campos

para de vira latisse, se fosse sukhoi tu ia dar elogias o tempo todo

Hélio

Como cobrar apoio ao material nacional pode ser considerado vira-latismo? Vira-latismo é deixar de desenvolver e usar o nosso para usar material estrangeiro.

sagaz

Vira-latismo com falta de educação: “Força aérea de brinquedo”.

Foxtrot

Se você acha ! Quando falar a verdade se tornou falta de educação? Frisando que quando alego isso, falo da instituição e não das pessoas que a servem. Uma força aérea que não é capaz de ter autonomia em nenhuma área, possui só caças, cargueiros, e reabastecedores, helicópteros básicos no mínimo deve ser considerado aeroclube. E para piorar joga uma pá de cal na intenção desenvolvimentista nacional. Sabia que o vant Falcão da Avibras foi cancelado após a FAB ter cancelado sua pré série em detrimento do Hermes Israelense ? Mesmo após o IAE (órgão da própria FAB) gastar milhares… Read more »

francisco

A industria bélica nacional não vai pra frete por culpa exclusiva de certos militares. Sempre optam por equipamentos estrangeiros e os fabricantes nacionais que se lixem.

Foxtrot

Se fosse Su-35, F-15 ES etc..
Estaria dizendo o mesmo.
Ao contrário de vocês, que se americanos e europeus nos venderem f#$@&ses com asas darão pulos de alegria só pela procedência do equipamento.
Triste.

Pedro S.

Falando em míssil anti-radar, alguém sabe a real situação do míssil anti-radar Brasileiro MAR-1 ? mestre Bosco ?

FighterBR

Cancelado

Pedro S.

Qual sua fonte ?

Mauricio R.

Aleluia irmãos, hosana nas alturas!!!! Mais uma fantasia da BID, inepta e inútil, que se vai, pro raio que os parta!!!!

francisco

Os gripens vão ter o mesmo destino. Aqui o top é comprar sucatas estrangeiras.

Felipe S

Fake. Não foi cancelado. Está em stand by. O missel já estava em boa parte concluído e faltavam alguns testes. Vários projetos nossos já estiveram nessa situação e foram sendo retomados.

jose luiz esposito

Foi cancelado e engavetado a muito tempo , mas a FAB est5a caladinha , mas tem a obrigação de dizer a verdade e não vir com desculpas fakes .

Bosco

Pedro,
Não sei nada a respeito. A última notícia é que teria sido vendido ao Paquistão. Mas eu tenho cá minha dúvidas. Duvido até que tenha sido concluído seu desenvolvimento e seja produzido.

FighterBR

Bosco, a exportação do MAR-1 para o Paquistão não chegou nem a 15 unidades. A FAB não quis apostar nesse míssil.

Clésio Luiz

Interessante como o transporte interno de armas afeta o formato das mesmas. Quando surgiram os primeiros mísseis aerotransportados, mesmo modelos ar-ar, todos possuíam generosas superfícies de sustentação e controle.

A exceção era a família Falcon (GAR-2/AIM-4), desenvolvida pela Hughes, que deveria caber internamente nos Northrop F-89, McDonnel F-101 e Convair F-102/F-106. Eles já possuíam, no começo da década de 1950, aletas de sustentação ao longo do corpo, com superfícies de controle na extremidade da cauda.

Esse moderníssimo AARGM segue o mesmo conceito, 70 anos depois.

Mauricio R.

Quem tem base industrial de ponta, confiável, capaz, faz Advanced Anti-Radiation Guided Missile-Extended Range (AARGM-ER); quem não tem conta paia a respeito de um “tar” de MAR-1…

Mauricio R.

Não é por que este ou aquele sistema de armas está pronto e aguardando encomendas, que automaticamente ele tem serventia.
Material bélico é comprado para atender a necessidades percebidas, não satisfazer o ego de uma base industrial de araque, inútil e inepta.

Leandro Costa

Basicamente, é por isso que, de acordo com você, a base industrial de defesa vai continuar inútil e inepta. Já se houvesse mais investimento do governo, talvez houvesse uma mudança para melhor. E a BID não é nem de longe inepta e inútil. Carece de investimentos para desenvolvimento de mais tecnologia para que possa se tornar não apenas independente, mas competitiva no mercado internacional.

Rui Chapéu

Investimento do governo com qual verba?

O povo acha que governo é uma caixa mágica de liberar dinheiro para qualquer fim que vem a cabeça….

Mauricio R.

Me desculpe mas nós já vimos esse filme antes, chamava-se Mectron, recebeu tecnologia, recebeu o Piranha, o então MAF/”Leo” hoje MSS 1.2 e o já citado MAR-1 e verbas e exceto pelo Link2BR não entregou nada de nada, funcionando. O que a BID quer é uma reserva de mercado pra chamar de sua.
Só isso.

Felipe S

Que eu saiba o piranha A foram vendidas 44 unidades para a FAB e 25 unidades para a Colômbia. O piranha B não foi vendido, mas concluído sim, e em seguida entramos no projeto do A-DARTER de quinta geração desenvolvendo ele com a África do Sul. Encomendamos um lote de 10 mísseis inicial do mesmo e o lote piloto do MSS 1.2 foi produzido 16 unidades. O MAR-1 teve seu desenvolvimento interrompido em 2017 por falta de verbas, junto com a modernização dos 43 AMX , que caiu hoje para 14… Mas não foi cancelado, há desejo de que seja… Read more »

Victor Filipe

Eu não queria ser a Defesa Aérea que teria a tarefa ingrata de parar um Growler ou F-35 armado com esse míssil

HMS TIRELESS

Boa sorte a IADS que tiver de se confrontar com a combinação F-35/EA-18/AARGM-ER. Vão precisar….

Augusto L

Nao era melhor desenvolver um missil com perfil mais baixo observavel não ?
Modernos sistemas anti-aereos no meu ver podem interceptar essas munições guiadas.
Pra mim tinha que ser tudo stealth da aeronave à munição empregada.

Victor Filipe

pelas linhas dele, ele já tem um perfil de observação reduzido, somado a velocidade de Mach 2 daria pouco tempo para a defesa aérea neutralizar a ameaça. lembrando que esse míssil é pra ser empregado junto com misseis descartáveis que servem exclusivamente para atrair as defesas inimigas

JPC3

Deve ser maior que mach 2 em altitude.

JPC3

Talvez, sendo travado pelo radar facilite para que o míssil encontre a fonte da emissão.

Outro ponto é: Ou o radar é desligado ou trava no míssil aumentando a força do sinal a ser seguido.

colombelli

é uma arma cara, mas precisamos de uma arma desta categoria no inventário do Gripen, mesmo que seja poucas unidades.

Bruno

Eu gostaria MUITO de saber por qual motivo a FAB não opera nenhum missíl anti-radar? Eu juro que eu não entendo por qual razão nós não operamos misseis desta categoria, não faz sentido a FAB não dispor de um missíl anti-radar, porque desenvolveram então o MAR-1? As vezes eu tenho a impressão em alguns projetos, que as nossas FAs aprendem a dominar uma certa tecnologia só pra dizer “aprendi”, e depois adeus, o problema é da empresa que perdeu o tempo dela desenvolvendo algo que nunca vai ser encomendado, é como aquelas pessoas que só tem o diploma pra fazer… Read more »

Ivan

$

Felipe S

O Piranha A e B não vale a pena comprarmos já que entramos no projeto do A-Darter de quinta geração, mas isso só foi possível com o aprendizado que tivemos com os Piranha.

O missel antiradar não foi cancelado. Isso é boato dos pessimistas de plantão. Ele foi paralisado em 2017 por restrições de verbas junto com a modernização inicial de 43 AMX.

Mauricio R.

Engraçado esse papo, no Brasil programas militares sofrem somente de falta ou de contingenciamento de verbas, problemas técnicos bastante comuns no exterior; aqui nem pensar.

Mauricio R.

Não há garantia alguma de que aquilo que tenha sido desenvolvido para dotar a FAB de alguma capacidade SEAD, realmente tenha sido bem sucedido.
Está ai o míssil Piranha, que não me deixa mentir.
O míssil foi concebido, desenvolvido, testado, certificado e mesmo assim é absolutamente inútil.

Flanker

A FAB precisa de um míssil antirradiacão, com certeza. O MAR-1, pelo que se lê na internet, estaria finalizado ou perto de ser finalizado. Seu alcance, tb pelo que se encontra na internet, é em torno de 60 km. Esse tipo de míssil é algo bastante complicado de ser adquirido no mercado internacional. Seu desenvolvimento foi sificultado pela negativa de outros países em fornecer sistemas vitais para ele, o que forçou todo o desenvolvimento nacional, à partir do zero. Seus congêneres são o HARM, dos EUA, ARMAT, francês,etc…ambos com desempenhos, como alcance, bem maiores que o MAR-1. Com a entrada… Read more »

Mauricio R.

Falta de grana é uma ótima desculpa para a incompetência e a inépcia generalizadas da BID. Dizer que o upgrade dos F-5 foi um parto, somente pela falta de dinheiro, é a mais absurda das leniências!!!! O principal problema do upgrade dos F-5 foi a arrogância, a inépcia e a incompetência da contratada principal. E o mesmo filme foi reprisado no upgrade dos A-1, este sim vítima da crônica falta de recursos e qndo da entrega do protótipo do upgrade dos A-4, que aliás nem deveria estar mais acontecendo. As razões são absolutamente óbvias, pra quem conhece da efetividade de… Read more »

Flanker

Quanto ao upgrade dos F-5, me referi ao tempo anterior ao início dos trabalhos. Por muitos anos a FAB estudou, reestudou e procurou programas e fornecedores…..e sempre esbarrava na falta de dinheiro para tocar o projeto adiante. Os problemas havidos quando do projeto em andamento, em que a Embraer sofreu para fazer a integração dos sistemas, isso sim concorda com o que vc disse. Eu me referi ao tempo anterior à isso, quando a FAB fez todo o trabalho de procurar programas de upgrade para essa aeronave e nunca podia começar os trabalhos pq não liberavam a verba para o… Read more »

Bispo

No papel tudo funciona de forma impecável….no papel.

Bosco

Fazendo um retrospecto, na SGM e logo após, até a década de 60 e meados da de 70, o ataque a alvos móveis era feito a baixa altitude (para ter precisão) e de dia, com armas burras (canhões, foguetes e bombas) e algumas armas guiadas “primitivas”. A partir da década de 70/80 a aviação passou a contar com sistemas de imagem térmica que possibilitou o ataque noturno, e já apareceram os primeiros mísseis guiados contra alvos táticos avançados. Um exemplo clássico é o Maverick D. Ainda assim o ataque era em tempo bom e a distâncias curtas, limitado pela capacidade… Read more »

jose luiz esposito

Foi CANCELADO , e parece que os EUA vão nos ceder MEIA DÚZIA do HARM , mas somente o poderemos usar com sua anuência. Não nos querem com esta tecnologia , com o poder de vende-los a outros e não nos querem independentes e com a submissão da FAB, não é a primeira vez e nem será a última que estas coisas acontecerão , o wikileaks por diversas vezes colocou a intervenção nos projetos brasileiros , mas como a FAB sempre foi a Força agarrada no saco deles , remember Eduardo Gomes !